Total de visualizações de página

quinta-feira, 2 de abril de 2020

RESUMO - LIVRO - A ERA DO INCONCEBÍVEL - Joshua Cooper Ramo (Ex Editor da Time) - Parte 3/6


         Parte 3/6 - RESUMO DO LIVRO:  THE AGE OF THE UNTHINKABLE

         102 – A China expõe numa feira de equipamentos de tecnologia algo como uma maleta de viagem que contem um rastreador de radar para proteção anti aérea.   Os equipamentos do ramo dos outros países costuma ser de porte maior e de custo infinitamente maior.   O dos chineses é eficaz, compacto e barato.   Está lá porque eles tem versão mais aperfeiçoada e para mostrar poder de defesa.   Os equipamentos antigos captavam por emissão e recepção a posição dos aviões inimigos mas nisso com um tipo de onda, imediatamente recebiam bomba e eram anulados.   Esse novo equipamento chinês emite uma gama enorme de tipos de ondas (mais de dez mil) que não permitem serem atingidos e assim com pouco custo tem muito de proteção e podem revidar derrubando aviões de até bilhão de dólares.
         Velha lei de guerra.   Para cada arma de ataque se busca um dispositivo de defesa.  
         103 -  Filósofo inglês George Santayana.  “Somente os mortos viram o fim da guerra”.   Se somos pobres, guerreamos por raiva.  Se ricos, por cobiça.
         104 – Depois da II Guerra Mundial.  Guerras:
         França contra Indochina e Argelia em tempos diferentes
         Grã Bretanha contra o Quênia
         USA contra o Vietnã, Iraque
         Russia contra Afganistão, Israel e Libano.
         Estudos específicos sobre guerra feitos por cientistas indicam que nenhuma grande potência conseguiu derrotar rebelião no mundo nesta fase pos II Guerra Mundial.   O placar está em 22 x 0.
         105 – Frase de 2003 de Donald Rumsfield, então Secretário de Defesa dos USA:   (sobre a guerra contra o Iraque)   “Sabemos que estamos matando muito, capturando muito, confiscando armas.  Só não sabemos se isto quer dizer que estamos vencendo a guerra”.
         105 – Os americanos sabem que tem o arsenal top de ataque mas sabe que tem vulnerabilidade na defesa.   A defesa pode envolver ataque cibernético, por exemplo, derrubando a comunicação mundial com satélites, etc.
         110 -  As gigantes de tecnologia.   Da IBM à Intel. Da Intel para o Google.  Cada vez tudo mais sofisticado e inovador.
         112 – Os ataques suicidas são baratos ofensivamente e caro a defesa contra esse tipo de ataque.  O ataque do Onze de Setembro custou a quem atacou algo como 1 milhão de dólares.   A defesa após esse ataque tem custado aos USA tipo 1 milhão de dólares por hora em vigilância para tentar evitar novas ocorrências.
         113 -  ... “nossa segurança se tornará cada vez mais periclitante”.
         118 -  As propostas do autor para solução disso tudo.   O que ele chama de Segurança Profunda.
         121 – Gertrude Stein, americana, família muito rica e pendor pelas artes, vai morar em Paris no agito cultural em pleno ano de 1914 com a I Guerra Mundial em curso.     Ela conviveu com celebridades como Picasso.  Ela e os artistas de então percebiam muito melhor as mudanças dos tempos e dos paradigmas do que todos os outros “seres pensantes” como cientistas, políticos de então.    Era o movimento do  Cubismo em gestação nas artes.
         122 – A I Guerra Mundial teve a “ajuda” até do telégrafo que era por assim dizer a internet da época.   O autor diz que há até pesquisadores que tem a hipótese que o telégrafo interligou governos e a velocidade nova deu clima para aumentar a ira das pessoas e precipitar a guerra.   Antes era por carta que demorava dias, semanas ou meses.   E poucos sabiam do que ocorria e as tratativas pela paz ou pelos conflitos.     Se olhar para o  mundo nosso de hoje com a internet, pode-se imaginar que houve mais um enorme aumento de velocidade de informação e isso pode até causar tensões.
         Hoje estamos em uma onda de mudanças que são rápidas e excedem nossa capacidade de pensar.  O problema é que poucos reconhecem e entendem as mudanças em curso.
         Os artistas, mais sensíveis talvez, sintam e entendam mais essas mudanças.   Mas políticos, diplomatas, financistas, carregados de conceitos enraigados não enxergam as mudanças mesmo tendo o poder de pilotar o barco que nos leva.
