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domingo, 4 de outubro de 2020

FICHAMENTO - LIVRO - O MUNDO ATÉ ONTEM - Autor: Geógrafo Americano - Jared Diamond parte 01/20

 

         O autor do livro é Professor de Geografia da UCLA Universidade da Califórnia na cidade de Los Angeles – USA.

         O livro (614 páginas)  é fruto de muitos anos de pesquisa de campo dele pelo mundo tendo contato com povos que ainda se mantinham na condição de caçadores-coletores remanescentes da forma de vida do passado remoto.

         Há povos da América do Sul, dos USA (incluindo Alasca), povos africanos e o foco do trabalho na Nova Guiné onde ele aborda de forma mais detalhada.   Ele como cientista faz observações de campo de pássaros em locais de difícil acesso e pouco explorados pelas pesquisas.

         O autor tem vários prêmios internacionais pela obra, incluindo o Prêmio Pulitzer.

         A Nova Guiné é considerada a segunda maior ilha do mundo e tem floresta tropical e muita biodiversidade.   Fica perto da Austrália.

         No complemento do nome do livro – O Mundo Até Ontem, há a pergunta:  O que podemos aprender com as sociedades tradicionais?    A expressão até ontem, vem de povos do passado que tinham vida tribal e não tinham a figura do Estado e de governo legal.   Ele destaca que no mundo civilizado há a presença do Estado e este tem o monopólio do uso da força inclusive para resolver conflitos na forma da lei.   Quem não tem Estado nem leis, segue costumes até na forma de fazer justiça.

         Página 14 -  O autor chegando ao Aeroporto de Papua Nova Guiné, que tem bandeira com três cores e uma ave do paraiso estampada.   A capital é Port Moresby.    Em 1964 este jovem país ainda era administrado pela Austrália.

         Em 1931 os australianos “descobriram” a Papua Nova Guiné, ocasião em que a enorme ilha tinha aproximadamente 1.000.000 de nativos espalhados por muitas aldeias e usavam ferramentas de pedra.   De 1931 para cá, de roupas feitas de capim, etc. e agora, em tão pouco tempo, se vestem como ocidentais, usam computador e viajam de avião.   Mas muito da vida tribal continua.

         15 – Na chegada ao aeroporto local o autor teve contato com um jovem piloto da Guiné que estava levando o avô dele para voar pela primeira vez.    O avô estava abismado com a expectativa.  Isto em 2006.

         Em 1931 as tribos das terras altas da ilha (lá tem montanhas até de altura próxima de 5.500 m) viviam principalmente da caça e coleta e não conheciam a escrita, não usavam moeda, etc.   Muitas tribos, muitas línguas e dialetos.

         Em 1931 não haveria obesos lá e hoje (2006) já tem pela adoção de alguns costumes dos povos ocidentais.    Esse povo em 75 anos teve que ultra acelerar o ritmo para chegar na atualidade com certa sintonia com o mundo e vida modernos.

         18 – O mundo há 6 milhões de anos  teria começado a ter o ser humano com a forma semelhante à atual segundo a teoria.   Nos mais recentes 11.000 anos começa a haver em alguns pontos, focos de civilização ancorada em Agricultura.  Esta fixa o povo num local, gera estoque de alimentos e permite povoações maiores.

         Um resumo – homem semelhante ao atual -  6 milhões de anos

         O homem e a agricultura – 11.000 anos

         Uso de ferramentas de metal -  7.000 anos

         Primeiro Governo (um Estado formado) – 5.400 anos atrás     

         Primeira escrita – ao redor de 5.400 anos atrás

         Estes povos tribais da Nova Guiné estariam ainda nesse Ontem, tipo 11.000 anos atrás onde ainda o forte era a caça e coleta para sobreviver e não se tinha a agricultura que fixa o homem ao lugar e permite grandes aglomerações humanas.  Disto vem o nome do livro – O Mundo até Ontem.

