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quinta-feira, 6 de outubro de 2022

CAP. 02/20 - fichamento - livro - O NEGÓCIO DO JAIR - A História Proibida do Clã Bolsonaro - edição 09/2022 - Autora - Jornalista - JULIANA DAL PIVA

 

capítulo 02/20

 

         “Flávio foi apontado como líder de uma quadrilha que exigia cerca de 90% dos salários dos seus assessores de gabinete”.   Principalmente de doze pessoas das quais Flávio retinha grande parte dos proventos.  Havia provas documentais de tudo.    (a famosa rachadinha).

                 A maioria desses citados funcionários nunca deram expediente no gabinete de Flávio.  Eram funcionários fantasmas pagos pelos cofres públicos.

         Fabrício Queiroz, sub-tenente da PM do RJ captava os salários e repassava  a Flávio e pagava uma pequena quantia aos funcionários fantasmas que emprestavam seus nomes para a falcatrua.

         Queiroz, assessor de Flávio e amigo de longa data de Jair Bolsonaro.

         Flávio com o dinheiro vivo que recebia pagava despesas pessoais, comprava imóveis e colocava dinheiro na loja de chocolates dele no Shopping Zona Oeste do RJ.

         A autora deste livro leu a pilha de documentos da acusação a Flávio.  Isto em novembro de 2020.  Nessa época ela trabalhava no Jornal O Globo no RJ.   Na documentação há provas de atuação de Jair Bolsonaro no caso e por ele ser presidente, o caso dependeria do PGR Procurador Geral da República (indicado por ele) autorizar a sequência do trâmite das rachadinhas e assuntos correlatos.

         O próprio presidente sabia do rolo e costumava dizer que tudo era armação para pega-lo.   Nesse tempo ele passa a avisar que “não seria preso...” após deixar o cargo de presidente.

         Cairia por terra o discurso dele de “defender a família, combater a corrupção e acabar com a mamata...”

         Chavões que ajudaram na campanha de 2018 a leva-lo à presidência.

         Página 16 -  ...”à formação do patrimônio dos Bolsonaro, que ultrapassava os 20 milhões de reais”.

         As investigações apontavam “uma proximidade da família Bolsonaro com o ex capitão do BOPE, Adriano da Nóbrega, líder de uma milícia em Rio das Pedras (RJ) e acusado de uma série de assassinatos.   Quem emprestava o CPF para as falcatruas da família “aderia automaticamente ao sistema que os participantes chamavam de O NEGÓCIO DO JAIR.   Daí, o nome deste livro.   (página 16)

         Um personagem chamado Jair Bolsonaro.

         A jornalista conheceu o então deputado JB em 2013.   Ela então era da equipe do Jornal O Globo.   Na época, ela e um colega estavam acompanhando na Comissão da Verdade o caso da prisão pelos agentes da ditadura militar, do militante do MR8, Stuart Angel, que foi torturado e assassinado nas mãos dos militares e em dependências do Estado.

         Ela cita o quartel da Rua Barão de Mesquita no Bairro da Tijuca no RJ que foi palco de torturas e assassinatos de presos políticos na ditadura.

         Em 2013 quando a Comissão da Verdade trouxe à luz fatos da ditadura, Bolsonaro saiu a campo para defender os torturadores.    Numa audiência pública com presença de vítimas da tortura e senadores que acompanhavam os trabalhos, dentre eles, Randolfe Rodrigues, Bolsonaro quis entrar sem estar na lista e foi barrado.   Ele teria dado um soco no estômago do Senador Randolfe.   Depois do soco, JB ligou para alguém que por acaso estava do lado da autora deste livro e ela ouviu toda a conversa.

         Bolsonaro diz: “Viu o que eu fiz hoje?  Com aquilo ganharei uns 400.000 votos”.

         Mais adiante, em 2018 na campanha, JB mostrava seu modo de hostilizar a imprensa.  Ao ser abordado por repórter, ele gravava tudo e depois soltava nas redes sociais do seu modo, hostilizando o pessoal de imprensa.     (página 19)

         “Bolsonaro não aceitava ser questionado”.

         Em 2018 a Folha de SP fez reportagem mostrando que até então JB e seus três filhos já tinham conseguido um patrimônio de 15 milhões de reais com política.

         Em 2018 a Folha de SP revelou o caso da Wal do Açai, moradora em Angra dos Reis – Rj que por anos era paga como assessora do JB e na verdade ela era caseira dele paga com dinheiro público.

         Só depois de quatro anos, em 2022 é que o Ministério Público Federal  encaminhou uma ação por improbidade administrativa contra Jair Bolsonaro no caso da Wal do Açai.     “Ou seja, já em 2018, a imagem de JB de ser contra a corrupção era enganosa”.    Uma trapaça.

 

Continua no capítulo 03/30

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