         123 -  O sistema com suas incertezas corroi nossa segurança financeira, intelectual e física.
         127 – Um servidor francês da área de comunicação com dom artístico percebeu do alto de torre em Paris, onde vigiava espaço aéreo e via os ataques alemães às tropas locais.   Com seu dom de artista percebeu que a cor das fardas dos franceses tornavam eles alvo fácil do inimigo.      Criou assim uma roupa especial com tons de cores (cubismo) que disfarçava e camuflava soldados e mesmo veículos militares.   Camuflados, ficavam menos visíveis e menos vulneráveis aos ataques implacáveis dos ataques aéreos pelos alemães.     
         O autor dessa criatividade foi o francês Lucien-Victor Guirand de Scévola, em 1915.    A I Guerra foi de 1914 a 1918.
         130 – O pintor Klimt da cidade de Viena pintou na época a milionária Johanna Staude.  Pintura cubista onde ela aparece sensual.   Mostra um momento da arte com as mudanças da arte acompanhando a mudança dos tempos.
         131 – Em 1905 Albert Einstein e a Teoria da Relatividade.   Mudanças.
         132 -  Tudo numa dinâmica de mudanças na sociedade e os mais velhos poderosos de então não viam as mudanças ao seu redor.
         1918  Conferência de Paris no Palácio de Versalhes.   27 países reunidos tentando colocar fim à guerra.    Houve até assessores da envergadura de Max Weber, o economista britânico John Maynardes Keines.       Foram seis longos meses de negociações e em seguida assinaram o Tratado de Versalhes que não deu muito bom resultado.
         134 – O mundo da cultura incluindo a psicologia, filosofia e artes plásticas enxergavam a dinâmica do mundo do seu tempo, mas os donos da política e da guerra não viam.   Deu no que deu.   1914-1918, Primeira Guerra e logo de 1939 a 1945, a II Guerra Mundial.
         136 – O artista plástico Miyamoto um dia foi contratado para a parte de desenvolvimento de produtos pela Nintendo que na época era a toda poderosa na parte de videogames.   Ele era um que via o seu tempo.   Criou a partir de uma pessoa prestadora de serviço de encanador, o Super Mario Brothers que rendeu 20 bilhões de dólares à Nintendo.   Valor cinco vezes maior que a série de filmes Guerra nas Estrelas, campeã de bilheteria nesse ramo.      Antes o criativo Miyamoto estudou artes e tocava guitarra e flanava pela cidade.     Quando a Nindendo o convidou para apresentar um projeto que ele tivesse criado e ele mostrou um tipo de cabide para uso infantil que numa parte tinha forma de bichinhos que agradava as crianças.  Foi um sucesso de vendas.    Os cabides eram os Miyamotos das crianças.
         Foi contratado.   Disso, surgiram Super Mário e outros inventos.   O parâmetro dele era o esposometro. Ele bolava algo na parte de informática e via se despertava interesse dela.  Se não despertasse, ele intuía que a coisa não iria emplacar.     Com ajuda de sua genialidade a Nintendo se tornou a maior empresa do Japão em seu tempo.
         138 – A batalha bilionária entre Sony e Nintendo pela liderança em jogos eletrônicos.
         142 – A indústria de jogos olham na velocidade das máquinas.  Miyamoto criou o Wii que se inspirava na forma de ação do air bag de carro ao ser acionado.   Criou o Wii, jogos de movimento do jogador, diferente do jogo de apertar botões sentado no sofá.  O Wii fez até senhoras comprarem o equipamento, o Wii Fit para fazer exercícios.  Barato e sucesso total.   Ver que o conceito é uma quebra de paradigma do setor.
         144 – O Wii e o cubismo teriam algo em comum.   Ver o momento atual e interpretar o momento atual.   Assim não se fica na rota de ser atropelado pela imprevisibilidade.     É trabalhar dentro desta.
         146 – Cita a China e a Venezuela como exemplos negativos na visão do autor.   São de outra ideologia...
         150 – Israel.  O país cercado de inimigos.    Fundado no pós guerra, em ação da ONU, foi criado em 1948.
         Fala de um pensamento budista para não errar.  Ter três aptidões:
         Compreensão correta; pensamento correto e ação correta.
        
