Assessor
Parlamentar da FISENGE Federação dos Sindicatos dos Engenheiros
Data:
24-08-2019 – no SENGE Sindicato dos Engenheiros no Paraná –
Curitiba PR
Resenha
feita pelo Eng.Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida
Os
temas passam pela conjuntura política, histórica e social do Brasil
O
Dr. Max advoga há 26 anos para movimentos sindicais de
trabalhadores.
Historicamente,
destaca que no passado a Revolução Russa (Comunista) trouxe a
novidade da forma diferente de ralação capital e trabalho. O
medo do comunismo gerou reações e propiciou aos sindicatos dos
países não comunistas conquistarem avanços nas relações de
trabalho. Pelos anos 80 caiu o sistema comunista na antiga União
Soviética e o capitalismo voltou a ser hegemônico e o capital
afrouxou os deveres para com os assalariados que perderam direitos.
Piora no ambiente de trabalho pelo mundo.
O
Brasil não puniu os que cometeram crime durante a Ditadura Militar e
ficou assim uma questão não resolvida. Diferentemente, países
como Chile e Argentina julgaram e puniram os que cometeram crime nas
ditaduras dos mesmos.
O
Dr. Max teve a oportunidade recentemente, nos debates da mudança das
nossas leis trabalhistas, de colocar os pontos de vista que defende
junto aos trabalhadores e seus sindicatos. Alertou que estavam
mudando as leis para pior, o que iria reduzir os direitos dos
trabalhadores que passariam a ganhar menos e haveria memos mercado
interno e no médio prazo iria afetar mesmo o capital, os patrões
que teriam menos ganho com mercado consumidor menor.
Disse
que a população e seus movimentos de apoio estão dando WO,
perdendo direitos sem reagir.
WO
no caso da PEC que congelou o orçamento da União por uma largo
período, arrochando salários entre outras coisas.
WO
na mudança para pior da CLT, das leis trabalhistas, que afeta grande
camada da população.
WO
nas mudanças da Previdência, que traz prejuizo aos trabalhadores.
Destacou
que no passado, na década de 80, a Igreja Católica, através das
CEBs, Comunidades Eclesiais de Base, faziam uma interação
importante com a comunidade e esta interagia e acabava se encorajando
para participar dos movimentos sociais como sindicatos e
correlatos. Tinham força política pela participação. Esse
evento ficou no passado e ajudou a desmobilizar a sociedade.
Hoje
quem ouve as
pessoas em seus apertos cotidianos
são os evangélicos e
isso fez crescer o rebanho deles. Cresceu e criou força política
inclusive, num viés
conservador em
sua maioria. Acenos dos evangelicos como deixar de beber, de
fumar, etc e mesmo em arranjar trabalho tem agregado seguidores
novos. Esta força ficou patente no apoio dado à eleição do
presidente atual.
O
mundo mudou, a sociedade mudou e o sindicalismo dos trabalhadores
perderam parte da sintonia com a base. Tem o desafio de entender o
cenário atual e procurar ter estratégias para ser efetivo no novo
cenário onde o emprego naquela modalidade formal por longo tempo tem
ficado mais raro.
Ele
sugere que o sindicalismo de trabalhadores dentre outras medidas tem
que agregar pautas da comunidade como meio ambiente, luta das
minorias, etc. Ficam assim mais sintonizados com a realidade da
sua base.
Destacou
que na visão dele o Sindicalismo no Brasil está desatento para a
questão do aquecimento
global que
afeta a todos.
Disse
que a juventude
atual
não dialoga com o jornalismo sindical até porque na juventude há
muita superficialidade
na
busca de informação.
Fez
uma referência à chamada Guerra Híbrida que afeta o mundo atual.
Hoje
nossas armas da ciência, da ética, etc não estão mais sendo
efetivas.
Sobre
os sucessivos erros que estão ocorrendo no atual governo, fez uma
referência a uma frase que seria de Napoleão. Algo como: se o
adversário está cometendo um erro, deixe que ele dê sequência no
erro pois lá na frente o erro vai ser imputado a ele que perderá
força e poder. (e descontraido, brincou: só que tem havido
uma sucessão de erros que não cessam …)
Isto
foi o que pude anotar de forma sintética e espero que contenha
elementos que possam ser úteis a quem se interessa pelo tema.
Desde já alerto que pode haver algum detalhe que eu possa não ter
expressado na justa forma que o palestrante fez as abordagens.
Nenhum comentário:
Postar um comentário