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sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

CAP 03/20 - fichamento - livro - O PODER DA CHINA - Autor: brasileiro RICARDO GEROMEL - Ano 2019


O autor propõe uma lição de casa: Quantos jornalistas a imprensa brasileira mantém na China? (nosso maior parceiro comercial desde 2009)
Ela que também é a segunda maior economia do mundo.
Aqui no Brasil, matéria jornalística sobre a China ou é tradução de artigos estrangeiros ou “isca” de cliques com conteúdo muito vazio.
População da China: 1,4 bilhão de pessoas. Destas, 802 milhões usam ativamente a internet e destes, 98% o fazem por celular. Deixando de lado, para efeito de comparação, esses 802 milhões de chineses plugados são equivalentes à soma da população inteira dos USA (327 mi), Indonésia (264 mi) e Brasil (209 mi).
A China tem área vasta e 56 diferentes grupos étnicos. Mais de 100 idiomas falados.
Chengdu, terra dos ursos pandas, uma das cidades mais turísticas da China. A economia da cidade de Chengdu é maior que a economia da Noruega.
Chongqing cidade com população maior que a soma de Nova Iorque, Los Angeles e Chicago somadas. A cidade tem a economia maior que a do Chile.
Suzhou – a Veneza da China – edifícios tradicionais com belos jardins chineses – nove desses jardins são tombados como Patrimonio da Humanidade pela UNESCO, órgão da ONU.
A economia da cidade de Suzhou é maior que a da Austria. O autor fala do hot pot – algo da cozinha tradicional da região.
Página 30 – Tabela com as cidades com maior PIB e comparadas a Países:
1ª. – Xangai 820 bi de dólares de PIB 2015 - // Filipinas
2ª – Pequim 664 bi de dólares // UAE
3ª – Guangzhou - 524 bi de dólares //Suiça
4ª – Shenzhen 591 bi de dólares // Suécia
5ª – Tianjin 478 bi // Romênia
............................................................................
9ª – Wuhan 324 bi de dólares // Israel
Página 30 - A China tem mais de cem cidades com população superior a 1 milhão de habitantes. Estudos projetam que em 2025 ela terá 221 cidades com mais de 1 milhão de habitantes. Os USA tem apenas 10.
Para se ter ideia da velocidade de mudanças, no ano de 2011 a China passou dos 50% de população urbana. Antes era um país predominante de população rural. Em 2019 já são 60% urbanos e 40% na zona rural.
Dados do Instituto Hurun referentes a maio de 2019: A China tem 202 unicornios (empresas de capital fechado com valor acima de 1 bi de dólares). O Brasil tem menos de dez.
O Brasil tem a 99 – focada em viagens de carona e esta virou um unicórnio. Hoje ela tem capital da chinesa DiDi. O brasileiro Nubank, a Movile – dona do iFood. A Loggi – rede de motocicletas de entregas, a Gumpass – de acesso a academias de ginástica, a 5º Andar (aluguel pela web) são unicórnios brasileiras.
Unicornios chinesas logo vão buscar mercado também no exterior. Diferente do pessoal do Vale do Silício, as empresas da China buscam parceiros locais para operar no exterior.
33 – Fundos de capital de risco chineses na América Latina:
Em 2015 – acumulavam 30 milhões de dólares aplicados;
Em 2019 – mais de 1 bi de dólares aplicados.
“Enquanto o Trump ficou fechado no seu America First, os chineses nadaram de braçada nesse espaço”. É a China aumentando sua influência no mundo via mercado principalmente.
33 – No ano de 2017 – “O investimento estrangeiro direto chinês ( FDI) na América Latina atingiu o montante de 200 bilhões de dólares. A região é o segundo maior destino de investimentos da China. Até 2025 o presidente Xi Jinping projeta 250 bilhões de dólares na América Latina.
34 - Praticamente 1 bilhão de chineses acessam a internet e dos que acessam, praticamente 100% deles o fazem pelo celular e similares. No Brasil dos 211 milhões de habitantes totais, 140 milhões (66%) usam internet. Destes, 130 milhões acessam a internet por celular ou similar. A população urbana do Brasil é de 87%. (a da China, 60% urbana).
35 – Os analfabetos do século passado não sabiam ler e os de hoje, de modo figurado, são os que não sabem usar a internet.
Base janeiro de 2019: PIB Produto Interno Bruto per capita (por pessoa)
China: 16.870 dolares per capita como média
Brasil: 15.484 dolares per capita como média
36 – Durou trinta anos na China a política de filho único, coincidindo com um período de vacas magras, de extrema pobreza, o que os levou a tomar essa medida dentre outras. Hoje em dia este sistema não existe mais por lá. Em consequência daquela política de filho único eles tem atualmente 3% a mais de homens do que mulheres. Parece pouco, mas são 42 milhões de homens a mais com relação às mulheres.
Importante: Só o tamanho da população da China não explica a pujança da economia chinesa atual. Nos anos 90 China e Índia com populações enormes e semelhantes em tamanho. Ambas com PIB per capita por volta de 2.000 dolares. Em 2018 o PIB per capita da China saltou para 16.870 dolares e o da Índia para 7.500 dolares. Diferenças: Apenas 41% dos indianos acessam a internet e mais de 30 % dos indianos de mais de 15 anos de idade são analfabetos. A educação faz toda a diferença.