                (continua na matéria seguinte - Parte 4/6)

RESUMO - LIVRO - A ERA DO INCONCEBÍVEL - Joshua Cooper Ramo (Ex Editor Revista Time) - parte 4/6




 RESUMO DO LIVRO:  THE AGE OF THE UNTHINKABLE     - parte 4/6

         153 – Dividir o mundo  (coisa de americano...)     ....” em quais países você vai bombardear e quais vai apoiar...”
         (o autor de propõe a analisar a questão global e a busca da paz mas o que mais se coloca é a ameaça militar – uso da força)   Nada de diplomacia.
         173 – Em 1998 de surpresa a Índia testou uma arma nuclear.   Seria surpresa até para o americano comum.
         173 – Disse que os USA só ficaram sabendo da bomba da Índia quando ela estourou.  Sabendo pela TV CNN e não pela CIA.
         181 – Livro fundamental da filosofia chinesa se chama I Ching ou livro das Mutações.
         183 – O autor sugere que ao invés de objetivos e planos simples, orçamento, aprovação do congresso, não acompanham o ritmo dos riscos que são dinâmicos.     Diante disso, o autor propõe que se use estratégia de mercado financeiro para se preparar para o “mercado da violência” com preparo e agilidade.
         183 – O historiador Martin Van Creveld estudou mil anos nações com aparatos de defesa funcionais e disfuncionais.   Conclusão dele:   “Hoje em dia as forças armadas mais poderosas são em grande parte irrelevantes para a guerra moderna”.
         184 – O documento “Estratégia de Segurança Nacional dos USA” não tem nada expresso de:
         Empatia
         Sentir o ambiente
         Pânicos financeiros
         Epidemia global    (isto citou em 2010)   - agora temos o covid 19
         O documento é cheio de planos para “reformular o mundo”...
         185 - ... até conhecer melhor figuras históricas reprováveis... (ele propõe como relevante)
         185 – Filósofo tipo marmota e tipo raposa.  Os primeiros, fixavam num tema só e iam fundo.   Os raposa, questionavam especialistas em N temas diferentes.  Tipo marmota classifica Platão, etc.   Tipo raposa:  Aristóteles, etc.   (ele cita bastante filósofos de antigos a mais recentes)
         Os marmotas conhecem muito sobre um campo e tentam aplicar isso para tudo e erram muito mais.     Foi feito experimento com gente dos dois grupos.
         186 – Os raposas eram os que mais acertavam.   Perfil:  eram mais céticos quanto a analogias históricas fáceis, tendiam a ser mais probabilísticos em seu pensamento e  atualizavam tranquilamente seus modelos.
         Além dos marmotas errarem mais, eram mais ansiosos e queriam chegar rápido à conclusão categórica do que foi proposto.
         Os marmotas, comprovadamente, erraram feio sobre desintegração de N países (o que não ocorreu) e de colapso em 1988 que também não ocorreu.
         187 – “Adquirir o hábito  de buscar constantemente novas idéias e ter empatia com nossos inimigos talvez seja anti intuitivo e embaraçoso, mas trata-se na verdade de um valioso seguro contra tendências a iludir-se”
         187 – Querer mudar a China com plano fixo de décadas atrás tem tudo para dar errado.   E vem sendo colocado em prática.
         189 – O que manda, em apuro, tenta simplificar sua meta.  Ex.  Socorrer os bancos em hora de crash.   Caso do terrorismo, a ânsia de matar o Osama Bin Laden.
         190 – Henry Kissinger.  Em 1960 ele tinha 37 anos e já tinha editado seu segundo livro sobre diplomacia, defesa, etc.    Livro dele de 1957, aos 34 de idade:   “Armas Nucleares e Política Externa”.    Segundo livro dele:
         “A necessidade de escolha”.
         192 – Tempos da Guerra Fria  (USA x URSS).   Tempos de “o meu cachorro é maior que o seu”.  Intimidação mútua.
         192 – Na atualidade algumas ameaças fora do arsenal convencional:
         Morrer por uma causa  (terroristas)
         Guerra biológica     (livro de 2010 – e em 2020 ao menos estamos tendo uma pandemia do covid 19 e há algumas especulações)
         Pânico no mercado financeiro
         Ascenção da China
         Nacionalismo na Índia
         Crise de falta de água no México
         193 – RESILIÊNCIA será o conceito definidor de segurança no século XXI.  
 (eu, leitor, Engenheiro Agrônomo, tenho participado inclusive de palestras e debates sobre Meio Ambiente e Mudanças Climáticas e o termo Resiliência entra muito forte)
         204 – Hizbollah   (Partido de Deus).   Ele esteve pelo Oriente Médio e andou por Israel, Líbano, Faixa de Gaza e região.   Estudou e conversou com pessoal do Grupo Hizbollah.   O do grupo, dirigindo o carro, diz que a CNN é pró Israel (o que é notório, aliás).  A pessoa destacou que nos conflitos locais a TV ocidental só mostra o lado de Israel.
         205 – Antes de terem a cobertura da TV Al Jazira, o Grupo criou a TV Al Manar para divulgar o lado árabe dos conflitos.    Depois o rico Catar lançou a Al Jazira que tem alta ramificação pelo mundo.  
         O autor diz que o Grupo Hizbollah com três décadas é sem dúvida o mais bem organizado grupo guerrilheiro do mundo.  O autor ouviu isso também de um General de Israel (do outro lado...).  Ele cita o nome do General no livro.
         O Grupo Hizbillhah no sul do Líbano tem também ação social.  Constroi casas para quem ficou sem teto em ofensivas de Israel.  O grupo surgiu no sul do Líbano em 1982, grupo xiita de oposição.   O Líbano então mais que invadido:  por americanos, israelenses, sírios e tropas das forças de paz da ONU.     



                                      próximo - continuação - parte    5/6 

RESUMO - LIVRO - A ERA DO INCONCEBÍVEL - Joshua Cooper Ramo - (Ex Editor da Revista Time) parte 5/6 - abril de 2020


