Hoje (22-09-2020) nosso Presidente, seguindo uma tradição, vai falar na abertura da Assembléia da ONU, que este ano completa dia 29-09 seus 75 anos.
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terça-feira, 22 de setembro de 2020
MAIS UMA DA SÉRIE NARRADOR DE CARTUM - SOBRE A FALA DO PRESIDENTE NA ABERTURA DA ASSEMBLÉIA DA ONU - SET/2020
domingo, 20 de setembro de 2020
FICHAMENTO DE LEITURA - O CAPITAL NO SÉCULO XXI - Autor: Thomas Piketty - Ed. Intrínseca - RJ 2014 cap 1/20
1/20 Fichamento pelo leitor – Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida - agosto/20
Autor do
livro: Thomas Piketty – editora Intrínseca - 672 p
Na introdução o autor faz uma série de agradecimento à equipe de pesquisa que ele lidera, numa atitude bacana. Foram quinze anos de pesquisa (1998 a 2013)
Começou
com o estudo sobre a desigualdade na França, sua terra, e depois foi expandindo
com seus colaboradores a pesquisa para mais de 20 países.
O autor
é Diretor Acadêmico da École Des Hautes Études em Sciences Sociales desde o ano
2000 em Paris.
Abrangência
do estudo: três séculos.
Página 9
- ...” não conseguiram evitar o apocalipse marxista...”
Taxa de
remuneração do capital, no início do século XIX ultrapassa a taxa de
crescimento da produção e da renda. Isto
ocorreu no século XIX e tende a voltar a ocorrer no século XXI.
Nesse
caso o capitalismo produz automaticamente desigualdades insustentáveis,
arbitrárias...
Ele
provoca: Um debate sem fontes?
10 –
Cita Balzac que em seus romances acabava dando pistas da distribuição da
riqueza em seu tempo e das injustiças sociais.
10 –
Interdisciplinar o estudo da riqueza, etc.
E todos tem o direito de atinar sobre o tema.
“A
democracia jamais será suplantada pela república dos especialistas – o que é
muito positivo”.
11 –
Malthus, Young e a Revolução Francesa.
Final do Século XVIII, início do século XIX. Crescimento demográfico sustentado. Êxodo rural, Revolução Industrial. Mexeu com a estrutura social, etc.
12 – Por
volta do ano 1700 a França era relativamente populosa com seus 20 milhões de
habitantes. O Reino Unido, 8 milhões e a
Inglaterra, 5 milhões.
Malthus
era um Reverendo e publicou ensaios.
Muitos dados ele coletou das andanças de um Agrônomo que percorreu a
França de norte a sul e constatou e registrou a pobreza do povo francês de
então.
As
teorias de Malthus causaram susto na nobreza da Inglaterra de 1790, sendo que
em 1789 houve a Revolução Francesa por revolta do povo.
A
Inglaterra ficou com medo que isso poderia ocorrer por lá também.
13 –
David Ricardo e sua obra O Princípio da Escassez.
13 –
“David Ricardo e Karl Marx, os dois mais importantes economistas do século
XIX. Notar que era algo de ruptura essa
época. Revolução Industrial, êxodo
rural, etc.
Ricardo,
1817 – preocupação com a renda da terra.
Já Marx tinha foco na renda da indústria
(urbana), dos capitalistas industriais.
18 –
Simon Juznetz no século XX. Teoria na
linha proposta por ele em 1955. Ele
acreditava que as coisas no capitalismo iriam se ajustar em níveis aceitáveis. Ele estava no período depois chamado de
Anos Gloriosos (1945-1975) do pós II
Guerra. Tempo de paz e prosperidade. Acreditava-se numa linha que “o crescimento
era como a maré alta que levanta todos os barcos...” (ajudaria todos, patrão, empregado, etc.)