                   19 – Em 1964 o autor, que é da área da Geografia, então aos 26 anos de idade, fez sua primeira viagem  de pesquisa à Nova Guiné.

         20 – Um dos idiomas locais, o fore. 

         21 – Muita gente no mundo, mesmo na Europa, nascido na década de 1950, viveu a infância em grupos pequenos onde todo mundo se virava por ali mesmo, fazia seus conflitos locais e se ajustava entre si como podia.

         “Ou seja, o mundo de ontem não foi apagado e substituído pelo mundo de hoje:  grande parte do ontem ainda está conosco”.

         22 – Como tratamos os idosos?   No ano de 2008 – Pesquisa sobre publicações científicas da Psicologia.   Seres humanos no campo estudado – 96% eram de países industriais ocidentalizados  (USA, Europa, Austrália, Nova Zelândia e Israel).    68% era dos USA.   Até 80% eram alunos de psicologia os consultados nas pesquisas.    Estes, nem representativos da comunidade são em termos estatísticos.

         22 – Os cientistas denominam isso pela sigla WEIRD – Sociedades Ocidentais, educadas, industrializadas, ricas e democráticas.     (e o termo weird também significa estranhos)

         Ou seja, usam em pesquisa povos que não representam o mundo em si em termos de tipos humanos.

         Muitas outras sociedades, inclusive as mais primitivas,  tem muitas soluções diversas para problemas do povo e devemos ter isso em conta.

         Nossa sociedade moderna tem grandes méritos, mas também temos hábitos que não são bem adequados a uma vida saudável.

         24 – Estados não podem alimentar seus povos de caça e coleta.  Tem que criar e plantar.    Hoje há países em que só 2% do povo faz a produção de alimentos e os demais fazem outras atividades.  (ex.  USA)

           Continua no capítulo 02/10   .......

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

RELAÇÃO DE LIVROS LIDOS - setembro de 2020 - (Tenho listados e feito fichamento de todos desde 1994)


Leitor:   Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida    

Lista 1 (anterior)    julho de 1994 a junho de 2017

Lista 2 – atual – de junho de 2017 até setembro de 2020

(foi feito fichamento de leitura de todos os livros desde julho de 1994)

01     Rota 66                         Caco Barcelos               06-17

02     Para Educar Crianças     Chimamanda                 09-17

03      A Origem do EI E. Islâmico – Patrick Kockburn    10-17

04      Manuscrito de Accra      Paulo Coelho                 11-17

05      Madame Bovary            Gustave Flaubert            12-17

06      Sapiens – Uma breve hist..   Yuval N. Harari        12-17

07     Amandine                      Marlena de Blasi            7-18

08     A Grande Aventura dos

         Jesuitas no Brasil           Tiago Cordeiro              10-18

09      Mi País Inventado          Isabel Allende                11-18

10     Boy Erased                    Garrard Conley              02-19

11     O que vem ao Caso        Inês Pedrosa                  03-19

12     Fazes-me Falta               Inês Pedrosa                  03-19

13      Lampião & M.Bonita     Wagner G.Barreira         03-19

14     O Mundo Falava Árabe    Beatriz Bissio               04-19

15     O Mez da Grippe (1918)   Valencio Xavier           07-19

16     Cad.de Memórias Coloniais    Isbela Figueiredo     07-19

17      História do Cerco de Lisboa    Saramago              07-19

18     A Vagabunda                 Gabrielle S.Colette         08-19

19     UFPR Univ.do Mate      Ruy C. Wachowicz        08-19

20     Dom Quixote Americano   Richard Powell           09-19

21     Essa Gente                     Chico Buarque               12-19

22     Rei Lear                         W. Shakespeare             01-20

23     A Exped. Montaigne      Antonio Callado            02-20

24      A Cidade e as Serras      Eça de Queiroz              02-20

25     O Ensino de História      Jaime Pinsky e ou          03-20

          (início da pandemia de covid 19 – março 2020)