      RESUMO - BOOK:   THE AGE OF THE UNTHINKABLE  - Joshua Cooper Ramo  (Ex redator da Time) 
         Página 205 – O Hizbollah fazia alguns ataques em dois objetivos em lugares distantes quase simultaneamente.
         208 – Em 1992 mataram o líder do Hz, Abbas Al-Musawi.   Em retaliação o grupo fez ataque suicida à embaixada de Israel e atacou uma sinagoga em Buenos Aires.
         O grupo conseguiu vencer Israel que se retirou do sul do Líbano.
         O autor diz que o Hz recebia $ e treinamento do Irã.
         210 – Com a retirada de Israel do sul do Líbano pela ação do Hz, este passou o foco da atuação via partido político e lançou para as eleições no Líbano 58 candidatos e elegeu nove.        Desde sempre entre as ações do grupo estão construções de casas, escolas e hospitais.   Demandas cotidianas da periferia das cidades eles ajudam com serviços como encanador, eletricista, pedreiro, etc.     São parte da comunidade e imprescindíveis ao dia a dia da mesma.     O Grupo Hz ganhou Resiliência com o variar, aprender e mudar.  (e empatia com o povo).
         O autor foi em Israel, ouviu autoridades inclusive militares da cúpula da segurança e foi ouvir o outro lado.  Isto é Ciência.  Estabelecer o contraditório, ouvir as partes.   
         213 – Curioso que os USA tem dois departamentos complementares.  O Departamento de Segurança e o Departamento de Defesa.
         O autor defende que o de Segurança fosse mais versátil para Resiliência e agregasse mais inclusive em assistência social, escolas, etc.   Que o povo americano se aproxime mais do trabalho colaborativo.
         Notar que a primeira fase do livro o autor fez pesquisas e montou algo como um diagnóstico de como a coisa funciona e nesta segunda parte ele vem construindo suas teses de mudança no rumo da defesa e diplomacia.
         O autor pretende algo que venha da base e que não seja uma ação de governo, de cima para baixo.   (Nada de GA goela abaixo)
         Ele se pergunta.  Como consumimos?
         Como educamos nossos filhos?
         Como dirigimos nossos negócios?
         Como investimos nosso dinheiro?
         .... reformatar.... mais colaborativo.
         215 – Vai falar dos erros dos USA na guerra com o Iraque.   Falou de uma visão (equivocada na opinião dele) tipo insumo: soldado; produto democracia.     Aqui eu como leitor coloco a frase que um dia li no jornal e que achei lapidar para resumir a política exterior dos USA:    “Para quem anda com um martelo, tudo que vê é prego”.   (força)
         Sobre o Iraque.   Primeiro os USA acharam que a guerra teria um fim nítido e rápido.  Não foi nem uma coisa nem outra.
         216 – Citou a arrogância do governo Bush na Catedral Nacional em 14-09-2001 (dias após o Onze de Setembro)
         “Esse conflito começou numa época e nas condições impostas por outros.  Terminará da maneira e na hora da nossa escolha”.
         Em 2003 o Secretário de Defesa Paul Wolfowitz diz no Congresso dos USA:   “É difícil imaginar que haja necessidade de um número maior de forças para proporcionar estabilidade no Iraque pós Saddan Hussein do que para travar a própria guerra”    (ou seja:  deixaram pior do que encontraram)
         Em 2003 as tropas dos USA no Iraque eram entre 30.000 a 40.000 soldados.   O General americano Eric Shiseki pediu então centenas de milhares de soldados para “estabilizar” o Iraque após a ação militar lá.  Foi demitido.      (Mas reforça o estrago que foi causado ao Iraque)
         Bombardearam sistemas de infraestrutura do país como estradas, energia, comunicação.   Criou vácuo de lideranças locais e desalento.
         216 – O autor fala de outros fracassos militares dos USA em casos como a Somalia, Bosnia e Kosovo.    Sobre o Afganistão, diz que os USA financiaram e fizeram crescer grupos islâmicos locais (na esperança de frear tendência ao comunismo).  Em seguida se afastaram e esses grupos se transformaram no Talibã e na Al Qaeda que depois se viraram contra os próprios USA.    (criaram a Al Qaeda e indiretamente, Bin Laden)
         221 - ...” estamos atualmente ligados uns aos outros de forma que não podemos ver através de redes de finanças, de doenças, de informações, o paradoxo: quanto mais ligados, mais vulneráveis”.  Fala do mundo em 2010 e hoje, 2020, estamos vivendo uma pandemia e batendo cabeça.
         224 – Ele cita mais um matemático dos altos estudos em várias áreas.  Agora deverá ser o quarto que ele cita em assuntos relevantes.   Estado Maior das Forças Armadas da Inglaterra.  Agosto de 1982.   A Argentina invade as Ilhas Malvinas que pertencem à Inglaterra.   Longa distância mesmo por via aérea para uma pronta reação britânica.   Tinha que ser algo de impacto e rápido.  O ponto nevrálgico era o único aeroporto da ilha   estava permitindo acesso e suprimentos aos argentinos.  Destacaram um matemático para calcular a forma de bombardear a pista de pouso de forma rápida e efetiva.   Ele de um dia para outro conseguiu o mapa com a construtora que fez o aeroporto, fez o estudo e definiu a quantidade de bombas necessárias.     Feito o ataque, destuida a pista, a Argentina praticamente nisso aí perdeu a batalha.     Os aviões Mirage da Argentina ficaram sem local para pouso.
