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segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

CAP. 13/20 - fichamento - livro - O PODER DA CHINA - autor: empreendedor brasileiro - RICARDO GEROMEL (2019)

 CAP. 13/20           (leitura em dezembro de 2020)

         A Alibaba prefere não ser dona dos produtos que comercializa.  Ela prefere ser o elo de ligação entre os que vendem e os compradores.

         No caso da americana Amazon ela tenta ser dona do produto e chegar até o cliente na outra ponta.   Ser a ponta vendedora e a logística de entrega, esmagando os concorrentes menores.

         Num só ano a Alibaba transacionou produtos (como intermediária) no montante de 768 bilhões de dólares.   Meta para 2020:   1 trilhão de dólares.     São 100.000 empregos diretos e estima-se que em 2018 sejam 40 milhões de empregos indiretos dela.   São 10 milhões d clientes vendendo seus produtos por meio da Alibaba.

         Filme bancado pela Alibaba que já ganhou Oscar – O Guia – Green Book.    Ela tem estúdio cinematográfico em Pasadena na Califórnia – USA.

         Alibaba Pictures.   Filmes e entretenimento para manter os usuários mais tempo na plataforma deles.   Mais curte, mais realiza negócios via Alibaba.     O CEO da Alibaba afirmou:   “Quanto mais os usuários estão em nossa plataforma, mais eles gastam”.    ...”os dados serão o petróleo do século XXI”.     O negócio é conectar clientes e coletar dados.

         O Youtube da China é o aplicativo YOUKU da Alibaba, assim como eles tem o AMAP que é similar ao Google Maps.

         O Alibaba tem aplicativo para os pequenos lojistas, ajudando-os a controlar estoques, finanças etc.    O Alibaba repõe o estoque do comerciante parceiro em menos de dois dias.   Atende assim mais de 6 milhões de lojinhas de rua.   O Alibaba tem ao redor de 2.000 funcionários em contato com os pequenos lojistas para ensina-los a usar o aplicativo e incrementar seus negócios por meio deste.     Já conseguiram ao redor de 10% dos lojistas do mercado delimitado como meta.

         TAOBAO -  você vê alguém com uma camisa bonita e se interessa por uma igual.  Você pode fotografá-la, fazer busca no Taobao e este indica onde encontrar o produto, quanto custa e sistema de entrega.

         “Nunca foi tão fácil comprar”.   Comumente o produto chega no mesmo dia ou no dia seguinte ao comprador.

         Como surgiu o Taobao.    Início em 2003.   No tempo do Alibaba pequeno e sua luta contra o eBay que então tinha 85% do mercado na China.     Nessa época o eBay estava investimento pesado para se consolidar naquele país.

         Ma do Alibaba sabia que o comerciante chinês fica na tela da TV e pouco na internet (em 2003).   Então Ma focou suas propagandas na TV enquanto a eBay com seus altos executivos americanos que não conheciam os hábitos chineses, replicavam na China o modo de operar e de fazer propaganda nos USA, lançando propagandas na internet e os potenciais clientes na tela da TV.     Nessa o Alibaba chegou aos clientes pela TV, ultrapassou a eBay e com o tempo esta tirou o time de campo naquele país.

         Taobao  (caçando tesouro).

         151 – Tmall ou Taobao Mall do Grupo Alibaba.   Lançado em 2008.

         Um dos fatores de sucesso do e-commerce na China.   Pequenos empreendedores, enfrentam imóveis pequenos e caros, sem lugar para estoques.   A solução é usar a internet para repor estoque com agilidade e também buscar clientes pela internet, mesmo que seu ponto de localização não seja tão comercial.

         A internet eliminou muitos intermediários que encareciam os produtos e requeriam “pontos comerciais” bem localizados para acesso direto ao público, o que é raro e caro.

         O Alibaba tem o TMall Global, focado no exterior e tem sistema rápido de tramite aduaneiro/alfandegário.

         Dica aos empreendedores brasileiros – A China hoje tem uma enorme classe média com bom potencial de consumo.  Ela já compra do Brasil inclusive produtos como café, salgadinhos, nozes, suco, mel, ração para pet, sapatos, acessórios etc.     É só colocar as mercadorias no porto de embarque e o Alibaba cuida do resto.

         151 – Pasmem:   Já há brasileiros atuando como sacoleiros levando produtos daqui para vender na China.   Lá eles colocam na internet e vendem tudo rapidinho.   Isto para quem sabe o que atrai a clientela de lá.

