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sábado, 21 de janeiro de 2023

Cap.03/20 - fichamento - livro - COMO AS DEMOCRACIAS MORREM - Autores Professores de Harvard - STEVEN LEVITSKY & DANIEL ZIBLATT - 2018

capítulo 03/20

  

         ..."os assassinos da democracia usam as próprias instituições da democracia - gradual, sutil e mesmo legalmente - para matá-la".

Os USA em 2016 e o fracasso ao eleger Donald Trump. Falhou o partido dele, o Republicano e falharam os eleitores.

         Eles (USA) tem há mais de dois séculos o sistema de freios e contrapesos que ajudaram a suportar importantes turbulências como a Guerra Civil, a Grande Depressão, a Guerra Fria e o caso Watergate.   Os autores entendem que se projeta para o governo Trump a salvaguarda da  democracia pelo sistema de freios e contrapesos que possuem.  (livro de 2018).

         Eles atribuem boa parte do sucesso na defesa da democracia aos freios e contrapesos, normas que para eles já se tornaram “como naturais”:   a tolerância mútua, ou o entendimento de que as partes concorrentes se aceitem umas às outras como rivais legítimas e a contenção, ou a ideia de que os políticos tem que ser comedidos.

         Os dois principais partidos dos USA, o Republicano e o Democrata, são bastante sólidos e vem se alternando no poder periodicamente.

         No caso do Brasil fica mais difícil inclusive pelo elevado número de partidos políticos.

         Lá eles tem questões se agravando em termos de raças e culturas.

         ...   “E, se uma coisa é clara ao estudarmos colapsos ao longo da história, é que a polarização extrema é capaz de matar  democracias”.    

         “Contudo... nos ensinam que a polarização é capaz de matar as democracias, elas também nos ensinam que esse colapso não é inevitável nem irreversível”.

         ... “Porém proteger nossa democracia exige mais do que medo e indignação.”

         Capítulo – Alianças Fatídicas

         Em 1922 o rei da Itália convidou Benito Mussolini para seu primeiro ministro.    Mussolini e sua vestimenta preta.    Ele tem uma legião de seguidores paramilitares, em torno de 30.000 pessoas empobrecidas e revoltadas.    A chegada de Mussolini para a posse criou uma enorme expectativa inclusive nesses seguidores.

         “Bandos de fascistas perambulavam pelas ruas de Roma”.     Mussolini disse ao rei que estava vindo do campo de batalha e que atravessou o Rubicão...   (ficou essa frase na história com seu significado...).  Um marco do fascismo na Itália.

         “Mussolini fez sua parte para sacralizar o mito”.     Fez a chegada triunfal para sua posse se parecer com um ato de “revolução”.

         A Itália de 1922 em má situação econômica, agitação social, os esfomeados fascistas de fardas como paramilitares.    E o rei ainda por cima, com o medo do comunismo.

         Mussolini engajou os fascistas e deu segurança aos políticos e aos investidores.   Uma solução de curto prazo.    Os caciques políticos da época viam Mussolini como “um aliado útil”.

         Os autores citam casos de líderes de esquerda e de direita que chegaram ao poder com apoio popular.  Adolf Hitler, Alberto Fugimori (Peru), Hugo Chávez.    Chegaram ao poder “por dentro”, via eleições e apoio político e popular.

         Os líderes políticos que apoiaram esses “de fora” (outsiders) acreditavam que usariam esses agregadores e voltariam a manter o poder para os caciques políticos num segundo momento.   Não foi o que ocorreu.

         O erro:   “entregar condescendentemente as chaves do poder a um autocrata em construção”.

         Hitler em 1933.   Ele assume o poder.   Alemanha conturbada e tenta alternativas sem sucesso.       “Convencidos de que alguma coisa tem que  dar certo, um conluio de conservadores rivais se reuniu no final de janeiro de 1933 e chegou a uma solução:   é preciso por um outsider popular na chefia do governo.   Esses caciques políticos desprezavam Hitler, mas viam nele alguém com apoio popular.   Pensavam os caciques políticos que depois de controlada a situação, conseguiriam controlar Hitler...

         “Nós o recrutamos para nós mesmos...”.

         Como no caso da Itália com Mussolini, esta também foi uma “aliança fatídica” segundo os autores deste livro.    Situações em que os caciques políticos apostam no outsider (um de fora) e depois perdem o controle e se estabelece uma ditadura.    Buscar cooptar o de fora quando a situação se normalizasse.   Só que na prática a coisa descambou para a ditadura, pro nazismo na Alemanha e para o fascismo na Itália como sabemos.

         “Tipo de barganha com o diabo...”.

 

         Continua no capítulo 04/20