         Crise das hipotecas nos USA em 2008 que depois se irradiou em crise financeira pelo resto do mundo.   O mercado só olhava para os bancos e não para quem estava comprando casas.    Formou uma bolha de preços elevados dos imóveis e quando a bolha estourou, estes retornaram aproximadamente ao preço histórico, mas as perdas de quem chegou até o pico foram grandes.
         228 -  Fala de laboratórios de armas biológicas.  Cita mas não diz em que país ou que países.   Claro que isto é segredo em sete chaves sempre.
         229 – Citou como exemplo do Hizbollah (Hz) que envolve atuação em rede e tem uma ideologia, tem tecnologia e nacionalismo.   Se o adversário atacar uma das bases deles não desmonta a rede.
         229 – Propõe
Aprender olhar holisticamente; aprender a nos concentrar em nossa própria resiliência, em vez de tentar atacar tudo o que pareça assustador.
         229 – Após a guerra do Vietnã um general fez a pergunta.  Se enfrentássemos essa guerra hoje, o que faríamos diferente?   Ou seja, uma atitude de avaliar o que fez para aprender lições.
         230 – Os USA despejaram mais bombas no Vietnã do que usou em toda a II Guerra Mundial.
         Em 1942 as bombas incendiárias contra os alemães fez as pessoas se unirem mais do que passarem a odiar Hitler, diferente do que esperavam os adversários.   As bombas caiam em regiões de moradas de civis inclusive, explodiam e formavam focos de incêndio para aumentar os danos de forma dramática.
         232 – Na guerra, o convencional era atacar a linha de frente, mas o inimigo repunha as baixas.   Outra linha de raciocínio que foi aplicada no Iraque.  Tentar destruir a infra estrutura (estradas, telefonia, energia elétrica, água, combustíveis e munições).  A idéia era enfraquecer o adversário.  Enfoque baseado nos efeitos.     (o que se viu após o fim da guerra foi que o país ficou em comoção social e mais dividido do que antes e ficava difícil a retomada inclusive pelos danos à infraestrutura).  Desestabilizou o país, que ficou pior do que na era Saddan.
         Em Belgrado, os USA lançaram à noite fitas finas metálicas nas redes de eletricidade e deixava a cidade sem luz e espalhava o pânico.   Calculam que assim venceriam mais pela estratégia do que no combate direto.     Morreu menos gente e o autor avalia que por isso causou menos reação negativa em termos internacionais.
         Na segunda guerra do Iraque  e do Afeganistão, os USA teriam usado essa linha do enfoque nos efeitos.
         A reação dos combatentes do Iraque e do Afeganistão foi de mudarem da farda para roupas civis e passaram a agir de forma pontual tipo explodindo comboios do inimigo nas estradas.   Isto faziam com pouca gente e pouco armamento.  Fator surpresa.    Conseguiram os locais causar muitas baixas aos invasores americanos.
         235 – Paquistão e armas nucleares.
         239 – Fracassos políticos dos USA em Ruanda e Miyamar.
         239 – Ruanda o conflito com massacre começou em 1995.
         239 – Indica que é positivo (na visão do autor), readquirir os hábitos de cooperação internacional em todas as áreas, da ajuda alimentícia às armas nucleares para ter “influência” e poder “moldar” no rumo desejado pelos USA.
         240 – Fala dos filósofos orientais Confúcio e Mêncio.    O mundo é um sistema a ser manipulado e não para ser golpeado.      Son Zi completa:
         “O homem que não trava combate, provavelmente derrota o inimigo”
         241 – Falou um pouco do mundo dos hacker.     Os chapéu branco, do bem e os chapéus pretos, do mal.        www.joshuaramo.com   Cita um caso de um racker do bem ter descoberto um furo na rede mundial de computadores e se reuniu com empresas do setor para corrigir antes que outros hacker percebessem e faturassem com o furo.  Deu tudo certo.
         246 – Irã. O presidente de então, Mahamoud Ahmadinejad tem doutorado em tráfego (comunicação).
         246 – Todos os acordos de paz para o Oriente Médio não deram certo porque o idealizador tinha meta dele e queria uma solução final.  Dai reunia as partes para tentar chegar às suas metas e a um resultado final (na ótica dele).      Eu como leitor me lembrei daquela lenda do técnico da seleção no tempo do garrincha numa copa antes do jogo contra os russos.  Faça assim, eles vão fazer assado e nós faremos aquilo outro...   O jogador disse.  Parece tudo legal, mas combinaram com os russos?
         248 – Camp David e negociações diplomáticas.
         248 – Faixa de Gaza em 2006.   O povo local elegeu uma liderança do Hamas  (partido tido como grupo terrorista pelo ocidente) “não seguindo a recomendação dos USA”.   Acirrou o conflito.     Eram tempos da representante do governo americano a Sra. Condoleezza Rice.
         250 – USA e China.   Os USA querendo impor sua visão de mundo à milenar China...
         Cobrar direitos humanos
         Reforma monetária
         Defesa do meio ambiente     (curioso que os USA é um país rico e representa aproximadamente ¼ da poluição do planeta)
                   250 – Os USA querem negociar com a China pontos em que discordam.  O autor alega que deveria ser outra a estratégia.   Buscar onde poderiam somar esforços.