         Fato:  empresas chilenas já vendem mais no TMall para a China do que os brasileiros.   O autor provoca:   “E você, já pensou em vender para os chineses?”

         151 – ALIEXPRESS    - Já atua no varejo no Brasil com produtos da China.   Promete para breve entregar em menos de 1 mês e no futuro próximo, entregas em menos de 72 h.   Terá enormes centros de distribuição aqui no Brasil e daí tudo flui com extrema rapidez.

         A plataforma já está em 200 países, operando com 18 diferentes moedas e 20 idiomas.    Quatro pilares:

1 – plataforma sem fronteiras;

2 – desembaraço alfandegário acelerado;

3 – empoderamento dos pequenos negócios (parceiros de negócios);

4 – prosperidade para todos.

         Em 2013 fez parceria com o Ebanx de Curitiba  (conheço o local).  Este que foi uma startup de Curitiba.    Hoje o Ebanx além de parceria com o Aliexpress, tem parceria (área de meios de pagamentos) com o Airbnb, Spotfy, Wish e outros.

         Página 152 – FLYGGY   Agência de Viagem on line do grupo Alibaba.   Nos próximos cinco anos (base 2019) mais de 700 milhões de chineses viajarão para o exterior.   Já são os que mais viajam e os que mais gastam fora do país.    Ano 2001 eram 10,5 milhões de chineses que viajaram para o exterior.  Ano 2018 foram 150 milhões.

         153 – De acordo com a Uwto da ONU, em 2018 os chineses gastaram no exterior 277 bilhões de dólares, sendo o segundo colocado, os USA com 144 bilhões de dólares no mesmo período.

         China em mercado crescente para viagens.   Só 9% dos chineses tem passaporte, equivalente a 120 milhões de pessoas.   O potencial de crescer é enorme.

         A Fliggy vendendo passagens, coleta dados e o aumento do banco de dados de pessoas é super útil para articular novos negócios com os mesmos.

         ...........  continua no capítulo 14/20   

domingo, 27 de dezembro de 2020

CAP. 12/20 - fichamento - livro - O PODER DA CHINA - autor: empreendedor brasileiro - RICARDO GEROMEL (edição 2019)

 CAP. 12/20       - leitura em dezembro de 2020

         Ma  (do Alibaba) indicou, diferente do costume chinês, que seus filhos poderiam ser alunos medianos, para ter mais tempo para desenvolver novas habilidades.    (com ele isto estava dando super certo).

         Em 1988 Jack Ma se bacharelou em Ingles.   Se candidatou a 30 empregos e nada.    KFC rede norte americana de frangos fritos.  Havia 24 candidatos, 23 aceitos e ele não.   Para a polícia, só ele dos cinco candidatos, reprovado.

         135 – Foi rejeitado por Harvard mais de dez vezes.    Arranjou um emprego onde ensinava inglês e ganhava mal.    Foi eleito um dos melhores professores.    Em 1994, aos 30 de idade, dominando inglês fluente, foi enviado para resolver uma disputa de empresa norte americana nos USA.  Ficou um curto tempo por lá e andou articulando algumas ideias para seu futuro.    Ele gosta do filme do Forrest Gump.    Esteve em Seattle onde foram fundadas a Microsoft e a Amazon.    Lá ele teve o primeiro contato com a internet e suas possibilidades.     Pesquisou pela internet produtos.   Pensou em algo do tipo para a China.

         Na China, usava a internet para vender traduções do inglês.    Depois usou a internet para acesso ao banco de dados sobre telefones da China.   Criou solução nessa área e depois vendeu a mesma ao governo.   Se mudou para Pequim .  Em Pequim, criou um site de e-Commerce.   Conectar vendedores e compradores on line.    Convenceu 17 pessoas para atuar no negócio.

         No começo do projeto, a equipe trabalhava na casa de Ma e lá mesmo faziam a refeição todos.

         Um dia em San Francisco na Califórnia, Ma pensando num nome para a empresa.  Veio a ideia de Alibabá e a frase do abre-te Sesamo, a que abria a porta para o tesouro.       Daí que ele escolheu o Alibaba.   Só que na China baba é pai e poderia confundir um pouco, mas depois de pesquisar um pouco, ficou mesmo como Alibaba.    Missão de abrir as portas para pequenas empresas colocarem seus produtos no mercado via internet.

         Logo que os negócios começaram a se avolumar, os contatos do exterior foram também crescendo.   Todos querendo comprar barato na “fábrica do mundo” que é a China.