...................... continua no capítulo 04/20 dia 17-12-20 

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

CAP. 02/20 - fichamento - livro - O PODER DA CHINA - Autor (brasileiro) - RICARDO GEROMEL (edição de 2019)

CAP 02/20 - fichamento - livro - O PODER DA CHINA - Autor: o brasileiro - RICARDO GEROMEL. livro de 2019
“..com visto para trabalhar em Xangai, quando decidi sair do mercado financeiro para investir na minha formação holística. Estava incomodado com o rumo da minha carreira, na qual saberia muito sobre pouco”.
Na escola de negócios mais antiga, em Paris, a ESCP Europe, de 1819 ele estudou e lá conheceu uma colega chinesa, viveram um tempo juntos, ela visitou várias vezes o Brasil e ele, a China com ela.
Ele empreendedor na China nas férias – organizava viagens ao Brasil com pessoal ligado ao futebol da China como jogadores, técnicos, dirigentes etc.
“Ah!, o namoro com a chinesa não deu certo, mas o dragão já havia me mordido e o amor pela China só cresceu”.
Em 2011 foi para a Revista Forbes. Não é jornalista; caiu lá de paraquedas.
15 – Montou grupo de investidores e compraram dois times de futebol nos USA, um deles tendo o Ronaldo Fenômeno como investidor.
16 – Várias pessoas com quem ele se relacionava no Vale do Silício (na Califórnia – USA) “estavam obcecadas pela China. Na China, buscar inovação e capital para tocar projetos. No Vale do Silício mais de 40% das startups possuem fundadores estrangeiros. Isto não ocorre assim na China. “A China não é tão aberta a estrangeiros”.
17 - ... “liderei missões de executivos brasileiros para explorarem inovação na Índia, em Singapura e em Israel”.
A esposa do Geromel é a norte-americana Madison Stanford.
O cerne do meu trabalho com a StarSe é decodificar a nova economia da China. Outros focam a empresa, os negócios e a família. “E eu, sortudo, passo minhas horas focado com protagonistas da nova economia digital da China, aprendendo, entrevistando, lendo, ajudando a fazer negócios...”
O autor se autodenomina um “Aprendedor profissional”.
Cita o co-fundador da Airbnb, Brian Chesky, 33 anos. Empresa bilionária com 2.000 funcionários, 21 escritórios ao redor do mundo. “ir direto à fonte”.
Estratégia do autor: No ir direto à fonte, não chama eventos de reuniões com empresários; chama de encontros. Em menos de dois anos na China, mais de 2.000 encontros. Busca para um grupo num tema, sempre mais a qualidade do que a quantidade de encontros.
19 - “... a maioria dos chineses quer fazer negócios e não apenas trocar conhecimento”.
Ao assessorar grupos ...”ter certeza de que estão falando a mesma língua (conseguindo seguir a linha de raciocínio..).
20 – Já levou para a China mais de 200 brasileiros, inclusive bilionários em programas executivos.
20 – O chinês Neil Shen, o maior investidor em tecnologia do mundo, o Messi dos Venture Capitalists (VCs) - Capital de Risco.
Citou de passagem o irmão do autor, zagueiro do Grêmio portoalegrense.
Falando em dados que nem sempre são confiáveis ele resume: “Eu confio em Deus, todos os outros devem trazer dados”.
Os mitos – achar que no cotidiano chineses comem cachorro. Houve e há casos isolados mas hoje em dia se usa mito desse tipo para criar repulsa nas pessoas sobre o que elas não conhecem.
22 – O povo de lá chega a ter cães e gatos, mas nem tanto.
“Durante a Revolução Cultural (1966-1076) foi proibido ter cães como animais domésticos”.
Não tenho nenhuma ignorante ambição em me descrever como um profundo conhecedor da China. Sou um estudante apaixonado pela China.
23 – O amigo dele, Marcos Caramuru, Embaixador do Brasil na China disse: “A China é um vício”.
“Se alguém disser a você que conhece a China profundamente, corra”.
...”evitar tirar conclusões precipitadas”. Ele vai colocar foco mais na China inovadora. Sugere que quem quer a visão mais holística é para ler também algum livro mais focado no tema do gosto do leitor.
Ele aceita contatos como Ricardo Geromel e ricogeromel pela web.
Diz que pode até demorar mas procura responder a todos.
25 – Capítulo 1 – As Ferramentas Básicas para Decodificar a China
Somos ignorantes em relação à China. Fato.
As discussões no Ocidente sobre a China tendem a ser superficiais. Em resumo: “A China não fez parte da nossa pauta”.
Ele estudou no Colégio Sion em SP, dos melhores da capital. Mesmo lá, quase nada ensinaram sobre a China. Logo esta que tem a maior população do planeta e é a civilização contínua mais longa da história.
Em parte ele atribui à repulsa do mundo ocidental ao país comunista. O mundo ocidental, tipo 007, na propaganda colocavam os russos comunistas como vilões e a China era igualmente ignorada. Outra razão para esse ignorar pode estar no fato de que no século XX até a década de 90, ela era um país extremamente pobre.

