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domingo, 15 de agosto de 2021

Capítulo 01/04 - fichamento - livro - FUI PRA CUBA E CONTO COMO É - Autor: Jornalista Ramon de Castro - brasileiro

 

Fichamento – livro Fui pra Cuba e Conto como é.

 

Autor: Ramon de Castro – Editora do Autor – 1ª edição – 2021 – 146 p.

 

         Frase de abertura do livro (lido em agosto de 2021):   “A única luta que se perde é aquela que se abandona”.  Carlos Marighella

 

         O autor é jornalista e fez duas viagens a Cuba, uma em 2011 e outra em 2019.

         Sobrevoando Havana na chegada.   Observa que há poucos edifícios bem altos.   Permaneceu em Cuba por vinte dias nessa primeira viagem.

         Alojamento dele na capital – alugou quarto em casa de família.

         Ao sair pela cidade de Havana, viu outdoor de 1991 alusivo à visita do Papa.   Na tradução para o português o outdoor diz:   “No mundo há mais de 200 milhões de crianças dormindo nas ruas e nenhuma delas é cubana”.

         Andando pela cidade, constatou isso na prática e viu que os dizeres do outdoor estão corretos.

         Taxis por lá são comumente da fabricante chinesa JAC Motors.

         Novelas brasileiras são bastante populares em Cuba. 

         Na casa onde ele se hospedou havia também dois hóspedes canadenses.

         Visitou o Mercado São José.   Mercado é lugar típico para conferir um pouco do costume e cotidiano do povo lá ou em qualquer outro lugar.

         Em 2011 a internet era mais rara e cara em Cuba.   Custava seis dólares por hora.

         Há algumas pessoas que perambulam pelas ruas por causa do alcoolismo.   Gastam a aposentadoria nisso e acabam até pedindo esmola para se manter no vício do álcool. São os que recusam o tratamento do alcoolismo.   Lá a bebida mais popular é o rum.   Essas pessoas vagam pelas ruas mas tem casa para se abrigar.

         Lá não entra a Coca Cola e eles tem a própria bebida de cola que é a Tukola.     É comum as pessoas tomarem bicitaxi para se locomoverem na cidade.

         Ônibus urbanos, tarifa bem baixa.   São ônibus importados da China ou da Coréia do Norte.

         A Avenida Malecón é a principal da capital e de toda Cuba.

         O autor visitou o museu do Rum – Museu do Rum Havana Club.

         Músicas tradicionais do país – bolero e salsa.    Os mais jovens curtem outros ritmos também.  Há inclusive rap e hip hop por lá.

         Passeio em ônibus turístico de dois andares.     Visitaram inclusive o bairro de Vedado com as antigas mansões.   Eram de chanceleres de antes da revolução cubana (1959) e após a revolução, foram cedidas para a população.

         CDR – Comitê de Defesa da Revolução.    A cada poucos quarteirões há os CDR onde as pessoas sempre se mantém unidas pela causa da revolução.    O autor conversou com um senhor que lidera um dos CDR e esteve como combatente pela libertação de Angola na África de 1986 a 1988.

         Lá o que corresponderia ao vereador se chama delegado e o cargo não é remunerado e a pessoa costuma ser eleita pela vizinhança por aclamação.     Os delegados locais são 50% destacados por entidades e os outros 50% para quem quiser se candidatar em sua comunidade.

         Esses delegados nas ocasiões definidas escolhem os provinciais que são como os nossos governadores.   E o colegiado de provinciais escolhem o Chefe do Conselho de Estado, que seria equivalente ao nosso presidente.

         Lá os políticos não tem remuneração e são bastante cobrados pelo povo.

         A cada seis meses, os delegados locais tem que prestar contas aos que o elegeram.   Falar e ouvir a base.

         O povo cubano é composto por 65% de brancos e 32% de negros e mulatos, mas na Assembleia Nacional, 40% são negros e mulatos e 55% brancos.    A maioria dos integrantes da Assembleia são mulheres.

         O autor, dentro do que havia programado, foi conhecer as Brigadas Voluntárias Sul-Americanas criadas por Che.    Na brigada que ele participou, havia em torno de 300 pessoas dos mais variados países.

         Livros em Cuba são bem baratos e cada família local tem possibilidade de ter sua biblioteca em casa.     Além de haver centenas de bibliotecas espalhadas pelo país.

