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terça-feira, 22 de setembro de 2020

MAIS UMA DA SÉRIE NARRADOR DE CARTUM - SOBRE A FALA DO PRESIDENTE NA ABERTURA DA ASSEMBLÉIA DA ONU - SET/2020

  Hoje (22-09-2020) nosso Presidente, seguindo uma tradição, vai falar na abertura da Assembléia da ONU, que este ano completa dia 29-09 seus 75 anos.

O que seria hoje o mais célebre cartunista do Brasil, Laerte, coloca o seguinte cartum ou charge na Folha de São Paulo sobre a suposta fala do presidente, já antes da fala em si.
Coloca o presidente com faixa e tudo frente ao microfone para a fala. A imagem está numa TV à vista dos expectadores. Ao lado, a imagem do símbolo da ONU que envolve dois ramos e um plano do mapa mundi.
No mapa mundi, uma fumaça saindo do Brasil, o que tem o respaldo da realidade.
E na imagem da TV, o presidente abre a fala dizendo algo como: Nós estamos no BR cuidando muito bem do Meio Amb... coff...cofff... e uma fumaça no ambiente da fala, vinda da Amazonia e Pantanal em chamas.
É o que tem pra hoje, infelizmente.

domingo, 20 de setembro de 2020

FICHAMENTO DE LEITURA - O CAPITAL NO SÉCULO XXI - Autor: Thomas Piketty - Ed. Intrínseca - RJ 2014 cap 1/20

1/20         Fichamento pelo leitor – Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida  -  agosto/20

         Autor do livro:  Thomas Piketty – editora Intrínseca -  672 p 

                 Na introdução o autor faz uma série de agradecimento à equipe de pesquisa que ele lidera, numa atitude bacana.    Foram quinze anos de pesquisa (1998 a 2013)

         Começou com o estudo sobre a desigualdade na França, sua terra, e depois foi expandindo com seus colaboradores a pesquisa para mais de 20 países.

         O autor é Diretor Acadêmico da École Des Hautes Études em Sciences Sociales desde o ano 2000 em Paris.

         Abrangência do estudo:   três séculos.

         Página 9 - ...” não conseguiram evitar o apocalipse marxista...”

         Taxa de remuneração do capital, no início do século XIX ultrapassa a taxa de crescimento da produção e da renda.  Isto ocorreu no século XIX e tende a voltar a ocorrer no século XXI.

         Nesse caso o capitalismo produz automaticamente desigualdades insustentáveis, arbitrárias...

         Ele provoca:    Um debate sem fontes? 

         10 – Cita Balzac que em seus romances acabava dando pistas da distribuição da riqueza em seu tempo e das injustiças sociais.

         10 – Interdisciplinar o estudo da riqueza, etc.  E todos tem o direito de atinar sobre o tema.

         “A democracia jamais será suplantada pela república dos especialistas – o que é muito positivo”.

         11 – Malthus, Young e a Revolução Francesa.   Final do Século XVIII, início do século XIX.      Crescimento demográfico sustentado.  Êxodo rural, Revolução Industrial.   Mexeu com a estrutura social, etc.

         12 – Por volta do ano 1700 a França era relativamente populosa com seus 20 milhões de habitantes.  O Reino Unido, 8 milhões e a Inglaterra, 5 milhões.

         Malthus era um Reverendo e publicou ensaios.   Muitos dados ele coletou das andanças de um Agrônomo que percorreu a França de norte a sul e constatou e registrou a pobreza do povo francês de então.

         As teorias de Malthus causaram susto na nobreza da Inglaterra de 1790, sendo que em 1789 houve a Revolução Francesa por revolta do povo.

         A Inglaterra ficou com medo que isso poderia ocorrer por lá também.

         13 – David Ricardo e sua obra O Princípio da Escassez.

         13 – “David Ricardo e Karl Marx, os dois mais importantes economistas do século XIX.   Notar que era algo de ruptura essa época.   Revolução Industrial, êxodo rural, etc.

