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sexta-feira, 21 de julho de 2017

FICHAMENTO DO LIVRO – REVOLTA DO CONTESTADO - PARANÁ X SANTA CATARINA

FICHAMENTO DO LIVRO – REVOLTA DO CONTESTADO
(o nome do livro é O Presidente Carlos Cavalcante e a Revolta do Contestado)
Fichamento elaborado pelo Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida
     Autor do livro:  Fredericindo Marés de Souza – Editora Lítero Técnica – Curitiba PR, 1987 – 1ª edição – 265 p.  (contém bibliografia sobre o tema)
     Na orelha do livro há uma relação de  livros com aspectos da história do Paraná, todos da chamada Estante Paranista.
     Ex:  Recordações de um Cosmógrafo de Cabeza de Vaca – Luiz Carlos Pereira Tourinho;
     Eles não Acreditavam na Morte -  (sobre o Contestado) – Fredericindo Marés de Souza;
     Relatos de um pioneiro da Imigração Alemã – Gustav Hermann Strobel
     Ao fichamento:      Curitiba era a chamada Quinta Comarca de São Paulo.
     Página 17 – A Província do Paraná foi criada pelo Decreto 704 de 29-08-1853 e instalada no dia 19-12-1853.   Esta última é comemorada.   Temos por aí muitas Ruas e Avenidas com o nome de dezenove de dezembro...
     No tempo da emancipação já havia a pendência de divisas entre o Paraná e Santa Catarina.
     17 – Fala do povo na busca ao “gado de vento”, bovinos criados soltos, sem dono, oriundos de gado dos jesuítas.   Muito gado se espalhou e ficou sem dono.      Essa ação dos Jesuitas teria sido ao redor de 1712 nos campos gerais do sul do Brasil.
     17 – 1720 – descoberta dos campos de Palmas e Lages, propícios à criação de gado.  Região de campo tem vegetação natural baixa e facilita o uso como pasto natural.
     20 -  ...”abastecer de sal as fazendas”  - região de Palmas.   Por via fluvial, já que não havia estradas pela região.
     21 – Já se falava em contrabandos...desvio da rota das tropas para não passar pelos  postos de cobrança de impostos.
     23 – Vila do Desterro, depois se transforma em Florianópolis.
     24 – Ficou em quase um século a turra entre os dois estados (PR e SC) pela divisa e assim a região ficou sem lei e sem jeito para cobrar impostos.
     30 – Para passar 550 bestas (muares), o fisco cobrou numa só barreira, 2.969 contos de reis, algo como 5% do valor dos muares.
     30 – Durante a  Guerra do Paraguai, parte da principal riqueza do Paraná era a erva mate.   Saia da região produtora em ramas, por carroça pela Estrada Dona Francisca até os Moinhos de Joinville.   De lá, após processada a erva mate era embarcada no porto de São Francisco do Sul rumo ao Mar Del Plata.  Lá na região importadora, elaboravam o produto de forma a agregar valor ao mesmo.
     32 – Paraná e Argentina em litígio sobre a região das “missiones”.   No fim foi decidido na sentença arbitral de Cleveland (USA) em 1895.
     37 -  Semi povoamentos de Rio Negro e Palmas, depois (1900) as atenções se focam em União da Vitória por causa da ferrovia chegando e valorização das terras.   A maioria das terras numa vasta região eram devolutas, pertenciam à União.
     38 -  Gente com armas (“bando”) descido do  Rio Paciência e do Timbó...  cometer tropelias...
     38 – Invade terra de um paulista de Tatui-SP – José Bueno de Camargo.
     40 – Conselheiro (de SC) Manoel da Silva Mafra age no conflito.
     40 -  O Sr. Barradas é destacado para defender o Paraná na justiça e este usa dados históricos fornecidos por Romário Martins (historiador paranaense)
     41 – Tempo de Anita Garibaldi em apoio ao povo de SC.
