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domingo, 14 de abril de 2019


VISITA A NOVA DELHI – ÍNDIA – MARÇO DE 2019

         Fomos do Brasil à Índia numa expedição técnica com foco no setor da cana de açúcar e dos seus produtos até pelo fato do Brasil ser o primeiro produtor e grande exportador de açúcar e pelo fato da Índia estar em segundo lugar nesse campo.   Visitamos por lá Instituto de pesquisa no ramo, Bolsa de Mercadorias (em Mumbai), lavouras, indústria para trocarmos informações setoriais.   Foi uma experiência e tanto.   Nossa delegação foi composta de oito integrantes capitaneados por um Doutorando em Economia pela ESALQ-USP Piracicaba-SP, dentro do programa PECEGE. 
         Visitamos mais ao sul da Índia a litorânea Mumbai, que já foi objeto de publicação recente no meu blog.
         Em seguida, visitamos no interior da região de Mumbai o município de Pune que já fica acima de uma serra, numa região de planalto.   Esta também foi objeto de matéria neste blog.
         Na sequência, visitamos já em caráter cultural a histórica cidade de Agra onde a atração é o TAJ MAHAL que é tombado como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.    Como nos demais, fiz também matéria recente.      Naquela cidade tem além do Taj Mahal, o majestoso Forte Vermelho que é uma verdadeira cidade murada e fortificada onde residiam em palácio, sucessivos reis Mongois que dominaram vasta região e de lá comandavam o império.    O prédio majestoso do Forte Vermelho, de 1565 é bem próximo do Taj Mahal e de um se avista o outro, tendo um rio próximo a ambos.     Vale ressaltar que o Taj Mahal é na verdade um mausoléu onde foi sepultada uma rainha de um dos reis mongóis da época.
        
         A pauta agora é a visita à capital federal Nova Delhi que segundo consta seria a segunda mais populosa cidade do mundo atrás de Toquio. 
         Em Nova Delhi nos hospedamos num hotel na parte nova, na região denominada de green city onde o custo de vida é bem mais elevado e o sistema viário é muito bom, amplo e tem ótima arborização e canteiros em avenidas muito bem cuidados.

     Além do trânsito sempre em mão inglesa (pela contra mão nossa), uma das coisas que chama a atenção por lá é o elevado número de tuc tuc que são uns triciclos feitos por adaptação de uma carroceria tipo automóvel, capota de lona, no chassi de uma motocicleta.     Faz a vez de parte dos taxis e são versáteis, passam em qualquer pequeno espaço e são econômicas, apesar de não serem um primor de segurança.


         As tuc tuc lá de Mumbai que são taxis tem a cor padrão preto/amarelo e as de Nova Delhi tem as cores verde/amarela.     Cheguei ver miniaturas delas no comércio, deixei para comprar depois e no fim voltei sem ela.   Arrependimento.   Faz parte de viagem isso.



         O destaque do que visitamos em Nova Delhi fica por conta de monumentos históricos, vários sendo tombados como Patrimônio da Humanidade, uns datados de 1311 e outros mais ou menos antigos.
         Visitamos também o monumental (com muito ajardinamento) memorial a Gandhi que é o herói nacional da libertação do povo indiano do império britânico, o que ocorreu em 1947.

         Na foto abaixo, detalhe de parte do Memorial de Gandhi em N.Delhi



  Acima  detalhe do local onde fica uma pira acesa ao longo do tempo.


         Visitamos uma antiga mesquita 
          extremamente ampla onde o povo muçulmano (que é minoria no país) usa para fazer suas preces.    O local é bastante visitado por turistas.
 Nome da mesquita:  Jama Masjid.    Consta que é a maior da Índia, que não é um país de grande expressão do islã.    Mesquita edificada no tempo do imperador Mongol Shah Jahan e concluída em 1656.  Feita por cinco mil operários em seis 
anos.    Notar que a mesma está em plena atividade dos adeptos do Islamismo.



