FICHAMENTO DO LIVRO – REVOLTA DO CONTESTADO
(o nome do livro é O Presidente Carlos Cavalcante e a
Revolta do Contestado)
Fichamento elaborado pelo Engenheiro Agrônomo Orlando
Lisboa de Almeida
Autor do
livro: Fredericindo Marés de Souza –
Editora Lítero Técnica – Curitiba PR, 1987 – 1ª edição – 265 p. (contém bibliografia sobre o tema)
Na orelha do
livro há uma relação de livros com
aspectos da história do Paraná, todos da chamada Estante Paranista.
Ex: Recordações de um Cosmógrafo de Cabeza de
Vaca – Luiz Carlos Pereira Tourinho;
Eles não
Acreditavam na Morte - (sobre o
Contestado) – Fredericindo Marés de Souza;
Relatos de um
pioneiro da Imigração Alemã – Gustav Hermann Strobel
Ao
fichamento: Curitiba era a chamada
Quinta Comarca de São Paulo.
Página 17 – A
Província do Paraná foi criada pelo Decreto 704 de 29-08-1853 e instalada no
dia 19-12-1853. Esta última é
comemorada. Temos por aí muitas Ruas e
Avenidas com o nome de dezenove de dezembro...
No tempo da
emancipação já havia a pendência de divisas entre o Paraná e Santa Catarina.
17 – Fala do
povo na busca ao “gado de vento”, bovinos criados soltos, sem dono, oriundos de
gado dos jesuítas. Muito gado se
espalhou e ficou sem dono. Essa ação
dos Jesuitas teria sido ao redor de 1712 nos campos gerais do sul do Brasil.
17 – 1720 –
descoberta dos campos de Palmas e Lages, propícios à criação de gado. Região de campo tem vegetação natural baixa e
facilita o uso como pasto natural.
20 - ...”abastecer de sal as fazendas” - região de Palmas. Por via fluvial, já que não havia estradas
pela região.
21 – Já se
falava em contrabandos...desvio da rota das tropas para não passar pelos postos de cobrança de impostos.
23 – Vila do Desterro,
depois se transforma em Florianópolis.
24 – Ficou em
quase um século a turra entre os dois estados (PR e SC) pela divisa e assim a
região ficou sem lei e sem jeito para cobrar impostos.
30 – Para passar
550 bestas (muares), o fisco cobrou numa só barreira, 2.969 contos de reis,
algo como 5% do valor dos muares.
30 – Durante
a Guerra do Paraguai, parte da principal
riqueza do Paraná era a erva mate. Saia
da região produtora em ramas, por carroça pela Estrada Dona Francisca até os Moinhos
de Joinville. De lá, após processada a
erva mate era embarcada no porto de São Francisco do Sul rumo ao Mar Del
Plata. Lá na região importadora,
elaboravam o produto de forma a agregar valor ao mesmo.
32 – Paraná e
Argentina em litígio sobre a região das “missiones”. No fim foi decidido na sentença arbitral de
Cleveland (USA) em 1895.
37 - Semi povoamentos de Rio Negro e Palmas,
depois (1900) as atenções se focam em União da Vitória por causa da ferrovia
chegando e valorização das terras. A
maioria das terras numa vasta região eram devolutas, pertenciam à União.
38 - Gente com armas (“bando”) descido do Rio Paciência e do Timbó... cometer tropelias...
38 – Invade
terra de um paulista de Tatui-SP – José Bueno de Camargo.
40 – Conselheiro
(de SC) Manoel da Silva Mafra age no conflito.
40 - O Sr. Barradas é destacado para defender o
Paraná na justiça e este usa dados históricos fornecidos por Romário Martins
(historiador paranaense)
41 – Tempo de
Anita Garibaldi em apoio ao povo de SC.
42 - Fala do caboclo comum por lá, conhecido por
chiru.
43 – Demétrio,
gaúcho, que lutou no Cerco da Lapa (PR) junto com os federalistas depois ficou
na região. Era devoto do “monge”
curandeiro João Maria de Jesus.
44 – Viagem a
“vapor” pelo Rio Iguaçu (ano 1906)
45 – Coronel
Amazonas Marcondes atuou na região.
45 – Fala que o
“bandido” Demétrio Ramos (gaúcho) era coronel e ativista pró SC no conflito.
46 – Voluntários
de “pau e corda” (na marra) sertanejos
que agem para ajudar os de SC.
49 – Morre
Vicente Machado (1907) e assume o vice, João Cândido Ferreira, médico, um dos
heróis da Lapa. Cargo de Presidente do
Paraná.
50 – Tendo
morrido o advogado defensor (pelo PR) no litígio com SC, assume o lapeano
Ubaldino do Amaral Fontoura para tocar a causa.
51 – Timbó-SC
era front de confronto entre o PR e SC.
Um dos locais.
54 – Em 1910 já
havia decisões do STF e Embargos e
também os Infringentes do
julgado. (o terno em destaque por mim
voltou recentemente à mídia por conta de processos do Mensalão)
54 – A tentativa
de se criar o “Estado Federado das Missões”
(daí aquele discurso de O Sul é o Meu País numa edição recente e
inconstitucional)
64 – As maiores
sumidades da época: Barradas, Mafra, Ubaldino, Carlos de Carvalho, Inglês de
Souza, Sancho Pimentel, Epitácio Pessoa e Rui Barbosa.
65 – Morre o
Barão do Rio Branco que estava defendendo o PR na questão de fronteira. Este foi indicado pelo PR e foi aceito por
SC para mediação e ele morreu sem concluir a obra.
66 – O PR teve
crise na produção de alimentos mais ou
menos na década de 1910. Empregos na
construção da ferrovia, na erva mate, nas serrarias e no plantio de café,
deixaram a produção de alimentos em segundo plano e houve
desabastecimento. Importava-se feijão e
milho do RS, arroz de SP, açúcar do PE, manteiga de MG, carne do MT e trigo da
Argentina. Ainda em 1914 eclode a
Primeira Guerra Mundial para complicar o cenário.
72 - O “monge” (que era um líder popular
influente) declarou proceder de Tatui-SP.
A atual Lapa se chamava Vila do Príncipe. O monge se instala na Lapa numa gruta que
passou a se chamar gruta do Monge.
72 – O “monge”
pregava na Matriz da Lapa a convite do padre local.
72 - Tornou-se famoso com o nome de João Maria de Agostini ou João Maria.
72 – Consta que
a Gruta do Monge foi visitada pelo Visconde de Taunay em 18-02-1886.
73 – Coronel
Telêmaco Borba... 1852...
75 - Aparece novo “beato” vindo do sul. Esteve nos locais de combate. Também o povo chamava-o de João Maria. Diferente do anterior que só ficava no campo
religioso, este tinha paixões políticas.
83 – Relatos de
curas memoráveis pelo beato.
83 – Romarias
até o local onde ficava João Maria.
Mesmo ricos fazendeiros precisando de curas iam até ele.
85 - O beato gostava de mascar fumo (por sinal, costume muito comum na época).
86 – Convidado
pelo padre, não aceitou ir à missa nem a confissão.
88 – A figura do
“Coronel de Fazenda” e do Comissário de Polícia. Tinham grandes poderes cedidos pelo Estado.
89 – Açoite
(1912) inclusive nos quarteis.
95 – Na
cantoria, o viva à monarquia e a Dom Pedro
(pelo povo simples liderados pelo beato). O
boato se espalhou e foi parar na capital, como uma ameaça subversiva....
Continuará em mais duas etapas à medida que sejam transcritas do manuscrito para o Word. (muito em breve)
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