         Nas visitas às Brigadas, ficam em alojamentos que foram criados em 1972 para abrigar na época da criação, as delegações de jovens intercambistas do mundo socialista que nessa época contava com 28 países do bloco socialista, a maioria da URSS.

         Ele visitou a Brigada Sul-Americana de Solidariedade a Cuba e celebraram os 50 anos da Batalha de Praia Girón  (ou Batalha da Baia dos Porcos).   Nesta, os americanos tentaram invadir militarmente a ilha e foram batidos pelos cubanos.    Nesta batalha Fidel Castro estava junto aos combatentes e isto deu uma grande energia para todos e mesmo diante dos poderosos americanos, conseguiram os cubanos rechaça-los derrotados.

         Fidel Castro venceu a Revolução e se tornou presidente de Cuba em 1959, mas o país tem o PCC Partido Comunista Cubano desde 1925.   Já a batalha de Baia dos Porcos foi após 1959 quando Cuba já era comunista.

          O herói nacional de Cuba é José Martí que foi o maior idealizador da independência do país.

 

         Continua no capítulo 02/04

        

        

        

        

 

 

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Dr ELISEU AUTH DECLAMANDO "NAVIO NEGREIRO" NO TEATRO EM UMUARAMA - PARANÁ - ANOS 80

 NAVIO NEGREIRO (Episódio em Umuarama - Paraná)

Ofereço humildemente esta croniquinha ao Jornalista paranaense Laurentino Gomes, autor do livro Escravidão I que estou terminando de ler.
Umuarama-PR anos 80. Nós com as crianças vendo um espetáculo no Centro Cultural Schubert que na época era um prédio recente na nossa Capital da Amizade. Não me recordo qual era o mote do evento, mas estava de casa cheia e familias em peso com a criançada menor zanzando pelos corredores e indo até a beira do palco.
Num determinado momento, nosso então Promotor Dr Eliseu Auth, barba já meio grisalha da meia idade, de terno que combina com a profissão e função, vem ao microfone para uma declamação.
Ele declamando com desenvoltura, o público com atenção à altura e as crianças menores, fazendo diabruras. O poema é um dos mais longos que se tem notícia. Afinal o "Navio Negreiro" narra a saga do tráfico de escravos africanos e todo o sofrimento que isso causava.
Chega a fala do desfecho com a ênfase de artista e de tribuno do Dr Eliseu. Ele faz um gesto de cima abaixo com o braço direito dizendo: "Colombo, fecha esses mares"!!!! Aquele brado assustou a criançada do corredor, minhas filhas no meio e elas correram para seus pais. Foi um misto de emoção pelo poema e riso pela reação da criançada. Criançada de então, que hoje tem filhos criancinhas como elas na época. O tempo voa.

quarta-feira, 14 de julho de 2021

CUBA RESISTE! - Frei Betto - julho de 2021 - sobre os protestos em Cuba (o autor é assessor na FAO - orgão da ONU)

 