Continua no capítulo 03/20 (um por dia corrido) 

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

CAP. 01/20 - fichamento - livro - O PODER DA CHINA - Autor: empreendedor brasileiro - RICARDO GEROMEL (edição de 2019)

 

RESENHA DO LIVRO – O PODER DA CHINA    14-12-2020

Autor: Ricardo Geromel

 

         Início de leitura dia 10-12-2020.   Livro que ganhei do amigo Professor Alberto Ym Junior, paulistano, Professor da UFTO Tocantins.

         Comentário da orelha do livro – O autor em 2010 já era articulista da Revista Forbes que faz o ranking dos bilionários do planeta.  

         Em 2010 a China tinha 64 bilionários (em dólar americano) e em 2018 ela tem 372 bilionários.

         Em 1981, mais de 88% da população chinesa vivia na pobreza extrema.   Em 2013, apenas 2% da população está nessa condição.   Em apenas 30 anos 850 milhões de pessoas na China deixaram de figurar na pobreza extrema.    Este feito não tem paralelo na história da humanidade.

         O site Alibaba vende em um só dia mais do que todos os sites de vendas do Brasil vendem em um ano.

         O similar ao WhatsApp deles é o WeChat no qual 50% do tempo que eles ficam no celular, estão no aplicativo WeChat.  Algo em torno de 1 bilhão de pessoas da China que tem 1,4 bilhão de pessoas.

         Unicórnio.  É chamada no mercado, empresa de capital fechado que vale mais de 1 bilhão de dólares.   No Brasil temos menos de dez unicórnios.   Na China no ano de 2018 nasceu em média um unicórnio a cada 3,8 dias.    O país com seus 1,4 bilhões de pessoas, tem ao redor de 20% da população do mundo.

         Então o autor pergunta:  O que nós conhecemos da China?   Em geral, quase nada...

         O autor, brasileiro, é Administrador de Empresas, empreendedor, estudou em parte na França e USA e desde 2011 trabalha na Revista Forbes.    Ele tem um livro chamado Bilionários.    Tem atuado em vários países, inclusive na China e domina cinco idiomas.

         Prefácio

         Página 7 – Por Chaim Zaher – CEO da SEB Sistema Educacional Brasileiro.   Empreendedor de sucesso no ramo de educação.