         A mesquita fica na parte antiga de Delhi e logo ao lado, um movimentado comércio de especiarias, artesanatos e assemelhados com um verdadeiro formigueiro de gente.    Mistura em ruas bem estreitas uma legião de pedestres disputando espaço aqui e ali com carrinhos de entregadores de mercadorias aos comerciantes, assim como pequenas motos carregadas de mercadorias e os triciclos movidos a pedaladas, que faz passeios com os turistas como se fosse um taxi.   Passeamos nesses triciclos e é uma sensação à parte até pela forma de caminhar no meio de tantos pedestres.
   Triciclos de aluguel onde o ciclista vai no pedal e os turistas no banco de trás curtindo o ambiente.  (acima, a fiação elétrica é bem caótica também)



         Visitamos o maior templo da religião sikh 
que tem menos seguidores do que o induismo, esta sim, a religião majoritária que seria seguida por ao redor de 82% do povo indiano.     Para visitar o tempo siqui a pessoa tem que cobrir a cabeça, mesmo os homens e pisar descalço pelo piso em geral de mármore.    Muita gente o tempo todo visitando o templo e muitos indo para cumprir seus ritos de fé.
Nome do templo (não é mesquita muçulmana) sikh :  Sri Bangla Sahib Gurdwara
         No salão anexo ao templo, um espaço enorme com filas de tapetes e pessoas sentadas ao chão, forma de costume, tomando refeição que é feita por uma legião de voluntários que se revezam na atividade.  Quem está tomando a refeição gratuita sempre, umas cinco mil refeições por dia, é pobre ou não pobre, sem distinção.     Eles tem um sistema de dízimo sólido que garantem o suprimento sem problemas.     Por uns minutos, na cozinha industrial, orientado pelo guia, ajudamos a assar uns pãezinhos parecendo massas de mini pizzas que logo seriam servidas no refeitório ao lado.
    


         Outra mesquita visitada, que data de 1311
e está bastante conservada, mas ao que parece, está mais como ponto de visitação pública.   É de uma enormidade no tamanho, toda em pedras de arenito avermelhado e amplo pátio interno descoberto para conter grande público.     Uma torre de pedra de 73 metros de altura, com a base toda trabalhada, chama a atenção pela magnitude de uma obra feita há mais de 700 anos.      Consta que seis povos em fases diferentes usaram Delhi como centro de poder ao longo de milênios.
             Torre isolada mais alta da Índia (com 73 m), o Qutb Minar (Torre da Vitória) marca o primeiro reino muçulmano iniciado em 1193 no norte da Índia.    Fica no complexo arquitetônico que engloba a Mesquita Quwwat-ul-Islan cuja vista parcial está na foto abaixo.






Detalhe da base da torre em pedras de arenito vermelho trabalhadas.
Acima, vista de parte da mesquita com seus pilares em pedra de arenito trabalhadas

         Visitamos na parte nova da cidade a parte onde fica o Palácio do Governo e nas imediações, um imenso parque que tem em seu ponto principal o Portal que representa uma homenagem aos 30.000 soldados indianos que morreram na guerra mundial (segunda) junto com os britânicos que eram então o império do qual a Índia era uma das colônias.

         Em resumo.    Uma cidade enorme que reúne em harmonia o antigo e o moderno e fervilha de gente e tudo azeitado pelo crescimento de PIB ao redor de seis por cento ao ano, o que é bastante acima da média mundial nestes tempos, talvez a metade disso.       Só para comparação, o metrô de São Paulo conta com 90 km de trilhos.   O de Nova Delhi,  300 km.


BRASIL - VISITA À ÍNDIA - MARÇO DE 2019 - VISTA DE NOVA DELHI (CAPITAL FEDERAL)


VISITA A NOVA DELHI – ÍNDIA – MARÇO DE 2019

         Fomos do Brasil à Índia numa expedição técnica com foco no setor da cana de açúcar e dos seus produtos até pelo fato do Brasil ser o primeiro produtor e grande exportador de açúcar e pelo fato da Índia estar em segundo lugar nesse campo.   Visitamos por lá Instituto de pesquisa no ramo, Bolsa de Mercadorias (em Mumbai), lavouras, indústria para trocarmos informações setoriais.   Foi uma experiência e tanto.   Nossa delegação foi composta de oito integrantes capitaneados por um Doutorando em Economia pela ESALQ-USP Piracicaba-SP, dentro do programa PECEGE. 
         Visitamos mais ao sul da Índia a litorânea Mumbai, que já foi objeto de publicação recente no meu blog.
         Em seguida, visitamos no interior da região de Mumbai o município de Pune que já fica acima de uma serra, numa região de planalto.   Esta também foi objeto de matéria neste blog.
         Na sequência, visitamos já em caráter cultural a histórica cidade de Agra onde a atração é o TAJ MAHAL que é tombado como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.    Como nos demais, fiz também matéria recente.      Naquela cidade tem além do Taj Mahal, o majestoso Forte Vermelho que é uma verdadeira cidade murada e fortificada onde residiam em palácio, sucessivos reis Mongois que dominaram vasta região e de lá comandavam o império.    O prédio majestoso do Forte Vermelho, de 1565 é bem próximo do Taj Mahal e de um se avista o outro, tendo um rio próximo a ambos.     Vale ressaltar que o Taj Mahal é na verdade um mausoléu onde foi sepultada uma rainha de um dos reis mongóis da época.
        