         Em 1999 a Alibaba já consegue capital de grandes bancos.   Son, o homem mais rico do Japão investiu no empreendedor Jack Ma e seu Alibaba.   Son revelou:   “Jack Má não tinha um plano de negócios nem faturamento, mas tinha aquele brilho nos olhos”.

         Consta que empresas de busca e de e-commerce demoram para dar lucro e assim foi até certo ponto com Jack Ma e seu Alibaba.

         Concorria com a e-Bay mas esta, depois de gastar muito na China, abandonou aquele mercado.

         Em 2007 clientes (231 milhões de clientes) gastaram 248 bilhões de dólares em compras via Alibaba, mais que a soma de Amazon e e-Bay.

         Em 2014 a Alibaba abre o capital e lança IPO na NYSE (bolsa de empresas do ramo de tecnologia) de NY.  IPO é oferta inicial em bolsa (deixando de ser de capital fechado para ser de capital aberto).

         Nessa IPO a Alibaba conseguiu o maior resultado da história para uma IPO.  Conseguiu levantar 25 bilhões de dólares.    Nisso Jack Ma disse:   “O que levantamos hoje não foi dinheiro, foi confiança e responsabilidade que temos”.   Ele optou por não tocar o sino da bolsa numa praxe desta.   Indicou para tocar o sino pela Alibaba um cliente da empresa.    Assim Ma explicitou na cerimônia um dos valores de Alibaba:

         “Clientes primeiro, funcionários, segundo e acionistas em terceiro”

         138 – Governança.     Os 36 sócios tomam as principais decisões de forma colegiada.   12 dos 36 são mulheres (33%).    Sobre sua aposentadoria.    Ma se aposentou na Alibaba em 2018 e em sua carta de despedida deixou um recado ao mercado.

         “Aqueles que me conhecem sabem que eu não gosto de ficar ocioso”.

         Por Jack Ma : “eu quero retornar para a Educação”.

         139 – Jack Ma revelou que é filiado ao Partido Comunista Chines desde os anos 80.  90 milhões de chineses são filiados, sendo aproximadamente 7% da população do país.

         Já na fama e carreira internacional quando lhe perguntaram ele disse:

         “Se apaixone pelo governo, mas não se case com ele”.

         Na área de MKT Marketing, fala sobre serendipidade que seria a magia da inovação.   Ma criou uma fundação e o foco é nas crianças da zona rural da China.  Giving Pledge.  (Promessa de Doação) – Os super ricos, vários assinam a lista de doação de parte da riqueza no futuro.  Ma não assinou, mas contribui com sua fundação.

         Fama – Jack Ma foi o primeiro empreendedor chinês a ser capa da revista Forbes.   É dono de uma vinícola da França.   Sobre a fama e os riscos ele usa um provérbio chinês:   “Quanto mais a árvore cresce, maior o vento sobre ela”.

         Buscar no Youtube apresentação de Jack Ma com roupa tipo Michael Jackson dançando num estádio.  

         Um desabafo do autor deste livro:  “Sinto que nosso Brasil precisa ter um super-heroi de carne e osso”.  (eu, leitor, diria que de certa forma o Ayrton Senna foi mais ou menos isso e parece que potencializou com a forma da morte dele, tão trágica).

         “A China só começou a crescer quando tirou as travas e liberou o empreendedorismo individual com suas delícias e suas dores”. 

         “Eu não canso de repetir que acredito que empreendedorismo e educação são essenciais para trazerem mudanças sustentáveis”.

         142 – O Planeta Alibaba vale mais de 500 bi de dólares.  Gíria do mercado: camarões – foca em peixes miúdos e não nos tubarões como clientes.  Foca em atender pequenos negócios.  (quem foco o contrário, nos grandes, foca nas baleias)

          A Alibaba prefere não ser dona dos produtos que comercializa.  Ela prefere ser o elo de ligação entre os que vendem e os compradores.

         Próximo capítulo 13/20

sábado, 26 de dezembro de 2020

CAP. 11/20 - fichamento - livro - O PODER DA CHINA - Autor: empreendedor brasileiro - RICARDO GEROMEL (2019)

CAP. 11/20    -   dezembro de 2020

         Na antiguidade a técnica para  produzir seda era segredo pelos chineses, mas com o tempo o Japão passou a dominar a técnica, depois o Império persa e finalmente, o Ocidente.     No ano de 1453 da nossa era, o Império Otomano boicotou o comércio nessa rota e assim foi extinta a chamada Rota da Seda.

         Havendo demanda para produtos da Ásia, a Europa parte para os “descobrimentos”, para buscar novas rotas para acesso ao suprimento e ao intercâmbio comercial inclusive com a Ásia.   A Europa busca conquista de territórios e leva o seu deus para outros lugares e acaba em termos de crenças, ocorrendo também um intercâmbio.