         Ricardo, 1817 – preocupação com a renda da terra.   Já Marx tinha foco na renda da indústria  (urbana), dos capitalistas industriais.

         18 – Simon Juznetz no século XX.  Teoria na linha proposta por ele em 1955.   Ele acreditava que as coisas no capitalismo iriam se ajustar em níveis aceitáveis.    Ele estava no período depois chamado de Anos Gloriosos  (1945-1975) do pós II Guerra.  Tempo de paz e prosperidade.   Acreditava-se numa linha que “o crescimento era como a maré alta que levanta todos os barcos...”   (ajudaria todos, patrão, empregado, etc.)

         Ele em trabalho de 1953 publicado, traz para embasar suas teorias, sólidos dados estatísticos.    Primeira fonte – USA, que a partir de 1913 – criou o Imposto de Renda Federal.   Daí, ter série de dados.

         19 – Imposto de Renda Progressivo.   Por volta da I Guerra Mundial.

1913 nos USA, 1914 na França, 1909 no Reino Unido e 1922 na Índia e 1932 na Argentina.

         No século XIX a França tinha um tributo que tomava por base o número de portas do imóvel urbano, já que teria difícil acesso ao capital de cada um.

         Dos dados coletados por Kuznets dos USA:

         USA em 1910, os 10% mais ricos recebiam entre 45 e 50% da renda nacional anual.    No final dos anos 40, os 10% mais ricos passaram a receber de 30 a 35% da renda nacional anual.    

....... prox.  Cap.  02/20 

FICHAMENTO DE LEITURA - O CAPITAL NO SÉCULO XXI - Autor: Thomas Piketty - Ed. Intrínseca - RJ 2014 - cap 2/20

 

Capítulo 2/20

Pelo leitor Orlando Lisboa de Almeida – Eng.Agrônomo

...... A renda, nos USA, no período de 1910 ao final dos anos 40 caiu para todas as faixas de público em decorrência da depressão dos anos 30 com o crash da Bolsa inclusive. Efeitos da I Guerra Mundial também.

A queda na renda foi provocada e não foi espontânea.

Analisando o trabalho de Kuznetz, cita que o referido supõe de uma forma “quase ingênua” que a curva teria forma de sino e se auto corrige.

Página 21 - Depois constata que Kuznetz manteve esse otimismo, que a disparidade na distribuição da renda se corrigia por si só para não desanimar países em desenvolvimento do ‘mundo livre”. Ou seja, queria todos pro USA na Guerra Fria.

22 – O autor chama de teoria “mágica” da turma de Kuznetz. (porque sem os eventos da depressão e da Guerra, a concentração da renda tenderia a ser crescente e a curva não cairia para formar um sino..)

Pikkety reforça que o período de melhor distribuição da renda citado no estudo de Kuznetz foi por eventos exógenos – Recessão dos anos 30 e a Guerra quando o Estado adotou medidas para amparar a população.

22 – Recolocando a questão distributiva no cerne da análise econômica. Ele diz que estamos na atualidade vendo novos cenários que não dá para dizer para onde vai a economia mundial. Dúvidas até certo ponto cruciais como as mudanças ocorridas no século XIX.

O Capitalismo financeiro vai dar o tom?

A China e o Banco da China vão dar o tom?

Os Paraisos Fiscais vão dar o tom?

23 – Ele fala dos méritos dos economistas do século XIX ao fazerem perguntas sobre a desigualdade na distribuição da renda de então e procurar entender seus mecanismos. “Demoramos muito tempo para recolocar a questão da desigualdade no centro da análise econômica”

23 – As fontes utilizadas neste livro.

A – Séries de dados que lidam diretamente com a desigualdade na distribuição de renda.

B – Séries de dados que lidam com a distribuição de riquezas.

E a relação entre a riqueza e a renda.

24 – Ele começou aplicando o método de Kuznetz para o caso da França. Publicou seu trabalho em 2001.