CUBA RESISTE!       - julho de 2021

Frei Betto

 Poucos ignoram minha solidariedade à Revolução Cubana. Há 40 anos visito com frequência a Ilha, em função de compromissos de trabalho e convites a eventos. Por longo período intermediei a retomada do diálogo entre bispos católicos e o governo de Cuba, conforme descrito em meus livros “Fidel e a religião” (Fontanar/Companhia das Letras) e “Paraíso perdido – viagens ao mundo socialista” (Rocco). Atualmente, contratado pela FAO, assessoro o governo cubano na implementação do Plano de Soberania Alimentar e Educação Nutricional. Conheço em detalhes o cotidiano cubano, inclusive as dificuldades enfrentadas pela população, os questionamentos à Revolução, as críticas de intelectuais e artistas do país. Visitei cárceres, conversei com opositores da Revolução, convivi com sacerdotes e leigos cubanos avessos ao socialismo. Quando dizem a mim, um brasileiro, que em Cuba não há democracia, desço da abstração das palavras à realidade. Quantas fotos ou notícias foram ou são vistos sobre cubanos na miséria, mendigos espalhados nas calçadas, crianças abandonadas nas ruas, famílias debaixo de viadutos? Algo semelhante à cracolândia, às milícias, às longas filas de enfermos aguardando anos para serem atendidos num hospital? Advirto os amigos: se você é rico no Brasil e for viver em Cuba conhecerá o inferno. Ficará impossibilitado de trocar de carro todo ano, comprar roupas de grife, viajar com frequência para férias no exterior. E, sobretudo, não poderá explorar o trabalho alheio, manter seus empregados na ignorância, “orgulhar-se” da Maria, sua cozinheira há 20 anos, e a quem você nega acesso à casa própria, à escolaridade e ao plano de saúde. Se você é classe média, prepare-se para conhecer o purgatório. Embora Cuba já não seja uma sociedade estatizada, a burocracia perdura, há que ter paciência nas filas dos mercados, muitos produtos disponíveis neste mês podem não ser encontrados no próximo devido às inconstâncias das importações. Se você, porém, é assalariado, pobre, sem-teto ou sem-terra, prepare-se para conhecer o paraíso. A Revolução assegurará seus três direitos humanos fundamentais: alimentação, saúde e educação, além de moradia e trabalho. Pode ser que você tenha muito apetite por não comer o que gosta, mas jamais terá fome. Sua família terá escolaridade e assistência de saúde, incluindo cirurgias complexas, totalmente gratuitas, como dever do Estado e direito do cidadão. Nada é mais prostituído do que a linguagem. A celebrada democracia nascida na Grécia tem seus méritos, mas é bom lembrar que, na época, Atenas tinha 20 mil habitantes que viviam do trabalho de 400 mil escravos... O que responderia um desses milhares de servos se indagado sobre as virtudes da democracia? Não desejo ao futuro de Cuba o presente do Brasil, da Guatemala, de Honduras e ou mesmo de Porto Rico, colônia estadunidense, à qual é negada independência. Nem desejo que Cuba invada os EUA e ocupe uma área litorânea da Califórnia, como ocorre com Guantánamo, transformada em centro de torturas e cárcere ilegal de supostos terroristas. Democracia, no meu conceito, significa o “Pai nosso” - a autoridade legitimada pela vontade popular -, e o “pão nosso” - a partilha dos frutos da natureza e do trabalho humano. A rotatividade eleitoral não faz, nem assegura uma democracia. O Brasil e a Índia, tidas como democracias, são exemplos gritantes de miséria, pobreza, exclusão, opressão e sofrimento. Só quem conhece a realidade de Cuba anterior a 1959 sabe por que Fidel contou com tanto apoio popular para levar a Revolução à vitória. O país era conhecido pela alcunha de “prostíbulo do Caribe”. A máfia dominava os bancos e o turismo (há vários filmes sobre isso). O principal bairro de Havana, ainda hoje chamado de Vedado, tem esse nome porque, ali, os negros não podiam circular... Os EUA nunca se conformaram por ter perdido Cuba sujeita às suas ambições. Por isso, logo após a vitória dos guerrilheiros de Sierra Maestra, tentaram invadir a Ilha com tropas mercenárias. Foram derrotados em abril de 1961. No ano seguinte, o presidente Kennedy decretou o bloqueio a Cuba, que perdura até hoje. Cuba é uma ilha com poucos recursos. É obrigada a importar mais de 60% dos produtos essenciais ao país. Com o arrocho do bloqueio promovido por Trump (243 novas medidas e, até agora, não removidas por Biden), e a pandemia, que zerou uma das principais fontes de recursos do país, o turismo, a situação interna se agravou. Os cubanos tiveram que apertar os cintos. Então, os insatisfeitos com a Revolução, que gravitam na órbita do “sonho americano”, promoveram os protestos do domingo, 11 de julho – com a “solidária” ajuda da CIA, cujo chefe acaba de fazer um giro pelo Continente, preocupado com o resultado das eleições no Peru e no Chile. Quem melhor pode explicar a atual conjuntura de Cuba é seu presidente, Diaz-Canel: “Começou a perseguição financeira, econômica, comercial e energética. Eles (a Casa Branca) querem que se provoque um surto social interno em Cuba para convocar “missões humanitárias” que se traduzem em invasões e interferências militares.” “Temos sido honestos, temos sido transparentes, temos sido claros e, a cada momento, explicamos ao nosso povo as complexidades dos dias atuais. Lembro que há mais de um ano e meio, quando começou o segundo semestre de 2019, tivemos que explicar que estávamos em situação difícil. Os EUA começaram a intensificar uma série de medidas restritivas, endurecimento do bloqueio, perseguições financeiras contra o setor energético, com o objetivo de sufocar nossa economia. Isso provocaria a desejada eclosão social massiva, para poder apelar à intervenção “humanitária”, que terminaria em intervenções militares”. “Essa situação continuou, depois vieram as 243 medidas (de Trump, para arrochar o bloqueio) que todos conhecemos e, finalmente, decidiu-se incluir Cuba na lista de países patrocinadores do terrorismo. Todas essas restrições levaram o país a cortar imediatamente várias fontes de receita em divisas, como o turismo, as viagens de cubano-americanos ao nosso país e as remessas de dinheiro. Formou-se um plano para desacreditar as brigadas médicas cubanas e as colaborações solidárias de Cuba, que recebeu uma parte importante de divisas por essa colaboração.” “Toda essa situação gerou uma situação de escassez no país, principalmente de alimentos, medicamentos, matérias-primas e insumos para podermos desenvolver nossos processos econômicos e produtivos que, ao mesmo tempo, contribuam para as exportações. Dois elementos importantes são eliminados: a capacidade de exportar e a capacidade de investir recursos.” “Também temos limitações de combustíveis e peças sobressalentes, e tudo isso tem causado um nível de insatisfação, somado a problemas acumulados que temos sido capazes de resolver e que vieram do Período Especial (1990-1995, quando desabou a União Soviética, com grave reflexo na economia cubana). Juntamente com uma feroz campanha mediática de descrédito, como parte da guerra não convencional, que tenta fraturar a unidade entre o partido, o Estado e o povo; e pretende qualificar o governo como insuficiente e incapaz de proporcionar bem-estar ao povo cubano.” “O exemplo da Revolução Cubana incomodou muito os EUA durante 60 anos. Eles aplicaram um bloqueio injusto, criminoso e cruel, agora intensificado na pandemia. Bloqueio e ações restritivas que nunca realizaram contra nenhum outro país, nem contra aqueles que consideram seus principais inimigos. Portanto, tem sido uma política perversa contra uma pequena ilha que apenas aspira a defender sua independência, sua soberania e construir a sua sociedade com autodeterminação, segundo princípios que mais de 86% da população têm apoiado.” “Em meio a essas condições, surge a pandemia, uma pandemia que afetou não apenas Cuba, mas o mundo inteiro, inclusive os Estados Unidos. Afetou países ricos, e é preciso dizer que diante dessa pandemia nem os Estados Unidos, nem esses países ricos tiveram toda a capacidade de enfrentar seus efeitos. Os pobres foram prejudicados, porque não existem políticas públicas dirigidas ao povo, e há indicadores em relação ao enfrentamento da pandemia com resultados piores que os de Cuba em muitos casos. As taxas de infecção e mortalidade por milhão de habitantes são notavelmente mais altas nos EUA que em Cuba (os EUA registraram 1.724 mortes por milhão, enquanto Cuba está em 47 mortes por milhão). Enquanto os EUA se entrincheiravam no nacionalismo vacinal, a Brigada Henry Reeve, de médicos cubanos, continuou seu trabalho entre os povos mais pobres do mundo (por isso, é claro, merece o Prêmio Nobel da Paz).” “Sem a possibilidade de invadir Cuba com êxito, os EUA persistem com um bloqueio rígido. Após a queda da URSS, que proporcionou à ilha meios de contornar o bloqueio, os EUA tentaram aumentar seu controle sobre o país caribenho. De 1992 em diante, a Assembleia Geral da ONU votou esmagadoramente pelo fim desse bloqueio. O governo cubano informou que entre abril de 2019 e março de 2020 Cuba perdeu 5 bilhões de dólares em comércio potencial devido ao bloqueio; nas últimas quase seis décadas, perdeu o equivalente a 144 bilhões de dólares. Agora, o governo estadunidense aprofundou as sanções contra as companhias de navegação que trazem petróleo para a ilha.” É essa fragilidade que abre um flanco para as manifestações de descontentamento, sem que o governo tenha colocado tanques e tropas nas ruas. A resiliência do povo cubano, nutrida por exemplos como Martí, Che Guevara e Fidel, tem se demonstrado invencível. E a ela devemos, todos nós, que lutamos por um mundo mais justo, prestar solidariedade. Frei Betto é escritor (freibetto.org). Assine e receba todos os artigos e livros do autor: mhgpal@gmail.com

