RESUMO (FICHAMENTO) - LIVRO - HISTÓRIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
Parte IV 4/5
Página 100 – Curso de Medicina – A dificuldade para ter cadáver humano para estudos. Fizeram acerto com certos hospitais. Quando morria algum indigente, a funerária conforme entendimento com autoridades, passava com o cadáver na Universidade e lá se “preparava” o corpo antes de leva-lo ao cemitério.
105 – Cidades bem menores do que o Rio de Janeiro, Curitiba e Manaus, já tinham suas universidades não federais. A lei federal as extinguiu pois nem o RJ, capital federal tinha.
106 - Mas... em 1920, pensando em 1922 quando teria a comemoração do Centenário da Independência, o Rei Alberto Bélgica era convidado e o Presidente Epitácio Pessoa queria agracia-lo com o título de Dr. Honoris Causa, só que quem conferia esse título é Universidade e o Brasil não tinha nenhuma. O Governo federal numa canetada em 1920 criou então no papel a Universidade Federal do Rio de Janeiro. Diferente daqui do Paraná que houve grande peregrinação e esforço para ver a universidade privada funcionando em 1912.
108 – Vinham alunos de São Paulo estudar medicina na Universidade do Paraná.
Um resumo da evolução histórica do Paraná.
1820 veio para Curitiba o italiano que era até então radicado na Argentina e empreendeu na parte do processamento e exportação de erva mate.
1831 – O Paraná já era relevante com sua economia.
1831 – O mate já representava 0,3% das exportações do Brasil.
1850 – O mate passa a representar 1,3% das exportações do Brasil
Evolução econômica e social. No interior a renda da colheita da erva mate e na cidade o ganho com o processamento e o comércio. O produto deu a força econômica para o Paraná, que era a chamada 5ª Comarca da Província de São Paulo, se credencia para se tornar província desmembrada de São Paulo, o que ocorre em 19-12-1853.
Curiosamente, bem antes desta emancipação, o Paraná em 1710 já foi independente de São Paulo. Depois perdeu esse status e voltou a te-lo só a partir de 1853.
A elite do mate mais a elite campeira do Paraná se distanciam de outras elites do Brasil e perdem força política no contexto nacional.
O tropeirismo no Brasil a partir do século XVIII dependia do mercado paulista e mineiro, fornecendo gado bovino e muares, inclusive para minas de ouro.
Até na parte da diplomacia brasileira, o Paraná ficava meio em plano secundário. Se defendia setores como a economia cafeeira do sudeste e a economia do açúcar do Nordeste. O foco da diplomacia era o mercado da Europa e esta não comprava erva mate.
O foco do mercado de erva mate era a Argentina e Uruguai.
1853 – Emancipação da província do Paraná e o primeiro Presidente da Província nomeado por Dom Pedro II foi o jovem baiano Zacarias Goes e Vasconcelos. Ele teria dito sobre a economia do Paraná de então. Mate, atividade de pobres na extração e de ricos na ponta do processamento e comércio.
No caso do gado, ricos eram os donos das terras e do gado.
Revolução Farroupilha. Sobe e toma Laguna – SC e instalam lá a chamada República Juliana. Invadem Lajes-SC. Agentes enviados à Villa do Príncipe (Lapa-PR). A Lapa vira o reduto dos conspiradores.
Em 1842 - Revolução em Sorocaba-SP e Barbacena MG pelos Liberais. Padre Feijó, Tobias de Aguiar e outros.
Aqui na Comarca do Paraná predominavam os Liberais. Para São Paulo quebrar possível união pela causa republicana, enviou emissário militar para desencadear o processo de emancipação do Paraná e assim desarticular a pressão republicana liberal aqui no Paraná. O emissário militar por essa causa foi agraciado com o título de Barão de Antonina. A ele coube o encargo de nomear o presidente da nova Província indicado por Dom Pedro II, no caso, Zacarias Gois.
O juiz de direito de Curitiba na ocasião da emancipação (1853) – o ervateiro Agostinho Ermelindo de Leão.
A Bahia via crescer demais a força de SP ainda com a 5ª Comarca (depois Província do Paraná) e articulou para “separar” a 5ª Comarca e reduzir a força política de São Paulo. Nesse contexto o baiano Zacarias Gois é colocado como primeiro Presidente da nova Província do Paraná.
O nome da nova província. Tudo veio de cima para baixo, sem articulação daqui e não tinham um nome para a mesma. Não se lutou por ela aqui e não se tinha um nome do anseio local. Havia o precedente do Amazonas herdar o nome do seu principal rio e então aqui temos na divisa o Rio Paraná e assim o estado ficou como Paraná.
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