O autor fala de reputação... “O escravo não tem mais reputação do que um boi ou um cavalo e, como eles, está à margem da sociedade humana”.
O escravo é punido até por pequenos deslizes. “Culpemos o escravo sem dúvida, mas não
deixemos de culpar também o seu senhor”.
Os escravos no Brasil são tratados com diferenças. Em MG e RJ não são tão maltratados como no
sul do Brasil.
O autor diz que relatos de outros viajantes atestam que no
Brasil se dava tratamento ao escravo menos cruel do que em certos países, como
a Inglaterra, que era mais cruel que o Brasil nesse quesito.
Um integrante da equipe do pesquisador ficou muito doente e
mesmo com os cuidados, acabou falecendo em São João Del Rei. Era o francês Yves
Prégent.
Capítulo VII - Quadro
geral da região montanhosa entre São João Del Rei e a Serra da Canastra. Da canastra devido à forma com as laterais escarpadas
como uma caixa e em cima uma superfície plana.
Passa por Paracatu MG rumo a Goiás. Segue adiante para conhecer a nascente do
Rio São Francisco. As serras locais
formam divisores de águas de forma que o Rio São Francisco que nasce na região
segue o rumo norte, nordeste. Já na
mesma região, o rio Paranaiba nasce e desce rumo ao Rio Grande, Rio Paraná e
bacia do Mar Del Plata.
Cita a cidade de Oliveira, que fica em altitude em torno de
1.000 m acima do nível do mar. O autor
tinha equipamentos para várias medições.
Nos arredores de Formiga MG, fazendas de criação de porcos. Porcos pretos da “raça canastra”. Os porcos gordos pesam em média 6 arrobas
(90 kg). Na fase pronta para abate,
são conduzidos por terra, caminhando com os tocadores que vão com compridas
varas dando rumo à caminhada. Andam em
média 3 léguas (18 km) por dia. O RJ
(cidade) fica distante 80 léguas (480 km) de Formiga MG.
Os fazendeiros de MG andam mais eretos que os lavradores do
interior da França. Isto porque os da
França lavram e cuidam da terra se curvando nas tarefas. Já os de MG tinham escravos para as
tarefas nas lavouras.
O autor diz que viu pela região de São João Del Rei, onde
havia ainda bastante garimpos, muitos padres que viravam fazendeiros e
continuavam conciliando essa lida com a de padre.
Terras ricas em minério de ferro. Havia alguns fazendeiros que faziam de forma
artesanal, o aço para uso local.
Buscavam mais a liga do ferro mas resultava em aço que seria menos maleável.
O autor disse que o governo poderia enviar alguns jovens
para a França a fim de aprenderem a metalurgia, mas o que se fez foi mandar uns
jovens para Paris para aprenderem Agrimensura.
Era prioridade delimitar as propriedades (medidas) e garantir a posse.
Passando pelo povoado de Oliveira. Camponeses da região “conforme o costume dos mineiros, usavam no
pescoço um rosário que servia apenas de enfeite”.
Tamanduá. Nesse
povoado já houve exploração de ouro mas durou pouco. Na época da passagem do pesquisador a região
plantava fumo como lavoura principal.
Exportavam parte da produção.
Tamanduá tinha três igrejas.
Doenças comuns na região eram hidropisia e lepra.
Capítulo IX – Continuação da viagem de S. João Del Rei às
nascentes do Rio São Francisco
Os povoados de Formiga e Pium-i. Em Formiga o pesquisador conseguiu
hospedagem numa casa do comandante do arraial.
Na casa dele, se reuniu o pessoal mais gabaritado da localidade. Tinham ouvido de outros viajantes franceses
que na França “as mulheres eram mais
livres.” O pesquisador confirmou
isso. Era verdade. ...”as informações que dei pareceram de tal
forma estranhas a eles que um dos presentes exclamou com as mãos na cabeça: “Deus
nos livre de tamanha desgraça!”.
(página 90)
No povoado de Formiga MG, lugar pobre, o autor encontrou uma
loja que anunciava numa placa, ...”encimada
pelas armas de Portugal, indicava a casa onde se vendiam indulgências da Santa
Cruzada”.
Continua no capítulo 6/10
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