         Diz que o Geromel quando foi para a China fez a viagem com a esposa porque ela queria conhecer o país.  Até essa ocasião, a ideia que ele tinha da China:   “A errônea imagem que eu tinha era apenas da China sendo a fábrica do mundo com produtos falsos e mão de obra barata”.

         Geromel cita para Chaim a clássica frase atribuída a Napoleão, em versão livre:   “A China é um gigante adormecido e quando acordar vai abalar o mundo”.     E Geromel acrescenta:   “O gigante acordou, o mundo está tremendo, mas nem todos estão sentindo ainda”.   (eu, leitor, diria que não estão entendendo)

         “É difícil entender este país mas é gostoso”.    O Chaim devolveu a pergunta na China ao Geromel, sobre o que ele estava fazendo lá e o que  esperava?    A resposta:  Me considero um aprendedor profissional e o melhor lugar para aprender é na China hoje.

         Frase final do Chaim no prefácio:   “Ache uma maneira de ir conhecer a China você mesmo”.

         Depoimento de outro empreendedor – Paulo Vieira, autor do livro O Poder da Ação.

         Página 11 – Em 2015 ele leu o livro  Bilionários de autoria do Geromel.  Este que entrevistou bilionários do mundo inteiro.   “China que até pouco tempo era um país agrário e hoje é moderno e tecnológico”.

         12 – “Geromel também nos mostra como a educação foi fundamental para os resultados obtidos pelo país, afinal, como é possível inovar e criar tecnologias sem investir em educação de qualidade?”

         “Geromel ousou empreender no mundo chinês, tomando para si a missão de levar os conhecimentos brasileiros para os profissionais chineses.

         Introdução do Autor – Ricardo Geromel

         Página 13 -  Os USA reinaram como potência econômica após a II Guerra Mundial.   “O mundo entendeu e comprou o sonho norte-americano”.    Hoje é primordial entender o sonho chinês e como ela pensa e interage com o mundo.   Geromel conhece a China desde 2009.

         Ele era trader de uma empresa de commodities agrícolas em Hong Kong e a empresa foi adquirida pela China.   China – a principal importadora de soja do mundo.   Os maiores produtores de soja do mundo são USA e Brasil.   A China, por sua vez, é o maior comprador.   E fica na Suiça a maioria dos escritórios das grandes Tradings do ramo agropecuário.

         O Geromel trabalhou um tempo numa Trading em Lousanne na Suiça.

         ................... continua no capítulo 02/20

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

CAP. 10/10 (final) - fichamento - livro - A GRANDE AVENTURA DOS JESUITAS NO BRASIL - Autor: Jornalista TIAGO CORDEIRO

 CAP 10/10 (final)

         Página 170 – A ordem do rei era preservar as bibliotecas dos Jesuitas.  Só em São Luis (MA) a biblioteca continha 5.000 volumes.   No colégio Santo Alexandre em Belém, 2.000 volumes e 1.000 na  cidade de Vigia no Pará.

         172 – A cidade de Cordoba  na Argentina teve como origem uma redução jesuítica.

         A saída dos jesuítas foi um baque  na economia e no Ensino nos lugares atingidos.    Quase todas as escolas eram geridas por eles antes de serem expulsos.   O autor alega que entre outros legados, os jesuítas promoviam com suas viagens pelo Brasil, uma verdadeira integração entre todas as regiões, o que ajudou a manter a unidade nacional.

         177 – O Papa atual, Francisco é Jesuita.   Quando jovem era ferroviário e jogava basquete no time do San Lourenzo.   Pediu uma moça em casamento e disse que se ela recusasse, ele iria para um convento.   E cumpriu.

         180 – O Inaciano (jesuíta) americano Murray e seus argumentos para a moral coletiva e a moral pessoal.   Que a pessoal tem a ver com a consciência de cada um e não deve ser tratado na lei.    Nessa linha, aborto, uso de camisinha etc. na visão dele não deveriam estar vedados em lei.

         181 – Desentendimentos na China.    Isto em 1704.   O povo local acredita na reencarnação e gera conflito com os cristãos locais.   Lá é milenar o culto aos antepassados...

         Antes de 1721 o imperador da China tinha alguns assessores jesuítas para temas como matemática, geografia e astronomia.