24 – Entre 2007 e 2010 com colaboradores, elaborou para países como Reino Unido, USA, Canadá, Japão, Alemanha, Suiça, Espanha, Portugal, China, Argentina, Índia.

24 – Os dados contidos no WTID World Top Incomes Database. Sobre a evolução da desigualdade de rendas no mundo. Dados de renda, capital, juros, etc. Ele usou dados desta fonte também.

27 – Dados relevantes do estudo do autor vem dessa fonte.

29 – Forças de convergência, forças de divergência. Comportamento das rendas, se concentram ou se distribuem...

31 – A força fundamental da divergência: r > g.

34 – O banco de dados maior se refere ao Reino Unido e a França que foram no século XIX as maiores potências coloniais e tinham dados que se tornaram disponíveis para análise.

35 – Fase importante do mundo. 1870-1914 - Uns chamam de primeira Globalização Financeira e Comercial.

Ø Lâmpada elétrica; viagens transatlânticas; cinema, rádio, automóvel.

A França em dois séculos mudou pouco sua população, de 30 para

60 milhões de habitantes. Os USA, da Independência para cá, saiu de 3 milhões para 340 milhões de pessoas. Ao se comparar dados de ambos, tem que levar isso em conta.

36 – Emergentes como China, Índia e Brasil hão de sofrer tanto os efeitos da desaceleração do crescimento demográfico quanto da redução no ritmo de expansão econômica.

36 – Revolução Americana 1776, instituiu o princípio republicano mas deixou a escravidão prosperar por mais 100 anos. Também deixou a discriminação racial continuar por quase mais dois séculos.

Diferentemente a França, em 1789 já pela Revolução Francesa, colocou a igualdade de direitos desde então.

 

      ........... prox. Capítulo  03/20

FICHAMENTO DE LEITURA - O CAPITAL NO SÉCULO XXI - Autor: Thomas Piketty - Ed. Intrínseca - RJ 2014 cap. 03/20

 

Capítulo 3/20

Página 37 – O autor deste livro nasceu em 1971. Publicou o livro com 49 de idade. Ele lembra que estava com 18 anos em 1989, ano do bi centenário da Revolução Francesa; ano da Queda do Muro de Berlim e da derrocada da URSS.

Ele se coloca contra o comunismo.

37 – “O que me interessa é contribuir... para o debate sobre a organização social, as instituições e as políticas públicas que ajudam a promover uma sociedade mais justa”. ... estado de direito... debatidas de maneira democrática”.

Ele aos 22 anos de idade, já tendo doutorado, chegou a lecionar numa universidade em Boston nos USA. Regressou para a Europa aos 25 anos (ele é francês). Não foi convencido pelo trabalho acadêmico dos Economistas americanos. Reclama que o pessoal fica naquela de uns cálculos matemáticos e teorias abstratas, sem aproximação com as ciências sociais e a evolução histórica.

38 – Diz que na França os economistas não se sentem os tais e não são tão cobrados.

39 – “Na realidade, a economia jamais deveria ter tentado se separar de outras ciências sociais...” Não há como avançar sem saber o que se passa em outras áreas.

Ainda na introdução (que vai até a página 45), destaca que na parte final do livro (de 560 p) será abordada inclusive a “degradação do capital natural”.

41 – Ele diz da “ambição” do título O Capital no Século XXI e afirma que ficaria mais pragmático ser O Capital no Alvorecer do Século XXI. E destaca: ...”a história sempre inventa seus próprios caminhos”.

Capitulo 1 - Renda e Produção

45 – Em 2012, greve numa mina de platina na África do Sul, empresa de uma companhia inglesa. Deu polícia e na repressão esta atirou contra os grevistas e matou 14 deles.

Relembra casos nos USA e na França entre 1886 e 1891 com força policial matando grevistas.

Pergunta: Será que o confronto se estenderá ao século XXI entre capital e trabalho?

Sub título - A divisão do capital- trabalho no longo prazo: não tão estável.

47 – No passado a academia supunha que a renda dividida entre capital e trabalho tinha uma certa estabilidade no patamar: 2/3 para o trabalho e 1/3 para o capital.

