Cap 02/21 leitura - março de 2021
De 2011 a 2014 o
governo Dilma adotou a Agenda da Fiesp – reduzir juros, tarifas, desonerações
tributárias favorecendo indústrias etc.
O mercado apelidou
essa agenda de Nova Matriz Econômica. Na Valsa do título deste livro, foi um
passo para o lado.
“A dança evolui
para o grande passo atrás dos anos 2015/2016, voltado para o desmonte acelerado
do frágil estado de bem estar social brasileiro”. Corte de benefícios sociais
em época de economia em queda.
Dados por períodos
tendo como fonte o FMI Fundo Monetário Internacional, sempre em termos reais,
já descontada a inflação:
Discriminação......1999/02.....03/05....
06/10.......11/14...... 15/16
Variação nos preços
das
commod.........10,3%......... 19,1.......10,5.....-7%......... - 6,5%
Invest.Federais
...... - 2% ........-4,7%..... 27,60%....1,00%... -28,4%
Entre 2006 e 2010 o
governo federal para se contrapor à crise econômica mundial provocada pelo estouro
da bolha das Sub Prime (os créditos podres no mercado imobiliário americano),
esta que trouxe queda na economia mundial e desemprego elevado. Neste período o
governo brasileiro acelerou os investimentos públicos (27,60%) para manter
nossa economia firme e os empregos estáveis e foi bem sucedido. (foi assim que
tivemos uma “marolinha” interna do tsunami lá fora).
Página 13 –
Capítulo I – O Milagrinho brasileiro: Um passo à frente
Anos 2000 –
crescimento da China, maior demanda de commodities e os preços destas sobem e
nos favorecem. Não só por isso, mas também ajudado por isso das commodities. O
Brasil cresce 3,7% ao ano na década de 2001 a 2010. Houve ações do governo
inclusive na distribuição de renda e nos investimentos estatais para agilizar
nossa economia.
FMI - informa que
entre dezembro de 2001 e abril de 2011 as commodities subiram 326%.
Nesse tempo (2003)
o governo federal lança o Bolsa Família. Tempos de melhoria da condição social
do povo e de crescimento do mercado interno.
Tempos de Antonio Palocci
no Ministério da Economia e o Meirelles no Banco Central.
Se o presidente
Lula acelerasse a distribuição de renda iria desarranjar a economia. Houve
prudência e responsabilidade fiscal. No primeiro ano do seu governo, ano de
2003 o Brasil cresceu só 1,1%. Segurou a inflação mas descontentou os mais
afoitos.
A Executiva
Nacional do PT em março de 2004 pediu para o governo acelerar a retomada do
desenvolvimento. Havia divergência entre Palocci e José Dirceu, Ministro Chefe
da Casa Civil.
16 – A taxa Selic
de 2004 estava em 16,5% ao ano. O PIB cresceu em 2004 em 5,8% ao ano. O mercado
diria que seria o voo de galinha, de curto espaço. O aumento do PIB foi puxado
pelas exportações que cresceram 14,5% no ano de 2004.
O PIB de 2005 foi
de 3,2% o crescimento no ano.
E nesse ano de 2005
as exportações cresceram 9,6%. Em junho de 2005 José Dirceu deixou o governo
por ser acusado por Roberto Jefferson de ter praticado o Mensalão. Acusado de
pagar mensalão para os deputados votarem com o governo em pautas de interesse
do governo. Dirceu era da Casa Civil e foi substituído no cargo por Dilma.
Debate eleitoral em
2006, Lula pleiteia a reeleição. Lá na campanha da primeira eleição dele, teve
o episódio da Regina Duarte vir à TV com aquela do Eu Tenho Medo, espalhando
pânico no povo para que não votasse no Lula. Naquela época colocaram Lula como
sendo contra o Plano Real. Em contraposição ele fez a Carta ao Povo brasileiro
firmando um pacto deixando claro que não tomaria medidas drásticas que
afetassem a relação com o mundo empresarial.
No segundo mandato
do Lula o crescimento alcançado pelo Brasil teve menos influência dos preços
elevados das commodities (como soja e minério de ferro) e mais pela “expansão
do consumo das famílias e pelos investimentos”. Houve distribuição de renda com
ênfase nos mais pobres.
Lançado em 2003 o
Bolsa Família, em janeiro de 2004 eram 3,6 milhões de famílias atendidas. Em
2010 eram 12,8 milhões de famílias. Em 2017 eram 13,5 milhões de famílias.
Houve forte redução da pobreza extrema no Brasil e ajudou a aquecer o mercado
interno gerando empregos.
No Bolsa Família as
atendidas tem que em contrapartida manter boa frequência escolar dos filhos,
manter as vacinações em dia e receberem acompanhamento médico das crianças e
mães.
20 – Estudos
econométricos mostraram que o Índice GINI que mede a desigualdade social
melhorou no Brasil nesses tempos. Mostraram queda da desigualdade entre 10% e
31% nesse período de distribuição de renda onde o Bolsa Família atua.
Continua no capítulo 03/21
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