CAP. 14/22
Água mineral e bebidas alcoólicas vindas da Europa em grande
quantidade para os festejos do casamento do filho do rajá.
Paco, o experiente cozinheiro assessorando Anita inclusive
no Cerimonial. Indica para ela ir a
Calcutá (que já foi capital da Índia) em busca de ingredientes.
Em 1911 Calcutá ainda era a capital da Índia colonial sob
comando britânico. Estava próxima a
mudança da capital para Delhi. “A vida
em Calcutá é a mais parecida à de Londres sem estar na Inglaterra”.
Todos os preparos do casamento e vem a notícia de que a
noiva Brinda não embarcou no navio previsto para traze-la à Índia.
A noiva e seu namorado na Europa. Ela indiana e ele europeu católico. Brinda tentando terminar o namoro com o
jovem militar. – Você esquece a
diferença que há entre nós. Ele: - Não existem
diferenças entre duas pessoas que se amam.
- Sua família é católica e eu sou hindu. Ela para si: “Como deixa-lo se o amo tanto”. Se referindo ao namorado militar europeu.
Ela ficou agitada e nem comia direito. Acabou ficando doente.
Brinda tem apenas dezesseis anos. A governanta de Anita tentando convencer
Brinda. “Não poderão ser felizes se
causarem infelicidade a seu redor”.
Brinda acaba embarcando no navio rumo à Índia e decide pelo
casamento com o filho do rajá. (cujo
rajá pagou seus estudos na Europa)
A noiva sendo preparada pelas esposas do rajá, incluindo no
preparo, relembrar os costumes do seu povo.
A noiva, atarefada diz: “Estive
tão ocupada que consegui me manter em um estado nem feliz nem infeliz.”
Até o governador britânico do Punjab e esposa estiveram
presentes no casamento. Jantar para
oitocentos comensais e servido no parque do palácio.
Houve as treze salvas de canhão para celebrar o evento.
Para o casamento fizeram primeiro uma festa ocidental com
menos convidados e depois uma festa Oriental para muitos convidados, mais de
dois mil.
A noiva, segundo a tradição, vem sobre um elefante, trancada
num pequeno compartimento. Não pode ser
mostrada antes do rito do casamento.
Evento de destaque histórico na Índia de 1911 foi a visita
do Rei Jorge V e a rainha Maria. Para o
evento (nada a ver com o casamento do
filho do rajá), foi construído um Portal no porto em Bombaim e o portal foi
batizado de Porta da Índia. (local que
visitei em 2019 quando cheguei na Índia por Bombaim, hoje, Mombai).
Os reis lá chegaram dia 02-12-1911. Na época da visita do rei, o príncipe mais
rico da Índia era o Nizan de Hyderabad.
O filho do rajá que se casou com Brinda tem um apelido de
Karan. Após o casamento ele e esposa
voltaram à Inglaterra para ele continuar os estudos de Engenharia Agronômica.
Nome do filho de Anita com o rajá: Agit.
O ambiente no palácio vai ficando cada vez pior para
Anita. Ela passa a ter insônia.
O filho do rajá com a primeira esposa vem um dia cobrar do
pai o que manda a tradição. Que o pai
passe a respeitar sua primeira esposa e siga os costumes do seu povo. Isso irritou muito o rajá.
O filho e herdeiro do trono, após casado, resolveu enfrentar
o pai pelo tratamento dado por ele à sua mãe, a primeira esposa do rajá.
Brinda, nora do rajá, depois disso tudo, também adere ao
apoio à primeira esposa do rajá e decide.
Ela e família... “Comunicamos meu
sogro de que a partir de então nos negávamos a nos relacionar com Anita e que
não estaríamos presentes aos eventos e recepções que soubéssemos que ela
estaria”.
O rajá tomou isso como injusto porque se afastou das outras
esposas mas não as abandonou em termos de amparo, até por conta da tradição.
Continua no capítulo 15/22
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