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quinta-feira, 18 de março de 2021

CAP. 16/22 - fichamento - livro - VALSA BRASILEIRA (sobre nossa economia de 2000 pra cá) - Economista Dra. LAURA CARVALHO

 CAP. 16/22         (livro abrange até 2017 - publicado em 2018)

         No governo Temer foi feita previsão de déficit primário nas seguintes cifras:

         159 bilhões de reais para 2017;

         159 bi para 2018

         139 bi para 2019

         65 bi para 2020

         A autora diz que déficit primário não é tão incomum em outros países, mas ela constatou que o Brasil vinha acumulando em anos recentes expressivos superávits e estranhamente o mercado não reclamou dos déficits projetados para vários anos.

         No governo Temer não se cogitava de melhorar o Orçamento tributando o capital e as altas rendas...

         Um relatório do Banco Mundial intitulado:   “Um Ajuste Justo:  Análise da eficiência e equidade do gasto público no Brasil”.

         Editado em novembro/2017 diz num trecho:    “A princípio, a redução dos gastos não é a única estratégia para restaurar o equilíbrio fiscal, mas é uma condição necessária... Certamente, há escopo para aumentar a tributação dos grupos de alta renda (por exemplo, por meio de impostos sobre a renda, patrimônio ou ganhos de capital) e reduzir a dependência de tributos indiretos que sobrecarregam os mais pobres...   Tais medidas não são discutidas em detalhe neste relatório, mas deveriam fazer parte da estratégia de ajuste fiscal”.

         Volta a autora do livro:    Um problema é “que as despesas com benefícios sociais cresciam acima do PIB ao longo das últimas décadas”.

         Mas os cortes de orçamento a partir de 2011 podem afetar as receitas fiscais nos anos seguintes.

         A Década Perdida

         No governo Temer, Brasil em recessão e há um curto período em que o PIB reagiu e cresceu 1% ao ano.   Isto por causa da soja ter um resultado muito positivo (na exportação) e nosso setor agropecuário crescer num ano 13,4%.   Ou seja, não foi por alguma política pública o resultado.

         Na recessão, Temer liberou contas inativas do FGTS, depois as contas inativas do PIS/PASEP, tudo para tentar aquecer a economia.

         Esperavam que o governo Temer traria mais confiança aos investidores e estes passassem a novos investimentos.  Não ocorreu isso.

         No período 2015/2016 nossa economia em recessão encolheu 8,2%, só tendo precedente próximo o encolhimento de 8,5% do PIB no período 1981/1983.

         “Se a economia brasileira crescer 2% ao ano a partir de 2018   (ano de publicação do livro), por exemplo, o PIB pré crise só será atingido em dezembro de 2021.    (não contava com a pandemia).

         “75% dos empregos criados em 2017 foram informais – sem carteira assinada ou por conta própria”.

         Como sair da crise.   Nos anos 2000 com o crescimento da China e a valorização das commodities (soja, minério de ferro, petróleo etc) o Brasil teve nisso um dos fatores que ajudou nossa economia de então.   Hoje esses fatos não nos favorecem tanto.

         Nos anos 2000 com a economia crescendo, abriu espaço para o Estado fazer grandes investimentos.   Nestes anos de recessão recentes, houve grandes cortes nos nossos investimentos públicos.

         A autora diz que se não houver revisão na PEC que engessa os gastos públicos, não se tem meios de fazer investimentos públicos e não temos como acelerar nossa economia.

         Item 4 – Acertando os Passos   (da Valsa da economia)

         Até 2010, o governo conseguiu manter os mais ricos na boa e com o crescimento da economia, conseguiu melhorar os salários do povo mais pobre e expandir o mercado interno.  Foi um ganha-ganha onde todos ficaram contentes e apoiaram o governo.

         Já de 2010 em diante, o cenário muda, inclusive com a queda no valor das commodities que exportamos e gera conflitos distributivos sobre a renda e o Orçamento público.

         Os serviços que se elevaram eram compensados por dólar baixo e os produtos acessíveis.  Quando o dólar subiu, achatou o poder de compra dos mais pobres e causou atrito.

                   Continua no capítulo 17/22  (um por dia corrido) 

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