Frei Betto é autor de 69 livros, editados no Brasil e no exterior.

freibetto.org

 

 

segunda-feira, 12 de julho de 2021

SIM. HOUVE PROTESTO EM CUBA - julho de 2021

 Alguns dados para reflexão. Ao falar de Cuba sempre é bom puxar um pouquinho ao menos sobre história. Foram colônia espanhola por séculos, depois foram libertados com "ajuda" dos americanos que passaram a usar o país como um quintal inclusive explorando a prostituição na Ilha e causando sofrimento ao povo. A Revolução em 1959 trouxe cidadania ao povo. Hoje Cuba teria uma população em torno de 13.000.000 de pessoas, aproximadamente igual à da capital paulista. Pelo que consta, tem pobreza, mas não tem miséria, nem favelas. Tem Educação e Saúde de qualidade. E no quesito vacinas da covid-19 eles criaram duas vacinas que já estão em uso local. A Soberana II e a Abdalah. Antes de escrachar Cuba, lembrar que segundo dados da ONU de 2006 eles projetavam para o Brasil um número de 55 milhões de favelados para 2020. Tipo quatro vezes a população de Cuba. Então é nesse contexto que se faz uma análise mais detalhada daquele país na minha modesta opinião. Andei lendo, além de reportagens, três livros sobre Cuba e estou com o quarto livro na fila de leitura.

sábado, 10 de julho de 2021

SOBRE O ROBERTO DIAS QUE FOI EXONERADO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE APÓS DENÚNCIAS DE CORRUPÇÃO - JULHO DE 2021

 PARTE DA OBRA ESTÁ NO LIVRO DO MANDETTA (e o preso de hoje da CPI) (articulações na área da saúde...)

Logo que o Mandetta caiu, ele começou em conjunto com um jornalista, escrever um livro autobiográfico focado nos tempos de Ministro da Saúde. O livro se chama Um Paciente Chamado Brasil. Eu sou totalmente crítico à direita, mas busco fatos para respaldar a posição. E no livro do Mandetta, ele descreve o modus operandi do poder no Governo atual e em certas articulações de bastidor no mundo político, as coisas não mudam tanto. Não quero dizer que todos são iguais, mas há certos ritos do mal que muitos seguem. Em resumo: O Mandetta é do DEM que tinha como "dono" o ACM Antonio Carlos Magalhães, avô do ACM Neto da Bahia. Quando o clã ACM enfraqueceu, surgiram uns articulados dividindo poder no DEM e o Mandetta, do Mato Grosso do Sul era e é um deles. O Abelardo Lupion é do grupo. O Onyx é do DEM e foi o primeiro a acreditar, lá atrás, que o Bolsonaro tinha chance e apadrinhou ele junto à classe política. Aí está a força do famigerado Onyx. (eu chego no Preso do Dia). O Onyx andou pedindo dicas do médico-político Mandetta para a área da Saúde e quando o Bolsonaro ganhou, claro que o Mandetta foi aquinhoado com o cargo de Ministro. O Abelardo não teria sido eleito e por sua relação no DEM sob a tutela do Mandetta, foi pinçado para assessoria lá em Brasilia. E o Abelardo teria indicado o Dias (Preso), que ele conhecia de quando o grupo do Barros apoiou o Abelardo para a Cohapar, cargo público na capital do Paraná. O Dias (preso) então tem o aval direto do Abelardo Lupion e também a benção do Ricardo Barros. E como o Ricardo Barros está no PP que é o segundo maior partido do Centrão, ele é poderoso pelos votos que tem no Congresso. Com esse cacife, indicado dele e do seu aliado Lupion, tem força quer queiramos ou não. Por isso trocaram vários ministros da saúde e o rapaz ficou lá firme e forte até a casa cair.

UM COMENTÁRIO MEU SOBRE POLÍTICA - política brasileira - julho de 2021

 UM COMENTÁRIO MEU SOBRE POLÍTICA (longe de querer ser o dono da verdade).