----------------------------------------------- próxima parte – final em breve.  6/6

RESUMO - LIVRO - A ERA DO INCONCEBÍVEL - Joshua Cooper Ramo (Ex Redator da revista Time) - trecho final 03/2020


SUMMARY - BOOK - THE AGE OF THE UNTHINKABLE     -    Em Português

 .............

251 – O autor avalia que o revide dos americanos ao ataque de Onze de Setembro de 2001 não foi nada positivo.   “Os ataques diretos fracassaram repetidamente”
252 – África do Sul.  Cidade de Tugela Ferry de 250.000 habitantes.  Cidade pobre. Terra dos zulus.   Um dos mais altos índice de HIV do mundo.  Mais de 40% da população tem o vírus.
254 – Na África do Sul em 2008 morria uma pessoa de HIV por minuto.   Em outra região da África o ebola atacando.  O ebola mata 80% das pessoas infectadas.
256 – Médico que cuidava do HIV constatou em Tugela Ferry que muita gente passou a morrer por outra causa.   Pesquisou e percebeu que era por um bacilo forte da tuberculose.  Matava 98% dos infectados.
258 – A tuberculose convencional, por assim dizer, foi descrita em 1882 por Robert Kock.   Uma das doenças mais comuns do planeta.   Afeta 1/3 do mundo.
262 – Remédio da tuberculose eram ministrados em Tugela num tratamento previsto para seis meses.   Nos primeiros dois meses o uso do remédio era monitorado por agentes de saúde.   Era bem eficiente o remédio mas o paciente com a melhora, acabava depois dos dois meses que tinha que seguir por si o uso do remédio abandonava o tratamento e a doença não se curava e o agente causal acabava ficando mais resistente aos remédios.
Com o HIV foi diferente.   O pessoal da saúde pública explicava muito bem a doença, os remédios, a forma de tomar, os riscos de não tomar direitinho e tudo o mais.   Isto passava uma responsabilidade para o paciente e este também tinha que apresentar um responsável para acompanhar o rigor do uso dos remédios.   Fez toda a diferença.  O pessoal por mais humilde que fosse, tendo para si a responsabilidade efetiva do tratamento, fazia tudo direitinho, ao contrário do que os pacientes da tuberculose.
Isto para deixar claro o seguinte:    Trabalhar com as pessoas, deixar tudo explicado, buscar a cooperação entre elas e fazendo as mesmas assumirem Responsabilidade.   Eis a diferença.
263 – Aprendizado para esta e muitas outras situações.   (No Brasil a Pastoral da Criança de certa forma usou o sistema de treinar agentes voluntários da comunidade para acompanhar tratamento de crianças junto às famílias e deu muito certo)
No momento que se delega poder a outras pessoas, é deflagrada uma explosão de curiosidade, inovação e esforço.”
Isto vale para uma infinidade de situações e não só para a saúde humana.
No passado quando as batalhas eram no corpo a corpo, se tinha que espalhar poder para pequenos grupos e estes se articulavam e o resultado era melhor do que agir em tudo dependente do poder central.
Os cavaleiros mongóis eram imbatíveis dentro desse modelo.  O herói mexicano Emiliano Zapata também usava esse sistema.
264 – Sucessos colaborativos.   Destacou a Wikipédia, a Linux, etc.  Partem de baixo para cima. Partem da base.   As pessoas saem da posição de consumidores para a posição de participantes.  Faz toda a diferença.
267 – Peers   - colaboradores voluntários.
268 – Em 2006 o autor esteve conversando com o médico britânico Moll que atuou no combate ao HIV na África do Sul e que vivenciou as ações colaborativas de sucesso.
269 – O autor propõe um Sistema Imunológico de segurança Profunda com distribuição voluntária de poder.
271 – Buscar dar direitos básicos de sobrevivência a todas as pessoas do mundo.   (tange o que Masllow define em sua pirâmide da hierarquia das necessidades humanas.   Preservar a vida, se defender, se alimentar/agasalhar, etc.)
271 – O que podemos fazer para transformar as pessoas em voluntários?   Ver que podemos fazer muito, independentemente de governo.
272 – Cita o intelectual e político brasileiro Roberto Mangabeira Unger.   “O que devemos criar é uma economia do cuidado”.
273 – Cita seu Norte no caso, o sociólogo Immanuel Wallerstein.
“O que fazemos aos outros, fazemos a nós próprios”.