         Os Jesuítas foram muito importantes para o intercâmbio cultural entre europeus e chineses.   Inclusive em traduções.

         Após 1990 vem crescendo o catolicismo na China e já é o segundo pais em número de adeptos na Ásia, só atrás das Filipinas, esta que no passado foi colônia espanhola por longo tempo.

         182 – Nos USA, apesar do franco predomínio protestante, os Jesuítas tem estrutura forte por lá.   Tem 28 centros de estudos criados e mantidos por eles.   As universidades de Georgetown, Universidade de Fordham e de San Francisco também tem presença dos Jesuitas.

         184 -  Se confrontaram em vários países, com regimes duros e foram mortos, mesmo nos anos 1980.    No nazismo na Alemanha ofereceram resistência e ajudaram a proteger judeus perseguidos.

         184 – Jesuita belga, com formação na área, em 1927 foi o primeiro cientista a lançar a Teoria do Big Bang para a formação do universo.

         185 – Declínio no número de Jesuítas no mundo de 1960 para cá.   Atualmente, uns 17.000 ao todo, contando padres, escolásticos etc.   Em 1965, no auge, eram 35.000.

         Hoje 5.600 Jesuítas vivem na Ásia, 34% do total.     Estão em 112 países em seis continentes.

         186 – As PUC  Pontifícia Universidade Católica no Brasil são comandadas por Jesuitas.   PUC Rio, PUC PE, PUC Vale do Rio dos Sinos no RS.    O padre Jesuíta João Batista Libânio tem bastante influência na Teologia da Libertação.

         218 – Lá no passado, tempo dos aldeamentos, em São Paulo havia aldeamentos em locais como Pinheiros, Penha, Santo Amaro, Carapicuiba e Barueri.

         219 – Índios Carijós de Cananeia-SP.

         225 – Os Jesuítas tinham rota do Maranhão a Quito (no Equador) em 1637-1639.

         231 – Os portugueses expulsaram os holandeses com a vitória na batalha de Guararapes, mas pagaram uma indenização à Holanda por infra estrutura feita por ela no Pernambuco.

         234 – Em São Borja-RS nasceram dois presidentes do Brasil.  Getúlio Vargas e João Goulart.    (a cidade no passado, como vimos, foi uma das missões jesuíticas).

         Num colégio Jesuíta de Itu-SP começou o futebol no Brasil anos antes de Charles Miller, este que teria incentivado o futebol no Brasil a partir de 1873.

                                      Final da leitura -   outubro de 2018

CAP. 09/10 - fichamento - livro - A GRANDE AVENTURA DOS JESUÍTAS NO BRASIL - Autor: Jornalista Tiago Cordeiro

 CAP. 09/10        postado em dezembro de 2020

         Página 148 – O Tratado de Madrid substituiu o Tratado de Tordesilhas.  O de Madrid foi de 1750.   Neste ficou acertado inclusive que o Rio Grande do Sul passava a pertencer a Portugal e a então Colônia de Sacramento (Uruguai) passava ao domínio espanhol.

         As missões tinham muito gado bovino e criações de muares para serviço.  O gado era importante riqueza da época.   Essa fonte de renda importante fornecia independência financeira às missões.

         Quando as missões do sul, parte delas, passaram a ser de Portugal, o rei queria interferir no arranjo delas e houve muito conflito.   Os Guaranis se rebelaram para defender suas conquistas liderados por Sepé Tiajaru, índio que era liderança nas missões.    A lenda diz que ele mandou um recado ao rei da Espanha:  “Esta terra tem dono”.

         149 -  Ataque espanhol parte de Buenos Aires e ataques portugueses partem do Rio de Janeiro.    Os europeus uniram as forças e atacaram.  Fizeram um massacre contra os índios das reduções.  Batalha de Caiboaté no dia 07-02-1756.   Eram 1.500 índios contra 3.000 soldados com artilharia.      Houve reboliço na Europa por causa do massacre o que inclusive levou Montesquieu a colocar em seu livro de 1748 um elogio à organização dos índios nas reduções jesuíticas.   Até Rousseau que era contra os católicos elogiou os índios que estavam sendo massacrados.