Um amigo perguntou o que proponho diante de tudo que estamos vendo na atualidade. Se alguém tiver a paciência de ler, eis o que elaborei sobre o que foi perguntado:
O amigo sabe que gosto da leitura e a história ajuda a clarear muitos fatos atuais. Agora estou lendo Escravidão, volume 1 do Jornalista Laurentino Gomes. Foram, grosso modo, 350 anos de escravidão no Brasil. Podemos dizer que a ideia de pertencer ao Brasil como Pátria teria digamos ao redor de 150 anos e isso é um quase nada em termos de história. Por um lado, estamos dando passos positivos e outros nem tanto. Lembrar que há milênios Roma bem ou mal já teve sua república. (de 509 a 27 aC). E a China (vou citar de cabeça) há lá pelo ano 1.200 da nossa era já fazia concurso público para cargos no Governo. Então somos uma criança nessa caminhada civilizatória e eu até digo que no conjunto da obra temos resultados importantes em tão pouco tempo. Um sistema bancário caro mas bastante organizado em comparação com os demais países do mundo. Uma indústria do petróleo, aeronáutica (Embraer) e mesmo nossa tecnologia em vacinas e vacinação. O SUS tem poucos paralelos no mundo. Quanto ao lado político, entendo que temos que trabalhar sempre preservando o ordenamento jurídico do País e respeitando a Democracia. E sabermos que os políticos que estão lá foram colocado por nós no voto e eu até diria que não são nem muito melhores nem muito piores que a nossa sociedade. O Paraná tem dado uns exemplos de pisar na bola e dias atrás tivemos gente dando uma de banqueiro e dando golpe justo nas pessoas que estão mais endividadas. Digo isto para mostrar que temos de tudo, de bons e maus cidadãos aqui e em outros lugares no país e lá fora. Tudo é uma Construção coletiva que vai dando seus passos. Há sempre o processo de tentativa e erro (e acertos também). Lembrar que sempre que se fala de coisa pública, haverá necessidade de gestão por representantes e sempre haverá os de situação e os de oposição. O que não se pode é encarar os adversários como Inimigos, jamais. Infelizmente percebo que, salvo melhor juizo, a direita é quem fica nessa de Brasil Ame-o ou Deixe-o, que é um slogam da malfadada Ditadura do passado e que na versão atual usa termos como: Vá pra Cuba, vá pra Venezuela. Não é por aí. Somos cidadãos e todos queremos um País melhor para nós todos com respeito às diferenças. Em resumo: Os de situação apoiam o que está no poder e é bom que exponham o que há de bom no mandato e os que são de oposição que se manifestem no que acham que não está bom e esta também é uma forma de ajudar a melhorar. Sabemos que o elogio é agradável a quem recebe, mas é a crítica construtiva que faz as ações melhorarem. Fraterno abraço

sexta-feira, 9 de julho de 2021

ELEIÇÕES DE 2022 E AS URNAS ELETRÔNICAS

 ELEIÇÕES EM 2022

Vou tentar uma forma resumida expor um ponto de vista sobre a eleição de 2022 e o sistema de urna eletrônica.
A urna eletrônica foi instituida no Brasil em 1996 e ao que consta, vem cumprindo o seu papel dentro do que foi programado, de dar agilidade e evitar fraudes.
Agora, o nosso Chefe do Executivo e seus apoiadores resolveram tentar mudar para o sistema do voto impresso, o que para grande parte da sociedade é um retrocesso no tempo e na segurança do processo.
A pretendida mudança depende de mudança na Constituição Federal e para isso precisa de voto expressivo de Deputados e Senadores. Há uma PEC - Projeto de Emenda Constitucional proposta por uma deputada da base do governo que está tramitando no Congresso. Onze partidos, incluindo aí alguns da base do atual governo, se colocam contrários à PEC e à mudança que ela traria - o voto impresso.
Então a coisa fica assim: Quem exerce o Poder, o faz dentro do que reza a Constituição Federal (com juramento inclusive) e tem que se pautar pela citada carta. Esta que tem vigente para o tema eleição que haverá eleição em 2022 e enquanto não muda o ordenamento jurídico via Congresso, o que vale é o voto eletrônico como vem ocorrendo desde 1996.
O TSE Tribunal Superior Eleitoral que é o orgão máximo no tema eleitoral segue o que diz a Constituição. Ao Congresso cabe definir as regras e, quando for o caso, alterar algo dentro da tramitação usual. Em resumo. Ou alteram a Constituição Federal no quesito voto eletrônico ou impresso em tempo, ou a eleição de 2022 será na forma que tem sido, no voto eletrônico. E não custa finalmente destacar que nosso presidente vem há tempos pondo em dúvida a segurança da urna eletrônica, acusando de que é passível de fraude e até cita que teria havido. Agora foi interpelado de forma expressa pela Justiça para apresentar provas do que diz e ele não apresentou provas.
A vida em sociedade requer respeito ao ordenamento jurídico e não há exceção. Todos estamos sujeitos ao império da lei.