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quinta-feira, 11 de março de 2021

CAP. 02/21 - fichamento - livro - VALSA BRASILEIRA (economia brasileira de 2000 a 2017) - Dra em Economia LAURA CARVALHO

Cap 02/21                    leitura - março de 2021

De 2011 a 2014 o governo Dilma adotou a Agenda da Fiesp – reduzir juros, tarifas, desonerações tributárias favorecendo indústrias etc.

O mercado apelidou essa agenda de Nova Matriz Econômica. Na Valsa do título deste livro, foi um passo para o lado.

“A dança evolui para o grande passo atrás dos anos 2015/2016, voltado para o desmonte acelerado do frágil estado de bem estar social brasileiro”. Corte de benefícios sociais em época de economia em queda.

Dados por períodos tendo como fonte o FMI Fundo Monetário Internacional, sempre em termos reais, já descontada a inflação:

Discriminação......1999/02.....03/05.... 06/10.......11/14...... 15/16

Variação nos preços

das commod.........10,3%......... 19,1.......10,5.....-7%......... - 6,5%

Invest.Federais ...... - 2% ........-4,7%..... 27,60%....1,00%... -28,4%

Entre 2006 e 2010 o governo federal para se contrapor à crise econômica mundial provocada pelo estouro da bolha das Sub Prime (os créditos podres no mercado imobiliário americano), esta que trouxe queda na economia mundial e desemprego elevado. Neste período o governo brasileiro acelerou os investimentos públicos (27,60%) para manter nossa economia firme e os empregos estáveis e foi bem sucedido. (foi assim que tivemos uma “marolinha” interna do tsunami lá fora).

Página 13 – Capítulo I – O Milagrinho brasileiro: Um passo à frente

Anos 2000 – crescimento da China, maior demanda de commodities e os preços destas sobem e nos favorecem. Não só por isso, mas também ajudado por isso das commodities. O Brasil cresce 3,7% ao ano na década de 2001 a 2010. Houve ações do governo inclusive na distribuição de renda e nos investimentos estatais para agilizar nossa economia.

FMI - informa que entre dezembro de 2001 e abril de 2011 as commodities subiram 326%.

Nesse tempo (2003) o governo federal lança o Bolsa Família. Tempos de melhoria da condição social do povo e de crescimento do mercado interno.

Tempos de Antonio Palocci no Ministério da Economia e o Meirelles no Banco Central.

Se o presidente Lula acelerasse a distribuição de renda iria desarranjar a economia. Houve prudência e responsabilidade fiscal. No primeiro ano do seu governo, ano de 2003 o Brasil cresceu só 1,1%. Segurou a inflação mas descontentou os mais afoitos.

A Executiva Nacional do PT em março de 2004 pediu para o governo acelerar a retomada do desenvolvimento. Havia divergência entre Palocci e José Dirceu, Ministro Chefe da Casa Civil.

16 – A taxa Selic de 2004 estava em 16,5% ao ano. O PIB cresceu em 2004 em 5,8% ao ano. O mercado diria que seria o voo de galinha, de curto espaço. O aumento do PIB foi puxado pelas exportações que cresceram 14,5% no ano de 2004.

O PIB de 2005 foi de 3,2% o crescimento no ano.

E nesse ano de 2005 as exportações cresceram 9,6%. Em junho de 2005 José Dirceu deixou o governo por ser acusado por Roberto Jefferson de ter praticado o Mensalão. Acusado de pagar mensalão para os deputados votarem com o governo em pautas de interesse do governo. Dirceu era da Casa Civil e foi substituído no cargo por Dilma.

Debate eleitoral em 2006, Lula pleiteia a reeleição. Lá na campanha da primeira eleição dele, teve o episódio da Regina Duarte vir à TV com aquela do Eu Tenho Medo, espalhando pânico no povo para que não votasse no Lula. Naquela época colocaram Lula como sendo contra o Plano Real. Em contraposição ele fez a Carta ao Povo brasileiro firmando um pacto deixando claro que não tomaria medidas drásticas que afetassem a relação com o mundo empresarial.

No segundo mandato do Lula o crescimento alcançado pelo Brasil teve menos influência dos preços elevados das commodities (como soja e minério de ferro) e mais pela “expansão do consumo das famílias e pelos investimentos”. Houve distribuição de renda com ênfase nos mais pobres.

Lançado em 2003 o Bolsa Família, em janeiro de 2004 eram 3,6 milhões de famílias atendidas. Em 2010 eram 12,8 milhões de famílias. Em 2017 eram 13,5 milhões de famílias. Houve forte redução da pobreza extrema no Brasil e ajudou a aquecer o mercado interno gerando empregos.

No Bolsa Família as atendidas tem que em contrapartida manter boa frequência escolar dos filhos, manter as vacinações em dia e receberem acompanhamento médico das crianças e mães.

20 – Estudos econométricos mostraram que o Índice GINI que mede a desigualdade social melhorou no Brasil nesses tempos. Mostraram queda da desigualdade entre 10% e 31% nesse período de distribuição de renda onde o Bolsa Família atua.

 

Continua no capítulo 03/21

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