Fichamento – livro Fui pra Cuba e Conto como é.
Autor: Ramon de Castro – Editora do Autor – 1ª edição
– 2021 – 146 p.
Frase de
abertura do livro (lido em agosto de 2021):
“A única luta que se perde é aquela que se abandona”. Carlos Marighella
O autor
é jornalista e fez duas viagens a Cuba, uma em 2011 e outra em 2019.
Sobrevoando
Havana na chegada. Observa que há
poucos edifícios bem altos. Permaneceu
em Cuba por vinte dias nessa primeira viagem.
Alojamento
dele na capital – alugou quarto em casa de família.
Ao sair
pela cidade de Havana, viu outdoor de 1991 alusivo à visita do Papa. Na tradução para o português o outdoor
diz: “No mundo há mais de 200 milhões
de crianças dormindo nas ruas e nenhuma delas é cubana”.
Andando
pela cidade, constatou isso na prática e viu que os dizeres do outdoor estão
corretos.
Taxis
por lá são comumente da fabricante chinesa JAC Motors.
Novelas
brasileiras são bastante populares em Cuba.
Na casa
onde ele se hospedou havia também dois hóspedes canadenses.
Visitou
o Mercado São José. Mercado é lugar
típico para conferir um pouco do costume e cotidiano do povo lá ou em qualquer
outro lugar.
Em 2011
a internet era mais rara e cara em Cuba.
Custava seis dólares por hora.
Há
algumas pessoas que perambulam pelas ruas por causa do alcoolismo. Gastam a aposentadoria nisso e acabam até
pedindo esmola para se manter no vício do álcool. São os que recusam o
tratamento do alcoolismo. Lá a bebida
mais popular é o rum. Essas pessoas
vagam pelas ruas mas tem casa para se abrigar.
Lá não
entra a Coca Cola e eles tem a própria bebida de cola que é a Tukola. É comum as pessoas tomarem bicitaxi para
se locomoverem na cidade.
Ônibus
urbanos, tarifa bem baixa. São ônibus
importados da China ou da Coréia do Norte.
A
Avenida Malecón é a principal da capital e de toda Cuba.
O autor
visitou o museu do Rum – Museu do Rum Havana Club.
Músicas
tradicionais do país – bolero e salsa.
Os mais jovens curtem outros ritmos também. Há inclusive rap e hip hop por lá.
Passeio
em ônibus turístico de dois andares.
Visitaram inclusive o bairro de Vedado com as antigas mansões. Eram de chanceleres de antes da revolução
cubana (1959) e após a revolução, foram cedidas para a população.
CDR –
Comitê de Defesa da Revolução. A cada
poucos quarteirões há os CDR onde as pessoas sempre se mantém unidas pela causa
da revolução. O autor conversou com um
senhor que lidera um dos CDR e esteve como combatente pela libertação de Angola
na África de 1986 a 1988.
Lá o que
corresponderia ao vereador se chama delegado e o cargo não é remunerado e a
pessoa costuma ser eleita pela vizinhança por aclamação. Os delegados locais são 50% destacados por
entidades e os outros 50% para quem quiser se candidatar em sua comunidade.
Esses
delegados nas ocasiões definidas escolhem os provinciais que são como os nossos
governadores. E o colegiado de
provinciais escolhem o Chefe do Conselho de Estado, que seria equivalente ao
nosso presidente.
Lá os
políticos não tem remuneração e são bastante cobrados pelo povo.
A cada
seis meses, os delegados locais tem que prestar contas aos que o elegeram. Falar e ouvir a base.
O povo
cubano é composto por 65% de brancos e 32% de negros e mulatos, mas na
Assembleia Nacional, 40% são negros e mulatos e 55% brancos. A maioria dos integrantes da Assembleia são
mulheres.
O autor,
dentro do que havia programado, foi conhecer as Brigadas Voluntárias
Sul-Americanas criadas por Che. Na
brigada que ele participou, havia em torno de 300 pessoas dos mais variados
países.
Livros
em Cuba são bem baratos e cada família local tem possibilidade de ter sua
biblioteca em casa. Além de haver
centenas de bibliotecas espalhadas pelo país.
Nas
visitas às Brigadas, ficam em alojamentos que foram criados em 1972 para
abrigar na época da criação, as delegações de jovens intercambistas do mundo
socialista que nessa época contava com 28 países do bloco socialista, a maioria
da URSS.
Ele
visitou a Brigada Sul-Americana de Solidariedade a Cuba e celebraram os 50 anos
da Batalha de Praia Girón (ou Batalha da
Baia dos Porcos). Nesta, os americanos
tentaram invadir militarmente a ilha e foram batidos pelos cubanos. Nesta batalha Fidel Castro estava junto aos
combatentes e isto deu uma grande energia para todos e mesmo diante dos
poderosos americanos, conseguiram os cubanos rechaça-los derrotados.
Fidel
Castro venceu a Revolução e se tornou presidente de Cuba em 1959, mas o país
tem o PCC Partido Comunista Cubano desde 1925.
Já a batalha de Baia dos Porcos foi após 1959 quando Cuba já era
comunista.
O herói nacional de Cuba é José Martí que foi
o maior idealizador da independência do país.
Continua
no capítulo 02/04