48 – Alguns eventos da onda conservadora que virou o jogo a favor do capital:

A) – Revolução conservadora anglo saxã de 1979 – 1980.

B) - O desmonte da URSS (1989-1990)

C) - a globalização financeira e desregulamentação dos mercados – 1990-2000.

O capital reconquistou níveis de resultados mais favoráveis para si que não ocorriam desde 1913. Há um século o capital mais destacado era o fundiário.

Já neste início de século XXI são: o capital imobiliário; o capital industrial; o capital financeiro e há quem acrescente o capital humano.

49 – A noção de renda nacional - PIB (Produto Interno Bruto) menos a depreciação dos fatores de produção. Em estudos macro, a depreciação no caso pode ser medida como 10% ao ano do PIB.

Então temos o PIB – depreciação = PIL Produto Interno líquido.

Ou Renda Interna . Depois de ter a renda interna de um país, soma-se a renda que o mesmo aufere no exterior.

50 – No tempo do Colonialismo praticado pela Europa ela era o dominador. Hoje ela se vê, em termos econômicos, como parte dos países “dominados” em termos econômicos. Na França há a crença de que o país é refém de Fundos dos USA e do Banco da China. Não é verdade.

Pensa-se que os USA em termos de capitais estaria nas mãos de japoneses e alemães, o que também é mera crença.

Hoje a desigualdade está mais dentro dos próprios países do que entre eles. (o autor tem dados que respaldam essas posições)

51 – Renda Nacional = Produção Interna + renda líquida recebida do exterior. Já no âmbito mundial, temos que Renda Mundial = produção mundial.

 

............ continua no cap. 4/20

FICHAMENTO DE LEITURA - O CAPITAL NO SÉCULO XXI - Autor: Thomas Piketty - Ed. Intrínseca - RJ 2014 - cap. 4/20

 Capitulo 4/20

Leitor: Eng. Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida – Curitiba PR

Página 56 - Capítulo: O que é o Capital? A razão capital / renda

Países ricos como França, Reino Unido, Alemanha, Itália, USA e Japão, a renda nacional é de aproximadamente 30.000 a 35.000 euros/ hab.

(posição de 2010)

A riqueza privada desses países fica na faixa de 150.000 a 200.000 euros/habitante. A riqueza privada média desses países gira em torno de 5 a 6 anos da renda.

Letra Beta expressa a razão capital/renda.

Beta maior que 6 na Itália e Japão. Beta menor que 5 nos USA e Alemanha.

Por se tratar de médias, elas não dizem muito sobre a disparidade interna da distribuição de rendas nos países citados.

57 – A primeira lei fundamental do capitalismo. Alfa = r x Beta

Associar o estoque de capital e seu fluxo de renda. r é a faixa de remuneração média do capital. Exemplo. Se Beta = 600% e r = 5% alfa será 30%.

58 – “A taxa de retorno médio das ações em bolsa chega a 7-8% ao ano durante períodos longos em vários países”. A faixa de retorno dos imóveis e dos títulos raras vezes superam 3 a 4% ao ano de taxa de retorno.

Taxa da dívida pública comumente é menor que 3% ao ano por potencialmente ser de menor risco.

59 – Rendimento; remuneração do capital no passado: ao redor de 5% ao ano. Em média, em 20 anos, o rendimento soma igual ao capital.

1000 euros aplicados em 20 anos ao final – espera-se 2.000 euros.

Imóvel no século XXI tem dado rendimento de mais ou menos 5% ao ano. Pode ser aluguel, por exemplo. Exemplo. Apartamento de 500.000 reais x 5% ao ano = 25.000 de aluguel por ano – aprox.. 2.000/mês.

60 – O retorno sobre o capital investido numa empresa costuma ser maior porque o risco é maior. Retorno esperado do capital investido em 12 a 15 anos, o que dá um rendimento médio anual de 6 a 8% a.a.