273 – Cita o caso do empresário brasileiro Ricardo Semler da empresa Semco.   Peças para a indústria naval.  Ele assumiu o negócio da família nos anos 80.   Anos de inflação de três dígitos ao ano no brasil.   Semler disse que dirigir uma empresa no Brasil de então era como montar num touro bravio em cima de um terremoto.
274 – Diz que no Brasil de 1990 a 1994 uma em cada quatro empresas fechou.   A produção industrial caiu ao nível de 1977.  Daí para o Brasil ficou a década chamada de década perdida.
274 -  Para não falir, Semler dividiu seus empregados em grupos de 100 e lhes deu as opções iniciais que eram:  Redução de salário ou demissões.    Os grupos debateram muito e disso surgiu um conjunto heterodoxo de medidas sugeridas pela base.   Reduzir salário + participar do lucro + reduzir o salário da diretoria + controle do fluxo de caixa da empresa com participação dos empregados, via pessoa do Sindicato por eles indicados.   (o representante dos empregados assinava os cheques junto com diretor).   Aceita a forma e assim se fez.  Deu certo.  Em dois meses a empresa voltou ao ponto de equilíbrio.   
Tinha havido na empresa uma explosão de emergia, entusiasmo e flexibilidade.   Os empregados da empresa quadruplicaram a produtividade.
Muitos foram depois, nas expansões, por iniciativa comum, estimulados a montar empresas para fornecer peças e serviços para a Semler com sucesso.
280 – Duro mudar algo, principalmente no Estado, mas temos que iniciar um processo de experimentação institucional.
Sugere além do CSN Conselho de Segurança Nacional, ter um grupo para elaborar a crítica do que se vê e discute no CSN.   Seria essa crítica o CSP Conselho de Segurança Profunda.   Buscar prevenir mais e errar menos.
281 – O que há de velho é o instituto de acumular poder e controlar rigidamente as políticas.  E na hierarquia rígida, o subalterno acaba cumprindo até ordem que acha absurda...
Temos que incentivar dentro e fora do governo, centenas de empreendedores de política externa.  Pessoas que abordem problemas complexos a partir de enfoques NOVOS, radicais e inventivos.
Faz 40 anos que o setor de segurança dos USA passou por uma reengenharia séria.   Está obsoleto.
282 – Erro da Sony nos tempos do videocassete.  Entrou com fitas betamax que era diferente do padrão VHS das demais.  A betamax tinha som e imagem melhor, só que cada cartucho cabia só uma hora de gravação e geralmente filmes tem mais de uma hora.   Resultado.   Os concorrentes que foram para o VHS ganharam essa parada bilionária.
283 – O autor encerra o penúltimo capítulo com citação do brasileiro Mangabeira Unger.    “A tarefa da imaginação consiste em realizar o trabalho da crise sem a crise”.   (se antecipar a ela)  (isto em 2010...)
Hoje o mundo está correndo atrás do prejuízo com o covid 19
O autor diz que estamos diante dessa opção atualmente: imaginação ou crise?   Você escolha.
286 – Ver a tela “Herois Espirituais da Alemanha” do artista plástico Anselm Kiefer  (quadro enorme)     Ele pintou aos 28 anos em 18 meses, de 1972 a 1973.    Representa o interior sombrio de uma Igreja Luterana de madeira e chamas com simbologia dos heróis do nazismo...     A reflexão seria que o quadro chama para o “estamos dentro da história e não podemos ficar passivos”.    (vi o quadro na web)
290 – Como fazer história.   Viver de uma maneira resiliente  
Poupando mais, comendo melhor, dirigindo com cuidado, prestando serviços voluntários aproximando-nos mais dos vizinhos, educando nossos filhos para serem globais e competitivos e fazendo novos amigos.     
... Alguns desafios  - investir anos para compreender culturas diferentes da nossa (ele fez trabalhos voluntários por um ano na África).
Frase do físico Niels Bohr já perto do fim da vida.    “todo ser humano valoroso deve ser um radical e um rebelde, pois o que deve visar é tornar as coisas melhores do que são”.
Frase do autor:  O que mudará o planeta é a rebelião.
Desfecho.   Pergunta ao leitor:  O que esta era exige de mim?
                                      The End.        28-03-2020
     Zap 41  999172552    -   orlando_lisboa@terra.com.br
       (todo feedback será bem vindo!!!)