         Em 2014 a UNESCO, órgão da ONU para a Cultura, designou os 5.000 km da Rota da Seda como Patrimônio Histórico.

         Página 123 – CHUAI –  (designa a etapa em que chineses que vão buscar negócios no exterior)  - Por que e como gigantes da tech da China atuam em mercados emergentes?      O top 10 da lista Midas 2019:

1 – Alibaba           - China      

2 – Meituan-Dianping – China

3 – Toutiao           - China

4 – Uber               - USA

5 – Spotfy            - Suécia

6 – DiDi               - China

7 – Wework          - USA

8 – Pinduoduo      - China

9 – JD.Com          - China

10 – Snap Inc       - USA

         Resumindo: Seis chinesas, três americanas e uma sueca.

         Todos os anos a Revista Forbes publica a lista Midas.

         Ele destacou que no Ocidente três da lista acima ainda não são muito conhecidas, mas que vão se expandir pelo Ocidente.  São elas Toutiao, DiDi e Meituan.

         “Há muitas tensões no setor de tecnologia na China por causa da Guerra comercial com os USA que tentam soprar ventos contrários para desacelerar a inevitável expansão das gigantes chinesas de tecnologia”.

         Um exemplo é o 5G e a empresa chinesa Huawei que tem foco em estrutura de telefonia de quinta geração.   Dez vezes mais velocidade que nosso 4G em uso no Brasil.   Os USA lutam inclusive para o Brasil e outros países não adotarem a tecnologia, mas as empresas de telefonia móvel no Brasil já tem forte participação de equipamentos da Huawei na estrutura e equipamentos que operam no Brasil.  Ficaria caro mudar isso.    Fica difícil ao governo colocar barreira em negócios privados.

         125 – Internacionalização das gigantes chinesas da Internet.   Investimentos bilionários da Alibaba e Tencent na Índia e no Sudeste Asiático, por sinal onde há vários países altamente populosos.

         As empresas chinesas tem porte, tecnologia e capital para investir.

         A Bytedance, conglomerado com sede em Pequim tem valor de mercado de 80 bilhões de dólares.  O produto mais conhecido dela é o popular TikTok, muito comum nos filminhos que circulam no WhatsApp por aqui no Brasil inclusive.   Só o TikTok tem mais de 1 bilhão de dowloads no mundo.   (gente que baixa o aplicativo em seu celular)

         DiDi Chuxing  transporte de pessoas – similar ao Uber.   Supõe-se que a Uber teria gasto mais de 1 bilhão de dólares para tentar ganhar mercado na China mas depois de um tempo desistiu.  Lá reina soberana no ramo a chinesa Didi.      Fora do país, a DiDi fez parcerias com operadoras locais.  No Brasil, fez com a brasileira 99.

         Meituan – empresa de entregas.   Os entregadores são super rápidos e ganham por serviço.  Kuadi – entregadores rápidos.  Motos pequenas e entram em qualquer lugar, tem momento que até em calçadas.   Eles tem empresa parceira operando na Índia.

         131 – Capítulo 4 – Os Essenciais – Protagonistas da Nova Economia da China.     Alibaba e Jack Ma.    É meio irônico o fato de que os craques chineses da área de tecnologia adotem um nome “americano” a acabem batendo os americanos na concorrência.

         131 – Alibaba, a maior empresa de capital aberto da Ásia.  O fundador é Jack Ma.  Ma é idolatrado na China.  Wall Street também o ama.    Ele é o mais rico da China.  Fortuna de 37,5 bi de dólares.

         O nome civil dele é Ma Yun e nasceu em 1964, filho de um fotógrafo.   Praticavam em familia inclusive a tradicional Pingtam, mistura de canto e comédia para contar história.   No tempo de criança ele fazia grilos brigarem, o que era proibido no país na sua época.   Era menino briguento.

         Em 1972 o presidente americano Nixon visitou a China e esta se abre ao turismo.    Em 1979 o garoto Ma, aos 15 anos, levantava de madrugada e fazia todo dia longa caminhada para chegar em frente aos hotéis que recebiam turistas e dava uma de guia a troco de gorjetas.    Nessa ele ia aprendendo um pouco de inglês e conheceu nessa lida gente do mundo inteiro.    Não era um estudante brilhante.    Gaokao é o vestibular temido da China.    E Ma era particularmente ruim de matemática.

