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sábado, 5 de dezembro de 2020

CAP. 10/20 - fichamento - livro - COMO CONVERSAR COM UM FASCISTA - Autora: Doutora em Filosofia MÁRCIA TIBURI

 CAP. 10/20        - dezembro de 2020

         27 – Histeria de Massas.    A TV com seus publicitários tem prática em “vender” a felicidade e também o ódio.   Um para vender produtos dos anunciantes e o ódio para arrastar as massas para as ruas inclusive.

         87 -    Conseguem a adesão do povo numa verdadeira histeria coletiva.

         87 – Item 28 – Depressão:   uma questão Cultural

         Depressão – mal psicofísico da nossa época.   Antes o pessoal encarava como um estado melancólico.  Tipo:  “estou meio down”, meio pra baixo.   Diante de um fato triste, o razoável, de qualquer ponto de vista, é sofrer.

         “O deprimido em geral acredita que seu sofrimento é único.     ....sofrer faz parte da condição humana.

         90 – Item 29 – Luto proibido.

         Freud.     ...”o luto seria uma perda de objeto que implicaria um trabalho psíquico para acostumar-se à vida depois dessa perda”.  

         “O luto seria normal quando superado, anormal, quando insuportável”.    “O luto, o trabalho de superação”.     ... essa época em que a indústria cultural da libido e da felicidade está em alta pressionando cada um à crença de que nada se perde e que tudo pode ser conquistado, que qualquer sofrimento pode ser superado, o luto não é bem-vindo assim”.

         O luto interrompe a produção e o consumo.    “Convocamos uma bizarra idéia de progresso, somos proibidos de fracassar.    O que o deprimido vive é, na verdade, uma espécie de proibição do luto, uma impotência para o luto”   ... viver    ....”no contexto de uma ideologia de produção e de consumo vindos como únicas dimensões da vida”.

         “Assim é que o deprimido é o estigma daquele que não consegue voltar à norma do sucesso, da felicidade de plástico no âmbito da ação esvaziada produtivo-consumista.    Nesse contexto, seria de se perguntar se o deprimido e sua depressão não teriam algo a ensinar sobre o estado geral da sociedade”.

         92 – Item 30 – O peso Mais Pesado.   Ódio e meios de Produção do Sentimento.

         Pessoas que carregam algum peso e não conseguem se livrar dele.

         Cada um tende a jogá-lo em algum lugar.   Podemos dizer que, no esforço de nos livrarmos dele, tendemos a joga-lo na direção do outro.

         “Esquecer, diante do ressentimento, seria uma espécie de virtude própria de quem vive o amor ao destino”.   “Amor de algum modo, ao que se é, ao que se tem, ao que nos acontece”.

         “A leveza, contrária ao peso seria, neste caso, uma força.   Seria como deixar ir, como deixar passar”.

         “Amar o destino seria, antes de mais nada, um ato de desapego.   Seria o ato de aceitação do peso das coisas, não de sua negação abstrata”.

         “O amor ao destino implicaria abandonar o peso morto do ressentimento no meio do caminho”.    “Deixar o peso do passado ao passado...

         95 – “O ódio é fechado e triste, o mais pesado de todos os pesos”.

         “A democracia é a luta amorosa contra esse fogo fraco  e impotente que ameaça incendiar o mundo”.

         96 – Item 31 – Mais Amor, Por Favor.

         “É o sentimento de inadequação diante da expressão do amor que está muito mais presente em nossas vidas atualmente”.    Quantas vezes não recuamos do desejo de manifestar amor por não saber como sua expressão pode ser recebida?

         ... “a delicada planta do amor não anda tendo espaço para crescer nesse mundo em que a cultura do ódio avança tão rapidamente.”

         “Quem diz amor se sente fora dos jogos da linguagem do nosso tempo.”

         ... e existe também o falar de amor só de fachada, da boca para fora...

         98 – Item 32 – O Amor é Histórico

         Há muito quem verbalize o amor de forma falsa, inclusive.   Já o ódio infelizmente é sempre verdadeiro.

        

         Continua no capítulo 11/20

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