         A pauta agora é a visita à capital federal Nova Delhi que segundo consta seria a segunda mais populosa cidade do mundo atrás de Toquio. 
         Em Nova Delhi nos hospedamos num hotel na parte nova, na região denominada de green city onde o custo de vida é bem mais elevado e o sistema viário é muito bom, amplo e tem ótima arborização e canteiros em avenidas muito bem cuidados.
Descrição: C:\Users\ORLANDO\Downloads\20190328_104720.jpg

     Além do trânsito sempre em mão inglesa (pela contra mão nossa), uma das coisas que chama a atenção por lá é o elevado número de tuc tuc que são uns triciclos feitos por adaptação de uma carroceria tipo automóvel, capota de lona, no chassi de uma motocicleta.     Faz a vez de parte dos taxis e são versáteis, passam em qualquer pequeno espaço e são econômicas, apesar de não serem um primor de segurança.

Descrição: C:\Users\ORLANDO\Desktop\04042019  fotos india 1779.jpg
         As tuc tuc lá de Mumbai que são taxis tem a cor padrão preto/amarelo e as de Nova Delhi tem as cores verde/amarela.     Cheguei ver miniaturas delas no comércio, deixei para comprar depois e no fim voltei sem ela.   Arrependimento.   Faz parte de viagem isso.
         O destaque do que visitamos em Nova Delhi fica por conta de monumentos históricos, vários sendo tombados como Patrimônio da Humanidade, uns datados de 1311 e outros mais ou menos antigos.
         Visitamos também o monumental (com muito ajardinamento) memorial a Gandhi que é o herói nacional da libertação do povo indiano do império britânico, o que ocorreu em 1947.

         Na foto abaixo, detalhe de parte do Memorial de Gandhi em N.Delhi

Descrição: C:\Users\ORLANDO\Desktop\04042019  fotos india 1739.jpg
  Abaixo detalhe do local onde fica uma pira acesa ao longo do tempo.
Descrição: Resultado de imagem para foto da pira do memorial de gandhi
         Visitamos uma antiga mesquita extremamente ampla onde o povo muçulmano (que é minoria no país) usa para fazer suas preces.    O local é bastante visitado por turistas.
Descrição: C:\Users\ORLANDO\Desktop\04042019  fotos india 1703.jpg
 Nome da mesquita:  Jama Masjid.    Consta que é a maior da Índia, que não é um país de grande expressão do islã.    Mesquita edificada no tempo do imperador Mongol Shah Jahan e concluída em 1656.  Feita por cinco mil operários em seis anos.

         A mesquita fica na parte antiga de Delhi e logo ao lado, um movimentado comércio de especiarias, artesanatos e assemelhados com um verdadeiro formigueiro de gente.    Mistura em ruas bem estreitas uma legião de pedestres disputando espaço aqui e ali com carrinhos de entregadores de mercadorias aos comerciantes, assim como pequenas motos carregadas de mercadorias e os triciclos movidos a pedaladas, que faz passeios com os turistas como se fosse um taxi.   Passeamos nesses triciclos e é uma sensação à parte até pela forma de caminhar no meio de tantos pedestres.
Descrição: C:\Users\ORLANDO\Desktop\04042019  fotos india 1724.jpg
   Triciclos de aluguel onde o ciclista vai no pedal e os turistas no banco de trás curtindo o ambiente.  (acima, a fiação elétrica é bem caótica também)