26     Reminis. Campinenses (PB)   A.E.de Sousa          03-20

27     A Era do Inconcebível    Yoshua Cooper Rama      03-20

28     Primavera num Espelho

         Partido                          Mario Benedetti             03-20

29     21 Questões p/o Século XXI    Yuval N.Harari     04-20

30     Respiração Artificial      Ricardo Piglia                04-20

31     A Elite do Atraso           Jessé Souza                    04-20

32     Rua XV Curitiba            Roseli Boschilia             04-20

33     O Poder Americano e os

         Novos Mandarins           Noam Chomsky             05-20

34     A Religião e o Desenv.

         Econômico do BR          Edinaldo Michellon        05-20

35      Dias de Inferno na Síria   Kaster Cavalcanti          05-20

36     Desonra                         J.M. Coetzee                  06-20

37     Homo Deus                   Yuval N. Harari             06-20

38     Capitães da Areia           Jorge Amado                 06-20

39     Sem Gentileza                Futhi Ntshingila             07-20

40     O Capital no Séc. XXI    Thomas Piketty              08-20

41     Os Parceiros do R. Bonito  Antonio Candido        09-20

42     O Mundo até Ontem      Jared Diamond               09-20

terça-feira, 22 de setembro de 2020

MAIS UMA DA SÉRIE NARRADOR DE CARTUM - SOBRE A FALA DO PRESIDENTE NA ABERTURA DA ASSEMBLÉIA DA ONU - SET/2020

  Hoje (22-09-2020) nosso Presidente, seguindo uma tradição, vai falar na abertura da Assembléia da ONU, que este ano completa dia 29-09 seus 75 anos.

O que seria hoje o mais célebre cartunista do Brasil, Laerte, coloca o seguinte cartum ou charge na Folha de São Paulo sobre a suposta fala do presidente, já antes da fala em si.
Coloca o presidente com faixa e tudo frente ao microfone para a fala. A imagem está numa TV à vista dos expectadores. Ao lado, a imagem do símbolo da ONU que envolve dois ramos e um plano do mapa mundi.
No mapa mundi, uma fumaça saindo do Brasil, o que tem o respaldo da realidade.
E na imagem da TV, o presidente abre a fala dizendo algo como: Nós estamos no BR cuidando muito bem do Meio Amb... coff...cofff... e uma fumaça no ambiente da fala, vinda da Amazonia e Pantanal em chamas.
É o que tem pra hoje, infelizmente.

domingo, 20 de setembro de 2020

FICHAMENTO DE LEITURA - O CAPITAL NO SÉCULO XXI - Autor: Thomas Piketty - Ed. Intrínseca - RJ 2014 cap 1/20

1/20         Fichamento pelo leitor – Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida  -  agosto/20

         Autor do livro:  Thomas Piketty – editora Intrínseca -  672 p 

                 Na introdução o autor faz uma série de agradecimento à equipe de pesquisa que ele lidera, numa atitude bacana.    Foram quinze anos de pesquisa (1998 a 2013)

         Começou com o estudo sobre a desigualdade na França, sua terra, e depois foi expandindo com seus colaboradores a pesquisa para mais de 20 países.

         O autor é Diretor Acadêmico da École Des Hautes Études em Sciences Sociales desde o ano 2000 em Paris.

         Abrangência do estudo:   três séculos.

         Página 9 - ...” não conseguiram evitar o apocalipse marxista...”

         Taxa de remuneração do capital, no início do século XIX ultrapassa a taxa de crescimento da produção e da renda.  Isto ocorreu no século XIX e tende a voltar a ocorrer no século XXI.

         Nesse caso o capitalismo produz automaticamente desigualdades insustentáveis, arbitrárias...

         Ele provoca:    Um debate sem fontes? 

         10 – Cita Balzac que em seus romances acabava dando pistas da distribuição da riqueza em seu tempo e das injustiças sociais.

