capítulo 5/8
O desafio da ferrovia.
Construir uma ponte sobre o Rio Tibagi que é o segundo maior rio do Paraná. Ponte de 294 metros de extensão. Em concreto.
Londrina sofria em 1932 pela revolução paulista que fechou a
fronteira e pelo fato da ferrovia ainda não ter atravessado o Rio Tibagi e assim
ainda não chegava até Londrina.
Terminada a revolução em São Paulo, inicia-se a ponte para a
ferrovia e muitos moradores agricultores de Londrina, animados, vão trabalhar
na obra da ponte para conseguir recursos para pagar as prestações dos lotes
rurais que compraram da CTNP. Cia de terras do Norte do Paraná.
Em 1933 segundo um relato, Londrina passa a ter 400
casas. Em 1934 o município já tinha a
ferrovia e a estação ferroviária construída.
Entre 1932 e 1949, além das estações já existentes, a ferrovia colocou
no trecho Cambará-PR a Londrina, mais 12 estações, o que não agradou os
passageiros pelas paradas frequentes e o aumento do tempo de percurso.
Página 89 E explosão
populacional.
Em 09 de março de 1925, empreendedores brasileiros assumem a
CTNP. Em 1939, começo da II Guerra
Mundial e a Inglaterra tem suas demandas financeiras para o esforço de
guerra. Nisso ela coloca a venda várias
empresas, inclusive a CTNP.
Em 1942 o Engenheiro Gastão de Mesquita Filho vê nessa
oferta para venda da CTNP um ótimo negócio e vai ao RJ (então capital federal) em
busca de investidor.
Encontra seu amigo Gastão Vidigal que na época era Diretor do
Departamento de Comércio Exterior do Banco do Brasil.
Compram a empresa que depois de várias mudanças de
acionistas passa a se chamar CMNP Companhia Melhoramentos do Norte do Paraná,
isto a partir de 1951.
(nos anos 70 eu, leitor, trabalhei como Eng. Agrônomo no
Paraná no Banco Mercantil de SP que tinha entre seus acionistas a família Vidigal)
A CMNP tinha como sócios o Grupo Vidigal e o Grupo Mesquita.
O presidente Getúlio Vargas exigiu que a ferrovia passasse a
ser federal.
Até 1943 as vendas de terras pelos ingleses não tinham
deslanchado muito. Tinham vendido só 23,6%
dos lotes rurais e 26,6% dos lotes
urbanos.
Até 1960 a CMNP vendeu 76,6% das áreas rurais e 71,4% dos
lotes urbanos.
Em 1932 apareciam pela ordem decrescente as receitas de
milho, madeira, café e feijão.
Em 1930 começa a produção de café no Norte do Paraná. No final da década de 30 o café já estava na
liderança das rendas agrícolas do PR.
Nas mãos do governo a ferrovia se deteriora
A gestão estava nas mãos da estatal RVPSC Rede Viação Paraná
Santa Catarina. Transportava bastante
gente e carga mas era mal administrada.
O povo fazia chacota
inclusive pela falta de pontualidade. Apelidou
a RVPSC de Restaurante Vagabundo Pastel Sem Carne.
(O prof. Jonas Liasch mantem um blog sobre ferrovias)
Só em 1975 inauguraram o trecho Apucarana a Ponta Grossa-PR
rumo ao Porto de Paranaguá. Antes o
ramal que vinha de Ourinhos dava volta por Jaguariaiva onde alcançava a
ferrovia antiga que ia de Santos até Rio Grande-RS passando por
Jaguariaiva. A volta era de 300 km o
que desanimava os que demandavam por frete para o Porto de Paranaguá.
Continua no capítulo 6/8
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