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segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

CAP. 08/10 - fichamento - livro - A GRANDE AVENTURA DOS JESUÍTAS NO BRASIL - Autor: Tiago Cordeiro

 CAP. 08/10

         O autor conclui:   “Eram o que havia de mais engenhoso em termos de colonização... nos últimos séculos”.        No caso do Paraná houve várias reduções jesuíticas mas praticamente não sobraram edificações porque então não eram de pedras como no sul e foram degradadas pelo tempo.

         Houve reduções Jesuíticas em regiões de certos países como Paraguai, Bolivia, Argentina, Uruguai e sul do Brasil.  Neste, no RS, SC e PR.

         138 – “Cidades ocidentais com gestão delegadas aos próprios índios”.   Os padres no controle exigiam o fim das práticas de uso de bebidas alcoólicas, fim da poligamia, da consulta a xamãs.    Os líderes indígenas eram alfabetizados”.

         138 -  No final do século XVII havia mais de 40 missões com mais de 150.000 pessoas.   A maioria, índios Guaranis.

         Consta que os Guaranis, nômades, vieram há mais de 2.000 anos da Amazonia para o Sul.   Cultivavam a terra por sete anos e a terra se exauria e eles iam migrando para novas terras.

         139 – Tanto jesuítas como guarani em boa dose respeitavam os respectivos costumes.    Havia eleição de gestores todos os anos.

         Ao julgar pessoas, ouviam os líderes indígenas.   O pior e raro castigo era o exílio.   Ser expulso da comunidade.

         146 – Na crença indígena local, morrer era encontrar Yvy Marã-Ey, a terra sem males.    Há um paralelo com o céu cristão.

         140 – Aulas, inclusive de religião, em Guarani.   As aulas de religião eram dadas pelos religiosos, mas as demais, por índios preparados para isso.

         Praça padrão:  “Praça Central” com cemitério, escola, igreja e hospital.   Tudo com janelas para a praça.    Praça com cruz e estátua do Santo Padroeiro.    Cidades muradas para defesa.

         Fora do urbano – pomar, cana, tabaco, algodão e erva-mate.  Parte para exportação.

         Artesãos diversos.   Havia casas até para abrigar as viúvas.   Familias de índios nas missões passavam a ter o padrão pai/mãe/filhos e não mais as ocas comunitárias dos índios tradicionais da região.

         142 – O primeiro livro impresso na Argentina, o Martirológico Romano, de 1705 foi obra do índio Juan Yapai da missão de Loreto.    Os índios fizeram muitos instrumentos musicais dos quais boa parte foi para a Europa.

         Crianças guaranis aprendiam a cantar hinos em Latim e impressionavam  os europeus visitantes.

         Os arquitetos dos templos barrocos da Itália e Alemanha projetaram várias obras em reduções jesuíticas na região.

         143 – Anton Sepp von Rechegg nasceu no Tirol dia 22/11/1655.   Em 1690 já era jesuíta missionário no Paraguai.  Bolou uma sede de missão.  Achou uma mina de ferro e fundiu para fazer o sino.     Relógio da igreja, para cada hora, um dos 12 apóstolos.  Obra prima.     Esse missionário jesuíta incentivou na região o plantio de uva e algodão.     Ele atuou também na Argentina onde morreu em 13-01-1733, isto em São José das Missões.

         145 – As missões foram instaladas em locais estratégicos na margem do Mar del Plata.   Logo que portugueses e espanhóis chegaram na região, entravam pelo mar del Plata e subiam rio acima em busca do ouro.   Ouviam que os Incas tinham sua civilização e muito ouro.   

         145 – O início das missões foi no Paraguai em 1607.  Já havia o Bispo de Assunção, cidade fundada em 1536.

         146 – Descobertas as minas de prata de Potosi na Bolívia.

         Em certo tempo nas missões, o padre jesuíta Montoya atuou na América espanhola que então pegava parte do que hoje é o Paraná, inclusive.      Onde hoje é o município paranaense de Santo Inácio (que conheço), margem do Rio Paranapanema, afluente do Rio Paraná, houve uma redução jesuítica da então América Espanhola.  Missão San Ignácio Guazú de 1609.   A cidade mantém um pequeno museu com algumas peças da região, principalmente cerâmica.

         Em 18 anos surgiram outras 15 missões na região da província de Guayrá  (boa parte da região é terra roxa muito produtiva, não sendo o caso de Santo Inácio que fica em solo de arenito).

         Essa região era alvo muito frequente dos bandeirantes que vinham de São Paulo capturar índios para vende-los como escravos.    Como defesa, muitas das missões migraram para o Uruguai.   Em 1680 floresceram por lá, onde há edificações mais sólidas e amplas que ficaram para a história.

         147 – No Rio Grande do Sul, sete missões unidas.  Os chamados Sete Povos das Missões.   Os nomes:   Santo Ângelo Custódio; São Francisco de Borja; São Luiz Gonzaga; São Nicolau; São Lourenço Mártir; São Miguel Arcanjo e São João Batista.     A São Francisco de Borja era a mais antiga.    Chegou a ter 3.000 pessoas e deu origem à cidade de São Borja-RS.

         ..... continua no capítulo 09/10

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