Ele em
trabalho de 1953 publicado, traz para embasar suas teorias, sólidos dados
estatísticos. Primeira fonte – USA,
que a partir de 1913 – criou o Imposto de Renda Federal. Daí, ter série de dados.
19 –
Imposto de Renda Progressivo. Por volta
da I Guerra Mundial.
1913 nos USA, 1914 na França, 1909 no Reino Unido e
1922 na Índia e 1932 na Argentina.
No
século XIX a França tinha um tributo que tomava por base o número de portas do
imóvel urbano, já que teria difícil acesso ao capital de cada um.
Dos
dados coletados por Kuznets dos USA:
USA em
1910, os 10% mais ricos recebiam entre 45 e 50% da renda nacional anual. No final dos anos 40, os 10% mais ricos
passaram a receber de 30 a 35% da renda nacional anual.
....... prox. Cap. 02/20
FICHAMENTO DE LEITURA - O CAPITAL NO SÉCULO XXI - Autor: Thomas Piketty - Ed. Intrínseca - RJ 2014 - cap 2/20
Capítulo 2/20
Pelo leitor Orlando Lisboa de Almeida – Eng.Agrônomo
...... A renda, nos USA, no período de 1910 ao final dos anos 40 caiu
para todas as faixas de público em decorrência da depressão dos anos 30 com o
crash da Bolsa inclusive. Efeitos da I Guerra Mundial também.
A queda na renda foi provocada e não foi espontânea.
Analisando o trabalho de Kuznetz, cita que o referido supõe de uma forma
“quase ingênua” que a curva teria forma de sino e se auto corrige.
Página 21 - Depois constata que Kuznetz manteve esse otimismo, que a
disparidade na distribuição da renda se corrigia por si só para não desanimar
países em desenvolvimento do ‘mundo livre”. Ou seja, queria todos pro USA na
Guerra Fria.
22 – O autor chama de teoria “mágica” da turma de Kuznetz. (porque sem
os eventos da depressão e da Guerra, a concentração da renda tenderia a ser
crescente e a curva não cairia para formar um sino..)
Pikkety reforça que o período de melhor distribuição da renda citado no
estudo de Kuznetz foi por eventos exógenos – Recessão dos anos 30 e a Guerra
quando o Estado adotou medidas para amparar a população.
22 – Recolocando a questão distributiva no cerne da análise econômica.
Ele diz que estamos na atualidade vendo novos cenários que não dá para dizer
para onde vai a economia mundial. Dúvidas até certo ponto cruciais como as
mudanças ocorridas no século XIX.
O Capitalismo financeiro vai dar o tom?
A China e o Banco da China vão dar o tom?
Os Paraisos Fiscais vão dar o tom?
23 – Ele fala dos méritos dos economistas do século XIX ao fazerem
perguntas sobre a desigualdade na distribuição da renda de então e procurar entender
seus mecanismos. “Demoramos muito tempo para recolocar a questão da
desigualdade no centro da análise econômica”
23 – As fontes utilizadas neste livro.
A – Séries de dados que lidam diretamente com a desigualdade na
distribuição de renda.
B – Séries de dados que lidam com a distribuição de riquezas.
E a relação entre a riqueza e a renda.
24 – Ele começou aplicando o método de Kuznetz para o caso da França.
Publicou seu trabalho em 2001.
24 – Entre 2007 e 2010 com colaboradores, elaborou para países como
Reino Unido, USA, Canadá, Japão, Alemanha, Suiça, Espanha, Portugal, China,
Argentina, Índia.
24 – Os dados contidos no WTID World Top Incomes Database. Sobre a
evolução da desigualdade de rendas no mundo. Dados de renda, capital, juros,
etc. Ele usou dados desta fonte também.
27 – Dados relevantes do estudo do autor vem dessa fonte.
29 – Forças de convergência, forças de divergência. Comportamento das
rendas, se concentram ou se distribuem...
31 – A força fundamental da divergência: r > g.
