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sábado, 4 de outubro de 2025

Cap. 5/10 - fichamento do livro VIAGEM ÀS NASCENTES DO RIO SÃO FRANCISCO - autor Botânico francês SAINT-HILAIRE (1819)

          O autor fala de reputação...   “O escravo não tem mais reputação do que um boi ou um cavalo e, como eles, está à margem da sociedade humana”.

         O escravo é punido até por pequenos deslizes.      “Culpemos o escravo sem dúvida, mas não deixemos de culpar também o seu senhor”.

         Os escravos no Brasil são tratados com diferenças.  Em MG e RJ não são tão maltratados como no sul do Brasil.

         O autor diz que relatos de outros viajantes atestam que no Brasil se dava tratamento ao escravo menos cruel do que em certos países, como a Inglaterra, que era mais cruel que o Brasil nesse quesito.

         Um integrante da equipe do pesquisador ficou muito doente e mesmo com os cuidados, acabou falecendo em São João Del Rei. Era o francês Yves Prégent.

         Capítulo VII -  Quadro geral da região montanhosa entre São João Del Rei e a Serra da Canastra.    Da canastra devido à forma com as laterais escarpadas como uma caixa e em cima uma superfície plana.

         Passa por Paracatu MG rumo a Goiás.   Segue adiante para conhecer a nascente do Rio São Francisco.    As serras locais formam divisores de águas de forma que o Rio São Francisco que nasce na região segue o rumo norte, nordeste.    Já na mesma região, o rio Paranaiba nasce e desce rumo ao Rio Grande, Rio Paraná e bacia do Mar Del Plata.

         Cita a cidade de Oliveira, que fica em altitude em torno de 1.000 m acima do nível do mar.    O autor tinha equipamentos para várias medições.

         Nos arredores de Formiga MG, fazendas de criação de porcos.  Porcos pretos da “raça canastra”.     Os porcos gordos pesam em média 6 arrobas (90 kg).    Na fase pronta para abate, são conduzidos por terra, caminhando com os tocadores que vão com compridas varas dando rumo à caminhada.   Andam em média 3 léguas (18 km) por dia.   O RJ (cidade) fica distante 80 léguas (480 km) de Formiga MG.

         Os fazendeiros de MG andam mais eretos que os lavradores do interior da França.   Isto porque os da França lavram e cuidam da terra se curvando nas tarefas.     Já os de MG tinham escravos para as tarefas nas lavouras.

         O autor diz que viu pela região de São João Del Rei, onde havia ainda bastante garimpos, muitos padres que viravam fazendeiros e continuavam conciliando essa lida com a de padre.

         Terras ricas em minério de ferro.  Havia alguns fazendeiros que faziam de forma artesanal, o aço para uso local.  Buscavam mais a liga do ferro mas resultava em aço que  seria menos maleável.

         O autor disse que o governo poderia enviar alguns jovens para a França a fim de aprenderem a metalurgia, mas o que se fez foi mandar uns jovens para Paris para aprenderem Agrimensura.   Era prioridade delimitar as propriedades (medidas)  e garantir a posse.

         Passando pelo povoado de Oliveira.     Camponeses da região    “conforme o costume dos mineiros, usavam no pescoço um rosário que servia apenas de enfeite”.

         Tamanduá.   Nesse povoado já houve exploração de ouro mas durou pouco.   Na época da passagem do pesquisador a região plantava fumo como lavoura principal.   Exportavam parte da produção.    Tamanduá tinha três igrejas.

         Doenças comuns na região eram hidropisia e lepra.

         Capítulo IX – Continuação da viagem de S. João Del Rei às nascentes do Rio São Francisco

         Os povoados de Formiga e Pium-i.   Em Formiga o pesquisador conseguiu hospedagem numa casa do comandante do arraial.   Na casa dele, se reuniu o pessoal mais gabaritado da localidade.   Tinham ouvido de outros viajantes franceses que na França  “as mulheres eram mais livres.”   O pesquisador confirmou isso.  Era verdade.    ...”as informações que dei pareceram de tal forma estranhas a eles que um dos presentes exclamou com as mãos na cabeça: “Deus nos livre de tamanha desgraça!”.   (página 90)

         No povoado de Formiga MG, lugar pobre, o autor encontrou uma loja que anunciava numa placa,    ...”encimada pelas armas de Portugal, indicava a casa onde se vendiam indulgências da Santa Cruzada”.

 

                   Continua no capítulo             6/10

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