         10 – Interdisciplinar o estudo da riqueza, etc.  E todos tem o direito de atinar sobre o tema.

         “A democracia jamais será suplantada pela república dos especialistas – o que é muito positivo”.

         11 – Malthus, Young e a Revolução Francesa.   Final do Século XVIII, início do século XIX.      Crescimento demográfico sustentado.  Êxodo rural, Revolução Industrial.   Mexeu com a estrutura social, etc.

         12 – Por volta do ano 1700 a França era relativamente populosa com seus 20 milhões de habitantes.  O Reino Unido, 8 milhões e a Inglaterra, 5 milhões.

         Malthus era um Reverendo e publicou ensaios.   Muitos dados ele coletou das andanças de um Agrônomo que percorreu a França de norte a sul e constatou e registrou a pobreza do povo francês de então.

         As teorias de Malthus causaram susto na nobreza da Inglaterra de 1790, sendo que em 1789 houve a Revolução Francesa por revolta do povo.

         A Inglaterra ficou com medo que isso poderia ocorrer por lá também.

         13 – David Ricardo e sua obra O Princípio da Escassez.

         13 – “David Ricardo e Karl Marx, os dois mais importantes economistas do século XIX.   Notar que era algo de ruptura essa época.   Revolução Industrial, êxodo rural, etc.

         Ricardo, 1817 – preocupação com a renda da terra.   Já Marx tinha foco na renda da indústria  (urbana), dos capitalistas industriais.

         18 – Simon Juznetz no século XX.  Teoria na linha proposta por ele em 1955.   Ele acreditava que as coisas no capitalismo iriam se ajustar em níveis aceitáveis.    Ele estava no período depois chamado de Anos Gloriosos  (1945-1975) do pós II Guerra.  Tempo de paz e prosperidade.   Acreditava-se numa linha que “o crescimento era como a maré alta que levanta todos os barcos...”   (ajudaria todos, patrão, empregado, etc.)

         Ele em trabalho de 1953 publicado, traz para embasar suas teorias, sólidos dados estatísticos.    Primeira fonte – USA, que a partir de 1913 – criou o Imposto de Renda Federal.   Daí, ter série de dados.

         19 – Imposto de Renda Progressivo.   Por volta da I Guerra Mundial.

1913 nos USA, 1914 na França, 1909 no Reino Unido e 1922 na Índia e 1932 na Argentina.

         No século XIX a França tinha um tributo que tomava por base o número de portas do imóvel urbano, já que teria difícil acesso ao capital de cada um.

         Dos dados coletados por Kuznets dos USA:

         USA em 1910, os 10% mais ricos recebiam entre 45 e 50% da renda nacional anual.    No final dos anos 40, os 10% mais ricos passaram a receber de 30 a 35% da renda nacional anual.    

....... prox.  Cap.  02/20 

FICHAMENTO DE LEITURA - O CAPITAL NO SÉCULO XXI - Autor: Thomas Piketty - Ed. Intrínseca - RJ 2014 - cap 2/20

 

Capítulo 2/20

Pelo leitor Orlando Lisboa de Almeida – Eng.Agrônomo

...... A renda, nos USA, no período de 1910 ao final dos anos 40 caiu para todas as faixas de público em decorrência da depressão dos anos 30 com o crash da Bolsa inclusive. Efeitos da I Guerra Mundial também.

A queda na renda foi provocada e não foi espontânea.

Analisando o trabalho de Kuznetz, cita que o referido supõe de uma forma “quase ingênua” que a curva teria forma de sino e se auto corrige.

Página 21 - Depois constata que Kuznetz manteve esse otimismo, que a disparidade na distribuição da renda se corrigia por si só para não desanimar países em desenvolvimento do ‘mundo livre”. Ou seja, queria todos pro USA na Guerra Fria.

22 – O autor chama de teoria “mágica” da turma de Kuznetz. (porque sem os eventos da depressão e da Guerra, a concentração da renda tenderia a ser crescente e a curva não cairia para formar um sino..)