         Visitamos o maior templo da religião sikh que tem menos seguidores do que o induismo, esta sim, a religião majoritária que seria seguida por ao redor de 82% do povo indiano.     Para visitar o tempo siqui a pessoa tem que cobrir a cabeça, mesmo os homens e pisar descalço pelo piso em geral de mármore.    Muita gente o tempo todo visitando o templo e muitos indo para cumprir seus ritos de fé.
Descrição: C:\Users\ORLANDO\Desktop\04042019  fotos india 1854.jpg
Nome do templo (não é mesquita muçulmana) sikh :  Sri Bangla Sahib Gurdwara
         No salão anexo ao templo, um espaço enorme com filas de tapetes e pessoas sentadas ao chão, forma de costume, tomando refeição que é feita por uma legião de voluntários que se revezam na atividade.  Quem está tomando a refeição gratuita sempre, umas cinco mil refeições por dia, é pobre ou não pobre, sem distinção.     Eles tem um sistema de dízimo sólido que garantem o suprimento sem problemas.     Por uns minutos, na cozinha industrial, orientado pelo guia, ajudamos a assar uns pãezinhos parecendo massas de mini pizzas que logo seriam servidas no refeitório ao lado.
     Descrição: C:\Users\ORLANDO\Desktop\04042019  fotos india 1861.jpg

         Outra mesquita visitada, que data de 1311 e está bastante conservada, mas ao que parece, está mais como ponto de visitação pública.   É de uma enormidade no tamanho, toda em pedras de arenito avermelhado e amplo pátio interno descoberto para conter grande público.     Uma torre de pedra de uns 50 metros de altura, com a base toda trabalhada, chama a atenção pela magnitude de uma obra feita há mais de 700 anos.      Consta que seis povos em fases diferentes usaram Delhi como centro de poder ao longo de milênios.
             Torre isolada mais alta da Índia (com 73 m), o Qutb Minar (Torre da Vitória) marca o primeiro reino muçulmano iniciado em 1193 no norte da Índia.    Fica no complexo arquitetônico que engloba a Mesquita Quwwat-ul-Islan cuja vista parcial está na foto abaixo.

Descrição: C:\Users\ORLANDO\Desktop\04042019  fotos india 1811.jpg

Descrição: C:\Users\ORLANDO\Desktop\04042019  fotos india 1830.jpg
Detalhe da base da torre em pedras de arenito vermelho trabalhadas.Descrição: C:\Users\ORLANDO\Desktop\04042019  fotos india 1819.jpg
Acima, vista de parte da mesquita com seus pilares em pedra de arenito trabalhadas

         Visitamos na parte nova da cidade a parte onde fica o Palácio do Governo e nas imediações, um imenso parque que tem em seu ponto principal o Portal que representa uma homenagem aos 30.000 soldados indianos que morreram na guerra mundial (segunda) junto com os britânicos que eram então o império do qual a Índia era uma das colônias.
Descrição: C:\Users\ORLANDO\Desktop\04042019  fotos india 1864.jpg
         Em resumo.    Uma cidade enorme que reúne em harmonia o antigo e o moderno e fervilha de gente e tudo azeitado pelo crescimento de PIB ao redor de seis por cento ao ano, o que é bastante acima da média mundial nestes tempos, talvez a metade disso.       Só para comparação, o metrô de São Paulo conta com 90 km de trilhos.   O de Nova Delhi,  300 km.


sexta-feira, 12 de abril de 2019

VIAGEM DO BRASIL À ÍNDIA - MARÇO DE 2019 - VISITA A AGRA - TAJ MAHAL E FORTE VERMELHO (PALÁCIO)

VIAGEM À ÍNDIA

Na sequência de matérias para o blog, já publiquei uma síntese das passagens por Mumbai (antiga Bombaim) que fica no litoral da Índia, mais ao sul. Também a passagem por Pune numa região de planalto após uma serra na ligação com Mumbai num trecho de uns 200 km. Na sequência vem Agra, mais ao norte, onde fica o Taj Mahal e depois a viagem termina no país com a visita a Nova Delhi que é a capital federal, enorme por sinal.
Todas as cidades visitadas são de civilizações milenares com edifícios com muitos séculos de existência ainda íntegros e sólidos como testemunhos do tempo. Muitos deles são tombados como Patrimônio da Humanidade pela Unesco, órgão da ONU.
Estavamos em Pune e de lá voamos para Nova Delhi, a capital federal e desta, fomos de van por uma excelente autoestrada (pedagiada) até a cidade histórica de Agra onde ficam vários monumentos históricos com destaque para o TAJ MAHAL e o FORTE AGRA ou FORTE VERMELHO.

O Taj Mahal é enorme e lindo, só que não é um castelo e sim abriga em seu conjunto arquitetônico um Mausoleu onde estão sepultados uma rainha e outra pessoa da família real de uma dinastia do povo Mongol que dominou toda a região e reinava a partir do Forte de Agra ou Forte Vermelho, este sim, um palácio fortificado.
     Acima, uma visão do Taj Mahal com uma legião de turistas visitando o mausoleu

     Aqui é o portal de entrada do Taj Mahal feito em granito avermelhado com detalhes em marmore branco.

