Cidade Maia de Coba
Cenote (poço/fenda natural) com água e local de flutuação
No caminho com destino a Coba, passamos antes pelo Cenote que é acessível por uma escadaria de 84 degraus até chegar numa plataforma de madeira próximo à água limpa e cristalina do cenote. Este tipo de local é um afundamento natural de rocha calcária formando um poço estreito e profundo.
No caso do cenote Tankach Ha a profundidade da água seria entre seis e vinte metros e contém uma espécie de peixe naquele ambiente pequeno e profundo. Pouca luz do sol entra no local por uma fenda cuja boca é bem menor que a superfície da água. Como esse tipo de formação geológica é muito antiga, contém as chamadas estalactites que são formação de estiletes onde a água pingou por milênios e os minerais foram se depositando formando estas estruturas.
Há no local estrutura de apoio com aluguel de coletes para flutuação, refletor para iluminar o ambiente e dois níveis de trampolim para os que sabem nadar. No meu caso, me contentei em usar o colete e nadar até o meio do cenote onde há um cabo de aço fixado na flor d´água para apoio aos que não sabem ou pouco sabem nadar.
Foi uma experiência ímpar poder entrar no local e poder nadar nesse tipo de ambiente.
(tentei colocar o filminho de 35 segundos do Cenote aqui e não consegui. Apenas segue o link, mesmo assim parece que ele não dá acesso direto como deveria. Se copiar e colar ele, dá para acessar em seguida colando numa aba nova) https://www.facebook.com/orlandolisboa.almeida/videos/10214979980321829/?t=0
Acima, água que sobe quando alguém salta no trampolim local que tem dois patamares de altura.
Luz do sol que entra no cenote pela pequena abertura no nível do solo.
CIDADE MAIA DE COBA
Coba foi uma importante cidade da civilização Maia e lá visitamos edificações de pedras, sendo que as de mais destaque são um tipo de pirâmide bem alta que é aberta à escalada pelos que tem mais disposição, pois as camadas são como escadaria que chega até o cume do edifício. Há no meio da pirâmide uma corda para servir como corrimão, que é usado mais na descida do que na subida. Eu não subi por medo de queda e porque não me dou bem com altura exagerada. Fiquei na contemplação e tirando umas fotos.
Próximo à pirâmide há um campo de pelota, este que era o esporte mais usual dos maias e consta de uma área retangular, com laterais de pedra em rampa descendente até perto do piso para os dois lados e na rampa, de ambos os lados, um aro que servia de "gol" por assim dizer. Os atletas jogavam uma bola pesada batendo com os lados da cintura. Ganhava quem conseguia a dura façanha de fazer a bola passar pelo aro. Esse esporte teria um lado ritual e envolvia a prática de sacrifícios humanos. Consta que no ritual, o atleta que acertasse o alvo era agraciado, se podemos assim dizer, com o direito de ser sacrificado como oferta aos deuses maias.
Acima, campo de Pelota com vista do aro no ponto alto do paredão do lado direito. Há na verdade um aro também do lado esquerdo que não apareceu na foto.
Nós brasileiros temos a sensação rara de estar diante de construções de bem mais de cinco séculos e que pertenceram a uma civilização que como tal desapareceu, deixando como rastro muitas edificações, artes, escritos e uma herança que segue com o povo da região.