capítulo 2
Carolina no consultório médico. Tocaram num assunto de política. Ela deu opinião sobre Carlos Lacerda. ...”gosta de intriga. Um agitador.”
Foi dormir meia noite.
“Quando despertei, os raios solares penetrava pelas frestas do barraco”
Vizinhas não gostavam de Carolina porque ela sabia conversar
e diziam que ela conquistava os homens.
Por isso brigavam até com as crianças dela.
Ela protesta: “Eu não
vou na porta de ninguém. É vocês que
vem na minha porta para aborrecer-me”.
“Mas eu não encontro defeito nas crianças. Quando falo com uma criança lhe dirijo
palavras agradáveis. ...”Tenho apenas
dois anos de escola mas procurei formar meu caráter.”.
Sobre as vizinhas implicantes: “Elas alude que eu não sou casada. Mas eu sou mais feliz do que elas. Elas tem marido, mas são obrigadas a pedir
esmolas. São sustentadas por associações
de caridade.
“Os meus filhos não são sustentados com pão de igreja”. ...”Elas tem que mendigar e ainda
apanham. Parece tambor”.
Fala da vizinha que bebe e os filhos não vingam. “Ela odeia-me porque os meus filhos vingam e
por eu ter rádio”.
...”As pessoas dadas
ao vício de embriaguez não compram nada.
Nem roupas”. “Os ébrios não
prosperam”.
Depois do dia de catar papel. Cheguei em casa. Era 23:55 h. “Esquentei a comida, li, despi-me e depois
deitei. O sono surgiu logo.”
Cedo, fila para pegar água na torneira da favela.
“Eu não consegui armazenar para viver, resolvi armazenar
paciência”.
“Hoje comprei marmelada para eles”. (os filhos)
Nota: A marmelada já
foi o doce mais consumido no Brasil.
Vizinhos aborrecem Carolina e seus filhos. Ela desabafa: “Vou escrever um livro referente à
favela. Hei de citar tudo que aqui se
passa.”
Vizinha provocando ela:
“A única coisa que você sabe é catar papel.” Eu disse: ...”Cato papel. Estou provando como vivo!”. “Há mulheres que o esposo adoece e elas no
período da enfermidade mantém o lar. Os
esposos quando vê as esposas manter o lar, não saram nunca mais”.
Vizinhos bebem e até dão bebida alcoólica para as crianças deles.
“Os meus filhos reprova o álcool.”
Rascoas. Nome pelo
qual chamam as meretrizes na favela.
Carolina falando do café da manhã dela e dos filhos. Diz que tenta caprichar no café e cada um em
casa gosta de um jeito. Ela gosta de
mingau de aveia.
Faz oito anos que cato papel. “O desgosto que tenho é residir na favela”. Catar papel e ter que levar a filha de dois
anos que não gosta de ficar em casa.
Complicado para a mãe.
O saco de papel na cabeça e a filha no braço. Serviço duro.
Sobre a filha Vera. “Ela
não tem culpa de estar no mundo.”
Todos os dias eu escrevo.
Sento no quintal e escrevo.
Frio de julho. Chegar
à noite do trabalho duro. “Tomei banho,
esquentei a comida, li um pouco. “Não
sei dormir sem ler”.
...”O livro é a melhor invenção do homem”.
...”Catar papel e cantar.
Eu sou muito alegre. Todas manhãs
eu canto. De manhã eu estou sempre
alegre.”
O seo João batendo na porta.
Procurando remédio caseiro para dor de dente. “Quis saber o que eu escrevia. Eu disse ser o meu diário. Ele falou:
“Nunca vi uma preta gostar tanto de livros como você.” Ela
diz: Todos tem um ideal. O meu é gostar de ler”.
Continua no capítulo 3