         Havia por outro lado os que diziam que os jesuítas usavam os índios para enriquecer a Ordem.    As Missões exportavam e os colonos achavam que essa riqueza deveria ser deles, colonos.

         152 – Fake News na época na Europa.    Por volta do ano de 1780 espalharam boato na Europa de que os índios com apoio dos Jesuitas tinham estabelecido um Reinado no Sul e haveria um índio ungido como Rei – Nicolás I que governaria toda a região independente do Império Espanhol.

         152 – Pressões tantas que o Papa Clemente XIV extingue a Ordem dos Jesuitas em 1773.      Mais adiante, em 1814 o Papa Pio VII reabre a Ordem dos Jesuitas.

         154 – Padre Malagrida, Jesuita é condenado e executado no garrote na Praça do Rossio em Lisboa.   Na modalidade do garrote, o réu fica sentado e um dispositivo aperta seu pescoço até a morte.

         155 – Rei de Portugal Dom José I expulsou os Jesuitas de Portugal e de suas colônias em 1759.   No Brasil estes comandavam colégios, igrejas, bibliotecas, fazendas e  mais de 60 aldeias.    Envolvia mais de 24.000 pessoas.  Eram então aproximadamente 600 religiosos Jesuitas.

         157 – Os jesuítas foram presos e recolhidos à Europa.   Do Nordeste, houve prisão e deportação de jesuítas no Maranhão, em Olinda, Recife, Ceará, Paraiba e Bahia.    Também foram deportados jesuítas do sul inclusive de Paranaguá.

         159 -  Ao todo foram 211 anos de atuação dos Padres Jesuitas no Brasil colônia.    A biografia do Marques de Pombal que assessora o rei de Portugal e convence o rei a modernizar o país.   Inclusive a controlar o clero.   Em 1750 Portugal tinha 3.000.000 de habitantes e eram 200.000 religiosos.   Havia bastante poder dos religiosos até então.

         161 – O Padre Malagrida, filho de médico, veio em missão ao Pará.   Em 1735 – peregrinação pelo Nordeste do Brasil por 14 anos, percorrendo 14.000 km.  Fundou conventos, seminários e orfanatos.

         164 – O rei decreta a extinção da ação dos Jesuitas e o confisco de tudo para a Coroa, alegando excesso de poder dos Jesuitas.

         165 – Um ex Jesuita cita casos de homossexuais entre os jesuítas de São Paulo, dando nomes aos casais.   

         165 – Normas da Coroa -  “Regimentos das Missões” – Diretório dos Índios, de 1755.   Tira o poder dos religiosos e passa o poder aos burocratas da Coroa portuguesa.   Normas indicadas pelo Marques de Pombal, que fazem inclusive os índios passarem a usar roupas (no clima tropical e fora da cultura deles) e falarem o idioma português.    Pombal estimula a miscigenação entre brancos, negros e índios.

         169 – Quando a Ordem dos Jesuitas foi expulsa do Brasil, ela tinha 6.000 escravos e muitos bens.    (e prestavam serviços também)

         ................ continua no capítulo final 10/10

CAP. 08/10 - fichamento - livro - A GRANDE AVENTURA DOS JESUÍTAS NO BRASIL - Autor: Tiago Cordeiro

 CAP. 08/10

         O autor conclui:   “Eram o que havia de mais engenhoso em termos de colonização... nos últimos séculos”.        No caso do Paraná houve várias reduções jesuíticas mas praticamente não sobraram edificações porque então não eram de pedras como no sul e foram degradadas pelo tempo.

         Houve reduções Jesuíticas em regiões de certos países como Paraguai, Bolivia, Argentina, Uruguai e sul do Brasil.  Neste, no RS, SC e PR.

         138 – “Cidades ocidentais com gestão delegadas aos próprios índios”.   Os padres no controle exigiam o fim das práticas de uso de bebidas alcoólicas, fim da poligamia, da consulta a xamãs.    Os líderes indígenas eram alfabetizados”.

         138 -  No final do século XVII havia mais de 40 missões com mais de 150.000 pessoas.   A maioria, índios Guaranis.

         Consta que os Guaranis, nômades, vieram há mais de 2.000 anos da Amazonia para o Sul.   Cultivavam a terra por sete anos e a terra se exauria e eles iam migrando para novas terras.

