CAP. 01/10
Eu tomei
conhecimento há anos, do livro A Casa dos Espíritos que tem sido muito
comentado, mas não cheguei a ler. Um
dia me chegou às mãos o livro dela chamado Cuentos de Eva Luna. Li e gostei bastante, mesmo com alguma
dificuldade por estar em castelhano.
Deu para perceber que ela é uma escritora de primeira linha.
Certo
dia, peguei para ler dela o livro Mi País Inventado, também em castelhano. Li em novembro de 2018 e fiz o
fichamento. Resolvi agora revisitar o
texto do fichamento que está em manuscrito e colocar no word e publicar no Face
e depois no blog, em dez capítulos diários.
Vamos à
obra:
Livro
editado na Argentina em 2009 (a edição que li) pela editora Debolsillo. São 220 páginas.
Ela
(sobrinha do presidente Salvador Allende) nasceu em Santiago do Chile no tempo
da II Guerra Mundial. Ela é santiaguina
como diz.
Frase
citada por ela sobre a cidade de Santiago:
“Camarão que dorme, a onda leva”.
Já ouvi também essa frase por um sambista carioca.
Consulta
com psicólogos em Buenos Aires e nos USA.
Ela alega que no Chile tem tabu nisso e só loucos usam visitar
psicólogos pelo que diz o imaginário popular.
Até os
anos setenta no Chile, os problemas iam aos ouvidos do padre ou das tias...
Escreve
sendo avó. O neto olhando para ela com
rugas e diz: Não se preocupe, velha, vai viver uns anos mais...
Nessa
ela levou um tranco.
Ela não
é de viajar e ficar em alojamento desconfortável. Prefere uma cadeira no guarda-sol do quintal
e boa leitura.
Terceiro
Mundo – O dela. Qual o segundo, ela se
pergunta...
Mesmo
assim ela teve que viajar pelos cinco continentes, inclusive exilada, em auto
exílio após a deposição do tio presidente Salvador Allende, socialista. Peregrinou por mais caminhos do que se pode
recordar.
Tem
cidadania americana e morou na Califórnia.
Dia onze
de setembro de 1973 foi o Golpe Militar no Chile. Orquestrado pela CIA, diz ela. (O órgão de inteligência americano)
Depuseram
Salvador Allende da presidência, ele que exercia o mandato num regime
democrático.
Ela
diz: Nesse dia perdi o meu país. O livro foi escrito não muito depois de
2001, quando também num 11de setembro, foram derrubadas as Torres gêmeas em NY.
A
infância feliz é um mito. Nos tempos da
infância dela “não havia os abusos infantis”.
Se supunha que educar as crianças
era com a correia numa mão e a cruz na outra.
E nesse
tempo “se dava o direito” de bater na mulher se esta servisse uma sopa fria.
“O
escrever... é um intento de compreender as circunstâncias próprias e clarear a
confusão da existência”
...
ocorrem aos escritores, que se tornam tais depois de terem fracassado em outros
ofícios...
...
pacificou ela. Não sou um monstro. Há outros como eu. (escritores).
Na
juventude não se entrosava com a moçada... mais por timidez do que por feiura,
pretendo supor...
Fingia o
tudo bem, mas daria a alma ao diabo para ser entrosada.
Continua no capítulo 02/10