34 – O banco de dados maior se refere ao Reino Unido e a França que
foram no século XIX as maiores potências coloniais e tinham dados que se
tornaram disponíveis para análise.
35 – Fase importante do mundo. 1870-1914 - Uns chamam de primeira
Globalização Financeira e Comercial.
Ø Lâmpada elétrica;
viagens transatlânticas; cinema, rádio, automóvel.
A França em dois séculos mudou pouco sua população, de 30 para
60 milhões de habitantes. Os USA, da Independência para cá, saiu de 3
milhões para 340 milhões de pessoas. Ao se comparar dados de ambos, tem que
levar isso em conta.
36 – Emergentes como China, Índia e Brasil hão de sofrer tanto os
efeitos da desaceleração do crescimento demográfico quanto da redução no ritmo
de expansão econômica.
36 – Revolução Americana 1776, instituiu o princípio republicano mas
deixou a escravidão prosperar por mais 100 anos. Também deixou a discriminação
racial continuar por quase mais dois séculos.
Diferentemente a França, em 1789 já pela Revolução Francesa, colocou a
igualdade de direitos desde então.
........... prox. Capítulo 03/20
FICHAMENTO DE LEITURA - O CAPITAL NO SÉCULO XXI - Autor: Thomas Piketty - Ed. Intrínseca - RJ 2014 cap. 03/20
Capítulo 3/20
Página 37 – O autor deste livro nasceu em 1971. Publicou o livro com 49 de idade. Ele lembra que estava com 18 anos em 1989, ano do bi centenário da Revolução Francesa; ano da Queda do Muro de Berlim e da derrocada da URSS.
Ele se coloca contra o comunismo.
37 – “O que me interessa é contribuir... para o debate sobre a
organização social, as instituições e as políticas públicas que ajudam a
promover uma sociedade mais justa”. ... estado de direito... debatidas de
maneira democrática”.
Ele aos 22 anos de idade, já tendo doutorado, chegou a lecionar numa
universidade em Boston nos USA. Regressou para a Europa aos 25 anos (ele é
francês). Não foi convencido pelo trabalho acadêmico dos Economistas
americanos. Reclama que o pessoal fica naquela de uns cálculos matemáticos e
teorias abstratas, sem aproximação com as ciências sociais e a evolução histórica.
38 – Diz que na França os economistas não se sentem os tais e não são
tão cobrados.
39 – “Na realidade, a economia jamais deveria ter tentado se separar de
outras ciências sociais...” Não há como avançar sem saber o que se passa em
outras áreas.
Ainda na introdução (que vai até a página 45), destaca que na parte
final do livro (de 560 p) será abordada inclusive a “degradação do capital
natural”.
41 – Ele diz da “ambição” do título O Capital no Século XXI e afirma que
ficaria mais pragmático ser O Capital no Alvorecer do Século XXI. E destaca:
...”a história sempre inventa seus próprios caminhos”.
Capitulo 1 - Renda e Produção
45 – Em 2012, greve numa mina de platina na África do Sul, empresa de
uma companhia inglesa. Deu polícia e na repressão esta atirou contra os
grevistas e matou 14 deles.
Relembra casos nos USA e na França entre 1886 e 1891 com força policial
matando grevistas.
Pergunta: Será que o confronto se estenderá ao século XXI entre capital
e trabalho?
Sub título - A divisão do capital- trabalho no longo prazo: não tão
estável.
47 – No passado a academia supunha que a renda dividida entre capital e
trabalho tinha uma certa estabilidade no patamar: 2/3 para o trabalho e 1/3
para o capital.
48 – Alguns eventos da onda conservadora que virou o jogo a favor do
capital:
A) – Revolução conservadora anglo saxã de 1979 – 1980.
B) - O desmonte da URSS (1989-1990)
C) - a globalização financeira e desregulamentação dos mercados –
1990-2000.
O capital reconquistou níveis de resultados mais favoráveis para si que
não ocorriam desde 1913. Há um século o capital mais destacado era o fundiário.
