A edição original deste fichamento aqui no blog é de setembro de 2014. Por isso resolvi reeditar.
Como já disse nos capítulos anteriores, a Biografia
da Clarice Lispector, de autoria de Benjamin Moser, é um livro volumoso, mas de
grande qualidade e diversidade de informação. Dos apontamentos
que fui fazendo ao longo da leitura, daquelas partes que mais me chamaram a
atenção, notei que dava para fazer comentários sobre um pouco do
pensamento da Clarice, um tanto do Brasil na época e finalmente, destaquei o
lado que o autor realça o povo judeu, afinal o autor e Clarice pertencem ao
povo judeu e essa condição se reflete naturalmente na obra. Vamos
à síntese do que anotei:
(Página
23) Na Ucrânia onde nasceu Clarice, Stalin matou muita gente e depois
Hitler também fez o mesmo, para a dor daquele sofrido povo. Era a
região que tinha a maior concentração de judeus do mundo.
Clarice nasceu na cidade de Tchechelnik.
(p.27)
Os judeus costumavam ter muitos filhos, pois preceitos religiosos deles
não eram compatíveis com o controle da natalidade.
(p.28)
Por lei, na Ucrânia da época, os judeus não podiam ter terras e viviam em
seu país como se fossem estrangeiros.
(135)
Nas Guerras Mundiais, praticamente o mundo todo fechou as portas para os
imigrantes judeus.
(p.166)
Para todos os lugares onde os judeus migraram, já na segunda geração
eram classe média, visto que sempre foram dedicados inclusive aos estudos.
Sionismo - movimento dos judeus visando ao retorno
à terra dos ancestrais.
(p.244)
O jornalista Samuel Wainer, que foi destaque no cenário brasileiro, era
judeu nascido na Bessarabia, que fazia parte da URSS. Ele
foi proprietário do Jornal Última Hora. Clarice, formada em
Direito, exerceu o jornalismo no Rio de Janeiro por bom tempo e foi até
demitida do Jornal do Brasil por ser judia.
(p.271)
O diplomata brasileiro Osvaldo Aranha teria assinado pela ONU em
29-11-47 o documento de criação do Estado de Israel.
(304)
O empresário Adolpho Bloch, da Revista Manchete nasceu na Ucrânia e era
judeu.
(p.327)
O empresário americano Henry Ford, segundo o autor, era um notório
anti-semita.
Conclusão: o meu hábito de anotar o que achei de mais relevante em todos os livros que leio me fornece uma síntese interessante. Ao ler e reler esta síntese, reforço o conhecimento das passagens de destaque que permitem uma reflexão boa.
grato aos leitores que tem acompanhado os fichamentos.
Nesta semana ainda começo a publicar o fichamento do livro Perto de um Coração Selvagem de autoria da Clarice Lispector. Vamos nessa! zap 41 999172552 Eng.Agr. Orlando - Curitiba PR