 Acima, nos fundos do Taj Mahal, se avista o Rio que fica logo após o muro.   Ver que toda a obra é em mármore branco.
 Acima, no "coração" do mausoleu que é o Taj Mahal, o anteparo que proteje as tumbas da rainha que lá está sepultada e também a tumba de outra pessoa da família real.   Dinastias dos Mongois que dominaram a região por séculos e de Agra (do Forte Vermelho) comandavam o Império Mongol

Acima, mais uma visão do Taj Mahal com detaque para os seus jardins que são imensos e cercados por moradas fortificadas em pedras de arenito avermelhado.


O Taj Mahl é em mármore branco todo trabalhado. Foi construido em 22 anos a partir de 1632 como uma homenagem à esposa do imperador da época que morreu num dos partos.
O mausoléu fica à margem do Rio Yamuna e por lá água é bem escassa.
Fica o monumento dentro de um complexo de edificações com um portal, muros altos com construções de apoio, jardins internos, o Taj Mahal ao fundo e do lado esquerdo dele uma mesquita para acesso da família real e nobreza e à direita, um prédio semelhante ao da mesquita, para apoio e suprimento. É enorme a quantidade de público que visita o local diariamente. O pouco assédio das pessoas que tentam vender lembrancinhas aos visitantes fica restrito à imediação do portal de entrada, já que o acesso é mediante pagamento de ingresso e revista por questão de segurança.


FORTE VERMELHO DE AGRA, FORTE DE AGRA OU LAL QILA


     Acima, uma visão de parte do Forte Vermelho que é enorme.  Por razão de segurança, não deixaram entrar com câmeras e ficaram apenas dois registros.    O de cima, do portal de entrada do Forte.

       A foto acima, é de uma das janelas do Forte Vermelho que fica de um lado do rio e desta janela se enxerga a 2.500 m, do outro lado do rio, o Taj Mahal.

O nome do forte tem a ver com o material do qual foi construido, que é composto de pedras de granito de cor avermelhada. O acabamento é a própria pedra e assim ao longo dos séculos mantem a aparência sem necessidade de revestimentos que podem descaracterizar a obra.
O Forte era o Palácio Real dos Mongois que dominavam vasto império numa vasta reghião a partir deste local. O Forte foi construido entre 1565 e 1573 também ao lado do Rio Yamuna e do Forte se avista o Taj Mahal.
O Forte na verdade era uma cidade fortificada que abrigava acomodações da família real em palácio com praças, mesquita, alojamentos para soldados em grande escala e pessoal da corte. É uma construção de tamanho incomum. Assim como o Taj Mahal, é patrimônio da humanidade tombado pela Unesco.
O palácio era suntuoso e tinha um local com muitas pedras preciosas fixadas nas paredes e teto que resistiram aos saques ao longo dos séculos e teriam sido subtraidos pelos britânicos em 1905 segundo o guia local.
No espaço de refeição do palácio, há um mezzanino onde ficavam as esposas dos nobres esperando eles comerem para depois elas descerem ao local e tomarem as refeições.
Os quartos do palácio tinham a parte frontal aberta por assim dizer, para amenizar o calor e eram vedadas por ricas cortinas no passado. Vigilância é o que não faltava no palácio.
No jardim interno, num deles, havia a feira uma vez por semana onde os feirantes traziam as mercadorias para o pessoal da corte fazer as compras sem ter que se deslocar do palácio.
Há um local que acomodava uma tribuna onde o rei se postava em casos de audiências de julgamento de pessoas do povo. À frente, amplo espaço para o público da corte assistir o julgamento.

domingo, 7 de abril de 2019

RESENHA DA EXPEDIÇÃO À INDIA – TEMA CANA – ETAPA III



     Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida – Curitiba PR, março de 2019

     Nas matérias anteriores já postadas no blog, informei que visitamos quatro cidades da Índia, quais sejam:   Mumbai, Pune, Nova Delhi e Agra.
         O mote da Expedição PECEGE foi nos acercarmos do setor da cana na Índia que é o segundo produtor mundial da cultura, só perdendo para o Brasil.    Também mesclamos dentro do possível o roteiro para conhecer um pouco da história e cultura daquele povo que tem milênios de civilização.   São 1,3 bilhões de habitantes no país e este vem crescendo em ritmo acelerado, sendo que no ano anterior cresceu 6% em termos de PIB Produto Interno Bruto.      Está um canteiro de obras o país nesse ritmo.
         Esta etapa da visita se desenvolve em PUNE