Já neste início de século XXI são: o capital imobiliário; o capital
industrial; o capital financeiro e há quem acrescente o capital humano.
49 – A noção de renda nacional - PIB (Produto Interno Bruto) menos a
depreciação dos fatores de produção. Em estudos macro, a depreciação no caso
pode ser medida como 10% ao ano do PIB.
Então temos o PIB – depreciação = PIL Produto Interno líquido.
Ou Renda Interna . Depois de ter a renda interna de um país, soma-se a
renda que o mesmo aufere no exterior.
50 – No tempo do Colonialismo praticado pela Europa ela era o dominador.
Hoje ela se vê, em termos econômicos, como parte dos países “dominados” em
termos econômicos. Na França há a crença de que o país é refém de Fundos dos
USA e do Banco da China. Não é verdade.
Pensa-se que os USA em termos de capitais estaria nas mãos de japoneses
e alemães, o que também é mera crença.
Hoje a desigualdade está mais dentro dos próprios países do que entre
eles. (o autor tem dados que respaldam essas posições)
51 – Renda Nacional = Produção Interna + renda líquida recebida do
exterior. Já no âmbito mundial, temos que Renda Mundial = produção mundial.
............ continua no cap. 4/20
FICHAMENTO DE LEITURA - O CAPITAL NO SÉCULO XXI - Autor: Thomas Piketty - Ed. Intrínseca - RJ 2014 - cap. 4/20
Capitulo 4/20
Leitor: Eng. Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida – Curitiba PR
Página 56 - Capítulo: O que é o Capital? A razão capital / renda
Países ricos como França, Reino Unido, Alemanha, Itália, USA e Japão, a
renda nacional é de aproximadamente 30.000 a 35.000 euros/ hab.
(posição de 2010)
A riqueza privada desses países fica na faixa de 150.000 a 200.000
euros/habitante. A riqueza privada média desses países gira em torno de 5 a 6
anos da renda.
Letra Beta expressa a razão capital/renda.
Beta maior que 6 na Itália e Japão. Beta menor que 5 nos USA e Alemanha.
Por se tratar de médias, elas não dizem muito sobre a disparidade
interna da distribuição de rendas nos países citados.
57 – A primeira lei fundamental do capitalismo. Alfa = r x Beta
Associar o estoque de capital e seu fluxo de renda. r é a faixa de
remuneração média do capital. Exemplo. Se Beta = 600% e r = 5% alfa será 30%.
58 – “A taxa de retorno médio das ações em bolsa chega a 7-8% ao ano
durante períodos longos em vários países”. A faixa de retorno dos imóveis e dos
títulos raras vezes superam 3 a 4% ao ano de taxa de retorno.
Taxa da dívida pública comumente é menor que 3% ao ano por
potencialmente ser de menor risco.
59 – Rendimento; remuneração do capital no passado: ao redor de 5% ao
ano. Em média, em 20 anos, o rendimento soma igual ao capital.
1000 euros aplicados em 20 anos ao final – espera-se 2.000 euros.
Imóvel no século XXI tem dado rendimento de mais ou menos 5% ao ano.
Pode ser aluguel, por exemplo. Exemplo. Apartamento de 500.000 reais x 5% ao
ano = 25.000 de aluguel por ano – aprox.. 2.000/mês.
60 – O retorno sobre o capital investido numa empresa costuma ser maior
porque o risco é maior. Retorno esperado do capital investido em 12 a 15 anos,
o que dá um rendimento médio anual de 6 a 8% a.a.
61 – A contabilidade nacional: uma construção social em andamento.
62 – Comparar as riquezas e a rivalidade Reino Unido x França,
rivalidade essa que sempre existiu.
63 – “Imperfeitos os balanços...o capital natural e os danos ao meio
ambiente são mal contabilizados”. (Se fossem contabilizados corretamente
estariam se auto denunciando – destaco como leitor)
63 – Dados da renda per capita, etc. são sempre estimativas e não uma
certeza matemática.
