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terça-feira, 4 de outubro de 2022

CAP. 01/20 - fichamento - livro - O NEGÓCIO DO JAIR - A História Proibida do Clã Bolsonaro - edição de setembro de 2022 - Autora - Jornalista - JULIANA DAL PIVA

 

Cap.01/30

     Na orelha da capa do livro - ...”com base em depoimentos exclusivos, cópias sigilosas dos autos judiciais, mais de 50 entrevistas e mil páginas de documentos, além de vídeos e gravações de áudios...”

     “O arranjo ocorria nos gabinetes funcionais e envolvia seus três filhos mais velhos, as duas ex esposas e a atual, amigos e parentes...”

         ...”além de advogados e milicianos...”

         Em 2018 estourou na mídia o esquema das rachadinhas.   Mas a história começa nos anos 1990 quando o Jair entrou na política.

         A autora reconstrói três décadas da trajetória do Jair, levantando os negócios ilícitos do clã.    Jair e .... “a amizade com milicianos e matadores de aluguel”... “como Adriano da Nóbrega”.

         A autora é Jornalista formada pela UFSC Universidade Federal de Santa Catarina e tem Mestrado pela FGV Fundação Getúlio Vargas.  Colunista do Portal UOL, foi repórter do Jornal O Globo e da Revista Época.  É apresentadora do podcast (gravação em áudio) com o nome “A Vida Secreta do Jair”.

         Agora, depois dos dados da orelha do livro, vamos ao texto da autora:

         Página 11 – Capítulo 1 – “A Verdade Vos Libertará”.

         O lado proibido do clã Bolsonaro vem à tona.    Brasilia, 20-10-2020.   O Brasil já nessa data com 154.888 mortos por covid 19.    A pandemia tinha dado uma trégua no número de mortes.   Nesse 20-10-2020 a pasta da Saúde anunciou a compra de 46 milhões de doses da vacina Coronavac fabricada pelo Instituto Butantan (órgão do Governo Paulista) que tem convênio para isso com a empresa chinesa Cinovac.

         Gente pegando covid inclusive no gabinete e o presidente insistindo em tratamentos com medicamentos sem comprovação de eficácia, passando por cima da Ciência e fugindo da compra de vacinas.    Tinha entre outras causas, a birra com o Governador paulista João Doria que estava saindo na frente no combate à covid e seria um potencial adversário de Bolsonaro na campanha para a presidência.

         Não aceitava a compra de vacinas e não deixava os funcionários do seu entorno usar máscaras.   No outro dia, 21-10-2020 o Senado iria sabatinar o indicado pelo presidente para a vaga no STF, o Kassio Nunes Marques.  Indicou o Kassio, deixando para trás várias pessoas cotadas para a função.

         Dias antes, Jair ficou em reunião a portas fechadas com os filhos Flávio e Eduardo pois estavam sabendo que o Ministério Público do Rio de Janeiro estava prosseguindo na investigação de Flavio Bolsonaro e as rachadinhas.

         “Naquela tarde de 20-10-2020, a ira presidencial se dirigia aos promotores que haviam entrado com uma denúncia criminal contra Flávio... e até com um pedido de cassação de mandato do senador”.

O MP Ministério Público protocolou um documento de 291 páginas... “que apontava o senador Flávio como líder de uma organização criminosa que operava em seu gabinete...”    no tempo que ele foi deputado estadual pelo RJ.

         Os documentos constavam de relatórios, extratos bancários, documentos em si e fitas HD com vídeos.   Flávio era acusado de desvio de 6,1 milhões de reais dos cofres do Rio de Janeiro, via Assembleia Legislativa.

     “A denúncia foi apresentada em sigilo e não se sabe como o presidente ficou sabendo dela”.   Bolsonaro se articulou para contratar a defesa de Flávio e tudo o mais.

         Bolsonaro chegou enviar convites aos procuradores de justiça do RJ “responsáveis pela apuração do caso, para conversar com ele no Palácio do Planalto”.     “Bolsonaro tentou de todas as maneiras evitar que o filho fosse denunciado”.    A denúncia só veio a público em 04-11-2020.    Os procuradores demoraram dois anos e dois meses para concluir a investigação.

         “Flávio foi apresentado como líder de uma quadrilha que exigia cerca de 90% dos salários dos seus assessores de gabinete”.   Principalmente de doze pessoas das quais Flávio retinha grande parte dos proventos.  Havia provas documentais de tudo.

 

         Continua no capítulo 02/30

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