FICHAMENTO DO LIVRO – BOY ERASED – Uma Verdade Anulada
Autor do livro: Garrard Conley (auto biografia) –Editora Intrínseca – RJ ano
de 2019 a edição brasileira - 320
páginas (li em fevereiro de 2019)
Fichamento
pelo leitor Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida
Dedica o
livro: “Aos meus pais”
No
prólogo do livro, apresenta uma cronologia da entidade AEA Amor em Ação (que promete cura aos homossexuais)
1973 – A
Psicologia dos USA, a Associação Americana de Psicologia tira o homossexualismo
da lista de doenças mentais.
O
pessoal contra, através de igrejas fundamentalistas cristãs, cria a AEA
prometendo curar os “vícios sexuais”.
1977 –
Um integrante da AEA há quatro anos, Jack MC – Jack McIntire se suicida. Bilhete de despedida:
“Prostraram-me
diante de Deus continuamente, pedir perdão e fazer promessas que não vou
conseguir manter é mais do que posso suportar”.
A AEA e
a Exodus International se espalham pelo mundo.
Holanda, Portugal, Austrália, Brasil.
John Evan – co fundador da AEA.
O mesmo John Evan, em
1993 desnuda a AEA no The Wall Street Journal: “Eles estão destruindo a vida das
pessoas. Se não fizer o que eles
querem, você não é de Deus, vai para o inferno.
Eles estão vivendo num mundo de fantasia.”
No ano
de 2000 há em Quito (Equador) uma conferência da AEA. Ela já está expandida para a China, Índia,
Indonesia, Malásia, México, Scri Lanka e Taiwan.
2003 – A
AEA começa com o Programa Refúgio.
2004 – O
autor deste livro, jovem (19 anos), passa pelo tratamento.
Página
13 – O manual a ser seguido pelos internos em tratamento contém 274
páginas. Os Doze Passos para Ação.
14 – O manual
fala do que é desvio sexual no conceito da entidade.
15 –
Conselho ao novato e ao grupo. “manter
a cabeça aberta”.
O
protagonista disse que estava ali por escolha própria. Sentia vergonha desde que os pais descobriram
que ele era gay. No internato do
tratamento, o mestre era um ex- gay.
16 – “Os
gays estão usando o pecado para preencher o vazio da falta de Deus”.
17 – O jovem
vem de uma família Cristã Batista, que nos USA tem mais de 100 diferentes
ramificações.
Norma: Ao entrar aqui, deixe tudo para trás. Aqui só a Bíblia e o manual...
18 –
Literaturas escolhidas pela direção da casa, além de textos com depoimentos de
ex gays vitoriosos.
18 – Ora
para si algo que vira um mantra:
Senhor, torne-me puro.
19 – A mãe
o levou de carro para internação.
Programa de duas semanas das 9 h até as 17 horas. Após as sessões, pousava com a mãe num hotel
próximo. Noites com tarefas a cumprir (e
confinado).
24 – Na matrícula
– entrega do celular à Casa. O da
recepção avisa, por “regra” que vai ver todas as fotos e mensagens do celular.
25 - ...
sobre foto com namorado... medo de revelar a vergonhosa vontade de ter um
namorado.
O diário
dele. Teve que entregar na recepção
também. O rapaz da recepção arrancou as
páginas... no grupo.
30 – No grupo
a maioria vinha do Sul dos USA, do chamado cinturão da Bíblia. Pais e o ultimato... mude isso senão... corte de mesada, etc.
30 – A maioria
dos internos era para um programa de três meses ou mais.
32 –
Primeiro passo: admitir o erro e querer
mudar.
32 –
Saiu num jornal. No início, o guru
local colocou para um interno: É melhor
se matar do que... (e o rapaz se matou). Houve outros suicídios de pessoas em
tratamento.
33 –
Medos que evitam o suicídio: medo da
vergonha e medo do inferno.
33 –
Ele, ajoelhado em sua igreja, nos últimos 18 anos, isto três vezes por
semana. Pedindo para não ser
homossexual.
38 –
Tarefa aos novos internos – escrever a sua genealogia e dados da família para
captar indícios de motivos para o ativismo do internado.
38 – Nos
dias do tratamento dele, o pai dele foi Ordenado como Pastor da Igreja Batista
que a família frequentava desde sempre.
39 – Os desafios
da Igreja Batista de então: Divórcio,
coabitação, homossexualismo.
