capítulo
02/20
“Flávio foi apontado como líder de uma quadrilha que exigia
cerca de 90% dos salários dos seus assessores de gabinete”. Principalmente de doze pessoas das quais
Flávio retinha grande parte dos proventos.
Havia provas documentais de tudo.
(a famosa rachadinha).
A maioria desses citados funcionários nunca deram expediente no gabinete de Flávio. Eram funcionários fantasmas pagos pelos cofres públicos.
Fabrício Queiroz, sub-tenente da PM do RJ captava os
salários e repassava a Flávio e pagava
uma pequena quantia aos funcionários fantasmas que emprestavam seus nomes para
a falcatrua.
Queiroz, assessor de Flávio e amigo de longa data de Jair
Bolsonaro.
Flávio com o dinheiro vivo que recebia pagava despesas
pessoais, comprava imóveis e colocava dinheiro na loja de chocolates dele no
Shopping Zona Oeste do RJ.
A autora deste livro leu a pilha de documentos da acusação a
Flávio. Isto em novembro de 2020. Nessa época ela trabalhava no Jornal O Globo
no RJ. Na documentação há provas de
atuação de Jair Bolsonaro no caso e por ele ser presidente, o caso dependeria
do PGR Procurador Geral da República (indicado por ele) autorizar a sequência
do trâmite das rachadinhas e assuntos correlatos.
O próprio presidente sabia do rolo e costumava dizer que
tudo era armação para pega-lo. Nesse
tempo ele passa a avisar que “não seria preso...” após deixar o cargo de
presidente.
Cairia por terra o discurso dele de “defender a família,
combater a corrupção e acabar com a mamata...”
Chavões que ajudaram na campanha de 2018 a leva-lo à presidência.
Página 16 - ...”à
formação do patrimônio dos Bolsonaro, que ultrapassava os 20 milhões de reais”.
As investigações apontavam “uma proximidade da família
Bolsonaro com o ex capitão do BOPE, Adriano da Nóbrega, líder de uma milícia em
Rio das Pedras (RJ) e acusado de uma série de assassinatos. Quem emprestava o CPF para as falcatruas da
família “aderia automaticamente ao sistema que os participantes chamavam de O
NEGÓCIO DO JAIR. Daí, o nome deste
livro. (página 16)
Um personagem chamado Jair Bolsonaro.
A jornalista conheceu o então deputado JB em 2013. Ela então era da equipe do Jornal O
Globo. Na época, ela e um colega
estavam acompanhando na Comissão da Verdade o caso da prisão pelos agentes da
ditadura militar, do militante do MR8, Stuart Angel, que foi torturado e
assassinado nas mãos dos militares e em dependências do Estado.
Ela cita o quartel da Rua Barão de Mesquita no Bairro da
Tijuca no RJ que foi palco de torturas e assassinatos de presos políticos na
ditadura.
Em 2013 quando a Comissão da Verdade trouxe à luz fatos da
ditadura, Bolsonaro saiu a campo para defender os torturadores. Numa audiência pública com presença de
vítimas da tortura e senadores que acompanhavam os trabalhos, dentre eles,
Randolfe Rodrigues, Bolsonaro quis entrar sem estar na lista e foi
barrado. Ele teria dado um soco no
estômago do Senador Randolfe. Depois do
soco, JB ligou para alguém que por acaso estava do lado da autora deste livro e
ela ouviu toda a conversa.
Bolsonaro diz: “Viu o que eu fiz hoje? Com aquilo ganharei uns 400.000 votos”.
Mais adiante, em 2018 na campanha, JB mostrava seu modo de
hostilizar a imprensa. Ao ser abordado
por repórter, ele gravava tudo e depois soltava nas redes sociais do seu modo,
hostilizando o pessoal de imprensa.
(página 19)
“Bolsonaro não aceitava ser questionado”.
Em 2018 a Folha de SP fez reportagem mostrando que até então
JB e seus três filhos já tinham conseguido um patrimônio de 15 milhões de reais
com política.
Em 2018 a Folha de SP revelou o caso da Wal do Açai,
moradora em Angra dos Reis – Rj que por anos era paga como assessora do JB e na
verdade ela era caseira dele paga com dinheiro público.
Só depois de quatro anos, em 2022 é que o Ministério Público
Federal encaminhou uma ação por
improbidade administrativa contra Jair Bolsonaro no caso da Wal do Açai. “Ou seja, já em 2018, a imagem de JB de
ser contra a corrupção era enganosa”.
Uma trapaça.
Continua no capítulo
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