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quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

CAP. 17/20 - fichamento - livro - COMO CONVERSAR COM UM FASCISTA - Autora: Doutora em Filosofia - MÁRCIA TIBURI

CAP. 17/20

         .        “Há um Brasil que só cabe nas bibliotecas”.   Assim como há um Brasil que passa na TV.   Um Brasil da classe média etc.      ... um Brasil que nunca iremos conhecer – há um Brasil de quem não se contou sua história porque foi vencido e não vencedor.

         O contemporâneo somos nós dentro do tempo.   Diz Agamben  “Contemporâneo é o poeta.   Aquele que mantém fixo o olhar no seu tempo para observar não só as suas luzes, mas o escuro”.

         158 – Item 60 – Alteridade, redes sociais e a Questão indígena no Brasil.   

         ... “que advoga as necessidades do crescimento econômico brasileiro contra a vida, e a forma de vida, dos povos nativos”.

         “É o discurso colonizado que se reproduz como discurso colonizante”.    “Refiro-me à morte do outro que só pode acontecer sob seu ocultamento, nunca às claras, nunca numa pena de morte direta e legalmente autorizada, mas muito antes numa destituição do outro a partir da sua afirmação como algo negativo”.

         “O genocídio...  contra o qual alguns poucos assumem o desafio de agir contra o silêncio”.

         “Massacrifício”.   Foi um termo usado por Todorov, que reuniu sacrifício e massacre para explicar o que acontece em uma sociedade na qual a matança está cruelmente justificada no cotidiano e, ao mesmo tempo, ocultada e negada”.

         “O pensamento europeu tradicional... “O princípio da identidade é destrutivo do `não idêntico´...

         162 – Item  61 – A Internet e a Questão Indígena como retorno do Recalcado      

         Lado filosófico – Estudo pelo sujeito, ao objeto estudado.  Quando o objeto é o outro...    “Desde uma longa tradição que começa com Hegel, seria a relação não mais entre sujeito e objeto, no qual o primeiro manipula o segundo, mas a relação entre sujeitos que disputam lugar até perceberem sua mútua alteridade.

         Novo paradigma no estudo da causa Guarani-Kaiowá.   Ao invés do “reconhecimento”, a “assemelhação”.   ... melhor intepretação da ordem e dos destinos construídos coletivamente.  

         Fatos novos -  “crescimento da palavra dos povos nativos do Brasil no âmbito da internet, por meio de portais, blogs e redes sociais”.

         Escapa ao controle dos donos do poder.   .... aqueles que se manifestam impondo sua interpretação da verdade sobre os ameríndios e a chamada “questão indígena”.

A fala dos próprios indígenas via mídias sociais “põe em jogo um elemento castrador do discurso autoritário...”

         ... sujeito eurocêntrico que emite o discurso enquanto se furta ao diálogo.      ... a irrupção de um saber que se faz “contrapoder”

         ... assustadora quando ela é radical – que desagrada os que detém o poder antidemocrático”.

         “Está em jogo o `reaparecimento´ deste ´outro´ em um território que já foi seu e, no presente, não é mais”.

         ... povos que estão em  “desterro em casa própria...”

         “O espaço virtual torna-se, assim, um estranho modo de acesso, ao país que era seu, a um lugar que, além de lhes ter sido tomado, lhes foi `proibido´. “

         ... encontro...   um novo campo político.

         “O choque cultural que poderia acontecer dá lugar a um elo estranho e também inesperado, mas, sobretudo, escarnecido pelo discurso conservador que não quer ver esperança na contramão da sua ordem...

         “Onde há solidariedade é porque algo já não se conservou...”

         (sobre o drama dos Guarani-Kaiowá que levaram eles a enviarem uma carta ao Governo Federal e despertou solidariedade nas redes sociais)

         166 – Item 62 – Redes Sociais – Círculo cínico, senso comum, laboratório de alteridade

         Dia 11-10-2012 saiu nas redes sociais a Carta ao Presidente, enviada por um grupo de índios Guarani-Kaiowá.

 

         Continua no capítulo 18/20 

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