     42 -  Fala do caboclo comum por lá, conhecido por chiru.
     43 – Demétrio, gaúcho, que lutou no Cerco da Lapa (PR) junto com os federalistas depois ficou na região.   Era devoto do “monge” curandeiro João Maria de Jesus.
     44 – Viagem a “vapor” pelo Rio Iguaçu (ano 1906)
     45 – Coronel Amazonas Marcondes atuou na região.
     45 – Fala que o “bandido” Demétrio Ramos (gaúcho) era coronel e ativista pró SC no conflito.
     46 – Voluntários de “pau e corda”  (na marra) sertanejos que agem para ajudar os de SC.
      49 – Morre Vicente Machado (1907) e assume o vice, João Cândido Ferreira, médico, um dos heróis da Lapa.   Cargo de Presidente do Paraná.
     50 – Tendo morrido o advogado defensor (pelo PR) no litígio com SC, assume o lapeano Ubaldino do Amaral Fontoura para tocar a causa.
     51 – Timbó-SC era front de confronto entre o PR e SC.  Um dos locais.
     54 – Em 1910 já havia decisões do STF e  Embargos e também os Infringentes do julgado.   (o terno em destaque por mim voltou recentemente à mídia por conta de processos do Mensalão)
     54 – A tentativa de se criar o “Estado Federado das Missões”    (daí aquele discurso de O Sul é o Meu País numa edição recente e inconstitucional)
     64 – As maiores sumidades da época: Barradas, Mafra, Ubaldino, Carlos de Carvalho, Inglês de Souza, Sancho Pimentel, Epitácio Pessoa e Rui Barbosa.
     65 – Morre o Barão do Rio Branco que estava defendendo o PR na questão de fronteira.    Este foi indicado pelo PR e foi aceito por SC para mediação e ele morreu sem concluir a obra.
     66 – O PR teve crise na produção de alimentos  mais ou menos na década de 1910.   Empregos na construção da ferrovia, na erva mate, nas serrarias e no plantio de café, deixaram a produção de alimentos em segundo plano e houve desabastecimento.   Importava-se feijão e milho do RS, arroz de SP, açúcar do PE, manteiga de MG, carne do MT e trigo da Argentina.     Ainda em 1914 eclode a Primeira Guerra Mundial para complicar o cenário.
     72 -  O “monge” (que era um líder popular influente) declarou proceder de Tatui-SP.     A atual Lapa se chamava Vila do Príncipe.     O monge se instala na Lapa numa gruta que passou a se chamar gruta do Monge.
     72 – O “monge” pregava na Matriz da Lapa a convite do padre local.
     72 -  Tornou-se famoso com o nome de  João Maria de Agostini ou João Maria.
      72 – Consta que a Gruta do Monge foi visitada pelo Visconde de Taunay em 18-02-1886.
     73 – Coronel Telêmaco Borba...  1852...
     75 -  Aparece novo “beato” vindo do sul.  Esteve nos locais de combate.  Também o povo chamava-o de João Maria.   Diferente do anterior que só ficava no campo religioso, este tinha paixões políticas.
     83 – Relatos de curas memoráveis pelo beato.
     83 – Romarias até o local onde ficava João Maria.   Mesmo ricos fazendeiros precisando de curas iam até ele.
     85 -  O beato gostava de mascar fumo   (por sinal, costume muito comum na época).
     86 – Convidado pelo padre, não aceitou ir à missa nem a confissão.
     88 – A figura do “Coronel de Fazenda” e do Comissário de Polícia.   Tinham grandes poderes cedidos pelo Estado.
     89 – Açoite (1912) inclusive nos quarteis.
     95 – Na cantoria, o viva à monarquia e a Dom Pedro  (pelo povo simples liderados pelo beato).   O boato se espalhou e foi parar na capital, como uma ameaça subversiva....    

Continuará em mais duas etapas à medida que sejam transcritas do manuscrito para o Word.   (muito em breve)
    

     

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