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domingo, 16 de fevereiro de 2020

FICHAMENTO DO LIVRO BOY ERASED - Autor: Garrard Conley (Auto biografia)


FICHAMENTO DO LIVRO – BOY ERASED – Uma Verdade Anulada
Autor do livro: Garrard Conley    (auto biografia) –Editora Intrínseca – RJ ano de 2019 a edição brasileira  - 320 páginas  (li em fevereiro de 2019)
         Fichamento pelo leitor Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida
                                                   orlando_lisboa@terra.com.br
         Dedica o livro:    “Aos meus pais”  
         No prólogo do livro, apresenta uma cronologia da entidade AEA Amor em Ação    (que promete cura aos homossexuais)
         1973 – A Psicologia dos USA, a Associação Americana de Psicologia tira o homossexualismo da lista de doenças mentais.
         O pessoal contra, através de igrejas fundamentalistas cristãs, cria a AEA prometendo curar os “vícios sexuais”.
         1977 – Um integrante da AEA há quatro anos, Jack MC – Jack McIntire se suicida.  Bilhete de despedida:
         “Prostraram-me diante de Deus continuamente, pedir perdão e fazer promessas que não vou conseguir manter é mais do que posso suportar”.
         A AEA e a Exodus International se espalham pelo mundo.  Holanda, Portugal, Austrália, Brasil.    John Evan – co fundador da AEA.
         O mesmo John Evan, em 1993 desnuda a AEA no The Wall Street Journal:     “Eles estão destruindo a vida das pessoas.   Se não fizer o que eles querem, você não é de Deus, vai para o inferno.  Eles estão vivendo num mundo de fantasia.”
         No ano de 2000 há em Quito (Equador) uma conferência da AEA.  Ela já está expandida para a China, Índia, Indonesia, Malásia, México, Scri Lanka e Taiwan.
         2003 – A AEA começa com o Programa Refúgio.
         2004 – O autor deste livro, jovem (19 anos), passa pelo tratamento.
         Página 13 – O manual a ser seguido pelos internos em tratamento contém 274 páginas.   Os Doze Passos para Ação.
         14 – O manual fala do que é desvio sexual no conceito da entidade.
         15 – Conselho ao novato e ao grupo.   “manter a cabeça aberta”.
         O protagonista disse que estava ali por escolha própria.  Sentia vergonha desde que os pais descobriram que ele era gay.     No internato do tratamento, o mestre era um ex- gay.
         16 – “Os gays estão usando o pecado para preencher o vazio da falta de Deus”.
         17 – O jovem vem de uma família Cristã Batista, que nos USA tem mais de 100 diferentes ramificações.
         Norma:   Ao entrar aqui, deixe tudo para trás.  Aqui só a Bíblia e o manual...
         18 – Literaturas escolhidas pela direção da casa, além de textos com depoimentos de ex gays vitoriosos.
         18 – Ora para si algo que vira um mantra:   Senhor, torne-me puro.
         19 – A mãe o levou de carro para internação.  Programa de duas semanas das 9 h até as 17 horas.   Após as sessões, pousava com a mãe num hotel próximo.  Noites com tarefas a cumprir (e confinado).
         24 – Na matrícula – entrega do celular à Casa.   O da recepção avisa, por “regra” que vai ver todas as fotos e mensagens do celular.
         25 - ... sobre foto com namorado... medo de revelar a vergonhosa vontade de ter um namorado.
         O diário dele.   Teve que entregar na recepção também.   O rapaz da recepção arrancou as páginas... no grupo.
         30 – No grupo a maioria vinha do Sul dos USA, do chamado cinturão da Bíblia.    Pais e o ultimato...   mude isso senão...   corte de mesada, etc.
         30 – A maioria dos internos era para um programa de três meses ou mais.
         32 – Primeiro passo:  admitir o erro e querer mudar.
         32 – Saiu num jornal.   No início, o guru local colocou para um interno:   É melhor se matar do que...   (e o rapaz se matou).   Houve outros suicídios de pessoas em tratamento.
         33 – Medos que evitam o suicídio:  medo da vergonha e medo do inferno.
         33 – Ele, ajoelhado em sua igreja, nos últimos 18 anos, isto três vezes por semana.    Pedindo para não ser homossexual.
         38 – Tarefa aos novos internos – escrever a sua genealogia e dados da família para captar indícios de motivos para o ativismo do internado.