64 – A divisão mundial da produção.
Entre 1900 e 1980 a Europa e América eram responsáveis por algo em torno
de 70 a 80% da produção mundial de bens e serviços. Caiu a partir dos anos
1970-1980. Em 2010 caiu para 50%. Destes 50% a metade é da Europa e outra
metade da América.
Essa queda tende a ser ainda bem maior no século XXI e chegar ao patamar
de 20 a 30% da produção mundial de bens e serviços. A referência é a queda em
relação ao século XIX.
65 – A população da Europa era em 1913, 26% da população mundial e em
2012 caiu para 10%.
Dos Blocos Continentais aos Blocos Regionais
Os USA nos anos 1950/1960 tinham aproximadamente 40% do PIB mundial.
Para analisar a desigualdade o autor diz que fica melhor fazer o grupamento em
blocos regionais e não continentais.
67 - População mundial em 2012 próxima de 7 bilhões. PIB do mundo perto
dos 70 trilhões de euros. Média mundial de 10.000 euros por habitante.
Aplicando 10% de depreciação do capital e depois dividindo a renda média anual
dá 760 euros/pessoa/mes em média.
USA e Canadá tem renda média anual de 40.000 euros.
A América Latina, média anual de 10.000 euros.
A China – média de 8.000 euros/habitante/ano.
Japão – média de 30.000 euros/habitante/ano
MUNDO – média de 10.100 euros/habitante/ano.
69 – A desigualdade mundial está na casa de 1:20, ou seja, os mais
pobres, média de renda de 150 euros em média por mês e os mais ricos, média de
3.000 euros por habitante por mês.
As médias mais baixas estão na África Subsaariana + Índia, entre 150 e
250 euros/habitante/mês em média.
Os mais ricos – Europa Ocidental + USA + Japão. Média de 2.500 a 3.000
euros/pessoa por mês.
MUNDO – média mensal de 600 a 800 euros/habitante/mês.
................ prox. Capítulo 5/20
FICHAMENTO DE LEITURA - O CAPITAL NO SÉCULO XXI - Autor: Thomas Piketty - Ed. Intrínseca - RJ 2014 - cap. 5/20
Cap. 5/20
Leitor: Eng. Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida – Curitiba
Página 71 – Taxa de Câmbio, PIB e poder de compra. Interessante que os
países pobres como China e Índia tem um PIB X, mas o poder de compra das
pessoas é maior com o que ganham comparativamente a países ricos. Muitos itens
produzidos pelos países pobres, pelo custo baixo da mão de obra, custam menos
mas valem bem.
71 - ...” as estatísticas oficiais subestimam o PIB chinês”
72 – Os países ricos e a renda global.
Pelo câmbio nominal eles detém 57% da renda global, mas pelo poder de
compra, cai para 46% da renda global.
71 – “Qualquer que seja a medida utilizada, o mundo parece estar
entrando numa fase de convergência entre países ricos e pobres”.
72 – Porém os países ricos são duplamente ricos. Além da riqueza
interna, tem capital empregado em países pobres e com este geral riquezas para
si em detrimento dos pobres.
72 – A divisão mundial da renda é mais desigual do que a produção.
72 – Os países ricos que investem em outros normalmente não tem em
termos de renda nacional tanto impacto, mas há sim um saldo positivo que se
acumula. Exemplos: Os USA, França e Reino Unido, o saldo positivo é de 1 a 2%
do PIB. Já o Japão e Alemanha, mais 2 a 3% do PIB.
73 – Às vésperas da I Guerra Mundial, o Reino Unido tinha uma renda
nacional 10% maior do que sua produção interna. Drenava riquezas de suas
colônias.
Já a França obtinha com suas colônias ao redor de mais 5% para sua renda
nacional.
74 – Quais forças favorecem a convergência entre países?