         Na primeira tentativa de acesso à faculdade, tirou nota 1/120  acertou uma questão de 120.   Na segunda tentativa, 19/120 e na terceira, 89/120, mas esta nota não dava acesso a universidades mais renomadas.

         O autor deste livro diz que Ma parece um ET, baixo e cabeçudo e tem até o apelido de Crazy Jack Ma também por suas ideias não convencionais.   O casal Ma teve duas filhas e um filho.   O menino era viciado em internet.   Ia para lan house parte do dia.    O jovem dizia que não fazia sentido estar em casa porque os pais estavam sempre trabalhando fora.

         A esposa de Ma, por recomendação dele, saiu do emprego na Alibaba da família para cuidar dos filhos.

         Ma indicou, diferente do costume chinês, que seus filhos poderiam ser alunos medianos, para ter mais tempo para desenvolver novas habilidades.    (com ele isto estava dando super certo)

         Continua no capítulo 12/20 

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

CAP. 10/20 - fichamento - livro - O PODER DA CHINA - autor: RICARDO GEROMEL - empreendedor brasileiro (2019)

CAP. 10/20

         O governo chinês tem um plano de investir 1 trilhão de dólares no exterior para desenvolver novas rotas de comércio terrestres e marítimas ao redor do  mundo.  Inclui o projeto ferroviário que parte do Sul da China até chegar em Madrid – Espanha.

         117 – Donald Trump se fecha no America First e a China de Xi Jinping apoia o livre comércio.

         “A China como apoiadora do comércio livre, cooperação e desenvolvimento do mundo todo...”.   A Sigla do Projeto é BRI Belt and Road Initiative – Iniciativa do Cinturão e da Rota.   Seria o plano do século, por assim dizer, nas palavras de Xi Jinping, presidente da China.

         117 – Na vinda do Primeiro Ministro Li Keqiang ao Brasil este deixou clara a vontade de participar da licitação de um “Projeto Estrutural” para a América do Sul.   Começando por uma ferrovia ligando o Brasil ao Peru e de lá o caminho por oceano fica mais curto para a Ásia.   Deste eixo ferroviário, partiriam outros ramais ferroviários no interior do Brasil facilitando escoamento e comércio.    Ferrovia tem frete de menor custo em relação a rodovias.

         O mercado internacional apelidou o slogan do Trump de America Alone (América Sozinha) ao invés do America First.

         “Um grupo de jornalistas do De Spiegel explicou que os USA está se retirando da política global...”   o vácuo de poder criado por causa dessa retirada está sendo particularmente aproveitado pela China”.

         Foi em 2013 que Jinping se referiu no Cazaquistão à Nova Rota que viria a ser a BRI.

         Em 2019 a Itália foi o primeiro país do G7 a assinar o acordo no BRI.   Ao todo já são 126 países e envolve cooperação etc.   Entre eles, Austria, Itália, Portugal, África do Sul, Nova Zelândia, Panamá, Chile e Uruguai.

         118 – Foi inaugurada uma Corte Internacional na China.  Tem duas sedes. Uma em Xi´na, um local simbólico por ter sido peça chave na Rota da Seda do passado e outra em Shenzhen, lugar longe de Pequim, mas um centro tecnológico importante.   “Nome da entidade:   Corte Comercial Internacional da China”.   O apelido é Corte da Nova Rota da Seda.   Esse tipo de Corte para dirimir questões de comércio há em Singapura e Dubai.

         “Quem quiser fazer negócio com a China, recomendo fortemente aprofundar como o seu setor se encaixa na BRI.”

         119 – Rota da Seda Digital.    A Zâmbia, país africano rico em cobre e cobalto.  Exemplo de interesse de comércio dos chineses.

         No Brasil  a Wuawei não é muito conhecida pelos celulares, mas ela tem fortes investimentos em infraestrutura tecnológico do sistema telefônico.    Na América Latina ela já patrocina muitos times de futebol na Argentina, Colômbia, Peru, México.

         120 – Pela ordem, os países nos quais a China mais realiza investimento na Rota da Seda.  Índia > México > Malásia > Filipinas > Etiópia > Rússia > Camboja> Nigéria...

         Reclamações dos entes privados.  Não conseguem competir com os chineses que tem tecnologia, projetos e tem capital para tocar os projetos.

         Ela se defende alegando que o faz dentro das regras da OMC Organização Mundial do Comércio.

         Os USA não tem tecnologia 5G e tenta convencer outros países a não adotarem o 5G da empresa chinesa Wawei.   A desculpa americana é falta de segurança dos dados.     Por outro lado, há um histórico no qual os americanos espionaram empresas e governos incluindo da Alemanha e do Brasil.

