CAP. 17/20
. “Há
um Brasil que só cabe nas bibliotecas”.
Assim como há um Brasil que passa na TV. Um Brasil da classe média etc. ... um Brasil que nunca iremos conhecer –
há um Brasil de quem não se contou sua história porque foi vencido e não
vencedor.
O
contemporâneo somos nós dentro do tempo.
Diz Agamben “Contemporâneo é o
poeta. Aquele que mantém fixo o olhar
no seu tempo para observar não só as suas luzes, mas o escuro”.
158 –
Item 60 – Alteridade, redes sociais e a Questão indígena no Brasil.
... “que
advoga as necessidades do crescimento econômico brasileiro contra a vida, e a
forma de vida, dos povos nativos”.
“É o
discurso colonizado que se reproduz como discurso colonizante”. “Refiro-me à morte do outro que só pode
acontecer sob seu ocultamento, nunca às claras, nunca numa pena de morte direta
e legalmente autorizada, mas muito antes numa destituição do outro a partir da
sua afirmação como algo negativo”.
“O
genocídio... contra o qual alguns poucos
assumem o desafio de agir contra o silêncio”.
“Massacrifício”. Foi um termo usado por Todorov, que reuniu
sacrifício e massacre para explicar o que acontece em uma sociedade na qual a
matança está cruelmente justificada no cotidiano e, ao mesmo tempo, ocultada e
negada”.
“O
pensamento europeu tradicional... “O princípio da identidade é destrutivo do
`não idêntico´...
162 –
Item 61 – A Internet e a Questão
Indígena como retorno do Recalcado
Lado
filosófico – Estudo pelo sujeito, ao objeto estudado. Quando o objeto é o outro... “Desde uma longa tradição que começa com
Hegel, seria a relação não mais entre sujeito e objeto, no qual o primeiro
manipula o segundo, mas a relação entre sujeitos que disputam lugar até
perceberem sua mútua alteridade.
Novo
paradigma no estudo da causa Guarani-Kaiowá.
Ao invés do “reconhecimento”, a “assemelhação”. ... melhor intepretação da ordem e dos
destinos construídos coletivamente.
Fatos
novos - “crescimento da palavra dos
povos nativos do Brasil no âmbito da internet, por meio de portais, blogs e
redes sociais”.
Escapa
ao controle dos donos do poder. ....
aqueles que se manifestam impondo sua interpretação da verdade sobre os
ameríndios e a chamada “questão indígena”.
A fala dos próprios indígenas via mídias sociais “põe
em jogo um elemento castrador do discurso autoritário...”
...
sujeito eurocêntrico que emite o discurso enquanto se furta ao diálogo. ... a irrupção de um saber que se faz
“contrapoder”
...
assustadora quando ela é radical – que desagrada os que detém o poder
antidemocrático”.
“Está em
jogo o `reaparecimento´ deste ´outro´ em um território que já foi seu e, no
presente, não é mais”.
...
povos que estão em “desterro em casa
própria...”
“O
espaço virtual torna-se, assim, um estranho modo de acesso, ao país que era
seu, a um lugar que, além de lhes ter sido tomado, lhes foi `proibido´. “
...
encontro... um novo campo político.
“O
choque cultural que poderia acontecer dá lugar a um elo estranho e também
inesperado, mas, sobretudo, escarnecido pelo discurso conservador que não quer
ver esperança na contramão da sua ordem...
“Onde há
solidariedade é porque algo já não se conservou...”
(sobre o
drama dos Guarani-Kaiowá que levaram eles a enviarem uma carta ao Governo
Federal e despertou solidariedade nas redes sociais)
166 –
Item 62 – Redes Sociais – Círculo cínico, senso comum, laboratório de
alteridade
Dia
11-10-2012 saiu nas redes sociais a Carta ao Presidente, enviada por um grupo
de índios Guarani-Kaiowá.
Continua no capítulo 18/20
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