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sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

CAP. 10/20 - fichamento - livro - O PODER DA CHINA - autor: RICARDO GEROMEL - empreendedor brasileiro (2019)

CAP. 10/20

         O governo chinês tem um plano de investir 1 trilhão de dólares no exterior para desenvolver novas rotas de comércio terrestres e marítimas ao redor do  mundo.  Inclui o projeto ferroviário que parte do Sul da China até chegar em Madrid – Espanha.

         117 – Donald Trump se fecha no America First e a China de Xi Jinping apoia o livre comércio.

         “A China como apoiadora do comércio livre, cooperação e desenvolvimento do mundo todo...”.   A Sigla do Projeto é BRI Belt and Road Initiative – Iniciativa do Cinturão e da Rota.   Seria o plano do século, por assim dizer, nas palavras de Xi Jinping, presidente da China.

         117 – Na vinda do Primeiro Ministro Li Keqiang ao Brasil este deixou clara a vontade de participar da licitação de um “Projeto Estrutural” para a América do Sul.   Começando por uma ferrovia ligando o Brasil ao Peru e de lá o caminho por oceano fica mais curto para a Ásia.   Deste eixo ferroviário, partiriam outros ramais ferroviários no interior do Brasil facilitando escoamento e comércio.    Ferrovia tem frete de menor custo em relação a rodovias.

         O mercado internacional apelidou o slogan do Trump de America Alone (América Sozinha) ao invés do America First.

         “Um grupo de jornalistas do De Spiegel explicou que os USA está se retirando da política global...”   o vácuo de poder criado por causa dessa retirada está sendo particularmente aproveitado pela China”.

         Foi em 2013 que Jinping se referiu no Cazaquistão à Nova Rota que viria a ser a BRI.

         Em 2019 a Itália foi o primeiro país do G7 a assinar o acordo no BRI.   Ao todo já são 126 países e envolve cooperação etc.   Entre eles, Austria, Itália, Portugal, África do Sul, Nova Zelândia, Panamá, Chile e Uruguai.

         118 – Foi inaugurada uma Corte Internacional na China.  Tem duas sedes. Uma em Xi´na, um local simbólico por ter sido peça chave na Rota da Seda do passado e outra em Shenzhen, lugar longe de Pequim, mas um centro tecnológico importante.   “Nome da entidade:   Corte Comercial Internacional da China”.   O apelido é Corte da Nova Rota da Seda.   Esse tipo de Corte para dirimir questões de comércio há em Singapura e Dubai.

         “Quem quiser fazer negócio com a China, recomendo fortemente aprofundar como o seu setor se encaixa na BRI.”

         119 – Rota da Seda Digital.    A Zâmbia, país africano rico em cobre e cobalto.  Exemplo de interesse de comércio dos chineses.

         No Brasil  a Wuawei não é muito conhecida pelos celulares, mas ela tem fortes investimentos em infraestrutura tecnológico do sistema telefônico.    Na América Latina ela já patrocina muitos times de futebol na Argentina, Colômbia, Peru, México.

         120 – Pela ordem, os países nos quais a China mais realiza investimento na Rota da Seda.  Índia > México > Malásia > Filipinas > Etiópia > Rússia > Camboja> Nigéria...

         Reclamações dos entes privados.  Não conseguem competir com os chineses que tem tecnologia, projetos e tem capital para tocar os projetos.

         Ela se defende alegando que o faz dentro das regras da OMC Organização Mundial do Comércio.

         Os USA não tem tecnologia 5G e tenta convencer outros países a não adotarem o 5G da empresa chinesa Wawei.   A desculpa americana é falta de segurança dos dados.     Por outro lado, há um histórico no qual os americanos espionaram empresas e governos incluindo da Alemanha e do Brasil.

         ROTA DA SEDA ORIGINAL

         Rotas comerciais com o mundo de mais de dois mil anos. Estradas e infra estrutura entre Ásia e Europa.    O nome de Rota da Seda foi criado no século XIX porque a seda era um dos produtos muito consumidos na Europa e era produzido quase exclusivamente na China.   Havia rotas terrestres e marítimas no conjunto.   Os principais produtos que iam do Ocidente para a Ásia:  cavalos, camelos, cães e outros animais exóticos e domésticos.  Frutos como uva, mel, cobertores, tapetes e outros têxteis, ouro, prata, armas e armaduras.

         O Oriente enviava para o Ocidente produtos como:  seda, chá, marfim e pedras preciosas, porcelanas, especiarias (canela, gengibre etc), perfumes, corantes, arroz, papel e pólvora.    Circulavam também bens intangíveis como crenças, religiões etc.    Também doenças transmissíveis circularam na rota da seda nos dois sentidos.

         Poucas pessoas percorriam a rota toda, de milhares de km.   Havia muitos entrepostos e o comércio comumente ia mudando de intermediários no trecho.     O ponto de partida na China era a cidade  de Xi`an .   A Muralha foi construída para proteção do povo e para manter fluindo a Rota da Seda e seu comércio.

         Troca de conhecimentos.   Incluia viagens de monges budistas da China indo para a Índia em busca de conhecimentos e acesso a textos sagrados.    Há um diário de alto valor histórico:  Diário de Xuan Zang com escritos de 629 a 654 depois de Cristo.

         O veneziano Marco Polo percorreu a Rota da Seda e escreveu sobre a viagem.  Ficou 16 anos na China no tempo das viagens.     Em grego antigo se designava a China como Seres – Terra da Seda.

         Continua no capítulo 11/20 

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