Pikkety reforça que o período de melhor distribuição da renda citado no estudo de Kuznetz foi por eventos exógenos – Recessão dos anos 30 e a Guerra quando o Estado adotou medidas para amparar a população.

22 – Recolocando a questão distributiva no cerne da análise econômica. Ele diz que estamos na atualidade vendo novos cenários que não dá para dizer para onde vai a economia mundial. Dúvidas até certo ponto cruciais como as mudanças ocorridas no século XIX.

O Capitalismo financeiro vai dar o tom?

A China e o Banco da China vão dar o tom?

Os Paraisos Fiscais vão dar o tom?

23 – Ele fala dos méritos dos economistas do século XIX ao fazerem perguntas sobre a desigualdade na distribuição da renda de então e procurar entender seus mecanismos. “Demoramos muito tempo para recolocar a questão da desigualdade no centro da análise econômica”

23 – As fontes utilizadas neste livro.

A – Séries de dados que lidam diretamente com a desigualdade na distribuição de renda.

B – Séries de dados que lidam com a distribuição de riquezas.

E a relação entre a riqueza e a renda.

24 – Ele começou aplicando o método de Kuznetz para o caso da França. Publicou seu trabalho em 2001.

24 – Entre 2007 e 2010 com colaboradores, elaborou para países como Reino Unido, USA, Canadá, Japão, Alemanha, Suiça, Espanha, Portugal, China, Argentina, Índia.

24 – Os dados contidos no WTID World Top Incomes Database. Sobre a evolução da desigualdade de rendas no mundo. Dados de renda, capital, juros, etc. Ele usou dados desta fonte também.

27 – Dados relevantes do estudo do autor vem dessa fonte.

29 – Forças de convergência, forças de divergência. Comportamento das rendas, se concentram ou se distribuem...

31 – A força fundamental da divergência: r > g.

34 – O banco de dados maior se refere ao Reino Unido e a França que foram no século XIX as maiores potências coloniais e tinham dados que se tornaram disponíveis para análise.

35 – Fase importante do mundo. 1870-1914 - Uns chamam de primeira Globalização Financeira e Comercial.

Ø Lâmpada elétrica; viagens transatlânticas; cinema, rádio, automóvel.

A França em dois séculos mudou pouco sua população, de 30 para

60 milhões de habitantes. Os USA, da Independência para cá, saiu de 3 milhões para 340 milhões de pessoas. Ao se comparar dados de ambos, tem que levar isso em conta.

36 – Emergentes como China, Índia e Brasil hão de sofrer tanto os efeitos da desaceleração do crescimento demográfico quanto da redução no ritmo de expansão econômica.

36 – Revolução Americana 1776, instituiu o princípio republicano mas deixou a escravidão prosperar por mais 100 anos. Também deixou a discriminação racial continuar por quase mais dois séculos.

Diferentemente a França, em 1789 já pela Revolução Francesa, colocou a igualdade de direitos desde então.

 

      ........... prox. Capítulo  03/20

FICHAMENTO DE LEITURA - O CAPITAL NO SÉCULO XXI - Autor: Thomas Piketty - Ed. Intrínseca - RJ 2014 cap. 03/20

 

Capítulo 3/20

Página 37 – O autor deste livro nasceu em 1971. Publicou o livro com 49 de idade. Ele lembra que estava com 18 anos em 1989, ano do bi centenário da Revolução Francesa; ano da Queda do Muro de Berlim e da derrocada da URSS.

Ele se coloca contra o comunismo.

37 – “O que me interessa é contribuir... para o debate sobre a organização social, as instituições e as políticas públicas que ajudam a promover uma sociedade mais justa”. ... estado de direito... debatidas de maneira democrática”.

