CAP. 03/22 leitura em março de 2021
Estudos econométricos mostraram que o
Índice GINI que mede a desigualdade social melhorou no Brasil nesses tempos.
Mostraram queda da desigualdade entre 10% e 31% nesse período de distribuição
de renda onde o Bolsa Família atua.
A política adotada de elevar o salário
mínimo um pouco acima da inflação, dando um ganho real ao salário mínimo ano
após ano dos anos 2000 para cá ajudou a distribuir renda.
Passou-se a corrigir o salário mínimo
pela inflação do ano anterior mais o crescimento do PIB Produto Interno Bruto
determinado pelo período de dois anos anteriores na média. Isto desde o ano de 2008.
Em 2013, pela política de propiciar
ganho real ao salário, o assalariado no conjunto passou nesse ano a ficar com a
fatia de 52,5% do lucro anual da produção para 57,4%. Mais renda nas mãos dos trabalhadores e
maior consumo, aumentando a força da nossa economia, o emprego e o recolhimento
de tributos.
Há índice GINI que mede a desigualdade
específica para salários. Nos anos 2000
a renda salarial dos 10% mais pobres aumenta em relação ao salário médio ou
mediano do País.
22 – “Milagre Econômico na ditadura
medida no período 1968-1973, altas taxas de crescimento. Mas ampliou as desigualdades sociais. O bolo da economia cresceu mas diziam que não
podia dividi-lo com os trabalhadores...”.
Nesse período cresceram setores de produção de bens industrializados
mais sofisticados como linha branca e indústria automobilística. Com isso os trabalhadores mais
qualificados que já ganhavam salários melhores, foram mais beneficiados, mas o
conjunto das classes trabalhadoras não participou de forma justa nessa fase. Aumentou a desigualdade social.
Já no chamado Milagrinho (de 2006 a
2010) com Lula houve crescimento com melhoria nos salários mas ajudou também os
de salário mais baixo, inclusive do pessoal da construção civil e teve como
reforço o apoio do Bolsa Família. Como
foi dito, investimentos do governo incentivaram a indústria da construção civil
e esta demandou mais mão de obra pouco qualificada inclusive. Cresceu o emprego, a massa salarial, a
demanda por produtos da indústria, a arrecadação de impostos e assim por
diante. Esse ciclo foi até 2010.
Fatores de destaque no período para
diminuir as desigualdades:
- Bolsa Familia – com transferência de
renda para os mais pobres.
- Valorização do salário mínimo com
mecanismo de ganho real.
Familias pobres passaram a consumir
mais produtos e disputa-los no mercado que cresceu. Também passaram a demandar mais serviços
como cabeleireiros, restaurantes, escolas particulares, viagens e outros.
“Nos anos 2000, a distribuição da renda
na base da pirâmide não foi apenas o resultado de políticas públicas, mas
também da própria dinâmica do crescimento da economia brasileira”.
O pilar do acesso ao crédito. Operações de crédito:
Em 2002 - crédito na casa de 25,5% do PIB Produto Interno Bruto
Em 2012 – crédito na casa de 49,2% do
PIB
No período, pessoas físicas e o acesso
ao crédito:
Ano 2007 – equivalente a 14% do PIB
Ano 2017 – equivalente a 24,9% do PIB.
Primeiro o crédito foi mais para
financiamento do consumo. Depois, também
para financiamento habitacional e crédito rural (com destaque para os bancos
oficiais do governo – Caixa Econômica e Banco do Brasil).
O governo estimulou a expansão do
crédito consignado. (Esta modalidade de
juro mais baixo e que é debitado mensalmente na conta corrente junto ao
pagamento do trabalhador). No caso o
juro é bem mais baixo porque o risco do crédito já autorizado o débito junto
com o pagamento da pessoa fica muito mais seguro para quem empresta.
Ela alerta que no Brasil de então as famílias
usaram mais o crédito, mas de forma sustentável.
Ocorreu diferente nos USA antes de 2008
que o crédito era insustentável e formou a bolha que depois explodiu e causou
uma quebradeira incluindo até de bancos.
Houve reflexo negativo no mundo todo e provocou queda na economia e
dramático aumento de desemprego.
Foi o tsunami que aqui foi chamado de
marolinha porque o governo adotou um forte incremento de aplicação de recursos
públicos na economia e esta conseguiu manter o ritmo sendo pouco afetada pela
crise, bem abaixo do que sofreram em média os outros países.
O nosso Milagrinho (ano 2006 a 2010) –
houve mais acesso ao crédito; redução de desigualdades (com reforço dos
benefícios do Bolsa Família) e crescimento do emprego mais o aumento real dos salários. Aumentou com esse conjunto de medidas
governamentais o mercado de consumo e o crescimento da economia. Foi um ganha ganha.
O pilar dos investimentos públicos no
período do Milagrinho – Foi feita aplicação de grande volume de recursos públicos
na economia, este que foi o principal motor da economia no período:
De 2006 a 2010 o investimento cresceu
na média anual de 27,6% em termos reais, já descontada a inflação. Para se comparar, no período anterior de
2003 a 2005 os investimentos cresceram 4,7% ao ano em termos reais, já
descontada a inflação.
Continua no capítulo 04/22 (um para cada dia corrido)