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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

RESENHA - CHATÔ O REI DO BRASIL - Fernando Morais ( Parte II)



(resenha sem método da academia) por Eng.Agr.Orlando Lisboa Almeida   - PARTE II

106 - Anos 20, os barões do café paulistas patrocinaram a montagem da peça de teatro “O Contratador de Diamantes”. Perto do dia da estréia, as costureiras que estavam fazendo os trajes dos atores fizeram greve por salários inspiradas em movimentos grevistas da Europa. O prefeito de SP teve que intervir no movimento grevista, atender as reivindicações das costureiras e então a peça estreou dentro do programado.
106 – Entre as atrizes amadoras da peça (gente da Alta Sociedade Paulistana) estava Iolanda, 16 anos. Chatô se encantou por ela, entrou em contato e no primeiro encontro pediu Iolanda em casamento e ela não aceitou. Depois ele voltou a pedir umas dez vezes em outras ocasiões, sempre em vão. Um dia Santos Dumont falou ao Chatô: Pensei que era pela diferença de idade no meu caso, que levei um não dela, mas você é jovem. “Acho que ela não gosta de quem anda com a cabeça nas nuvens”.
109 – Na época (anos 20...) SP teve inclusive um jornal editado em alemão. Deutsche Zietung.
115 – Chatô entrevistando o sucessor de Engels na Europa – Kautsky. O marxista quis saber pelo Chatô como era o nosso Parlamento. Se era de esquerda, de direita, de centro, marxista, etc. Chatô disse: “O Poder legislativo no meu país é quase sempre um seio onde todos os deputados só aspiram a um objetivo: a bem querença do Poder Executivo”. (eu, resenhista digo: não mudou nadinha...)
120 – O Conde Francisco Matarazzo – o homem mais rico do Brasil na época.
122 – A Light tinha negócios na Russia desde os tempos dos Czares. Eletricidade e ferrovias. Aqui no BR, nos anos 20 por aí, na capital federal do BR – Rio de Janeiro, o representante maior da Light era o americano Farquhar. Chatô tinha contato com esse cidadão.
Farquhar quis contratar o Chatô (que já era influente na capital federal com suas empresas de comunicação) para o departamento jurídico da Light com a grande tarefa de conseguir Concessão para a empresa explorar minério de ferro em MG onde a empresa já tinha área de 3.000 alqueires.
Nessa época (anos 20) já havia no BR em geral e em MG em particular (em MG, com liderança de Artur Bernardes) um movimento nacionalista para evitar empresas estrangeiras explorando e espoliando como se fez no passado com o nosso ouro de MG, esgotando nosso ouro e depois dando no pé e nos deixando mais pobres.
126 – A Acesita (siderúrgica) e a Vale do Rio Doce foram do grupo da Light. No período da Segunda Guerra Mundial o BR nacionalizou essas empresas estratégicas.
126 – Chatô, empresário de sucesso no ramo da imprensa, tinha sua “frota” de carros de luxo. Rolls Royce, etc.
128 – Ele se recusou a participar da SEMANA DA ARTE MODERNA preparada por seus amigos intelectuais. Disse que a coisa era contra o capitalismo e assim não lhe interessava. Seu foco era no capital e nos seus jornais – e o poder.
129 – Em março de 1922 cria-se no Brasil o Partido Comunista. Em julho de 1922 ocorre a Revolta do Forte de Copacabana.
134 – Chatô morou no Hotel Copacabana Palace, que era um ícone da época na capital federal RJ. O Copa foi feito com cimento alemão, mármore italiano, cristais tchecos e talheres franceses. Inaugurado pelo rei Alberto – da Bélgica.
144 – Lindolfo Collor – deputado gaucho.
145 – Vargas sempre de charuto fedorento na boca.
150 – Luis Carlos Prestes estaria com 26 anos de idade quando comandou a Coluna.
152 – Irineu Marinho fez uma enquete para os leitores criarem um nome para o seu jornal que seria vespertino. O primeiro nome escolhido já tinha registro de terceiros e o segundo nome era O Globo. E assim surgiu o começo do plim plim.
161 – Chatô, em lua de mel em Campos de Jordão-SP, levou um calhamaço de papel para escrever artigos e dez lápis. O trabalho não podia parar, segundo ele. Teria escrito durante a lua de mel o livro Terra Desumana contra o presidente Artur Bernardes que governou o BR em Estado de Sítio.
164 – Diz que o mineiro Artur Bernardes, que não gostava do RJ, gostaria que a capital federal fosse em Goiás. (isto nos anos 20)
168 – Em fevereiro de 1927, depois da Coluna Prestes derrotar 18 generais no BR, entra na Bolívia e lá entrega as armas.
169 – Juarez Távora foi ex-comandante da Coluna Prestes. Prisão na Ilha de Trindade.
183 – Chatô não era muito “família”. Um dia sai pela orla do RJ para navegar com o filho pequeno e alguns amiguinhos deste. Algo dava errado e ele ficava p da vida. “Adoro ser professor, mas detesto ensinar.”
183 – Por volta do ano de 1927 Chatô compra o direito da revista O Cruzeiro e quer fazê-la de circulação nacional. Quer a revista em cores, grande tiragem, semanal. Na época gráfica para esse padrão, só na vizinha Argentina. Bancou isso.
187 - Para o lançamento da revista O Cruzeiro (sob nova direção), tendo a população do RJ (dezembro-1928) ao redor de 1,3 milhão pessoas, mandou imprimir 4 milhões de panfletos que foram jogados de aviões em vôos pela capital. Era época das compras para o Natal.
187 – Em cada artigo da revista O Cruzeiro tinha uma anotação do tempo que o leitor gastaria para ler, citando minutos e segundos.
A versão para o NEGO da bandeira da Paraíba, terra de João Pessoa. Teriam perguntado se ele apoiaria a tradição do café com leite (SP e MG) na campanha para a presidência do BR e ele teria respondido: NEGO. Na chapa de Getúlio Vargas (RS), João Pessoa saiu como candidato a vice. (João Pessoa era sobrinho de Epitácio Pessoa)
203 – Chatô surfa na vitória do seu conterrâneo João Pessoa (vice presidente) e consegue grana alta do governo para comprar jornais em locais estratégicos para a campanha da Aliança Liberal (grupo de Vargas). Jornais no RJ, RS, MG, fora os que Chatô já tinha no RJ, capital federal.
207 – Palavras de Chatô sobre os comunistas no RJ no ano de 1929, ano da grande crise. “O comunismo no RJ é uma aspiração de meia dúzia de iluminados. Não duvido da sinceridade desses líderes. Mas a perseguição cria o martírio e o martírio cria a dedicação, o fanatismo, a lenda.”
208 – Vargas – Criar uma legislação trabalhista para tocar a campanha da Aliança Liberal e mobilizar o povo.
......................................continua em breve................................