Ele aos 22 anos de idade, já tendo doutorado, chegou a lecionar numa universidade em Boston nos USA. Regressou para a Europa aos 25 anos (ele é francês). Não foi convencido pelo trabalho acadêmico dos Economistas americanos. Reclama que o pessoal fica naquela de uns cálculos matemáticos e teorias abstratas, sem aproximação com as ciências sociais e a evolução histórica.

38 – Diz que na França os economistas não se sentem os tais e não são tão cobrados.

39 – “Na realidade, a economia jamais deveria ter tentado se separar de outras ciências sociais...” Não há como avançar sem saber o que se passa em outras áreas.

Ainda na introdução (que vai até a página 45), destaca que na parte final do livro (de 560 p) será abordada inclusive a “degradação do capital natural”.

41 – Ele diz da “ambição” do título O Capital no Século XXI e afirma que ficaria mais pragmático ser O Capital no Alvorecer do Século XXI. E destaca: ...”a história sempre inventa seus próprios caminhos”.

Capitulo 1 - Renda e Produção

45 – Em 2012, greve numa mina de platina na África do Sul, empresa de uma companhia inglesa. Deu polícia e na repressão esta atirou contra os grevistas e matou 14 deles.

Relembra casos nos USA e na França entre 1886 e 1891 com força policial matando grevistas.

Pergunta: Será que o confronto se estenderá ao século XXI entre capital e trabalho?

Sub título - A divisão do capital- trabalho no longo prazo: não tão estável.

47 – No passado a academia supunha que a renda dividida entre capital e trabalho tinha uma certa estabilidade no patamar: 2/3 para o trabalho e 1/3 para o capital.

48 – Alguns eventos da onda conservadora que virou o jogo a favor do capital:

A) – Revolução conservadora anglo saxã de 1979 – 1980.

B) - O desmonte da URSS (1989-1990)

C) - a globalização financeira e desregulamentação dos mercados – 1990-2000.

O capital reconquistou níveis de resultados mais favoráveis para si que não ocorriam desde 1913. Há um século o capital mais destacado era o fundiário.

Já neste início de século XXI são: o capital imobiliário; o capital industrial; o capital financeiro e há quem acrescente o capital humano.

49 – A noção de renda nacional - PIB (Produto Interno Bruto) menos a depreciação dos fatores de produção. Em estudos macro, a depreciação no caso pode ser medida como 10% ao ano do PIB.

Então temos o PIB – depreciação = PIL Produto Interno líquido.

Ou Renda Interna . Depois de ter a renda interna de um país, soma-se a renda que o mesmo aufere no exterior.

50 – No tempo do Colonialismo praticado pela Europa ela era o dominador. Hoje ela se vê, em termos econômicos, como parte dos países “dominados” em termos econômicos. Na França há a crença de que o país é refém de Fundos dos USA e do Banco da China. Não é verdade.

Pensa-se que os USA em termos de capitais estaria nas mãos de japoneses e alemães, o que também é mera crença.

Hoje a desigualdade está mais dentro dos próprios países do que entre eles. (o autor tem dados que respaldam essas posições)

51 – Renda Nacional = Produção Interna + renda líquida recebida do exterior. Já no âmbito mundial, temos que Renda Mundial = produção mundial.

 

............ continua no cap. 4/20

FICHAMENTO DE LEITURA - O CAPITAL NO SÉCULO XXI - Autor: Thomas Piketty - Ed. Intrínseca - RJ 2014 - cap. 4/20

 Capitulo 4/20

Leitor: Eng. Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida – Curitiba PR

Página 56 - Capítulo: O que é o Capital? A razão capital / renda

Países ricos como França, Reino Unido, Alemanha, Itália, USA e Japão, a renda nacional é de aproximadamente 30.000 a 35.000 euros/ hab.

(posição de 2010)

A riqueza privada desses países fica na faixa de 150.000 a 200.000 euros/habitante. A riqueza privada média desses países gira em torno de 5 a 6 anos da renda.

Letra Beta expressa a razão capital/renda.

