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quarta-feira, 2 de julho de 2025

Cap.6/10 - fichamento do livro : 8/1 A REBELIÃO DOS MANÉS - coautores - PEDRO FIORI ARANTES et alli. (2024)

  capitulo 6/10                             julho de 2025    (grato aos leitores)

 

         A diferença entre os invasores do Capitólio (Congresso dos USA) e os invasores daqui do Brasil é que aqui teve o “dedo” dos militares “como alertou Piero Leirner.”  Piero é Antropólogo Doutor na área e professor da UFSCar Universidade Federal de São Carlos – SP.   Estudou o Exército por duas décadas e escreveu livro sobre o tema.

         (Li do Piero Leirner o livro O Brasil no Espectro de uma guerra híbrida).    Contém muitos esclarecimentos com bases documentais sobre o tema.

         Volta ao livro da pauta:   “Até certo ponto, os Manés foram também marionetes de alas do Exército que estimularam sua revolta nas ruas”.

         “O planejamento do golpe ou autogolpe já estava em andamento desde 2018,   Foram quatro anos de ataques sistemáticos às instituições para desestabilizar a democracia e criar um clima de paranoia, revolta e insurgência de massas.  Governo e parcela significativa dos militares, incluindo generais, autorizavam e insuflavam as ações das ruas no sete de setembro e depois, na escalada de 2022 que levou ao 8 de janeiro de 2023.”

         São citados no livro  (página 79) provas em vídeos nos quais o guru Olavo de Carvalho orientava e animava o povo a insurgir, cercar palácios e provocar um estado de sítio ou uma GLO Garantia da Lei e da Ordem, a ser executada por militares.   Assim instituíam um regime de força, acabando com a democracia.   

         Os autores citam mais um trechinho do livro do Piero Leirner:   ...”explica que associação e indefinição entre os meios militares e não militares, e sua particular combinação entre política, ideologia e operações bélicas vem sendo estudadas há décadas pelas Forças Armadas do Brasil com inspiração em métodos do exterior, com destaque para a França.”

         ...”O agora conhecido Coronel Laward, supervisor do Programa Estratégico ASTROS, do Escritório de Projetos do Exército brasileiro, em comunicação com Mauro Cid (ajudante de ordens do Bolsonaro), reclama que o alto comando não estava fazendo nada para ‘salvar’ o país, agora entregue ‘aos bandidos’ e conclui:   então ferrou, vai ter que ser pelo povo mesmo”.      Falas que constam da CPI de 27-06-2023.   (pág. 77)

         Os militares não se opuseram aos acampamentos dos golpistas e trocavam ideias com os chamados “kids pretos”, este que é o apelido das forças especiais do Exército altamente treinadas, entre outras técnicas, em ações de sabotagem e incentivo à insurgência popular, as chamadas operações de guerra irregular.”   (cita fontes de cada passagem como esta).

         Capítulo -   Uma imagem insuportável  -  Lula sobe a rampa.

         A direita não se conforma com a derrota nas urnas.  Bolsonaro declarou que não entregaria a faixa ao sucessor e viajou para os USA na época da posse do Lula.

         Perguntado se o Lula subiria a rampa do Planalto, o General Heleno respondeu que não.  Não subiria.

         Imputaram tantas narrativas fantasiosas contra o Lula, demonizando-o.   Até o fato de ele ter nove dedos (perdeu um no torno num acidente do trabalho numa metalúrgica).

         ...”O efeito da recusa do resultado das eleições é central.  Tal nível de negação vinha sendo preparado havia anos, com ataque às urnas, ao STF e ao TSE Tribunal Superior Eleitoral.   Resultou no processo que tornou o Bolsonaro inelegível por oito anos no julgamento de 30-06-2023.

         90,1% dos manifestantes da extrema direita acreditavam que houve fraude na eleição ganha por Lula.

         “É o mecanismo freudiano da ‘denegação’, ou autodefesa do indivíduo que, mesmo ciente do resultado, decide agir como se ele não tivesse ocorrido”.

         “Daí o caminho para a dissonância cognitiva que leva o bolsonarista a fechar-se no seu círculo de crenças e pseudoverdades para não ampliar o sofrimento da confrontação com a realidade”.

 

         Continua no capítulo  7