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quinta-feira, 29 de agosto de 2019

RESENHA DA PALESTRA DO DR MAXIMILIANO NAGL GARCEZ - TEMA CENÁRIOS DO MUNDO DO TRABALHO E DO SINDICALISMO - AGOSTO 2019


Assessor Parlamentar da FISENGE Federação dos Sindicatos dos Engenheiros
Data: 24-08-2019 – no SENGE Sindicato dos Engenheiros no Paraná – Curitiba PR
Resenha feita pelo Eng.Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida

Os temas passam pela conjuntura política, histórica e social do Brasil
O Dr. Max advoga há 26 anos para movimentos sindicais de trabalhadores.
Historicamente, destaca que no passado a Revolução Russa (Comunista) trouxe a novidade da forma diferente de ralação capital e trabalho. O medo do comunismo gerou reações e propiciou aos sindicatos dos países não comunistas conquistarem avanços nas relações de trabalho. Pelos anos 80 caiu o sistema comunista na antiga União Soviética e o capitalismo voltou a ser hegemônico e o capital afrouxou os deveres para com os assalariados que perderam direitos. Piora no ambiente de trabalho pelo mundo.
O Brasil não puniu os que cometeram crime durante a Ditadura Militar e ficou assim uma questão não resolvida. Diferentemente, países como Chile e Argentina julgaram e puniram os que cometeram crime nas ditaduras dos mesmos.
O Dr. Max teve a oportunidade recentemente, nos debates da mudança das nossas leis trabalhistas, de colocar os pontos de vista que defende junto aos trabalhadores e seus sindicatos. Alertou que estavam mudando as leis para pior, o que iria reduzir os direitos dos trabalhadores que passariam a ganhar menos e haveria memos mercado interno e no médio prazo iria afetar mesmo o capital, os patrões que teriam menos ganho com mercado consumidor menor.
Disse que a população e seus movimentos de apoio estão dando WO, perdendo direitos sem reagir.
WO no caso da PEC que congelou o orçamento da União por uma largo período, arrochando salários entre outras coisas.
WO na mudança para pior da CLT, das leis trabalhistas, que afeta grande camada da população.
WO nas mudanças da Previdência, que traz prejuizo aos trabalhadores.
Destacou que no passado, na década de 80, a Igreja Católica, através das CEBs, Comunidades Eclesiais de Base, faziam uma interação importante com a comunidade e esta interagia e acabava se encorajando para participar dos movimentos sociais como sindicatos e correlatos. Tinham força política pela participação. Esse evento ficou no passado e ajudou a desmobilizar a sociedade.
Hoje quem ouve as pessoas em seus apertos cotidianos são os evangélicos e isso fez crescer o rebanho deles. Cresceu e criou força política inclusive, num viés conservador em sua maioria. Acenos dos evangelicos como deixar de beber, de fumar, etc e mesmo em arranjar trabalho tem agregado seguidores novos. Esta força ficou patente no apoio dado à eleição do presidente atual.
O mundo mudou, a sociedade mudou e o sindicalismo dos trabalhadores perderam parte da sintonia com a base. Tem o desafio de entender o cenário atual e procurar ter estratégias para ser efetivo no novo cenário onde o emprego naquela modalidade formal por longo tempo tem ficado mais raro.
Ele sugere que o sindicalismo de trabalhadores dentre outras medidas tem que agregar pautas da comunidade como meio ambiente, luta das minorias, etc. Ficam assim mais sintonizados com a realidade da sua base.
Destacou que na visão dele o Sindicalismo no Brasil está desatento para a questão do aquecimento global que afeta a todos.
Disse que a juventude atual não dialoga com o jornalismo sindical até porque na juventude há muita superficialidade na busca de informação.
Fez uma referência à chamada Guerra Híbrida que afeta o mundo atual.
Hoje nossas armas da ciência, da ética, etc não estão mais sendo efetivas.
Sobre os sucessivos erros que estão ocorrendo no atual governo, fez uma referência a uma frase que seria de Napoleão. Algo como: se o adversário está cometendo um erro, deixe que ele dê sequência no erro pois lá na frente o erro vai ser imputado a ele que perderá força e poder. (e descontraido, brincou: só que tem havido uma sucessão de erros que não cessam …)
Isto foi o que pude anotar de forma sintética e espero que contenha elementos que possam ser úteis a quem se interessa pelo tema. Desde já alerto que pode haver algum detalhe que eu possa não ter expressado na justa forma que o palestrante fez as abordagens.

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