Nenhum dos países asiáticos que cresceram recentemente se beneficiou do
uso de capital estrangeiro. Ex. Japão, Coréia do Sul, Taiwan, China.
Geralmente esses países investiram em educação e formação.
75 – O que alavanca o crescimento econômico dos mais pobres é a difusão
de conhecimento – implica em mais tecnologia, mais qualificação da mão de obra.
Pela Educação.
Capítulo II - O Crescimento: Ilusões e Realidades
O autor vê cenário para esta fase do século XXI de “um possível retorno
do regime histórico de baixo crescimento”
77 – Dois parâmetros: Crescimento da população; crescimento da produção
por habitante. (baixos)
77 – Período 2013-2014 –
Crescimento econômico mundial: 3%
Crescimento da população mundial : 1%
Assim, o crescimento da renda mundial/habitante é de pouco mais de 2% ao
ano.
“O crescimento durante períodos muito longos”
Página 78
Do ano 0 até o ano 1700 dC
Período Prod.Mund. Popul.mundial Prod/hab.
0 a 1700 ..........0,1% ............. 0,1% .........0,0%
1700-2012 ........1,6% ..........0,8%................... 0,8%
1700/1820 ....... 0,5% ........ .. 0,4%....... ........0,1%
1820/1913........ 1,5%......... 0,6% .....................0,9%
1913/2012 .........3,0% ........1,4%.................... 1,6%
Houve um salto na produção mundial com a Revol.Industrial
79 – A lei do crescimento acumulado
Ano 1700 – população mundial 600 milhões de habitantes
Ano 2012 – pop. Mundial – 7 bilhões de habitantes. A população em três
séculos acima se multiplicou por dez. Caso a população mundial seguisse esse
salto dos últimos 300 anos, chegaríamos a 2300 com 70 bilhões de pessoas no
mundo.
Uma geração humana – estima-se em 30 anos. Uma população crescendo ao
ritmo de 1% ao ano, cresce 35% em uma geração (30 anos)
Se ao invés de 1% crescer entre 2 e 2,5% ao ano, no mesmo período ela
dobra, ou seja, cresce 100%.
............ continua no
capítulo 6/20
FICHAMENTO DE LEITURA - O CAPITAL NO SÉCULO XXI - Autor: Thomas Piketty - Ed. Intrínseca - RJ 2014 - cap. 6/20
CAPITULO 6/20
Página
82 – As etapas do Crescimento Demográfico
O
crescimento demográfico (populacional) alto está com os dias contados. Dados da ONU estimam:
Taxa de
crescimento demográfico do mundo será ao redor de 0,4% ao ano até
2030/2040. Estimam que vai se estabelecer
na casa de 0,1% ao ano a partir de 2070 - 2080. Assim c curva de população mundial forma um
sino, rescendo de 1700 a 1950/1970 e descendo desde então.
90
- Poder de compra
Ex. uma bicicleta. Das antigas toscas às apetrechadas mais
modernas. Entre 1890 e 1970, o poder de
compra aumentou 40 vezes. A Revolução
Industrial trouxe formas mais eficazes de se alimentar, vestir, deslocar,
informar, cuidar, etc.
O autor
diz que é mais razoável comparar taxas de crescimento populacional entre duas
gerações (diferença de 30 anos – cada geração).
Entre 30 e sessenta anos de abrangência e fora disso se está comparando
coisas muito diferentes.
93 – O
Crescimento: Uma classificação dos modos
de vida.
94 – O
Setor de Serviços subiu de forma marcante ao longo do tempo. França e USA em 1800 tinham médias de
ocupação em serviços perto de 15% da ocupação da mão de obra. Já em 2012 elas tinham nesse grupamento, mais
ou menos 70% da mão de obra. 64% na
França e 80 nos USA.
95 – No
setor de Serviços, nos países mais desenvolvidos, os itens Saúde e Educação representam ao redor de 20% do total do Setor.