Beta maior que 6 na Itália e Japão. Beta menor que 5 nos USA e Alemanha.

Por se tratar de médias, elas não dizem muito sobre a disparidade interna da distribuição de rendas nos países citados.

57 – A primeira lei fundamental do capitalismo. Alfa = r x Beta

Associar o estoque de capital e seu fluxo de renda. r é a faixa de remuneração média do capital. Exemplo. Se Beta = 600% e r = 5% alfa será 30%.

58 – “A taxa de retorno médio das ações em bolsa chega a 7-8% ao ano durante períodos longos em vários países”. A faixa de retorno dos imóveis e dos títulos raras vezes superam 3 a 4% ao ano de taxa de retorno.

Taxa da dívida pública comumente é menor que 3% ao ano por potencialmente ser de menor risco.

59 – Rendimento; remuneração do capital no passado: ao redor de 5% ao ano. Em média, em 20 anos, o rendimento soma igual ao capital.

1000 euros aplicados em 20 anos ao final – espera-se 2.000 euros.

Imóvel no século XXI tem dado rendimento de mais ou menos 5% ao ano. Pode ser aluguel, por exemplo. Exemplo. Apartamento de 500.000 reais x 5% ao ano = 25.000 de aluguel por ano – aprox.. 2.000/mês.

60 – O retorno sobre o capital investido numa empresa costuma ser maior porque o risco é maior. Retorno esperado do capital investido em 12 a 15 anos, o que dá um rendimento médio anual de 6 a 8% a.a.

61 – A contabilidade nacional: uma construção social em andamento.

62 – Comparar as riquezas e a rivalidade Reino Unido x França, rivalidade essa que sempre existiu.

63 – “Imperfeitos os balanços...o capital natural e os danos ao meio ambiente são mal contabilizados”. (Se fossem contabilizados corretamente estariam se auto denunciando – destaco como leitor)

63 – Dados da renda per capita, etc. são sempre estimativas e não uma certeza matemática.

64 – A divisão mundial da produção.

Entre 1900 e 1980 a Europa e América eram responsáveis por algo em torno de 70 a 80% da produção mundial de bens e serviços. Caiu a partir dos anos 1970-1980. Em 2010 caiu para 50%. Destes 50% a metade é da Europa e outra metade da América.

Essa queda tende a ser ainda bem maior no século XXI e chegar ao patamar de 20 a 30% da produção mundial de bens e serviços. A referência é a queda em relação ao século XIX.

65 – A população da Europa era em 1913, 26% da população mundial e em 2012 caiu para 10%.

Dos Blocos Continentais aos Blocos Regionais

Os USA nos anos 1950/1960 tinham aproximadamente 40% do PIB mundial. Para analisar a desigualdade o autor diz que fica melhor fazer o grupamento em blocos regionais e não continentais.

67 - População mundial em 2012 próxima de 7 bilhões. PIB do mundo perto dos 70 trilhões de euros. Média mundial de 10.000 euros por habitante. Aplicando 10% de depreciação do capital e depois dividindo a renda média anual dá 760 euros/pessoa/mes em média.

USA e Canadá tem renda média anual de 40.000 euros.

A América Latina, média anual de 10.000 euros.

A China – média de 8.000 euros/habitante/ano.

Japão – média de 30.000 euros/habitante/ano

MUNDO – média de 10.100 euros/habitante/ano.

69 – A desigualdade mundial está na casa de 1:20, ou seja, os mais pobres, média de renda de 150 euros em média por mês e os mais ricos, média de 3.000 euros por habitante por mês.

As médias mais baixas estão na África Subsaariana + Índia, entre 150 e 250 euros/habitante/mês em média.

Os mais ricos – Europa Ocidental + USA + Japão. Média de 2.500 a 3.000 euros/pessoa por mês.

MUNDO – média mensal de 600 a 800 euros/habitante/mês.

 

................ prox. Capítulo   5/20