         ROTA DA SEDA ORIGINAL

         Rotas comerciais com o mundo de mais de dois mil anos. Estradas e infra estrutura entre Ásia e Europa.    O nome de Rota da Seda foi criado no século XIX porque a seda era um dos produtos muito consumidos na Europa e era produzido quase exclusivamente na China.   Havia rotas terrestres e marítimas no conjunto.   Os principais produtos que iam do Ocidente para a Ásia:  cavalos, camelos, cães e outros animais exóticos e domésticos.  Frutos como uva, mel, cobertores, tapetes e outros têxteis, ouro, prata, armas e armaduras.

         O Oriente enviava para o Ocidente produtos como:  seda, chá, marfim e pedras preciosas, porcelanas, especiarias (canela, gengibre etc), perfumes, corantes, arroz, papel e pólvora.    Circulavam também bens intangíveis como crenças, religiões etc.    Também doenças transmissíveis circularam na rota da seda nos dois sentidos.

         Poucas pessoas percorriam a rota toda, de milhares de km.   Havia muitos entrepostos e o comércio comumente ia mudando de intermediários no trecho.     O ponto de partida na China era a cidade  de Xi`an .   A Muralha foi construída para proteção do povo e para manter fluindo a Rota da Seda e seu comércio.

         Troca de conhecimentos.   Incluia viagens de monges budistas da China indo para a Índia em busca de conhecimentos e acesso a textos sagrados.    Há um diário de alto valor histórico:  Diário de Xuan Zang com escritos de 629 a 654 depois de Cristo.

         O veneziano Marco Polo percorreu a Rota da Seda e escreveu sobre a viagem.  Ficou 16 anos na China no tempo das viagens.     Em grego antigo se designava a China como Seres – Terra da Seda.

         Continua no capítulo 11/20 

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

CAP. 09/20 - fichamento - livro - O PODER DA CHINA - Autor: brasileiro empreendedor - RICARDO GEROMEL (2019)

CAP. 09/20

         LIANLIANPAY – É o quarto da China em meios de pagamentos com uso da web.  Os dois maiores no ramo  são o WeChatPay e o Alipay que juntos tem 90% desse mercado no país.  

          O LianLianPay opera em muitos países e garante que mesmo entre países, liquida um pagamento em até dois segundos e tem 370 milhões de clientes.

         Hoje no Brasil as companhias do ramo estão cobrando até 3% de taxa e demorando até 30 dias para repassar o dinheiro ao comerciante.   A China, com suas empresas, paga o comerciante em 2 a 3 dias e tarifa muito menor.   Tendem a logo estar por aqui.

         WECASH fundada em 2013 já chegou ao Brasil.  Analisa e autoriza empréstimos via celular.   “O Wecash analisa seu perfil e indica o melhor parceiro financeiro para atender sua solicitação.”

         HANERGY   Energia limpa.  Foco em energia solar.    Tem negócios que abrangem energia hidrelétrica, eólica e energia solar de película fina.  Essa empresa é líder chinesa no setor.

         “Uma das grandes tendências deste século é a mudança da matriz energética”.   (E a China é líder nas novas tecnologias nesse setor)

         A China é o maior emissor de CO2 na atmosfera e por outro lado é o país que mais investe em energias renováveis.

         Ranking em 2017 de investimentos em bilhões de dólares

         China          127 bi

         Europa        41 bi

         USA           41 bi

         Asia Pacífico        31 bi

         Américas    13 bi 

         Índia           11 bi

         Oriente Médio e África   10 bi

         Brasil          6 bi

         Fonte: McKinsey Global Institute Report

         WUAWEI  - esta empresa na área de tecnologia para telecomunicação já tem sucursal em São Paulo.   Neste local ocupa 6 andares de um prédio comercial.  É o destaque mundial em telefonia móvel com tecnologia 5G que promete ser dez vezes mais rápida que a 4G que se usa no Brasil.

         O autor lista muitas empresas chinesas que já operam  ou tem potencial e ele encerra este capítulo com um desafio:

         “E você, como imagina reagir à irreprimível avalanche de entidades da nova economia chinesa que inundarão o Brasil.   Pensa em ser parceiro ou rival?”

         CHINALIZAÇÃO DA ÁFRICA

         Um provérbio chinês:  “Se você quiser prosperar, primeiro construa estradas”.    Entre 2010 e 2017 os investimentos em infraestrutura:

         China                   44% do seu PIB anual

         Índia                    31%            “

         Norte África         22,8%

         África Subsaar.     20%

         USA                     19,1%

         Alemanha            19,7%

         O calcanhar de Aquiles da África é a falta de infraestrutura.    “A China decidiu bancar o desenvolvimento da infraestrutura na África”.

