capítulo 5
Jin-ju (a noiva) ponderou que dificuldades sempre há e não
chegam a ser desanimadoras. Ela ficou
indignada com a atitude do amigo de encontra-la só para colocar obstáculos na
vida dela e no projeto de casamento.
Após o encontro com a amiga e o jantar, Yo-an voltou pra
casa e a esposa estava deitada. Ela
perguntou pela amiga e ele disse do seu modo o ocorrido. Até riram, mas ela sentiu o costumeiro tédio
da vida deles em casa. Dez anos
trabalhando muito, comendo fora para não deixar o apartamento com cheiro de
óleo. Tédio.
Capítulo – cão amarelo
Yoo-eun Bae, esposa de Yo-han Kim diz sonhar com umas férias
numa praia privada com aquele mar de
águas verdes... poder comer o que
quiser, sem preocupação nem com o cartão de crédito...
“Tudo que posso fazer é pensar, mas não posso colocar em
prática”.
“Por quê? Porque
isso é pecado. A preguiça é vergonhosa. O conforto faz o ser humano se tornar tolo... são apenas lixo”.
...”tanto ele como eu gostamos de trabalhar. E trabalhamos bastante. Não consigo entender as pessoas que não
gostam de trazer trabalho para casa.”
...”dão desculpa de querer passar mais tempo com a família
ou o namorado para evitar de trabalhar nos fins de semana e gastar o máximo do
tempo possível sem fazer nada.”
“Todos nós sempre estamos ocupados e nos orgulhamos disso”.
A ideia de ambos morarem numa casa com porão para o marido
aprender e ter uma carpintaria.
...”ele sempre foi mais delicado e criativo, enquanto eu
sempre fui mais determinada e direta.
Ele cuida da casa e eu continuaria no emprego.”
O casal amigo do trabalho exagerado e do tédio, um dia se
encontraram grávidos. Ele: - “Que merda!” Ela: “Acho que não vai ser tão ruim assim”. Ele:
...”eu não vou mais poder ouvir música ou ler em casa. Se bobear, vamos ter que contratar uma
empregada”.
Ele: ... gastos,
gastos, gastos... Ela: “Nossa, quanto ressentimento!
Yoo-eun Bae sentou-se ao lado do marido: - Mas pense bem, nós vamos ter um bebê.
Momentos antes da esposa anunciar a gravidez, o marido
estava lendo numa revista a biografia de alguém que morreu sem casar e não
deixou descendentes. A reportagem
terminava dizendo: “Uma vida criativa, abstinente
e solitária”. O marido concordou com
o que leu: Isso mesmo.
...”Ela: se pensarmos
em tudo antes, criar uma criança poderia ser mais divertido do que imaginamos. Antes de tudo, será uma criança nossa.”
Ela disse ter visto um filme antigo sobre bebê e acrescenta o
que sente: “Não me senti sozinha”. Ele acabou, juntinho dela, sugerindo lerem
livros infantis para o bebê.
O pai. “Afinal,
você quer ou não essa criança? Eu
respeito a sua opinião. Afinal, é
verdade que temos um acordo antes de casar.
Se você disser não até a morte sobre empregada, eu vou dar um
jeito. Apesar de ser contra a minha
vontade”.
Ele fumando agora sem ter o hábito de fumar. Só fumou no dia do próprio casamento e no dia
que o pai dele morreu.
Agora, fumando também.
E faz um escracho com a esposa, gargalhando: “Mas as mulheres são realmente seres
inferiores. Ficam grávidas, ora. Qual é a diferença com um broto?”
...Ele: “ É um
experimento criativo. Podemos até
tentar, mas tenho consciência de que é preciso um esforço enorme para
cria-lo. Nem um cachorro você quis ter.”
Continua no capítulo 6
(de oito)