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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

CAP. 12/13 - fichamento - livro - A VIDA QUE VALE A PENA SER VIVIDA - Co autor: CLÓVIS DE BARROS FILHO

capítulo 12/13

  

         Se trabalhamos, tudo fica fácil de explicar.   Se não, tudo se complica.

         “Sentimos a necessidade de prestar um esclarecimento.  Dar satisfação, como se diz”.

         Sociedade e alinhamento -   Nascemos sem limites por assim dizer, em nosso potencial de ações.   Mas a sociedade tem meios de nos colocar “na linha”.   “Aprendemos a perseguir o que é autorizado.    E, sobretudo, a nos afastar do que colocaria em risco a ordem social”.

         O sistema funciona por prêmio e castigo. Aplauso e vaia.   Alegria e tristeza.     ...”a sociedade age docilizando-o.   Direcionando para o certo”.   O corpo é social.    Porque você incorpora a sociedade com a qual convive”.

         O indivíduo tem medo do isolamento, de se sentir excluído...”

         Um exemplo é o voto útil.    O indeciso muito comumente acompanha o voto da maioria....

         Na escola nos ensinam uma “história geral”, mas que foca alguns países.   Por exemplo, a França, USA...    “Porque foi decidido que França vale mais que Angola...”

         Bordieu em A Categoria do Juizo Professoral.    Sistema de ensino.    ...”programas indiscutíveis”  ...no princípio da função de consagração da ordem social que o sistema de ensino preenche sob a aparência de neutralidade”.

         Os de cima – “consagrar seus saberes e ignorar outros saberes”.

         “Trata-se portanto de um exercício de poder”.      

         Aos alunos.    “... é preciso saber o que todo mundo sabe”.    Se tentarmos buscar outros saberes...   “somos desautorizados a manifestar nossos pontos de vista”.

         A escola é uma das instituições que pautam nossos saberes.    “Mas não só a escola que pauta nossos saberes”.   

         Poucos na sociedade conseguem o status de poder abordar assuntos diversos em público, pela imprensa, por exemplo.   “É para poucos.   Nem sempre acontece”.   E é revoltante pensar coisas que você julga interessantes e perceber que ninguém quer ouvir.      (Na polarização atual, um exemplo seria uns professores de história querendo colocar fatos relevantes do passado que nos impactam no presente e serem taxados de comunistas, ou seja, querem desqualifica-los sem entrar no mérito da questão)

         Para ter voz e vez:   “Melhor alinhar suas habilidades com as práticas sociais autorizadas, legítimas e consagradas”.    E seus saberes e discursos com o que a sociedade espera ouvir.   Porque o aplauso alegra.   Pelo menos por alguns segundos...

         Jogar pra torcida arranca aplausos, mas...

         “Afinal, alinhar-se com a sociedade injusta em busca de uma vida boa parece indigno”.

         Para os inconformados, esta vida boa seria bem outra.  Desalinhada  (coisa do que chamam de bicho grilo).    Num processo transformador.   Num movimento revolucionário.    “Mas este é tema para outro curso e para outro livro.     Uma reflexão sobre outras sociedades possíveis.

         Capítulo 10 – Vida Intensa -   “Intensidade.   Atributo da vida boa.   Tão boa que você não dá conta de ter vivido.   A relação vivida com o mundo satisfaz tanto que não cogita outra.    “Na intensidade, desaparecem o passado e futuro.    Porque a vida se reconcilia com o presente”.

         Sociedade e Referências Supra Celestes     -   Classificar períodos da história é construção humana e não é neutra em termos de interesse.

         “Classificar períodos é apresentar-se como legítimo para falar deles.  E condenar adversários à ilegitimidade”   ....”garantir certa reserva de mercado”.

         “Vejam os pós Modernos.   Únicos autorizados a falar do Pos Moderno.    ... Por que nomear é, de certa forma, fazer existir”.

         “E autorizar-se a discorrer sobre.    Com maior ou menor legitimidade”.

         Segundo o autor deste livro, foi Descartes que criou o sistema de coordenadas geográficas de paralelos e meridianos para localizarmos pontos no planeta.    “Ter a autorização social para interpretar a vontade de Deus não deve ser nada mal”.     “Essa luta recebeu o nome de Reforma.   Travada por contendores hábeis em fundar suas intepretações em fina teologia.    E assim, o que era vontade de Deus antes, deixou de ser.    E o que era pecado, também deixou de ser.   Ao menos para alguns.

 

        

         Continua no capítulo 13/13 (final)