         Dados da Mckinsey:  10.000 empresas chinesas operam na África, incluindo 920 na Nigéria, 861 na Zambia.   500 bilhões de dólares foi o valor industrial da produção de indústrias chinesas na África – corresponde a cerca de 12% da produção total da África.

         Frase do embaixador da China na Nigéria:    “A Nigéria tem condições de se tornar a fábrica do mundo”.  (é rica em petróleo e isso ajuda)

         O Embaixador da Nigéria na China:   “A China é dez vezes maior que a população da Nigéria e mesmo assim desenvolveram um sistema que cuida das pessoas.   Eles tem exemplos que queremos adaptar”.

         Em 2000 os negócios da China com a África: 10 bi de dólares

         Em 2017 – a cifra subiu para 170 bi de dólares.

         Tem sido negócios com todos os países africanos menos 1: Suazlândia.

         Commodities que a China consome em relação ao total mundial:

         Cimento               59%

         Níquel                  56%

         Carvão, cobre, aço  50%         

         Alumínio              47

         Porco – carne        47

         Chumbo               40

         Algodão               33

         Arroz                   31

         Ouro                    27

         Milho                   23

         Fonte: www.visualcapitalist.com

         Página 114 – A China em três anos recentes usou mais concreto do que os USA usou em todo o século XX.

         114 – “A maior crítica sobre essa enxurrada de investimentos chineses na África é que a China também compra poder geopolítico”.

         115 – A primeira base militar chinesa no exterior foi localizada na África.     A China colocou na África 49 Institutos Confúcio para promover o estudo da cultura e da língua chinesa.    Todo ano mais de 1.000 jornalistas africanos são convidados a fazer treinamento na China.

         116 – A NOVA ROTA DA SEDA

         O governo chinês tem um plano de investir 1 trilhão de dólares no exterior para desenvolver novas rotas de comércio terrestres e marítimas ao redor do  mundo.  Inclui o projeto ferroviário que parte do Sul da China até chegar em Madrid – Espanha.

         117 – Donald Trump se fecha no America First e a China de Xi Jinping apoia o livre comércio.

         Continua no capítulo 10/20      

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

CAP. 08/20 - fichamento - livro - O PODER DA CHINA - autor: empreendedor brasileiro RICARDO GEROMEL (2019)

 CAP. 08/20

         Como a população da China é muito maior que a Americana  (1,4 bi x  300 mi), o PIB per capita de ambas são bem distintos apesar do PIB país entre ambos não serem tão diferentes.

País............. ano 1980 PIB per capita em dólar.......... em 2020

China                   309 dolares/pessoa/ano            12.553 dolares

USA                     10.971                                    67.082 dolares

         A chamada Armadilha de Tucícides – um alerta do Cientista Político de Harvard, Graham Allison.   Risco de guerra quando uma economia emergente ameaça ultrapassar a economia hegemônica.    Nos 500 anos mais recentes, isto ocorreu 16 vezes e em 12 houve guerra, ou 75% das vezes.   Dizia Tucícides:   “Foi a ascensão de Atenas e o mundo que isso incutiu em Esparta que formou a guerra inevitável”.

         Donald Trump vive culpando a China pelos problemas norte americanos.     O cientista Noam Chomsky, americano, já alerta em seu livro O Poder Americano e Seus Novos Mandarins, dizendo que cada vez que os americanos se enrolam em sua economia, tentam descontar no inimigo da vez que no caso atual é a China.     O pequeno alento é que na chamada Guerra Fria entre as então potencias USA e URSS, não terminou em guerra.

         Ação do bilionário Stephen Schwarzman um dos mais ricos do mundo.  Tem sua Fundação e criou nela a Bolsa de Estudos Stephen Schwarzman Scholars e captou, além do seu aporte milionário à Fundação (100 milhões de dólares), fundos de outros doadores.    “...para preparar jovens líderes para servirem como ponte entre a China e os demais países com foco na busca da paz”.   Responder aos principais desafios geopolíticos do século XXI.   Os bolsistas selecionados, com inglês fluente, fazem uma Pos Graduação em Assuntos Globais na Universidade de Tsinghua, a principal da China.   Lá estudaram líderes do país como Xi Jinping e Hu Jintao.     A primeira turma começou em 2016.   45% dos estudantes são dos USA, 20% da China e os demais, de outros países do mundo.   

