Os autores citam o guru
da direita, Olavo de Carvalho que se autoproclamava filósofo em ter graduação
na área. Era um intelectual que lançou
vários livros, deu muitas palestras e cursos para militantes da direita. Não
acreditava na vacina e consta que morreu de covid 19 em janeiro de 2021.
Sobre Olavo, o livro aqui diz: “Como provocou Olavo de Carvalho, a
direita precisa aprender a insurgir-se:
Me diga o seguinte: quantos
grêmios de faculdade vocês tomaram?
Nenhum. Quantas redações de
jornal vocês tomaram? Nenhuma. Quantos sindicatos vocês tomaram? Nenhum.
Quantas igrejas da teologia da libertação vocês tomaram? Nenhuma.
Em suma, vocês deixaram tudo nas mãos dos ‘comunistas’, e tudo está nas
mãos deles. E eles fazem o que
querem. Deu para entender?
Volta o autor deste livro:
“Em geral, as tomadas de poder pelas forças reacionárias e fascistas
ocorreram por movimentação de bastidores, conchavos e chantagens, tentativas de
golpe e pela ação nas ruas de forças militares ou milicianas no combate dos
revolucionários, antecipando-se às supostas ameaças comunistas – “...
Os autores citam vários golpes e tentativas de golpes no
Brasil, sempre perpetrados pela direita.
(página 54)
... golpes... “Quase todos contavam com milícias para
assumir o poder e intimidar a população.
Um exemplo vem da Ditadura de 1964 que tinha o temido DOPS. Departamento de Ordem Política e
Social. Era o órgão de repressão do
governo militar instaurado em 1964.
Vários estudiosos dessa Ditadura Militar de 1964 a 1985
buscam explicar a mesma pelo fato da esquerda ser massacrada por ela, mas a
mesma esquerda saiu vitoriosa na sequencia, a saber.
Conclusão de estudiosos, entre eles, vários Generais ...”vinham estudando desde o final dos anos
1980 o fato da esquerda, mesmo derrotada militarmente pela ditadura, ter sido
vitoriosa do ponto de vista político, moral e simbólico”. (página 55)
Após a Ditadura Militar no Brasil, a esquerda, também
chamada Campo Progressista... “teria mudado de estratégia, mudando da luta
armada para guerra de posição que consistia na construção de liderança não pela
força das armas, mas por meio do controle progressivo dos aparelhos de
reprodução cultural e ideológica da sociedade.
Nesse contexto os teóricos da direita entendem o que
enxergam como o caminho trilhado pela esquerda para chegar ao poder e ter à
frente o PT.
Os teóricos da direita atribuem em parte isso à obra de
Antonio Gramsci que teria sido lido por círculos restritos no Brasil, essa
estratégia de “construção de hegemonia com conquista de coração e mentes antes
de um processo revolucionário insurrecional...”
Os teóricos da direita chamam a estratégia do campo progressista de “Gramscismo ou marxismo
cultural”. Deram tanta ênfase a essa
narrativa que a transformaram em uma “teoria da conspiração”. Algo imaginário mas que levou muita gente a
acreditar nisso.
Incomodou muito a direita radical o fato dos governos após
os vinte e um anos da ditadura (64-85) ter durado menos do que o período
seguinte do “socialista” Professor da USP, sociólogo, Fernando Henrique Cardoso
em dois mandatos e depois o PT em sucessivos mandados até o impeachment da
Dilma.
Os autores avaliam que os governos do PT tem praticado a
chamada social democracia.
Olavo de Carvalho e alguns pares da direita propunham o uso
do método de conquistar as pessoas de forma gradativa para levar o mando
político para a direita.
Os teóricos da direita pelo mundo afora, incentivou adeptos
a formarem grupos de leitura de Gramsci para aplicarem “no sentido
contrário”. Ir ocupando espaços na área
acadêmica, cultural, de comunicação etc para implantar suas deias usando assim
uma caricatura do método de Gramsci.
“Se o tempo histórico brasileiro seguiu acelerado, a
estratégia olavista do ‘gramscismo de direita’, sem freios e sem ética,
prosperou enormemente como disputa de hegemonia por meio do pânico moral,
fundamentalismo religioso e discurso de ódio”.
“Assim, logo transitou para a polarização e a
radicalização...”.
Fica aqui expresso o movimento que trouxe a polarização e o
ódio...
Continua o livro....
“basta ver a guerra aberta contra universidades, professores,
estudantes, jornalistas, religiosos de esquerda, minorias etc.
Continua no capítulo 5/10