SEGUNDA PARTE –
HISTÓRIA DA UFPR - Universidade Federal do Paraná
Fichamento do livro Universidade do Mate - Autor: Historiador Ruy Cristovam Wachowicz.
Página 27 - As condições de vida do povo no Paraná nos anos 1700 eram precárias. O povo praticamente vegetava. Em 1737 a Câmara de Vereadores de Curitiba documentou que por falta de condições econômicas, a população comia comida sem sal.
Que em 1797 a população vivia quase como o gentio. Nas primeira décadas do século XVIII abrem-se as rotas dos tropeiros. Incorpora os chamados Campos Gerais (vegetação típica mais baixa, mais fácil de transformar em pastagem) com foco na criação de bovinos e muares, muito valorizados na época. O tropeirismo trouxe algum progresso ao Paraná. Mas em 1813 o governo do Paraguai proibiu exportar erva mate no país onde ela também é nativa, para o Uruguai e Argentina. Estes dois países passaram a comprar erva mate do Brasil e isso alavancou a economia do Paraná.
Além de alavancar a economia do mate no Paraná, foi introduzida técnica mais avançada de preparo da erva para exportação, agregando valor à mesma. Foi Dom Francisco Alzagaray que trouxe técnicas inovadoras para o Paraná.
37 – Escola anterior no Paraná.
Em 1882 o Presidente da província, Carlos de Carvalho, convidou o artista português de 24 anos para montar uma escola de Artes e Ofícios em Curitiba. Em 1887 já sob a Presidência do Visconde de Taunay, o artista português Antonio Mariano de Lima monta a escola de Artes e Indústrias.
Ele tinha a formação de Filósofo e optou por fazer a escola pra alunos não da nobreza local, mas para a classe operária. Para rapazes e moças. Em 1898 a escola já tinha 128 alunos nos cursos de Auxiliar de Línguas e Ciências, Música, Desenho, Arquitetura, Pintura, Artes e Indústria, Propaganda e Biblioteca.
Até 30-06-1899 já tinham passado pela escola 2.448 alunos, sendo 1.482 do sexo masculino e 966 do sexo feminino. Até essa data, a escola já tinha participado de onze exposições no Paraná e uma no RJ que era a capital federal, esta em 1896. Foi premiada em 1893 na exposição em Chicago USA. Realizou muitos concertos também.
38 – As alunas e Escola Normal eram de classe alta. Por questão de economia e praticidade, o governo decidiu que estas alunas tomassem aula na escola de artes junto com as alunas desta escola. As da escola normal davam desculpas para não se misturarem. ...”por haver fúteis bailes, passeios e outras distrações...”
39 – Ano 1894 - Um nobre lança um Conservatório de Belas Artes para puxar os alunos da nobreza local para si. Migraram 91 alunos, quase todos, mulheres.
39 – O Vice Diretor da escola proletária era o médico Vitor Ferreira do Amaral que posteriormente foi o fundador da Universidade do Paraná.
39 – O português empreendedor, em 1906 teve que sair de Curitiba por causa de um marido ciumento da cidade. Foi parar em Manaus onde tentou criar uma escola nos moldes da de Curitiba. Na escola daqui ficou na direção a esposa dele como Diretora, Dona Maria Aguiar de Lima que teria sido a melhor aluna de artes da mesma escola no passado.
A escola conseguiu mandar para se aperfeiçoarem na Europa os alunos João Zaco Paraná e João Turim, ambos escultores.
Em 1910 o mesmo Paulo Ildefonso da Assunção que já tinha feito a escola de artes para os nobres da cidade, foi nomeado para a Escola Federal de Aprendizes e Artífices então criada.
A Dona Maria, diretora da Escola de Artes que tinha uma carreira de sucesso, ficou doente e teve que se afastar do cargo e a escola fechou. Deixou um grande legado ao Paraná.
.......... CONTINUA....na postagem seguinte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário