outubro de 2024
O livro é uma obra de ficção pautada na trajetória de
personagens judeus no tempo da segunda guerra mundial. Familia holandesa que está na mira dos
alemães nazistas que invadiram inclusive a Holanda.
Personagens que fogem da guerra e que chegam ao Brasil
buscando reconstruir suas vidas, mesmo tendo perdido familiares e amigos
durante a ocupação nazista no seu país de origem.
Vamos à obra:
Capítulo 1 – Preta Lina de Osum, Bairro Bom Retiro – São Paulo,
ano 1893.
Ariaxé, nome do centro do terreiro, onde moram os Orixás.
Preta Lina, a Ialorixá.
O som do atabaque. Uma devota
entra em transe.
Após o rito... “Agora
Preta Lina tinha maioridade, era Egbon, deixava de ser uma Yawo.”
A Ialorixá fala ao ouvido de Preta Lina, agora uma iniciada,
filha de Osum.
...” que Osum guie teus passos na vida.”
Capítulo 2 - Anna Lea
na biblioteca do bordel, ano de 1952
Anos da jovem no bordel.
Ora na cama com os clientes, ora na biblioteca com seus livros.
...” Agora a estante está vazia e eu com mais de trinta anos
vou ter que mudar de cidade. Uma puta
velha é o que sou. Por treze anos de
trabalho no bordel foram os livros que me salvaram”.
... “bordel na Rua Aimorés”
(perto dos trilhos do trem) SP
capital.
O governador e o prefeito mandaram fechar o bordel.
Antes ali era um lugar estratégico. A estação de trem trazia os viajantes e
vinham também os clientes do bordel.
Preta Lina, velha, lá da favela da várzea do Rio Tietê vem
visitar a prostituta Anna.
“Preta Lina, ela não gosta que eu chame a sua morada de favela.”.
... só quatro pessoas tinham acesso à biblioteca do bordel
de Anna. Inclui Egídio, que gostava da
dona do bordel, Anna. Termo curve para
designar prostituta em hebraico pelo suposto.
“A curve fugitiva de Lodz”. Ela
dizia: “Sou impura e não posso rezar na
sinagoga. ...não terei direito a
enterro decente”.
Bracha – oração em hebraico.
Egídio, “protetor” de Anna era um ex-delegado de polícia.
A decadência da casa de prostituição de Anna. “Vou vender esta casa e mudar para um lugar
onde ninguém saiba que foi Anna Lea. Na
verdade acho que ninguém sabe quem é Anna Lea, nem você, nem eu mesma”.
Capítulo 3 A caminho
do Brasil.
Anna Lea num trem na Holanda em 1938, perto de completar 18
anos.
Anna em companhia do Professor universitário Mendel Litvak e
sua esposa Judith. Junto, Jos, filho do
casal. Ela, filha de um professor
judeu, estava sob a proteção da família Litvak por conta da ocupação nazista na
sua região na Holanda.
O risco crescente e a família que a acolhia resolveu
embarca-la sozinha para o Brasil, viagem de navio a partir de Genova na Itália.
Anna insistiu e trouxe bastante livros na bagagem. Viagem de trem até Amsterdam. De lá embarcaria sozinha em navio de Genova
rumo ao porto de Santos no Brasil.
Anna era natural de Lodz na Polônia.
No navio rumo ao Brasil, estavam cinco jovens desconhecidas
entre si. Ficaram trancadas num local
insalubre. O navio era um misto de cargueiro
com algum setor para passageiros.
Não demorou muito para os marinheiros, alcoolizados,
invadirem o aposento delas e violenta-las uma a uma.
Capítulo 4 Na casa
do Professor na cidade de Wageningen em 1941
O Professor Mendel morava numa casa que já tinha mais de
duzentos anos. Nessa casa, a família
morava há anos e Anna passou a morar com eles por dois anos por conta da
perseguição à família dela que era também judia.
O pai de Anna, amigo do também professor Mendel, era judeu polonês
da cidade de Lodz. Perseguidos de
forma implacável pelos nazistas.
Continua no capítulo 2