         O autor espera que mais e mais brasileiros tenham interesse em estudar lá e o suporte financeiro inclusive é bem adequado.    Requisitos:  Inglês fluente, ser Graduado em nível superior e ter idade entre 18 e 29 anos.

         Fala de Stephen Schwarzman em Pequim:  “A China não é mais um curso eletivo (disciplina que o aluno escolhe no seu curso), é um currículo básico.”   Passa de simples escolha para a escala da necessidade.

         Stephen Schwarzman explica: “para a futura estabilidade geopolítica e prosperidade global, precisamos construir uma cultura de maior confiança e compreensão entre a China, os USA e os demais países do mundo.”

         O autor emigrou do Brasil em 2005.  Se orgulha de ser brasileiro.

         Cita um professor brasileiro que leciona no curso citado acima na China.  É Alessandro Golombiewski Teixera, que tem phD na Universidade de Sussex – Inglaterra.  Ele foi eleito pela Financial Times como personalidade do ano da América Latina em 2008.

         101 – China no Brasil  -  Ano 2009 a China desbanca os USA e se torna nosso maior parceiro comercial.   Eram 80 anos de liderança dos USA aqui no Brasil como maior parceiro.

         Período 2015/2018, 55% dos investimentos chineses na América Latina foram no Brasil.   Entre 2012 e 2016 os chineses investiram mais que o dobro no Brasil comparado ao que os USA aqui investiram no mesmo período.

         Até 2017 o investimento direto estrangeiro da China na América Latina foi de 200 bilhões de dólares.    Em 2015 o presidente Xi Jinping ...”afirmou que o objetivo é fazer o comercio total China America Latina chegar a 500 bilhões de dólares até 2025.  Em 2018 ele reafirmou esse compromisso.

         103 – Houve negócio entre a chinesa DiDi e a nossa 99, que atua em transporte de pessoas, similar à UBER.

         103 – O foco dos negócios China Brasil na última década tem sido focado na “velha economia” como portos, telecomunicações, agricultura, recursos energéticos e minerais etc.

         103 – O Porto de Paranaguá é o mais rentável do Brasil.  Em 2017 a chinesa Merchant Port Holding comprou 90% da TCP Participações SA que é a operadora do porto.  Pagou a soma de 920 milhões de dólares.

         Desde 2009 ela, a China, é nossa maior parceira comercial como já foi dito.   Em 2016, 18,1% do comércio externo do Brasil foi com a China.   O nosso comércio com a China nesse ano teve 72% do valor focado em três itens:   Soja com 40,9%; minério de ferro com 20,8% e petróleo com 11,1%.

         De toda soja exportada pelo mundo, 62% vai para a China.  Mais de 50% da soja que a China importou, veio do Brasil em 2017.

         No Brasil nossas estradas são ruins e encarecem muito os produtos.  A China tem capital e know how para contornar isso.    “No entanto, a maioria das pessoas do Brasil, em particular, ainda é muito ignorante em relação à China”.     Causou grande impacto na China a frase do Presidente Bolsonaro:   “Chineses podem comprar no Brasil, só não podem comprar o Brasil”.

         Empresas chinesas de novas tecnologias estão vindo também para o Brasil.  Peixe Urbano – adquirida pela Baidu chinesa.

         Stone, que é uma fintech – ramo de meios de pagamento por internet etc.  Fez parceria e recebeu investimentos da gigante chinesa Alibaba.

         Yellow  (aluguel de bicicletas) – levantou investimentos e parceria com a CGV.     O brasileiro NuBank recebeu aporte e parceria com a gigante chinesa Tencent.

         A DiDi do ramo similar ao da UBER, faz mais corridas na China do que a UBER faz no mesmo período no mundo todo.

         Jorge Mendes, o maior agente de futebol do mundo.   Investidores que controlam fundos, investem na empresa dele.

         108 – Dahua – É uma das líderes mundiais em câmeras para reconhecimento facial de alta resolução.   Tem 42 subsidiárias pelo mundo e atua em mais de 180 países.  Fatura 2,9 bi de dólares por ano.  Usa 10% do faturamento em pesquisa e desenvolvimento de produtos.   Emprega 6.000 engenheiros em quatro centros de pesquisa.  Registrou 800 novas patentes em dois anos.

         O autor faz um adendo – que hoje em dia as câmeras são de tal nível de resolução que potencialmente elas podem ler e registrar os dados do nosso cartão de crédito nos caixas de mercados por exemplo...

         Continua no capítulo 09/20