61 – A contabilidade nacional: uma construção social em andamento.

62 – Comparar as riquezas e a rivalidade Reino Unido x França, rivalidade essa que sempre existiu.

63 – “Imperfeitos os balanços...o capital natural e os danos ao meio ambiente são mal contabilizados”. (Se fossem contabilizados corretamente estariam se auto denunciando – destaco como leitor)

63 – Dados da renda per capita, etc. são sempre estimativas e não uma certeza matemática.

64 – A divisão mundial da produção.

Entre 1900 e 1980 a Europa e América eram responsáveis por algo em torno de 70 a 80% da produção mundial de bens e serviços. Caiu a partir dos anos 1970-1980. Em 2010 caiu para 50%. Destes 50% a metade é da Europa e outra metade da América.

Essa queda tende a ser ainda bem maior no século XXI e chegar ao patamar de 20 a 30% da produção mundial de bens e serviços. A referência é a queda em relação ao século XIX.

65 – A população da Europa era em 1913, 26% da população mundial e em 2012 caiu para 10%.

Dos Blocos Continentais aos Blocos Regionais

Os USA nos anos 1950/1960 tinham aproximadamente 40% do PIB mundial. Para analisar a desigualdade o autor diz que fica melhor fazer o grupamento em blocos regionais e não continentais.

67 - População mundial em 2012 próxima de 7 bilhões. PIB do mundo perto dos 70 trilhões de euros. Média mundial de 10.000 euros por habitante. Aplicando 10% de depreciação do capital e depois dividindo a renda média anual dá 760 euros/pessoa/mes em média.

USA e Canadá tem renda média anual de 40.000 euros.

A América Latina, média anual de 10.000 euros.

A China – média de 8.000 euros/habitante/ano.

Japão – média de 30.000 euros/habitante/ano

MUNDO – média de 10.100 euros/habitante/ano.

69 – A desigualdade mundial está na casa de 1:20, ou seja, os mais pobres, média de renda de 150 euros em média por mês e os mais ricos, média de 3.000 euros por habitante por mês.

As médias mais baixas estão na África Subsaariana + Índia, entre 150 e 250 euros/habitante/mês em média.

Os mais ricos – Europa Ocidental + USA + Japão. Média de 2.500 a 3.000 euros/pessoa por mês.

MUNDO – média mensal de 600 a 800 euros/habitante/mês.

 

................ prox. Capítulo   5/20

FICHAMENTO DE LEITURA - O CAPITAL NO SÉCULO XXI - Autor: Thomas Piketty - Ed. Intrínseca - RJ 2014 - cap. 5/20

 

Cap. 5/20

Leitor: Eng. Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida – Curitiba

Página 71 – Taxa de Câmbio, PIB e poder de compra. Interessante que os países pobres como China e Índia tem um PIB X, mas o poder de compra das pessoas é maior com o que ganham comparativamente a países ricos. Muitos itens produzidos pelos países pobres, pelo custo baixo da mão de obra, custam menos mas valem bem.

71 - ...” as estatísticas oficiais subestimam o PIB chinês”

72 – Os países ricos e a renda global.

Pelo câmbio nominal eles detém 57% da renda global, mas pelo poder de compra, cai para 46% da renda global.

71 – “Qualquer que seja a medida utilizada, o mundo parece estar entrando numa fase de convergência entre países ricos e pobres”.

72 – Porém os países ricos são duplamente ricos. Além da riqueza interna, tem capital empregado em países pobres e com este geral riquezas para si em detrimento dos pobres.

72 – A divisão mundial da renda é mais desigual do que a produção.

72 – Os países ricos que investem em outros normalmente não tem em termos de renda nacional tanto impacto, mas há sim um saldo positivo que se acumula. Exemplos: Os USA, França e Reino Unido, o saldo positivo é de 1 a 2% do PIB. Já o Japão e Alemanha, mais 2 a 3% do PIB.

73 – Às vésperas da I Guerra Mundial, o Reino Unido tinha uma renda nacional 10% maior do que sua produção interna. Drenava riquezas de suas colônias.

