capítulo 2 JULHO DE 2024
Em tempo, sobre o capítulo 1 - O que explica o nome deste livro, Sukiyaki
de Domingo. A primeira esposa de Ma
vai até a casa dele muito constrangida com a missão de avisa-lo que os filhos
do casal, crianças, querem muito ver o pai e sentem por isso. Ma não está nem aí. A ex ainda fica comovida com a miséria na
qual ele vive com a companheira atual e sabendo que ele gosta muito de comer
sukiyaki num restaurante simples da região, deixa dinheiro com a companheira
dele para que eles tenham acesso ao prato tão do gosto dele.
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“Escute. Você não
está me ouvindo, não?
A mãe fitou a filha com insistência. Era um olhar comparável a uma picada de cobra
venenosa.
Hye-run Bu, 20 anos, tem medo da mãe. Trabalha na oficina de costura com a mãe e
nada recebe. Quer arrumar um emprego
para ter seu ganho e para seus gastos, até por dica do namorado.
Mas... “temia falar com a mãe mais do que temia a morte.” Ou melhor, ela a amava mais do que a morte.
Criar problemas com a mãe era a última coisa que queria no
mundo”.
A mãe criou ela sozinha.
Filha única, pela tradição do seu povo, tinha que guardar a virgindade e
cuidar da mãe até a morte desta.
A mãe costureira não tinha conta bancária. Não confiava em bancos. Guardava o dinheiro em casa. No colchão, em vãos pela casa.
Os homens gastam o dinheiro das mulheres. Se ela tivesse um filho menino, não teria
ficado com ele.
“A ambição traz a infelicidade da mulher”.
No passado um homem dormiu duas vezes com ela e roubou todas
as economias dela.
Por isso era preciso ficar longe dos homens se quisesse
proteger suas economias.
O medo de um dia a filha gastar o dinheiro dela. Se acontecer...
“Vou lhe tirar o coração e mastiga-lo cru”.
Não dando um tostão à filha, esta não teria como abandonar a
mãe.
A mãe de Hye de
madrugada contando o dinheiro e a filha chega. A mãe ficou em pânico. Nunca contava dinheiro perto da filha. Dá a desculpa de que tem que ir pagando as
contas do antigo marido, pai da sua filha.
E ainda culpa a filha pelo pai que ela teve.
“Deixa a filha com cara de choro por culpa do pai”.
A mãe faz drama dizendo que foi abandonada por todos e se
preocupa se sua única filha abandona-la.
O pai da moça não era tão mal assim e nem as deixou com
dívidas grandes como dizia a mãe. A mãe
aumentava tudo e enganava a filha para te-la ao seu lado.
A jovem tinha sido criada com oitenta por cento de sentimento
de culpa e vinte por cento de bolacha de chocolate. Dai que era gorda com seus setenta quilos.
Capítulo – Retrato de um intelectual
A sociedade e suas mazelas.
“Nós não admitimos os perdedores na sociedade. Porque achamos que eles já tiveram chances
suficientes.” ... são indolentes .... Foram eles que optaram por isso. (pela
vida miserável)
Quando Hye-jeon Park se separou de Ma, não tinha nenhum
amigo por perto. Antes, quando estava
casada com Ma, eles frequentavam rodas de amigos intelectuais como Ma. Quando se separaram, ela e Ma foram
isolados pelo grupo de ex amigos intelectuais.
Ela, antes do casamento, fez faculdade. Casada, se isolou dos colegas de
universidade.
... colegas do passado que agora estavam casadas com
funcionários públicos ou professores endividados para sempre”.
Hye separada de Ma e as crianças perguntavam pelo pai e
estranhavam o fato de não mais poderem praticar esqui e balé.
Doo-yeon Baik era um orador nato.
Fez muitos elogios à ex esposa de Ma. O pai de Doo tinha uma empresa textil. Doo voltou para a universidade para fazer um
mestrado. “Após acabar com a empresa do
pai”.
O galanteador falido, Doo tentando conquistar a colega dos
tempos da universidade. Ela, agora,
separada de Ma e tem os filhos para criar.
...”agora sou a responsável pelos meus filhos. Não ousaria pensar em outras coisas.”
Hye-jeon diz ao amigo que está pensando em se mudar para a
periferia mas ela não gosta da periferia.
“Ela não tinha a mínima vontade de viver como viveram seus pais”. Pobres e de periferia.
Continua no capítulo 3