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terça-feira, 8 de dezembro de 2020

CAP. 15/20 - fichamento - livro - COMO CONVERSAR COM UM FASCISTA - Autora: Doutora em Filosofia - MÁRCIA TIBURI

CAP. 15/20            dezembro de 2020

         Página 143 – Item 53 -  Falação Mecânica

         “O não dito está em todo lugar e usamos a falação para acobertá-lo”.

         Para atrapalhar o diálogo, ruídos entre uma “ilha” e outra.   Escombros como: rádios, TV, telefones, carros, filmes, propaganda.  Objetos que são coisas barulhentas.

         ... em tempos de falação sem sentido.      ....”não é possível escutar o que o outro tem a dizer, porque estamos despreparados para o sentido alheio.

         (Na Ilha) gritamos desesperados para alguém do outro lado, alguém que não pode nos escutar e quando dizemos algo que poderia permitir uma real comunicação – aquela que nos libertasse da ilha – não encontramos ouvintes”.

         Nos ruídos do cotidiano, “falamos, mas não vamos fundo em nenhuma de nossas conversas”.    Há barulhos demais, coisas e falas jogadas entre nós, e o diálogo se torna impossível.

         Falamos para nossos pares (na bolha).   Conversamos o mais ou menos com quem pensa como nós.    ... quando confirmamos o que já sabíamos.

         “Saimos felizes de uma conversa, em que somos contemplados narcisisticamente porque o outro, com seu espelho opaco, nunca nos apareceu”.

         “Conversa com quem não pensa como eu, eis o desafio do diálogo”. A metáfora:  Sair da minha ilha ou deixar que o outro venha me visitar.  Ser generoso e hospitaleiro com essa visita.  Contudo não será fácil...    Conversar com quem está com medo de conversar.   Com quem está na defensiva.    

         Osso duro:  ...”com quem tem teorias prontas demais e uma visão de mundo fechada demais.  (exemplo – aquele que diz:  não assisto tal canal de TV, não leio tal autor, não leio tal jornal)

         “A impotência para entender significa falta de abertura para o outro”.

         ... “impotência para o diálogo se transmuta facilmente em negação do outro, ódio ao outro, discursos e práticas de humilhação, violência simbólica e física e, no extremo, vai ao extermínio do outro”.   (deleta-lo)

         “Teríamos que, contra isso, encontrar o mistério do outro”.

         Página 146 – Item 54 – Mitos e Ressentimento brasileiro

         “O poder do mito é a explicação relativa ao desconhecido”.

         Mitos ancestrais; mitos fabricados.     ... fabricados.... “de modo a sustentar interesses ideológicos.  Neste caso o mito mostra alguma coisa para esconder outra.   Construir mitos inclusive para designar um país.  Exemplo – brasileiro cordial.

         (vale relembrar que o livro é de 2015, portanto, anterior ao governo federal atual).

         ... interesse em transformar o desconhecido em algo conhecido por identificação.      ... “controlar sua estranheza”.

         “O povo brasileiro é tão heterogêneo, culturalmente falando, que não se curva à identificação”.    A autora cita hoje para o Brasil   .... uma  democracia em estado embrionário.      Inclusive a língua portuguesa imposta pela Ditadura de Getúlio Vargas.  

         Próximo capítulo 16/20 

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