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sábado, 5 de dezembro de 2015

WORKSHOP SOBRE BIOGÁS NA AGROPECUÁRIA 27-11-15

     Esta é a segunda parte do evento acima que foi realizado em Cascavel - PR pelo CREA PR     
     
Parte da Tarde – Paletra 4 -   Biogás – Alternativa de Energia Renovável Rural/Agroindustrial.
     Palestrante:   Engenheiro Agrícola Osvaldo Kuzman

     Na Índia e na China há grande tradição no uso de biodigestores.
     No BR nos anos 80 foi difundido o uso de biodigestores e por uma série de fatores o processo foi abandonado em seguida.   Houve erros e hoje em dia o desafio é seguir a tecnologia e treinar quem vai operar o sistema.
     Biodigestor é um abrigo de vidas.    As archeaeas metanogênicas  são os únicos microrganismos disponíveis para a produção de metano.
     Na fermentação anaeróbica – se controla a emissão de mau cheiro.   E se produz biogás.     Baixa produção de lodo.     Se o sistema estiver mal calibrado ou mal manejado, gera mau odor, pouco metano, etc.
     Combustão do metano:     CH4 + 2 O2  >   CO2 + 2 H2O + calor
     Lembrado que a temperatura ambiente influi no processo de produção de biogás.
     Temperatura ambiente abaixo de 10 graus positivos praticamente cessa a produção de biogás.    O biogás é inodoro, incolor e sem gosto e é insolúvel em água.    Altamente corrosivo.
      Mostrou foto de biodigestor da empresa GloboSuinos.  (Granja Heve)  Região de Cascavel – PR    Mostrou foto de biodigestor da Sadia na região.      Também de uma fecularia em Mercedes – PR  (Fecularia MCR – onde o Dr. Armin fez pesquisa)
     Citou o site     www.biogasmotores.com.br 
     Disse que em apenas 4 anos (mostrado no Globo Rural) a região já adotou a produção de biogás em 60 fecularias no Brasil, sendo muitas delas no Paraná.
     Há pesquisa em curso inclusive para se produzir biogás para restaurantes industriais.  Há sobras de comida que tem que ser descartadas por razões de saúde pública e uma forma seria produzir biogás e tratar os resíduos.


     Palestra 5 – Segurança na Operação de Biodigestores
     Eng.Civil Piergean Gomes -  da ONG CIBIOGÁS que tem apoio da Itaipu

     CIBIOGÁS – Energias Renováveis     www.cibiogas.org
     Núcleo de Projetos e Tecnologias

     Ele fez uma explanação com bastante normas e dados sobre o setor e deixou claro que se está lidando com energia que tem vários tipos de riscos como explosão de gás, queimadura por fogo ou objetos quentes, inalação de gases como o gás sulfídrico, amônia e mesmo contato com microrganismos patogênicos presentes em dejetos de animais, além de outros riscos.   Há que se treinar as pessoas e atuar dentro das normas de segurança.
     Foi citada dentre outras a NR 10 que está no âmbito da energia elétrica e tem parâmetros que se aplicam ao biogás.  
     Faz três anos que houve a criação da Associação Brasileira de Biogás e Biometano.
     Destacado que em recente leilão do governo federal, a China entrou com 14 bilhões de dólares no setor de energia elétrica no Brasil.
     O Cícero falou de passagem na produção de biogás através da biodigestão do lixo, que gera dentre outros, o gás piroxano (indesejável) que se origina de certas embalagens de cosméticos e creme dental.   Forma crosta interna nos motores movidos a biogás produzido a partir do lixo.   Por isso o gás tem que ser trabalhado e normatizado no caso.
     Empresas como a Volvo, Caterpillar e outras tem investido no combustível a partir do biogás (biometano) e é um potencial a mais de uso do mesmo.
     O Cícero voltou a lembrar que culturalmente consumimos energia e não temos o hábito de nos perguntar de onde ela vem, se vem de perto ou de longe.    (A respeito, li numa revista especializada – Revista Diferencial, editada pelo Senge PR Sindicato dos Engenheiros, que no sistema integrado elétrico brasileiro as perdas na distribuição podem chegar a 30% devido às distâncias, etc.).    Destacou que a Firjan Federação das Ind.do Rio de Janeiro tem estudo que indica tendência do setor industrial vir a produzir grande parte da energia que consome.
     Uma consultora do SEBRAE regional disse que já vem atuando em apoio às Cadeias Produtivas no Oeste do Paraná, dentre estas a do suíno, do frango, do leite.    E há interesse em se articular na questão do biogás.
     Nas falas finais, tivemos um breve comentário do Presidente da AREAC Associação Regional de Eng.Agrônomos de Cascavel e do Eng.Agr. Orley, representando o CREA PR, agradecendo a todos e lançando o desafio de todos os interessados se manterem articulados para fazermos avançar a questão do biogás em prol da sociedade.

     Isto foi o que consegui anotar e eventuais falhas de interpretação, ficam por minha conta.   Espero que os dados possam ser úteis para os que tem afinidade com o tema.

                            orlando_lisboa@terra.com.br      (41)  9917.2552   Curitiba - PR