No aniversário da minha esposa em setembro do ano de 2021, ela ganhou de uma das filhas este livro lançado no ano passado e devidamente autografado pela autora.
O conteúdo
me chamou a atenção e resolvi também ler e destaco que é rico em conteúdo num
compacto volume de 156 páginas.
Vamos ao
fichamento (março de 2022)
A
geração que passou a juventude nos anos 60/70 rompeu com uma série de
preconceitos relacionados ao corpo, sexo, família, amor, trabalho etc.
Agora na
fase da velhice, está criando os “sem idade”, não se aposentou de si
mesma. Trabalha, canta, dança, viaja
etc.
Uma
verdadeira revolução comportamental e simbólica.
Desde
março de 2015 a autora vem fazendo pesquisa só com pessoas nonagenárias. “Com eles aprendi que a velhice é bela
quando não tentamos congelar nossos corpos, comportamentos e ideias e quando
aprendemos a saborear intensamente essa fase da vida, que pode ser o melhor
momento de toda a nossa existência.”
A
importância de valorizar o tempo do idoso.
...”priorizando o que é realmente importante e verdadeiro em suas
vidas”.
As
mulheres sentem mais o pânico de envelhecer...
Velhice
– “É o momento em que muitas mulheres se sentem mais livres e felizes pois
podem ser elas mesmas”.
Os medos
dos homens - “... medo do momento da
aposentadoria, da impotência e da dependência física”.
Mais
velhos, eles passaram a valorizar o mundo dos afetos: a casa, a esposa, os filhos, os netos.
Anseiam
ter o cuidado, a compreensão e o carinho dos familiares.
Além dos
projetos que os façam se sentir mais úteis, ativos e produtivos.
“A
velhice tanto pode ser vista como uma fase de medos, perdas e doenças, quanto
como um momento de beleza, liberdade e felicidade”.
Ela
constatou três diferentes tipos ideais...
“Denominei os diferentes discursos sobre a velhice de – Velhofobia,
Velhoeuforia e Velhoalforria. (alforria
é ganhar a liberdade, digamos)
“... a
bela velhice não é um caminho apenas para celebridades ricas e poderosas.”
Cita que
há casos de pessoas idosas... “que
perderam o medo de envelhecer após lerem o livro”. A autora dá palestras e recebe elogios
calorosos das leitoras dos seus artigos.
Uma
leitora diz: “O seu livro mudou minha
vida”.
“Se cada
um de nós começar, dentro de casa, a escutar com atenção as histórias de seus
pais e avós, reconhecer a sua importância e valor, enxergar a beleza de todas
as fases da vida, cuidar com carinho e demonstrar admiração e gratidão por tudo
o que as pessoas de mais idade representam, não vou mais precisar falar e
escrever tanto sobre velhice, não é verdade?”
...bela
velhice. “Encontrar um projeto de vida”. Buscar o significado da existência. Conquistar a liberdade, almejar a
felicidade, cultivar a amizade, viver intensamente o presente, aprender a dizer
não, respeitar a própria vontade, vencer os medos, aceitar a idade e dar muitas
risadas”.
Simone
de Beauvoir escreveu o livro A Velhice.
Ela no passado já apontava algo
de relevante para se ter uma boa velhice:
Ter um projeto de vida.
A autora
do livro que estamos citando, destaca como exemplos de viver bem a velhice,
pessoas como Gil, Caetano, Rita Lee e outros.
Estes
não aposentaram de si mesmos, recusando as regras que os obrigariam a se comportar
como velhos.
Segue no capítulo 02/06