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terça-feira, 7 de outubro de 2025

Cap. 6/10 - fichamento do livro VIAGEM ÀS NASCENTES DO RIO SÃO FRANCISCO - autor Botânico francês SAINT-HILAIRE (1819)

          Uma farmácia que pertence a um padre.   Ele preparava os remédios e vendia.    “Não deixava de dizer a missa um único dia”.

         Na região há fazendeiros ricos que inclusive fazem comércio com artigos que trazem do RJ e na região trocam esses artigos por couros, pele de veado, algodão e gado que são de produção local.  Sistema de escambo.

         O porco é a maior riqueza da região.   O povoado de Formiga fica na rota obrigatória de quem vem de Goiás rumo ao Rio de Janeiro.   

         O autor cita os “trabalhadores livres”, também chamados de camaradas.

         Principal profissão: ferreiro.  Fazer e aplicar a ferradura nos animais de serviço.

         O autor reclama que as pessoas da região não são muito dadas ao trabalho.   Disse que foi o lugar onde mais havia prostitutas.

         Cita na região a presença do pássaro tangará que por lá chamam de cardeal.   

         Diz que por falta de médicos no interior, o povo usa muito as ervas medicinais.   O autor sendo Botânico, catalogou e publicou em livro as ervas mais usadas e as finalidades.   Livro:  Plantes Usuelles des Brésiliens.

         Em Ponte Alta a erva mais afamada é por eles chamada de calunga que usam para febre, má digestão, cólica etc.    O nome científico da calunga é Simaba ferrugínea.

         Domingo de Ramos e o autor encontrou pela estrada muita gente com ramo de palmas para benzer.

         Na região de Pium-i encontraram pessoas que sabiam extrair o corante azul tipo índigo de uma planta silvestre, uma solanácea – Solana indigofera.

         Disse que a planta ocorre em muitas regiões e as pessoas não dominam o uso dela para tingir roupas.  Que se dominassem, poderiam explorar muito isso comercialmente.

         Por perto da Serra do Pium-i se avista a Serra da Canastra.   O nome Pium vem de um pequeno mosquito que por lá ocorre e pica as pessoas, incomodando muito.

         O autor precisando de empregado.   Raro conseguir.   “Os fazendeiros que possuem grandes extensões de terra dão permissão aos pobres para cultivarem o que quisessem e estes sabem que com pouco trabalho conseguem o bastante para viverem o ano inteiro”.

         Capítulo IX – A Serra da Canastra e a Cascata Denominada Casca-Danta, Nascente do Rio São Francisco

         Na Serra da Canastra há um divisor de águas.   De um lado rios que formam o São Francisco que corre rumo norte do Brasil e do outro lado, os afluentes do Rio Grande que corre rumo ao sul do Brasil, seguindo para o Mar Del Plata.

         O autor chegou orientado por um guia local à cachoeira onde nasce o Rio São Francisco. Por perto tem um povoado chamado Desemboque (seria a terra natal do ator Lima Duarte).   Local de terras férteis já afamadas na época dos pioneiros locais.

         Perto da nascente do Rio São Francisco há a cachoeira Casca-Danta que tem uma queda aproximada de 200 metros.

         Os habitantes da região tinham pouca oportunidade de assistir missas que eram pouco frequentes e muito distantes.     O povo da região tinha o costume de enterrar seus mortos ao lado das capelas.

         Nesta fase da viagem o autor está no rumo de Araxá MG.   Pelo caminho, vários carros de bois transportando cargas de toucinho de porco.   Cada carro de boi, puxado por três ou quatro juntas (cada junta tem dois bois lado a lado).

         No chapadão plano na parte de cima da Serra da Canastra se avista longe.    Nesse chapadão, devido à altitude, costuma cair geada no inverno.

         Muitas pessoas da região caçam para vender o couro dos animais silvestres e para isso tem muitos cães de caça.

         O autor cita que na região foi muito atacado pela mosca conhecida por borrachudo que é sugadora de sangue.

         Nesta fase o autor está na rota de Paracatu MG.

 

         Continua no capítulo 7/10

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