Já a França obtinha com suas colônias ao redor de mais 5% para sua renda nacional.

74 – Quais forças favorecem a convergência entre países?

Nenhum dos países asiáticos que cresceram recentemente se beneficiou do uso de capital estrangeiro. Ex. Japão, Coréia do Sul, Taiwan, China.

Geralmente esses países investiram em educação e formação.

75 – O que alavanca o crescimento econômico dos mais pobres é a difusão de conhecimento – implica em mais tecnologia, mais qualificação da mão de obra. Pela Educação.

Capítulo II - O Crescimento: Ilusões e Realidades

O autor vê cenário para esta fase do século XXI de “um possível retorno do regime histórico de baixo crescimento”

77 – Dois parâmetros: Crescimento da população; crescimento da produção por habitante. (baixos)

77 – Período 2013-2014 –

Crescimento econômico mundial: 3%

Crescimento da população mundial : 1%

Assim, o crescimento da renda mundial/habitante é de pouco mais de 2% ao ano.

“O crescimento durante períodos muito longos”

Página 78

Do ano 0 até o ano 1700 dC

Período Prod.Mund. Popul.mundial Prod/hab.

0 a 1700 ..........0,1% ............. 0,1% .........0,0%

1700-2012 ........1,6% ..........0,8%................... 0,8%

1700/1820 ....... 0,5% ........ .. 0,4%....... ........0,1%

1820/1913........ 1,5%......... 0,6% .....................0,9%

1913/2012 .........3,0% ........1,4%.................... 1,6%

Houve um salto na produção mundial com a Revol.Industrial

79 – A lei do crescimento acumulado

Ano 1700 – população mundial 600 milhões de habitantes

Ano 2012 – pop. Mundial – 7 bilhões de habitantes. A população em três séculos acima se multiplicou por dez. Caso a população mundial seguisse esse salto dos últimos 300 anos, chegaríamos a 2300 com 70 bilhões de pessoas no mundo.

Uma geração humana – estima-se em 30 anos. Uma população crescendo ao ritmo de 1% ao ano, cresce 35% em uma geração (30 anos)

Se ao invés de 1% crescer entre 2 e 2,5% ao ano, no mesmo período ela dobra, ou seja, cresce 100%.

 

............   continua no capítulo 6/20

FICHAMENTO DE LEITURA - O CAPITAL NO SÉCULO XXI - Autor: Thomas Piketty - Ed. Intrínseca - RJ 2014 - cap. 6/20

 CAPITULO 6/20 

         Página 82 – As etapas do Crescimento Demográfico

         O crescimento demográfico (populacional) alto está com os dias contados.  Dados da ONU estimam:

         Taxa de crescimento demográfico do mundo será ao redor de 0,4% ao ano até 2030/2040.    Estimam que vai se estabelecer na casa de 0,1% ao ano a partir de 2070 - 2080.   Assim c curva de população mundial forma um sino, rescendo de 1700 a 1950/1970 e descendo desde então.

         90 -  Poder de compra

         Ex.  uma bicicleta.  Das antigas toscas às apetrechadas mais modernas.   Entre 1890 e 1970, o poder de compra aumentou 40 vezes.   A Revolução Industrial trouxe formas mais eficazes de se alimentar, vestir, deslocar, informar, cuidar, etc.

         O autor diz que é mais razoável comparar taxas de crescimento populacional entre duas gerações (diferença de 30 anos – cada geração).  Entre 30 e sessenta anos de abrangência e fora disso se está comparando coisas muito diferentes.

         93 – O Crescimento:   Uma classificação dos modos de vida.

         94 – O Setor de Serviços subiu de forma marcante ao longo do tempo.   França e USA em 1800 tinham médias de ocupação em serviços perto de 15% da ocupação da mão de obra.  Já em 2012 elas tinham nesse grupamento, mais ou menos 70% da mão de obra.   64% na França e 80 nos USA.