    Vista da região de subida da serra no trecho de Mumbai até Pune que fica no topo da serra


  Vista ao largo da estrada que une Mumbai a Pune com um pequeno templo

         Pune fica na região de Mumbai, distante ao redor de 180 km por boa rodovia.    Fica no planalto acima de uma região serrana, há 750 metros acima do nível do mar.    Clima quente e seco na maior parte do ano e chuvas intensas em 3 a 4 meses do ano.    Água é escassa para uma região densamente populosa, já que o território da Índia é menor que o do Brasil.
         A cidade em si tem ruinas de civilizações de séculos atrás e uma faceta moderna atual com indústrias automobilísticas e concentração de entidades educacionais.    A população de Pune está na faixa de 3.100.000 habitantes. (Gandhi ficou preso em Pune numa época de sua vida).

    Tirada de dentro da nossa Van uma foto do trânsito de Pune   (Índia)

         Em Pune visitamos um instituto de pesquisa agronômica da cana de açúcar, o VASANTDADA SUGAR INSTITUTE  que conta com mais de oitenta pesquisadores de alto nível desenvolvendo tecnologias para a cana de açúcar, desde a lavoura em si até a industrialização.
         No Instituto fomos recebidos em reunião com uma equipe grande de pesquisadores para trocas de idéias sobre o setor no Brasil e na Índia.    Na nossa equipe há pesquisador da economia canavieira (doutorando – ESALQ USP Piracicaba), produtores de cana e gestores de usinas de açúcar e álcool e este blogueiro que vos fala.    (o meu parco conhecimento do idioma inglês me fez uma falta danada por lá).


Acima, foto do portal do  VASANTDADA SUGAR INSTITUTE 


    Acima nossa Expedição e o dirigente do VSI de Pune - Índia   (pesquisa da cana)

    Acima, talhão de cana em experimento do VSI local

         O Instituto funciona desde 1975.     Na reunião, eles contavam com 22 pessoas, das quais, cinco mulheres pesquisadoras.
         Em tempo, o trânsito na Índia por herança do Império britânico, é volante no lado direito do veículo e mão inglesa.   Todos “contra mão”.
         Fuso horário deles é sete horas de diferença com o Brasil, dependendo da região.
         O site do Instituto:     www.vsisugar.com
         Em obras na rodovia ainda na região metropolitana de Mumbai, vimos entre os trabalhadores de obras de concretagem, inclusive mulheres carregando baldes de concreto.
         Na visita a lavouras de cana num município da região de Pune, onde também visitamos uma usina, constatamos que as propriedades são de porte bem pequeno, média de 2 acres cada, o que dá ao redor de 9.000 m2, ou seja, 0,9 ha .    Irrigam a cana e a produtividade no primeiro ano é alta.   Não usam adubar a cana e no segundo ano a produtividade cai em 40% e no terceiro ano fazem um terceiro corte e depois renovam o canavial, erradicando a lavoura antiga e formando uma nova no local.   
         Por lá na região visitada a cana concorre em área com lavouras como trigo, arroz e mostarda.    Conseguem três colheitas no ciclo de um ano, alternativamente à cultura de cana que dá colheita uma vez por ano.
         O corte de cana em geral é manual, sem queima da palha, e o transporte bem comum é em carroças puxadas por dois bois, sendo que carregam 2.000 a 2.500 kg de cana por viagem.    Para quem planta menos de 1 há  (1 há = 10.000 m2), o transporte por carros de bois é o mais viável e racional, por trazer a melhor relação benefício/custo.   Também usam caminhões de médio porte e mesmo tratores com duas carretas acopladas, que seguem carregadas de cana até a indústria.




     Este caminhão na verdade não está no transporte de cana mas é muito comum na região eles enfeitarem bastante a frente dos caminhões.  Bem mais do que este acima.


         A usina visitada tem ao redor de 87.000 fornecedores, majoritariamente pequenos como já foi dito, dentre eles, 27.000 são cooperados.     A referida usina faz só o turno diurno.    As estradas vicinais de acesso à indústria são asfaltadas, mas são estreitas e os carros de bois andam no passo e o trânsito já é complicado de dia e inviável à noite.   Assim a indústria faz a moagem da cana que chega no dia.
         Colheita da cana na região vai de setembro a março.
         Fomos recebidos para um chá na casa de um produtor de cana considerado grande por lá, que cultiva ao redor de 50 há de cana e tem uma máquina de colher cana de duas linhas.   Colhe a área própria e presta serviço a terceiros na vizinhança.      Reside numa casa de alvenaria com algum conforto pelo que se pode deduzir pela sala.    Fomos recebidos de forma bastante amistosa e se mostraram bastante acolhedores.