         139 – Tanto jesuítas como guarani em boa dose respeitavam os respectivos costumes.    Havia eleição de gestores todos os anos.

         Ao julgar pessoas, ouviam os líderes indígenas.   O pior e raro castigo era o exílio.   Ser expulso da comunidade.

         146 – Na crença indígena local, morrer era encontrar Yvy Marã-Ey, a terra sem males.    Há um paralelo com o céu cristão.

         140 – Aulas, inclusive de religião, em Guarani.   As aulas de religião eram dadas pelos religiosos, mas as demais, por índios preparados para isso.

         Praça padrão:  “Praça Central” com cemitério, escola, igreja e hospital.   Tudo com janelas para a praça.    Praça com cruz e estátua do Santo Padroeiro.    Cidades muradas para defesa.

         Fora do urbano – pomar, cana, tabaco, algodão e erva-mate.  Parte para exportação.

         Artesãos diversos.   Havia casas até para abrigar as viúvas.   Familias de índios nas missões passavam a ter o padrão pai/mãe/filhos e não mais as ocas comunitárias dos índios tradicionais da região.

         142 – O primeiro livro impresso na Argentina, o Martirológico Romano, de 1705 foi obra do índio Juan Yapai da missão de Loreto.    Os índios fizeram muitos instrumentos musicais dos quais boa parte foi para a Europa.

         Crianças guaranis aprendiam a cantar hinos em Latim e impressionavam  os europeus visitantes.

         Os arquitetos dos templos barrocos da Itália e Alemanha projetaram várias obras em reduções jesuíticas na região.

         143 – Anton Sepp von Rechegg nasceu no Tirol dia 22/11/1655.   Em 1690 já era jesuíta missionário no Paraguai.  Bolou uma sede de missão.  Achou uma mina de ferro e fundiu para fazer o sino.     Relógio da igreja, para cada hora, um dos 12 apóstolos.  Obra prima.     Esse missionário jesuíta incentivou na região o plantio de uva e algodão.     Ele atuou também na Argentina onde morreu em 13-01-1733, isto em São José das Missões.

         145 – As missões foram instaladas em locais estratégicos na margem do Mar del Plata.   Logo que portugueses e espanhóis chegaram na região, entravam pelo mar del Plata e subiam rio acima em busca do ouro.   Ouviam que os Incas tinham sua civilização e muito ouro.   

         145 – O início das missões foi no Paraguai em 1607.  Já havia o Bispo de Assunção, cidade fundada em 1536.

         146 – Descobertas as minas de prata de Potosi na Bolívia.

         Em certo tempo nas missões, o padre jesuíta Montoya atuou na América espanhola que então pegava parte do que hoje é o Paraná, inclusive.      Onde hoje é o município paranaense de Santo Inácio (que conheço), margem do Rio Paranapanema, afluente do Rio Paraná, houve uma redução jesuítica da então América Espanhola.  Missão San Ignácio Guazú de 1609.   A cidade mantém um pequeno museu com algumas peças da região, principalmente cerâmica.

         Em 18 anos surgiram outras 15 missões na região da província de Guayrá  (boa parte da região é terra roxa muito produtiva, não sendo o caso de Santo Inácio que fica em solo de arenito).

         Essa região era alvo muito frequente dos bandeirantes que vinham de São Paulo capturar índios para vende-los como escravos.    Como defesa, muitas das missões migraram para o Uruguai.   Em 1680 floresceram por lá, onde há edificações mais sólidas e amplas que ficaram para a história.

         147 – No Rio Grande do Sul, sete missões unidas.  Os chamados Sete Povos das Missões.   Os nomes:   Santo Ângelo Custódio; São Francisco de Borja; São Luiz Gonzaga; São Nicolau; São Lourenço Mártir; São Miguel Arcanjo e São João Batista.     A São Francisco de Borja era a mais antiga.    Chegou a ter 3.000 pessoas e deu origem à cidade de São Borja-RS.

         ..... continua no capítulo 09/10

CAP. 07/10 - fichamento - livro - A GRANDE AVENTURA DOS JESUÍTAS NO BRASIL - Autor: Tiago Cordeiro

 CAP. 07/10

         Página 119 – Padre Antonio Vieira.  Quando jovem, era um aluno medíocre.   Foi em 1627 professor de retórica em Olinda PE.  Aos 26 anos, em Salvador, já era Jesuita.  Fez fama pelos seus sermões.   Deixou vasta obra escrita.

