CAP. 17/22
Página 150 – “A
experiência brasileira... quando a redução das desigualdades salariais e o
crescimento econômico retroalimentavam-se em um círculo virtuoso – que
beneficiou não apenas os mais pobres como também os mais ricos – não parece ter
sido suficiente para convencer boa parte da elite econômica do país de que a
democracia e a inclusão social rendem bons frutos”.
Pior. Dilma fez as desonerações e subsídios e
cumpriu à risca as exigências das elites empresariais e financeiras. Mesmo assim fizeram o que fizeram com ela.
As vítimas, os patos,
continuaram protestando na Avenida Paulista, sendo que eles eram as vítimas do
jogo dos donos do capital.
... “a pergunta que não
quer calar: por quê o empresariado
nacional apoiou essas políticas, dando um tiro nos próprios pés?”
151 – Paradoxo de
Kalecki: “Uma redução generalizada de
salários em uma economia diminui também o mercado consumidor, reduzindo vendas
e lucros”. (e cai a arrecadação de
impostos – todos perdem)
...”falta boa parte do
empresariado nacional perceber que nada adianta ter uma fatia maior de um bolo
menor”.
152 – “George Soros, um
dos maiores vencedores desse jogo no mercado financeiro, desenvolveu o conceito
de reflexividade, segundo qual o mundo real é modificado pela forma como os
agentes entendem a realidade”.
O Caso da Austeridade
“Reza a piada que os
economistas só mantém alguma credibilidade porque existem os meteorologistas,
mas avanços recentes da meteorologia vem nos colocando cada vez mais em maus
lençóis”.
154 – Debate público em
Nova Iorque em 2015. O vencedor de Nobel
de economia Paul Kgrugman e o economista chefe do FMI Fundo Monetário
Internacional Olivier Blanchard. Tema
da austeridade fiscal. Blanchard
defendeu a tese que após a crise de 2008 só austeridade fiscal não dava conta
de resolver a questão da economia. Para
sair da crise ele defendia um déficit fiscal de 2% do PIB. Era uma solução revolucionária. Governos vários aceitaram até por ver
alternativas.
“Por sorte, diz, aceitaram
o remédio certo”. Antes em 2011,
estudo econômico de grande porte por pesquisadores do FMI identificou tais
episódios e chegou à conclusão nada surpreendente de que contrações fiscais
são, pasmem, contracionistas da economia”.
(não deixam a economia voltar a deslanchar).
...” gráfico... 2012 ... “sinalizando de uma vez por todas a
mudança de visão do FMI”. Antes este
era pela austeridade fiscal.
Em 2016 os três principais
economistas do FMI escreveram um artigo com o título “Neoliberalism: Oversold?” O artigo teve grande repercussão pelo
conteúdo e também por usarem o termo neoliberalismo que era quase um palavrão
quando dito em palestras.
“Na contramão, os autores
defendiam que, ao invés de estimular o crescimento, algumas políticas
neoliberais teriam elevado a desigualdade, prejudicando uma expansão econômica
duradoura”.
“Uma das críticas dos
autores recaia sobre as políticas voltadas para a redução do tamanho do Estado
na economia: o custo da redução da dívida pública, via aumento de impostos, ou
corte de gastos produtivos, poderia ser maior que o benefício”.
156 – Estudo indica uma
consolidação fiscal de 1% do PIB Produto Interno Bruto aumenta a taxa de
desemprego em 0,6% no longo prazo.
“Gastos com educação, por
exemplo, são bem vindos”.
No Brasil ...”em meio à crise profunda e à falta
total de motores de crescimento econômico, o caminho escolhido tem sido o de
desmontar de vez o nosso frágil Estado de Bem-Estar Social e eliminar
permanentemente a possibilidade de atuação do Estado como investidor de
infraestrutura”.
Continua no
capítulo 18/22 (um por dia corrido)
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