LIVRO VALSA BRASILEIRA leitura 04-03-2021
A
autora, que eu já conheço como assinante da Folha de São Paulo, tem escrito
artigos para jornais sempre esclarecendo o que rola na economia e que afeta
nossas vidas. Ela é Doutora em Economia pela New School for
Social Research e Professora da FEA Faculdade de Economia e Administração da
USP Universidade de São Paulo.
O livro
faz em 190 páginas, um recorte com foco na Economia brasileira do ano 2000 para
cá. Lendo a 9ª reimpressão de 2020
Há um
grupo de trabalho de Macroeconomia da Sociedade Brasileira de Economia Política
– SEP. Destaque para o Professor Fernando Rugitsky.
No livro
ela destaca que publicou artigos na Folha de SP entre 2015 e 2017. (a edição deste livro é 2018 – reimpressão
de 2020 em leitura)
Ela destaca que o fato de ter escrito artigos no
Jornal e leitores comentando agregou clareza aos temas até para ficarem mais
acessíveis aos leitores.
Sobre o
crescimento da economia brasileira nos dois mandatos do Presidente Lula (2003 a
2010) o preponderante teria sido os bons preços das commodities como soja,
minério de ferro etc.
Para
outros, o crescimento foi pelo resultado do tripé macroeconômico adotado nos
anos 90, quais sejam: Regime de metas de
inflação; metas de superavit primário; taxas de câmbio flutuantes.
Uns
defendem que houve exagero do Estado em agir e distribuir renda nos governos da
Esquerda. E os dessa linha defendem a
volta à trilha dos anos 90 com ênfase no tripé citado há pouco.
Outros
entendem que não foi nem pela questão das commodities e nem pelo tripé
macroeconômico. Seria crise de natureza
política. Isto se tratando da fase após
o crescimento da economia nos anos 2000 e seu declínio de 2011 em diante.
Os que
defendem que a crise foi de natureza política, dizem que a economia se
degenerou por... Página 10 – “ propaganda negativa da imprensa, má fé do
Congresso ou até mesmo por um boicote do empresariado financista”. “Nesse caso, não seriam os erros do governo
Lula ou Dilma os responsáveis pela crise, mas, ao contrário, seus acertos, pelo
incômodo que provocaram nas elites econômicas do país”.
(Esta
mesma linha eu encontrei nos dois livros que li do Professor Dr Jessé Souza, da
UFABC Universidade Federal do ABC, livros A Elite do Atraso e A Radiografia do
Golpe – ambos fiz fichamento e publiquei no Facebook e no blog)
10 – Entre
os fatores que explicam o crescimento inclusivo que o país experimentou nos
anos 2000, há um pouco de sorte e alguns acertos. Da mesma forma, entre os fatores que
explicam a desaceleração econômica e a crise que se segue, há um pouco de azar
e erros significativos.
Nos anos
2000 o Brasil conseguiu crescer, aumentar empregos, salários, distribuir renda,
mantendo a inflação sob controle.
Melhorando também as contas públicas.
Os
críticos acharam que o crescimento foi liderado pelo consumo e que não era
sustentável. “Empresários do setor
industrial e boa parte dos economistas defendiam medidas que reduzissem os
custos das empresas nacionais e elevassem sua competitividade diante da
concorrência estrangeira.
11 – “A
presidente Dilma atende tais demandas:
reduz a taxa de juros,
desvaloriza o real e subsidia a lucratividade dos empresários por meio das
desonerações tributárias (redução dos impostos), controle das tarifas
energéticas e crédito a juros mais baixos”.
Pouco
resultado na economia e prejudicou muito as contas públicas.
Daí vem
o impeachment.
Nessa o
Brasil resolveu jogar fora a banheira, a água suja e o bebê, tudo de uma só
vez.
Este
livro vai abordar o chamado Milagrinho de 2006 a 2010 quando o Brasil deu um
passo à frente (daí a Valsa Brasileira
– título do livro)
Mesmo no
ambiente adverso da crise econômica mundial provocada pela quebra das Sub Prime
dos USA que tiveram repercussão mundial provocando queda nas economias, nos
empregos etc.
De 2011
(já com Dilma) a 2014 o governo adotou a “Agenda da Fiesp” – redução de juros,
redução de tarifas, desoneração tributária etc.
Apelidaram
essa agenda de Nova Matriz Econômica.
Representou na Valsa citada pela autora, no passo para o lado.
Continua
no capítulo 02/20 (um capítulo por dia
corrido)