Boa
parte de Saúde e Educação costumam ser serviços públicos e pagos com impostos
recolhidos pelo Governo.
Saúde e
Educação públicas nos países desenvolvidos, aproximadamente dos custos, a
metade se refere à mão de obra.
95 –
Saúde e Educação - podem custar 20% do
PIB de um país e por outro lado serem sempre dois tipos de serviço da mais alta
relevância à população. Melhoram a
qualidade de vida da população.
96 –
Saúde e Educação públicas costumam não entrar no cálculo PIB mas se forem
privatizados os prédios e serviços, aparecerão no PIB, elevando-o
artificialmente, porém não trazendo benefício adicional ao povo.
96 – O
Fim do Crescimento?
98 –
Costumamos ter uma idéia de crescimento tipo 3% ao ano a 5% a.a. no mundo. “Isso é uma ilusão, seja do ponto de vista
histórico, seja do ponto de vista da lógica”. Cita o Economista Robert Gordon. O ritmo vem caindo. Pode ser inferior a 0,5% ao ano o crescimento
da economia mundial entre 2050 e 2100.
O autor
diz que curiosamente toda a tecnologia da Informática e assemelhados traz menos
mudança na produção do que foi o vapor, a eletricidade, que foram mudanças
muito radicais.
99 – Com
um crescimento de 1% ao ano, as transformações sociais são profundas. Com crescimento de 1 a 1,5% a.a. nos países
ricos de 1980 para cá – internet, saúde melhorou. Melhoria nos equipamentos de saúde, de
tratamentos, etc. O povo fez em maior
escala, curso superior, etc. Foi um
salto. (viagens aéreas muito
expandidas, etc.)
Muitas
pessoas de hoje não existiam em 1980 e com a evolução em comunicação, saúde e
educação melhorados – tantas profissões novas surgiram no período. A sociedade mundial se transformou de 1980
para cá.
100
- O
crescimento em si, mesmo que em escala alta, não vai garantir justiça
social. Haverá frustrações.
A Posteridade dos Trinta Gloriosos (
1950-1980) Pos II Guerra.
Antes
desse período, quem bombou em termos de crescimento entre 1914 e 1945 foi os
USA. Já a Europa, que sofreu a guerra
em seu território, marcou passo sem crescer no mesmo ritmo dos americanos.
Já nos
Trinta Gloriosos, a Europa pegou ritmo mais acelerado de crescimento e retomou
o ritmo dos USA.
USA foi
mais ou menos constante no crescimento de 1,5% a.a. Depois nos Trinta Gloriosos (1950-1980) deu
um salto para mais ou menos 3% ao ano.
Mas esse índice americano foi ponto fora da curva. Os outros países no período não cresceram
tanto.
101 –
Entre 1950 e 1970, os países que perderam a guerra voltaram a alcançar os que
venceram, em ritmo de crescimento. Ex.
Alemanha e Japão.
Conservadorismo
- A Inglaterra de Margareth Thatcher e
os USA do Ronald Reagan seriam uma busca de retomar os bons tempos do passado
com mais capitalismo e menos social democracia. Ambos melhoraram o ritmo de crescimento
econômico no período (nessa onda conservadora) e na atualidade (2014) ainda se
acredita nessa onda.
Alcançaram
o ritmo de Alemanha e Japão, mas do ponto de vista da Ciência Econômica o
conservadorismo não teria feito diferença nisso tudo.
102 – A
dupla curva em sino do crescimento mundial.
103 – O
ritmo de expansão da população mundial atingiu o ápice por volta de 1950-1970
chegando a quase 2% ao ano o crescimento.
Depois disso a população vem em ritmo desacelerado e caindo e supõe-se
que essa taxa de crescimento fique perto de zero após o ano 2050. Assim o gráfico fica de subir até anos 50 e
de descer daí em diante, tomando a forma de sino.
...................próximo
capítulo - 7 de 20