     Na sala da residência do produtor de cana que nos brindou com um chá.

         Antes de fazer o fechamento do tema cana de açúcar e passarmos para a parte do turismo que conseguimos mesclar com a expedição, vale destacar que fomos recebidos em reunião já em Nova Delhi, capital da Índia, com o Diretor Geral, Sr. Abinash Verma,  do ISMA – Indian Sugar Mills Association que é o Instituto que cuida da cadeia produtiva da cana de açúcar em nível nacional.   O ISMA foi criado em 1932 e troca de Presidente todo ano dentro do prazo regimental.   
         Na sequência, farei um resumo dos locais históricos visitados em Agra, onde há o Taj Mahal e o Forte Vermelho e a Nova Delhi com sua parte nova e a parte antiga com suas mesquitas, tempos Siquis, memorial de Gandhi, o Portal da cidade (homenagem aos soldados mortos na guerra) e a volta de triciclo pelas vielas da cidade velha de Delhi com seu intenso comércio popular fervilhando de gente o tempo todo.
         Para completar, em matérias posteriores em breve, o dia todo de passeio por Dubai que fica nos Emirados Arabes Unidos e que foi o ponto de conexão aérea da viagem pela Emirates.   Voo São Paulo a Dubai e de Dubai a Mumbai na ída.   Na volta, voo de Nova Delhi a Dubai e depois de lá até São Paulo.

muito em breve colocarei as demais etapas da viagem em novas postagens.         
        

sexta-feira, 5 de abril de 2019

EXPEDIÇÃO À ÍNDIA - TEMA CANA DE AÇUCAR E SEUS PRODUTOS - PARTE II - UM PANORAMA DO SETOR

Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida - Curitiba - PR    (ESALQ-USP turma 1976)

