Total de visualizações de página

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

CAP. 07/20 - fichamento - livro - COMO CONVERSAR COM UM FASCISTA - Autora: Doutora em Filosofia - MÁRCIA TIBURI

 CAP. 07/20                   novembro de 2020

         As multidões são políticas e as massas são antipolíticas.   A multidão é a união de singularidades, a massa , a reunião das individualidades.

         A massa é manipulável, a multidão, não.    A massa é autoritária, a multidão é emancipada.   A massa precisa de um líder que a conduza.

         Passeatas no mundo a partir de 2011.  Povo na rua.    No Brasil, a partir de 2013.  Pode haver multidão e massa até misturadas.

         Em 2015 em São Paulo capital, se viu manifestações fascistas nas ruas.

         A manifestação antipolítica depende de líderes manipuladores (deputados, torturadores, apresentadores de TV, falsos pastores, pseudojornalistas).

         Os meios de comunicação tem um papel fundamental nessa manipulação de massas.    ... propaganda disfarçada de jornalismo.

Não consegue esconder seu fascismo... cai na armadilha antipolítica muitas vezes pensando que se tornou o mais politizado dos cidadãos  (a turma da camiseta verde-amarela...)

         53 -  Item 12 – O Analfabeto Político é Antipolítico

         Cita o MBL Movimento Brasil Livre (da corrupção...).   Seus puxadores de gente pra rua se diziam apolíticos, apartidários....

         O filósofo Theodor Adorno lançou o famoso texto “Educação após Auschwitz” (que foi um campo de concentração), publicado em 1969.  

         Agora, a autora falando do analfabeto político e incluindo a turminha do MBL.    .... de quem foi manipulado desde cedo e não teve chance de pensar de modo autocrítico porque sua formação foi, no sentido político, “de-formação”, a interrupção da capacidade de pensar, de refletir, de discernir.

         Jovens manipulados, usados pela indústria cultural da antipolítica levados a agir por empresários e patrocinadores, saberão o que dizem?

         Essa manipulação implica a morte da esperança no futuro simbolizada por jovens e crianças.  (mutila toda uma geração)

         ... manipulação.... elege entre os pobres, pessoas como Fernando Holliday do MBL a heróis fascistas manipulando a opinião pública...

         55 – Item 13 – Democracia:  A palavra mágica.

         A autora faz um paralelo à reação contra quem tenta questionar “Deus”, que pode ser chamado de herege e quem questiona o capitalismo, que já é taxado de cara de comunista.

         “No esquema discursivo do capitalismo a estigmatização protege da crítica.   O discurso é a arma de proteção do capitalismo”.    Dogmas.   “O capitalismo é um sistema de verdades , assim como o é a religião”.

         57 – A Partilha da Miséria

         O sistema só admite partilhar a miséria.   O capitalismo acusa a crítica de ser antidemocrática, pois ele faz parecer que o monopólio da democracia é seu.

         58 – Item 15 – Distorcer é Poder.   Não há discurso proferido sem as consequências de seus efeitos. Sabendo disso, constantemente ocultamos nossos interesses no que dizemos.    O neurótico e o distorcer fatos.

         “Ele quer provar algo sobre si mesmo e o outro lhe serve como caminho para a prova”.   O outro é manipulado no ato  da manipulação do argumento.

         FALÁCIA – uma espécie de drible argumentativo.   Pela inversão basta colocar uma coisa no lugar de outra.   Por esse meio, comumente se coloca a vítima como culpada e o culpado como vítima.  

         Vemos essa lógica na culpabilização da vítima e vitimização do culpado.    Caso bem recente:   O negro espancado até a morte no saguão do Supermercado Carrefour em Porto Alegre.

         A inversão é uma tática e é uma desonestidade consciente.  Na esfera pública quem assim age é um canalha.     A posição do canalha é sempre burra, e fácil de desvendar.   “Mas vivemos no império da canalhice onde a burrice, tanto como categoria cognitiva quanto moral, venceu.   Desvendá-la não tem mais muito valor.   Ela se transformou no todo do poder.

             Continua no capítulo 08/20

Um comentário:

  1. Vale destacar que a autora, de quem já assisti palestra aqui no auditório da UFPR Universidade Federal do Paraná, lamentavelmente e sintomaticamente, teve que se autoexilar no exterior porque o fascismo brasileiro, o odio do dia a dia, estava ameaçando a vida dela o que é muito triste. E daí cabe a pergunta para reflexão, diante do que costumamos ouvir - Ah, mas a autora é radical. Quem é o radical? O que luta com a arma da palavra, no campo democrático, pela vida do próximo ou quem ameaça a vida das pessoas e ainda chamam o outro de radical?

    ResponderExcluir