47 –
Medo do Armagedon, do Arrebatamento. ( e
julgamento)
O pai
dele via na internet indícios que
que estava chegando o momento do Arrebatamento e a pressão aumentava.
Entre os
fieis, esperava-se que se elegesses presidentes republicanos...
O pai do
jovem era vendedor de carros e os outros funcionários também, todos
evangélicos. Ler a Bíblia no
trabalho. Um dia pedem ao jovem
protagonista deste livro que lesse a Bíblia.
Ele não consegue.
Para
si: não consegue se ajustar a vender
carros, a falar de religião, de curtir a namorada. Se esquiva de tudo e espera um dia superar
tudo e deixar esses segredos no passado trancado.
63 –
Puberdade, o fascínio pelos personagens
do vídeo game. O masculino o
distraia. Ficava grudado no jogo.
Antes
dos 16 anos, ele a fazer xixi no pé da cama com desenhos tipo infinito,
etc. Tudo para chamar a atenção da mãe.
Ele e a
namorada, cada um passou numa faculdade diferente e teriam que encarar o curso
e a separação. As dúvidas: Parar de namorar? Continuar? Casar?
67 – Uma
das regras da Igreja Batista dele.
Castidade.
71 –
Recado do colega da revenda de carros onde o pai dele trabalhava e ele
ajudava. – Estamos no fim dos
tempos. Fique esperto! (ameaça como sendo de Deus)
77 – O irmão
novo da namorada também era gay. E
disse que os outros namorados da irmã agiam de outra forma com ela. (transavam)
79 – Ele
vai para a faculdade de Artes.
86 – A mãe
de Cloe (namorada dele) pegou o filho gay tentando uma relação sexual com outro
amigo. A casa caiu e ela chamou o
pastor, o pai do nosso protagonista.
81 - Ele colocou o equipamento de game na banheira
e soltou água. Chamou os pais para
verem. “Cansei do jogo”. (fica insinuado que contou aos pais sobre
sua homossexualidade.
83 – A AEA
em Memphis – USA.
84 –
Notícias de violações da lei americana na prisão de Guantanamo (em Cuba) pelos
americanos.
Na
internação. Tarefa – cada um analisar
sua trajetória pecaminosa até chegar à homossexualidade.
85 –
Literatura que leu teria ajudado nesse caminho. O Retrato de Dorian Gray, dentre outras. (contou inclusive fantasias...)
85 – Lia
bastante e ficava com medo que a leitura iria leva-lo a ser um herege.
Na
faculdade, liberou a leitura. Inclusive
Laranja Mecânica (que também há em filme).
Ao ler, sentia sensações que atribuía à ação do demônio.
No tempo
de tratamento. No hotel, vontade de
ligar o game como fuga, mas o regulamento da AEA não permitia.
Inventário
Moral. Se refletir nos pecados para
superá-los.
Resgatar
o pecado, dizer ao grupo, se arrepender e pedir perdão a Deus.
90 – Na igreja
dele o pastor achava que todo problema
se resolvia com fé e oração.
Nada de terapia.
95 – Boy
achou que o colega de AEA pelo jeito teria sido educado em casa (sem vida social ativa)
95 –
Estudar em casa, sem uso da escola.
Comum no cinturão da Bíblia. (na
atualidade há quem busque incentivar essa prática)
97 – Ele
diante do genoprograma da AEA (os vícios de cada parente) se sentiu mais
confortável para encarar cada um deles.
Afinal, eles cheios de pecados, quem seriam para julgar os seus? (pergunta do protagonista)
98 –
Após relacionamento frustrado, mais culpa e dor. Acreditar em mentiras: que ele
não valia nada, que não tinha esperança de futuro. Ele cita algo dos evangélicos Menonitas.
104 – Auto
punição. Comer só 500 calorias por dia
e correr duas horas por dia. Perdeu 22
kg. Quando falhou com a namorada.
108 – No
passado o pai do Boy (protagonista) lidou com
beneficiamento de algodão.
109 – O Criacionismo
e o medo da Evolução das espécies (a
ciência).
113 –
Fez sexo oral no colega dele de faculdade.
114 – o
Boy lendo Memórias do SubSolo de Dostoievski.
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– segunda parte (final) - vide no artigo da sequência....
– segunda parte (final) - vide no artigo da sequência....
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