segunda-feira, 30 de março de 2020

SÍNTESE - GRIPE ESPANHOLA DE 1918 - CURITIBA - BRASIL


FICHAMENTO DO LIVRO – O MEZ DA GRIPPE   
         Autor:   Venâncio Xavier – editora Cia das Letras – SP – 1998
         Fichamento de leitura pelo Eng.Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida.      www.resenhaorlando.blogspot.com.br 
         Faço um curso de Patrimônio Histórico do Paraná, no qual se insere inclusive a arte em geral e a literatura em particular.   Foco nos paranaenses natos ou não.
         Numa das aulas no centro histórico de Curitiba no Solar do Rosário, o tema abordou a vida e obra de Venâncio Xavier que tem um trabalho um tanto heterodoxo em TV e mesmo na literatura.   Este livro é mesclado de uma colcha de retalhos de recortes de jornais da época da gripe (1918) , poesias curtas, mórbidas e eróticas anônimas e tudo o mais numa apresentação meio caótica, fora da casinha.     Li um exemplar da Biblioteca Pública do Paraná da qual sou sócio.  Parece que o livro é raro em sebos.
         Esclarecendo que ele coloca foco na gripe espanhola que assolou o mundo e teria matado ao redor de 50 milhões de pessoas e que no Brasil fez um estrago enorme em 1918.   O vírus era uma variação do H1N1 que agora nos assusta e nos dá um toque de recolher.      Só lembrando que o nome da gripe, ironicamente teria vindo da geopolítica, ou seja.   As potências do norte estavam na primeira Guerra mundial e a doença teria chegado lá pelos soldados americanos e se espalhou pelos hospitais de campanha, trincheiras e nas populações.   A Espanha ficou neutra nessa guerra e por ser uma monarquia parlamentarista democrática, divulgava o que lá ocorria pela imprensa enquanto os países em guerra omitiam as notícias inclusive para não desanimar as tropas em combate.     Assim sendo, a gripe de 1918 foi injustamente batizada como gripe espanhola.
         Então vamos voltar aos relatos do Venâncio Xavier sobre a gripe espanhola aqui em Curitiba em 1918.    Ele usou inclusive notícias de jornal da época para coletar dados e relatos.  
         Página 23 – Em 1918 já havia a creolina Pearson como uma opção de desinfetante de ambientes.    Tinha um cheiro forte característico.
         P.24 -  Alemães em guerra capitulando em 1918.
         26 – Curitiba com população perto dos 80.000 habitantes em 1918.
         26 – Além da gripe que matava, também a febre tifoide ainda fazia vítimas fatais por aqui.
         27 – No Rio de Janeiro a gripe espanhola ganhou o apelido de puxa puxa mas o autor não explicou o motivo do apelido.   Se puxava a pessoa para a cova...
         28 – Fim de Primeira Guerra Mundial na Europa e alguns alemães aqui moradores desafiavam as pessoas.    Cantavam, alguns, o hino deles por aqui em plena guerra.   Um dia um grupo foi preso por isso.   Na ocasião eles estavam acompanhados das esposas.   No momento a polícia ficou no imbróglio de como as mulheres deles voltariam para casa.   Ofereceu policiais para acompanha-las.    Elas recusaram a oferta e preferiram ir pra casa sozinhas.     A fonte : o Jornal do Commercio do Paraná.
         28 – Além de mortes por febre tifoide e da gripe espanhola, aqui em Curitiba de 1918 havia morte por tuberculose, lepra.
         29 – Recado do cotidiano de então no jornal da cidade:  Precisa-se de uma mulher para viver com bom homem solteiro.    Rua Saldanha Marinho, 168  (das 5 as 6 h da tarde)
         29 – O autor coletou depoimentos da Dona Lucia (em 1976) que viveu o tempo da gripe espanhola.   Ela narra o que vivenciou.
         32 – Fala da notícia de jornal anunciando a inauguração em 1918 de Majestoso prédio do Hospício em Curitiba.
         33 – A polícia censurou os jornais daqui sobre a gripe e os mortos.
         Depoimento da Dona Lucia:    No começo, caixões e mortalhas.  Depois, levavam com os caixões, enterravam só o corpo e traziam o caixão para outro enterro.
         34 – Na Rua XV – rua das Flores, havia a redação do Jornal do Commercio do Paraná.   Tempo da Guerra e alguns dos alemães daqui afrontando as pessoas.   O jornal cita inclusive o alemão e o livro também.  O alemão Rodolfo André Damm veio até a parta de entrada do jornal na rua XV e fez cocô na porta em protesto.
         35 – 1918 – o presidente do Brasil era Wenceslau Braz.
         43 – Fala dos “elétricos” que seriam os bondes que circulavam em Curitiba.   Pertenciam à South Brazilian Railway.    Os bondes ficaram um tempo sem circular à noite pela cidade por causa da gripe.
         44 – Aqui em Curitiba em 1918 havia jornal clandestino editado em alemão.  Tinham contato por telegrama com grupos da Argentina.    Cita  fonte o Jornal do Commercio de 06-11-1918.
         44 -   No jornal.   Alguém se referindo à gripe espanhola.    ...Mas a senhora espanhola parece que não tem vontade de deixar ninguém em paz.
         45 – O armistício da Primeira Guerra Mundial foi dia 07-11-1918.
         46 – Diz que além da gripe, repressão às notícias pelas autoridades e assim aumentam os boatos.    Os boatos matam mais que a gripe.
         46 – O prefeito de Curitiba em 1918 era o João Antonio Xavier.
         49 – Doutor Nilo Cairo fala dos sintomas da gripe espanhola.
         49 – Reclamações no jornal.   “A cada enterro toca o sino na igreja do Rosário (no Centro Histórico).   Com o cemitério logo acima, o sino tocando seguidamente e irritante...  espalhando a apreensão, a mágoa e a tristeza.”
         55 – Os versinhos obscenos entremeados no livro, destacados do jornal da época da gripe.  Autor anônimo.    Li e são mais fortes que os contos do Dalton Trevisan  ( o do Vampiro de Curitiba).
         64 – Poesias no jornal, apesar da gripe.
         65 – Os bondes, parados no tempo da gripe, voltam a circular em 30-11-1918, num sábado.
         67 – Balanço dos óbitos oficialmente documentados (1918)
         Novembro     295 óbitos
         Dezembro -      89 óbitos
         Total de 384 óbitos em Curitiba com população de 73.000 habitantes.
         Total de doentes em Curitiba pela gripe:    45.249 pessoas.   Mais da metade de toda a população como se pode observar.
         O boletim é assinado pelo médico Dr Trajano Reis, responsável pelo Serviço Sanitário da cidade.
         72 – O episódio do louco no hospício que pegou a muleta de outro paciente e saiu acertando a cabeça dos que encontrava pela frente.   Formou um aranzel no hospício.     (meu pai, paulista do interior, usava o termo “aranzé”).  Um bafafá...
         Fala em certo ponto do uso do pó de arroz pelas mulheres.    Cita em outro trecho o cineasta auto didata que andou fazendo quase sem recursos, alguns filmes aqui em Curitiba.   Ele era conhecido por Maciste.   Chegou a fazer filmes eróticos por aqui.  
         Li este livro em julho de 2019 e tudo parecia tão surreal e agora estamos vivendo em março de 2020 o sufoco do covid 19 que é uma variação do vírus da gripe espanhola.     Naquele tempo, o atrapalho pelos boatos e hoje em dia os nefastos fake News que desinformam e colocam pânico nas pessoas de forma negativa.   O povo precisa de informação e muitos cuidados.     Todos nós esperando por dias melhores.                                             Março de 2020.