     Conforme já citado na matéria anterior aqui no blog sobre nossa visita a Mumbai com ênfase na reunião no Consulado Brasileiro na cidade, também visitamos dentro do agendado, a Bolsa de Mercadorias daquele grande centro urbano.
     A visita foi capitaneada pelo PECEGE  Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas ligado à ESALQ-USP Piracicaba-SP que destacou um Doutorando para nos acompanhar e ser nosso porta voz nas visitas técnicas.       
     No contexto da economia canavieira da Índia que atualmente é a segunda maior produtora de cana de açucar do mundo, ficando só atras do Brasil, em Mumbai então visitamos o Consulado Brasileiro e a Bolsa de Valores.    Na cidade de Pune, visitamos uma Usina de açucar, um Instituto de Pesquisa da cana e lavoura de cana em fase de colheita.
     Na cidade de Nova Delhi, a capital, visitamos o Instituto Nacional daquele país para assuntos da cana de açucar e seus produtos, onde fomos recebidos pelo Presidente do referido instituto, ocasião em que houve troca de impressões e informações sobre o setor em ambos os países.
     Anotei uma série de informações da nossa Consul, que sendo brasileira, propiciou a coleta de mais informações, já que nos demais eventos que foram em inglês eu fiquei meio deslocado por tem pouco domínio do citado idioma - por enquanto!
     Vamos ao resumo do que consegui anotar da fala da Consul Rosimar Suzano, fluminense de Petrópolis-RJ.     Ela já tem contato com a Índia desde 2001.     Ela deu um perfil do setor da cana na Índia.    Disse que desde a independência da Índia (1947), país com 1,3 bilhão de habitantes e muita pobreza, há subsídio governamental ao setor rural para tentar amenizar o êxodo rural, que viria complicar ainda mais as já super populosas cidades polos regionais.
     Os produtores de cana por lá tem em média dois acres (menos de 10.000 m2) de área de lavoura e comumente as áreas são irrigadas.       Há muita miséria no campo e é recorrente suicídios de agricultores que tomam crédito e não conseguem pagar.   Caso de morte, a dívida não passa aos herdeiros.   Estima-se em mil suicídios de produtores de cana por ano, mas o assunto é sempre encarado de forma reservada.   Uma forma trágica de se livrar de uma dívida.
     Ela disse que desde 2001 para cá que ela conhece a Índia, há essa mesma toada e ela não vê perspectiva de retirada de subsídios à agricultura.     Se houvesse retirada de subsídio, haveria risco de aumentar os suicídios, êxodo rural e agitação social.
      Os usineiros locais (que tem seus representantes no governo)  querem que o governo promova leis que permitam aumentar a mistura de álcool à gasolina automotiva, mas o lobby do petróleo é muito mais forte e a coisa não deslancha.     A mistura tem sido na faixa de 4% de álcool na gasolina por lá.
     Tem mais um detalhe:   Se estimular o uso de álcool como combustível, demandaria mais água para irrigação de cana e água é bem escassa por lá.        Chove em aproximadamente quatro meses do ano e os demais meses são quase sem nada de chuva.
     O subsídio à agricultura na Índia não é só à cana.   É à agricultura em geral.
     A principal fonte de energia no país vem do carvão.      Estão em acelerado processo de uso de energia solar.      Ela disse que nesse setor a Índia está bem mais avançada do que o Brasil e que tem havido empresarios brasileiros que tem visitado a Índia em busca de contatos nessa área de energia solar.    Busca de usar carros movidos a energia elétrica.    
      O Grupo Mahindra é um dos que tem investido pesado em carros elétricos.
     Os grandes grupos econômicos daqui da Índia já nasceram com a vocação de buscar mercado fortemente no exterior.      São fortes em gestão.
     Ela vê o Brasil como um país com forte mercado interno e que encara a exportação de muitos setores como suplementar, diferente do que ocorre na Índia.
     Preço do litro de gasolina:  74 rúpias (a moeda local).    Aproximadamente 1 dolar.
     As usinas são pequenas e muitas funcionam só durante o dia.     Cada uma tem em média 70.000 micro fornecedores de cana.     Sempre num raio bem próximo à usina.      O colega do PECEGE disse que esse número (70 mil) é quase a totalidade de todos os fornecedores de cana do Brasil. 
     Canavieiros tem tido problemas com intoxicação por agrotóxicos.   Não usam EPI  Equipamento de Proteção Individual, etc.  
     Por outro lado, a Índia está num ritmo acelerado de crescimento da economia, algo ao redor de 6% ao ano.
     Em termos de geopolítica, o pêndulo mundial, inclusive pela densa demografia, se deslocou para a Ásia, com destaque para Índia e China, ambas com mais de 1 bilhão de pessoas cada.
     A Índia é forte inclusive em TI Tecnologia da Informação.    O domínio do idioma inglês ajuda nas relações comerciais com o mundo.
     O governo que está no poder tomou medidas positivas ao longo do tempo.      A Índia por herança do domínio britânico era muito burocratizada e cheia de taxas.   Tem havido um esforço do governo para diminuir isso.
     Ela falou um pouco de Pune, que vamos visitar em seguida, cidade com 3,1 milhões de habitantes, lugar serrano, uns 750 m acina do nível do mar  (Mubai é 15 m acima do nível do mar - costeira).    Distante 125 km de Munbai, Pune é um polo acadêmico, forte em indústria automotiva e também tem cultura milenar com sítios históricos super relevantes.
     A Índia tem mais de 1.600 dialetos, pois antes de ser unificada pelo colonizador britânico, tinha ao redor de 500 pequenos reinos independentes.    Na cédula de votação, há impressos em 15 diferentes dialetos para buscar contemplar a maioria dos votantes.
     Nossa Consul está no cargo lá na Índia há quatro anos.     Disse que para trazer produtos do Brasil para cá não é tão fácil.    Ela vê mais chance para parcerias, incluindo startaps.    Diz que os jovens da Índia gostam do Brasil - destaque para carnaval, futebol, jogos eletrônicos, etc.
     Quanto ao BRICS    (acordo Brasil, Russia, Índia, China e África do Sul), ela vê como algo positivo.    Ela acha que o BRICS se mantém e isso seria bom.
     Produtos frigorificados - primeiro, que eles são mais vegetarianos até por questões culturais.   Segundo, que eles tem o hábito de consumir produtos frescos.    A maioria vem da agricultura familiar.
     Esse foi o panorama que nossa Consul nos passou e em seguida, dentro do que estava agendado, ela nos brindou com um almoço em sua própria residência, gesto que nos deixou muito agradecidos.
     
     Foto da nossa Expedição PECEGE à Índia - (Mumbai) em março de 2019.  No Consulado, tendo ao centro nossa Consul.