         95 – No setor de Serviços, nos países mais desenvolvidos, os itens Saúde e Educação representam ao redor de 20% do total do Setor.

         Boa parte de Saúde e Educação costumam ser serviços públicos e pagos com impostos recolhidos pelo Governo.

         Saúde e Educação públicas nos países desenvolvidos, aproximadamente dos custos, a metade se refere à mão de obra.

         95 – Saúde e Educação  - podem custar 20% do PIB de um país e por outro lado serem sempre dois tipos de serviço da mais alta relevância à população.    Melhoram a qualidade de vida da população.

         96 – Saúde e Educação públicas costumam não entrar no cálculo PIB mas se forem privatizados os prédios e serviços, aparecerão no PIB, elevando-o artificialmente, porém não trazendo benefício adicional ao povo.

         96 – O Fim do Crescimento?

         98 – Costumamos ter uma idéia de crescimento tipo 3% ao ano a 5% a.a. no mundo.   “Isso é uma ilusão, seja do ponto de vista histórico, seja do ponto de vista da lógica”.      Cita o Economista Robert Gordon.      O ritmo vem caindo.  Pode ser inferior a 0,5% ao ano o crescimento da economia mundial entre 2050 e 2100.

         O autor diz que curiosamente toda a tecnologia da Informática e assemelhados traz menos mudança na produção do que foi o vapor, a eletricidade, que foram mudanças muito radicais.

         99 – Com um crescimento de 1% ao ano, as transformações sociais são profundas.   Com crescimento de 1 a 1,5% a.a. nos países ricos de 1980 para cá – internet, saúde melhorou.  Melhoria nos equipamentos de saúde, de tratamentos, etc.   O povo fez em maior escala, curso superior, etc.   Foi um salto.    (viagens aéreas muito expandidas, etc.)

         Muitas pessoas de hoje não existiam em 1980 e com a evolução em comunicação, saúde e educação melhorados – tantas profissões novas surgiram no período.    A sociedade mundial se transformou de 1980 para cá.

         100 -  O crescimento em si, mesmo que em escala alta, não vai garantir justiça social.  Haverá frustrações.

          A Posteridade dos Trinta Gloriosos ( 1950-1980)    Pos II Guerra.

         Antes desse período, quem bombou em termos de crescimento entre 1914 e 1945 foi os USA.    Já a Europa, que sofreu a guerra em seu território, marcou passo sem crescer no mesmo ritmo dos americanos.

         Já nos Trinta Gloriosos, a Europa pegou ritmo mais acelerado de crescimento e retomou o ritmo dos USA.

         USA foi mais ou menos constante no crescimento de 1,5% a.a.  Depois nos Trinta Gloriosos (1950-1980) deu um salto para mais ou menos 3% ao ano.     Mas esse índice americano foi ponto fora da curva.   Os outros países no período não cresceram tanto.

         101 – Entre 1950 e 1970, os países que perderam a guerra voltaram a alcançar os que venceram, em ritmo de crescimento.   Ex. Alemanha e Japão.

         Conservadorismo -   A Inglaterra de Margareth Thatcher e os USA do Ronald Reagan seriam uma busca de retomar os bons tempos do passado com mais capitalismo e menos social democracia.    Ambos melhoraram o ritmo de crescimento econômico no período (nessa onda conservadora) e na atualidade (2014) ainda se acredita nessa onda.

         Alcançaram o ritmo de Alemanha e Japão, mas do ponto de vista da Ciência Econômica o conservadorismo não teria feito diferença nisso tudo.

         102 – A dupla curva em sino do crescimento mundial.

         103 – O ritmo de expansão da população mundial atingiu o ápice por volta de 1950-1970 chegando a quase 2% ao ano o crescimento.  Depois disso a população vem em ritmo desacelerado e caindo e supõe-se que essa taxa de crescimento fique perto de zero após o ano 2050.   Assim o gráfico fica de subir até anos 50 e de descer daí em diante, tomando a forma de sino.

         ...................próximo capítulo -   7 de 20