         38 – Nos dias do tratamento dele, o pai dele foi Ordenado como Pastor da Igreja Batista que a família frequentava desde sempre.
         39 – Os desafios da Igreja Batista de então:  Divórcio, coabitação, homossexualismo.
         47 – Medo do Armagedon, do Arrebatamento.  ( e julgamento)
         O pai dele via na internet indícios que que estava chegando o momento do Arrebatamento e a pressão aumentava.     
         Entre os fieis, esperava-se que se elegesses presidentes republicanos...
         O pai do jovem era vendedor de carros e os outros funcionários também, todos evangélicos.   Ler a Bíblia no trabalho.    Um dia pedem ao jovem protagonista deste livro que lesse a Bíblia.  Ele não consegue.
         Para si:  não consegue se ajustar a vender carros, a falar de religião, de curtir a namorada.   Se esquiva de tudo e espera um dia superar tudo e deixar esses segredos no passado trancado.
         63 – Puberdade, o fascínio pelos  personagens do vídeo game.  O masculino o distraia.   Ficava grudado no jogo.
         Antes dos 16 anos, ele a fazer xixi no pé da cama com desenhos tipo infinito, etc.   Tudo para chamar a atenção da mãe.
         Ele e a namorada, cada um passou numa faculdade diferente e teriam que encarar o curso e a separação.  As dúvidas:   Parar de namorar? Continuar? Casar?
         67 – Uma das regras da Igreja Batista dele.  Castidade.
         71 – Recado do colega da revenda de carros onde o pai dele trabalhava e ele ajudava.   – Estamos no fim dos tempos.   Fique esperto!  (ameaça como sendo de Deus)
         77 – O irmão novo da namorada também era gay.   E disse que os outros namorados da irmã agiam de outra forma com ela.  (transavam)
         79 – Ele vai para a faculdade de Artes.
         86 – A mãe de Cloe (namorada dele) pegou o filho gay tentando uma relação sexual com outro amigo.   A casa caiu e ela chamou o pastor, o pai do nosso protagonista.
         81 -  Ele colocou o equipamento de game na banheira e soltou água.  Chamou os pais para verem.    “Cansei do jogo”.   (fica insinuado que contou aos pais sobre sua homossexualidade.
         83 – A AEA em Memphis – USA.
         84 – Notícias de violações da lei americana na prisão de Guantanamo (em Cuba) pelos americanos.
         Na internação.    Tarefa – cada um analisar sua trajetória pecaminosa até chegar à homossexualidade.
         85 – Literatura que leu teria ajudado nesse caminho.   O Retrato de Dorian Gray, dentre outras.    (contou inclusive fantasias...)
         85 – Lia bastante e ficava com medo que a leitura iria leva-lo a ser um herege.
         Na faculdade, liberou a leitura.   Inclusive Laranja Mecânica (que também há em filme).   Ao ler, sentia sensações que atribuía à ação do demônio.
         No tempo de tratamento.   No hotel, vontade de ligar o game como fuga, mas o regulamento da AEA não permitia.
         Inventário Moral.  Se refletir nos pecados para superá-los.
         Resgatar o pecado, dizer ao grupo, se arrepender e pedir perdão a Deus.
         90 – Na igreja dele o pastor achava que todo problema  se resolvia com fé e oração.   Nada de terapia.
         95 – Boy achou que o colega de AEA pelo jeito teria sido educado em casa  (sem vida social ativa)
         95 – Estudar em casa, sem uso da escola.  Comum no cinturão da Bíblia.  (na atualidade há quem busque incentivar essa prática)
         97 – Ele diante do genoprograma da AEA (os vícios de cada parente) se sentiu mais confortável para encarar cada um deles.   Afinal, eles cheios de pecados, quem seriam para julgar os seus?    (pergunta do protagonista)
         98 – Após relacionamento frustrado, mais culpa e dor. Acreditar em mentiras: que ele não valia nada, que não tinha esperança de futuro.   Ele cita algo dos evangélicos Menonitas.
         104 – Auto punição.   Comer só 500 calorias por dia e correr duas horas por dia.   Perdeu 22 kg.    Quando falhou com a namorada.
         108 – No passado o pai do Boy (protagonista) lidou com  beneficiamento de algodão.
         109 – O Criacionismo e o medo da Evolução das espécies  (a ciência).
         113 – Fez sexo oral no colega dele de faculdade.
         114 – o Boy lendo Memórias do SubSolo de Dostoievski.
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– segunda parte (final) - vide no artigo da sequência....