         120 – Ficou 40 anos em Portugal.   Foi diplomata e nessa função foi mal sucedido.   Em Portugal, viajou para a Holanda para tratativas buscando reaver o poder português sobre Pernambuco.   Defendeu em Portugal deixar Pernambuco ao domínio holandês.   Escreve sobre a potência naval que era a inimiga Holanda.   Onze mil navios de gávea e 250.000 marinheiros.

         124 – Em São Paulo, dia 13-07-1640 a Câmara municipal, as 2 h da madrugada, decretou a expulsão dos Jesuitas e em seguida o povo invadiu as dependências destes e depredou.   Os Jesuitas fugiram para Santos.  Depois de 13 anos, puderam voltar para São Paulo.

         125 – Há tempos já existia templo jesuíta no Morro do Castelo.  Em 1640 inclusive já existia.     Pedro Taques de Almeida era Capitão-Mor da Capitania de São Vicente.

         126 – Os jesuítas eram muito necessários, inclusive como educadores dos filhos dos moradores da região, gerenciavam hospitais e visitavam doentes.

         126 – Os jesuítas tinham fazendas e se recusavam a pagar impostos.

         127 – Veio ordem de Portugal (lei) para evitar escravizar índios e se espalhou no Maranhão notícia de que os índios escravos seriam transferidos para as fazendas dos Jesuitas.  Deu tumulto.

         128 – Sermão com os “M” de Maranhão.   Padre Vieira, irado com o povo que considerou ingrato, fez um sermão associando o M de Maranhão com uma série de adjetivos ruins.    M de mentir etc.

         128 – Padre Vieira gostava de navegar pelo Amazonas.  Admirava o número de línguas nativas da região.  Dizia que era a Torre de Babel.

         128 – Motim em São Luis em maio de 1661.    Fotos nas páginas 129/130. 

           Padre José de Anchieta fez parte relevante da história de SP, RJ  e ES.   Na legenda da foto dele consta que ele era um professor cativante e um curandeiro respeitado.

         Foto – Francisco Xavier ficou mais famoso que o fundador da Ordem, Inácio de Loyola.   Xavier atuou como missionário na Índia, Japão e tentou atuar na China.

         Foto – Ruina da monumental igreja de Santo Inácio Mini (de 1610) na Argentina.  É patrimônio da humanidade, tombada pela UNESCO/ONU.

         129 – No Maranhão, revolta de Beckman.  Manuel Beckman era nascido em Lisboa e filho de pai alemão.

         131 – Doente e a aplicação de sangue-sugas como tratamento.  Três vezes por dia.

         131 -  Padre Vieira respondendo à Inquisição em 1666, ano apocalíptico.  666 já nessa época era considerado o número da besta.

         132 – O Marques de Pombal era um grande admirador do Padre Vieira, mas foi Pombal que decretou o fim da ação da Ordem dos Jesuitas no Brasil e no mundo.  Nesse tempo ele servia ao Rei de Porgugal.

         134 -   O Padre Vieira  voltou ao Brasil e atuou por uns tempos e morreu em Salvador, perto de chegar aos 90 anos, isto em 1697.

         137 – Rio Grande do Sul – Missão.  Trabalho para a comunidade de 6 horas por dia, 2 vezes por semana.   Isto aos que viviam na redução jesuítica local.  O tempo restante, cada um podia trabalhar em suas terras.   A moeda corrente entre os povos das missões eram milho, mel ou fumo.

         138 – No Sul da América Latina as missões passaram a ser chamada de Reduciones.  (adensar os indígenas da região em torno das edificações dos jesuítas, tendo assim proteção, estudo, ofícios etc)

         Nas reduções jesuíticas havia até exército próprio para defesa.

         O autor conclui:   “Eram o que havia de mais engenhoso em termos de colonização... nos últimos séculos”.        No caso do Paraná houve várias reduções jesuíticas mas praticamente não sobraram edificações porque então não eram de pedras como no sul e foram degradadas pelo tempo.

............. continua no capítulo 08/10