Autor: Emílio Odebrecht 2023
Capítulo 01/25 maio de 2023
O livro consta como editado em janeiro de 2023 mas chegou
nas lojas em maio de 2023, portanto comprei no pré lançamento.
Na capa do livro de 315 páginas, há o complemento do título
do livro: “Como a Lava Jato agrediu a
soberania nacional, enfraqueceu a indústria pesada brasileira e tentou destruir
o Grupo Odebrecht”.
O prefácio é do Diplomata Rubens Ricupero. Cita:
Prefácio (ou A Demolição do Futuro...)
Fala dos artigos e mesmo livros editados no calor da hora e
também filmes, séries etc tratando da Lava Jato.
O que falta é livro de juristas que tenham se debruçado na
parte legal do que ocorreu. Abordagens
geralmente com decisões precipitadas é o que se tem disponível por aí.
“A impressão que se retira da leitura da massa de material
acumulado é de que as pessoas se definiram desde os primeiros momentos”.
Novas revelações que foram surgindo em geral não mudavam
mais a posição tomada pelas pessoas em relação ao caso.
Artigos e livros traziam mais “narração de eventos e a
descrição dos personagens do que raras discussões de caráter analítico, de
busca de explicações...”
Não abordaram algo que seria relevante: “A disputa dos
partidos para financiamento das campanhas eleitorais...” ...”que, ao meu ver, explica muito do
que sucedeu”.
É notório que a sociedade tem noção dessa questão dos financiadores
e há omissão em torno disso.
“Sua omissão sugere que não se quis ou não se pode apontar o
dedo para a causa verdadeira do escândalo, que se localiza no coração do
sistema político-eleitoral”.
PF Polícia Federal e MPF Ministério Público Federal se
debruçaram nos fatos em si próprios... “sem
maiores indagações a respeito das causas profundas”.
Algo mais profundo se chegaria não só no “como ocorreu”, mas
também ao porquê de tudo o que ocorreu”.
(página 17)
O Ricupero diz que ainda não temos sobre a Lava Jato uma
abordagem histórica, mais aprofundada.
Ricupero no prefácio lança perguntas e desafio de se buscar
respostas.
“De qualquer forma, faltava até aqui uma condição
indispensável e que sequer tem sido mencionada pelos aderentes à versão da acusação: A voz e os pontos de vista da defesa, dos
que foram acusados, presos, condenados pelos alegados delitos”.
Vasto material disponível com a versão da acusação e quase
nada da defesa, que não tem sido ouvida.
Raras exceções no caso são as defesas de Lula e alguns
políticos cujos correligionários buscaram dentro do possível trazer algo da voz
da defesa.
A imprensa se limitava a dizer que questionou os acusados,
mas na base só protocolar pra dizer que ouvia os dois lados.
“A isenção verdadeira, a imparcialidade da presunção de
inocência exigiria oferecer aos acusados espaços e meios de exposição iguais
aos da acusação, o que na prática jamais ocorre”.
Segue no capítulo 02 de 25 (estimativa de 25 capítulos)