CAP. 16/22
....... Bibi tornou-se membro do Partido do
Congresso e participa de suas ações. Defender
o povo indiano. Faz as perguntas: “Como ser indianos britânicos sem ter os
mesmos direitos que os ingleses?”
Como viver a vida toda entre o luxo e a miséria?
Dalima, a babá do filho de Anita sumiu quando ela estava em
viagem. Ninguém soube explicar. Anita convidou Bibi para irem ao povoado
onde Dalima morava. Recebidas pela
sogra da babá que diz. O marido de
Dalima morreu e ela foi incendiada.
Restos de cinza de um incêndio no quarto dela. E uma criança dela com a sogra. Bibi explica que há um costume de muitos na
Índia, quando o marido morre e é cremado, a mulher se juntar a ele e morre
queimada. Ideia de união para sempre e
outra versão de um “empurrão” por pressão da família para que a viúva não herde
os bens do casal.
O sati é o caso da mulher se atirar no fogo e morrer no ato
da cremação do marido. Dalima não
morreu das queimaduras e Anita e Bibi mudaram ela de um hospital precário para
um mais adequado ao tratamento. Ela
sofreu queimadura em sessenta por cento do corpo.
O problema no caso foi que a família dela, muito pobre, não
conseguia pagar o dote combinado no casamento dela. Em represália, incendiaram a casa com ela
dentro.
Anita queria levar o caso à justiça mas isso causaria um
reboliço no reinado do marajá marido dela.
Este deu ordem a ela para cuidar de Dalima e não mexer com a justiça
para não terem dor de cabeça.
Anita, sem consentimento do marido, pede ao chefe da guarda
e dois soldados para irem buscar a filha de Dalima para ficar com a mãe. A família fica achando que iria presa e
devolve a criança. Assim a enferma
Dalima, ainda hospitalizada, consegue receber a visita da filha pequena, o que
era um sonho dela.
Anita é diagnosticada com um cisto no ovário e suas relações
sexuais passam a ser de muita dor.
Tenta esconder o problema. O
marajá um dia deixa de procura-la e lhe explica. O médico dela tinha dito que o ideal era ela
não ter relação sexual por uns tempos em função da dor. Assim ela ficou livre do sofrimento.
(dados levantados sobre a região que fica perto da
Cordilheira do Himalaia). Kapurthala
fica num lugar baixo e quente. Apenas
225 metros acima do nível do mar.
Temperatura em julho-22, 32 graus.
Já a cidade de Mussoorie, estância na montanha, fica a 2.005 metros e nesta
época, 19 graus de temperatura. Lugar
dos nobres se refugiarem na época de mais calor.
O marajá de Kapurthala mantem o Castelo Kapurthala em
Mussoorie.
Desse local se avista
vários picos do Himalaia cobertos de neve eterna nas partes mais altas.
Naquela cidade de lazer dos nobres, costumam fazer festas à
fantasia e nestas rola muita coisa entre eles.
Nesse verão o marajá arranjou lá uma amante com a qual ficou por longo
tempo se relacionando às escondidas.
“Desde então, foram amantes por muitos verões”.
O filho de Anita está com cinco anos. O marajá avisou que neste ano preferiria
que ela não fosse à cerimônia da puja, rito da família dele.
Ela ficou de escanteio.
Ficou mais deprimida ainda.
Anita se encoraja de organizar os detalhes para o casamento
de outro filho do marajá. “Ela vive em
uma espécie de limbo social”.
Vão a uma festa no reino mais rico da Índia, Hyderabad. O marajá local que ela já conhecia e era
encantado por Anita, a encheu de presentes e a colocou ao seu lado direito na
mesa de honra. A autoestima dela foi
para o alto. Ela conseguiu despertar
ciúme no marido, ganhou joias que a tornou rica e sua autoestima em alta.
O marajá rico mandou um telegrama ao marido de Anita, depois
de uns tempos, mostrando interesse em visita-los, mas o marido de Anita
respondeu que estariam viajando e que não era possível recebe-lo. Assim ficaram daí em diante de relações
cortadas os dois marajás.
Em 1914 a Inglaterra, aliada à França e Russia, entraram em
guerra contra a Alemanha. Isso uniu
muito o povo indiano em apoio ao império britânico, como nunca antes. O marajá de Kapurthala é o primeiro a
oferecer um regimento de 1.600 combatentes e um donativo de 100.000 libras para
a Inglaterra no esforço de guerra. “Em
apenas dois meses, a Índia consegue por um milhão de soltados em prontidão para
a guerra”.
Uma parte bem menor que isso realmente foi à Europa para os
combates que duraram de 1914 a 1918 (Primeira Guerra Mundial).
Continua no capítulo 17/22