Total de visualizações de página

Mostrando postagens com marcador marajá; Kapurthala. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador marajá; Kapurthala. Mostrar todas as postagens

domingo, 31 de julho de 2022

CAP. 19/22 - fichamento do livro (romance histórico) PAIXÃO ÍNDIA - autor: Antropólogo e escritor JAVIER MORO

CAP. 19/22

 

         Karan, jovem, opina que a guerra na Europa é uma fraqueza dos brancos e que poderá repercutir na Índia colonial e esta pode ter que se emancipar e tocar a vida por si.   O marajá, seu pai, achou que isso nunca iria acontecer.

         Os rajás indianos que tanto contribuíram no esforço de guerra junto à Inglaterra, reivindicam a autogestão da Índia (com eles no poder).   Os ingleses estudam uma forma de emancipação da Índia em seu parlamento.

         Difícil conciliar as opiniões de mais de quinhentos príncipes (rajás, marajás, nababos) indianos nessa direção da autogestão com eles no comando.

         Os rajás não aceitam a ideia de ter na Índia uma Câmara onde dividirão o poder com plebeus.

         Novembro de 1918.   Fim da primeira guerra mundial.   Fim da guerra e agora  o vírus da gripe espanhola.    (gripe mortal que surgiu em front de guerra e não na Espanha em si, mas por ter sido este país onde as informações circulavam de forma mais aberta, a gripe foi mais discutida e então acabou que o mundo passou a chama-la de gripe espanhola).

         A gripe espanhola matou no mundo 40 milhões de pessoas.   Número mais de três vezes o de mortos na primeira guerra mundial. (1914-1918)

         O rajá ao fim da guerra está com seus filhos em casa.   Há atritos sobre como fazer a gestão local e o rajá não repassa tarefas administrativas ao filho herdeiro do trono para este não querer precocemente tomar todo poder para si.

         O filho Karan é engenheiro agrônomo (formado na Inglaterra) e passa a executar tarefas do seu ramo no reino.    Consegue convencer o pai a formar uma cooperativa agrícola e um sistema prático de crédito para os agricultores.   Em vinte anos a renda per capita de Kapurthala duplicou.

         O rajá foi convidado a ir à França para a grande solenidade do Tratado do Armistício e fim da guerra.  Evento no Palácio de Versalhes.

         O rajá e seus filhos com ideias novas e influência europeia fazem obras inclusive de saneamento em suas terras.   Nas edificações, vários estilos.

         A rica região do Punjab na Índia, sofrendo com a guerra, viu a pobreza aumentar e os assaltos se multiplicarem por dez.   Se bem que assalto antes por lá eram irrisórios.   Muitos assaltos eram praticados com soldados maltrapilhos e na miséria, que assaltavam para sobreviver após retornarem da guerra na Europa.

         Anita se arrisca nos passeios a cavalo que ao longo do tempo lhe permitiu conhecer a vida das pessoas simples, dos camponeses.

         Ela anda a cavalo inclusive esperando encontrar Karan com quem ela tem um bom diálogo.   Ela lhe repassa dados interessantes sobre o povo simples da região.

         Karan é o único da família que gosta de se misturar com gente do povo.

         Karan é um estranho entre os seus familiares.

         Ele estudou na Universidade de Cambridge na Inglaterra.

         A pedido de Karan, pela primeira vez Anita vai visitar o palácio onde moram as outras esposas do rajá, dentre elas, Rani Kanari.    Rani já há tempos, pela solidão, caiu no alcoolismo.

         Em 1919 após o fim da guerra e em plena gripe espanhola, Anita está em Paris e vai tentar reencontrar a irmã Vitória.  Recebe a notícia que esta, mais dois dos seus quatro filhos, morreram da gripe.   Anita fica desolada.

         A funcionária do prédio onde Vitória morava recomendou a Anita para sair de Paris o quanto antes por causa da gripe.

         O marajá, marido de Anita está em Versalhes para o Tratado do Armistício.   No evento, o presidente da França, Clemenceau, acompanhado de autoridades como o presidente Wilson dos USA, do Primeiro Ministro Lloyd George da Inglaterra.    Todos reunidos no Palácio de Versalhes na ampla sala chamada de Galeria dos Espelhos.   (sala de 73 m por 10 m).

         Os primeiros  a assinar o livro foram dois oficiais militares alemães, num silêncio do momento.   A cerimônia em si foi curta.  Foi depois celebrada pelo povo na França e mundo afora.

         Houve cerimônia do Armistício primeiro em Paris e depois em Londres.  Kapurthala recebeu a honra de poder nas suas cerimônias, passar a dar 15 tiros de canhão, sendo que antes eram 13 tiros.  Subiu de status.

         Nesse tempo Anita viajou para Malaga na Espanha para reencontrar os pais.    Diante das perdas, Anita passa a se apegar ao lado religioso e orar muito.   Ela deixa os dois sobrinhos com seus pais e garante os custos destes ao longo dos tempos e depois parte para Londres para reencontrar o rajá.

         Visita seu filho que estuda em Londres e o garoto não gosta muito dos estudos e reclama do rigor do frio da Inglaterra.   Anita sente ali que tem uma família infeliz como ela.

         Anita chegou a imaginar como teria sido sua vida com o então jovem pintor Anselmo, seu primeiro amor.   Supõe que poderiam ter vivido uma vida simples e feliz, quem sabe.

         Anita percebe que está ansiosa para voltar para a Índia para rever Karan, um dos seus enteados, por quem tem uma grande atração.

         Um amor impossível e uma traição ao seu marido, se concretizado.

        

                   Continua no capítulo 20/22