RESENHA DE PALESTRA
- HISTÓRIA DAS LUTAS NO PARANÁ
Anotação
pelo Eng. Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida
Palestrante: Professor e pesquisador em História – Aimoré
Índio do Brasil Arantes – de Curitiba – PR
Ele tem foco de pesquisa em Movimentos Sociais, conflitos,
etc.
Local da palestra:
auditório do SENGE Sindicato dos Eng do Paraná – Curitiba - 24-03-2017
No senso comum é usual as pessoas acharem que o povo
paranaense era e é pacato e não propenso a embates. O professor que é um estudioso do assunto
mostra dentro de certa cronologia que essa visão não corresponde à verdade dos
fatos históricos.
Ele disse que comumente as pessoas requisitadas para cuidar
pelo Estado, do patrimônio histórico do Paraná, geralmente era formada em
arquitetura, numa visão mais das edificações a serem preservadas. Em certo momento o professor, com sua
formação de historiador, passou a integrar a entidade que cuida do Patrimônio
Histórico no Paraná e começou a levantar outras abordagens que interagem na história
do Paraná.
Destacou que o viés da história do Paraná visto nos livros
de história é sempre tacanho. Já
começa pelo fato da história oficial colocar o começo do Paraná com a vinda do
colonizador europeu, omitindo de certa forma os índios que habitavam pelo
estado.
Tratado
de Tordesilhas – Pelo tratado entre Portugal e Espanha, praticamente todo
território hoje do PR era domínio espanhol.
Os colonizadores conquistaram as terras do PR aos espanhóis na base do
embate, do conflito.
1828 quando começou a chegar por aqui imigrante “alemão”, na
verdade vieram povos germânicos diversos.
Destacou que apenas em 2001 através da lei estadual 13.381
de dezembro de 2001, o PR passou a dar atenção à história do estado e cobrar o
estudo dela nas escolas. Ou seja, uma preocupação recente. Antes a história era feita das “verdades”
das elites econômicas e dos governantes.
Hoje ela busca levar em conta também a faceta dos empregados, dos
governados como um todo.
O primeiro ouro encontrado no Brasil foi na Baia de
Paranaguá-PR. Em decorrência disso,
Portugal mandou construir nessa cidade a primeira fundição de ouro da então
colônia. Há ainda um pelourinho em
Paranaguá-PR.
Como pesquisador afirma que na literatura espanhola não
existe a figura do branco e glamuroso bandeirante paulista. Na verdade o bandeirante é o mameluco
paulista. Ele, pesquisador, andou
lendo o testamento de alguns bandeirantes, sendo que estes tinham poucos bens,
geralmente traias de casa e pouco mais.
As roupas das ilustrações eram parte do ufanismo e desejo de conquista,
de poder, dos paulistas de então.
Forte da Ilha do Mel.
Citou episódios de defesa da costa do Paraná inclusive através do citado
forte que ainda existe na ilha.
Citou de passagem o poder e ação do latifundiário Afonso
Botelho de Souza e seus domínios nos campos de Guarapuava. Os campos eram valorizados porque tinham
pastagem natural sem precisar derrubar matas e isto favorecia a criação
extensiva de gado e muares para trabalho, muito valorizados na fase longa do
tropeirismo. (continua...) clicar no local indicado para continuar a ver o texto.