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sexta-feira, 12 de março de 2021

CAP. 04/22 - fichamento - livro - VALSA BRASILEIRA (sobre nossa economia de 2000 para cá) - Autora Dra em Economia LAURA CARVALHO

 CAP. 04/22

          Crescimento dos investimentos em diferentes períodos:

         Parte dos tempos FHC  - 1999 a 2002.   Os investimentos estatais cresceram em termos reais (já descontada a inflação) apenas média de 2% ao ano.

         Período 2003 a 2005 (Lula) – cresceram 4,7% em media ao ano.

         Período 2006 a 2010 (Lula) – Cresceram 27,6% em media ao ano.

         Período de 2011 a 2014 (Dilma) – cresceram 1% em media ao ano.

         No tempo acelerado, em 2007 tivemos o lançamento do PAC Programa de Aceleração de Crescimento.   Nesse tempo a Dilma (que é Economista)  era a Ministra Chefe da Casa Civil da Presidência da República.

         “O PAC engloba um conjunto de medidas destinadas a desonerar e incentivar o investimento privado, aumentando o investimento público e aperfeiçoar a política fiscal”.

         O PAC aplicou entre 2007 e 2010 o montante de 504 bilhões de reais em investimentos.  Gerou obras, empregos, mais tributos e crescimento do mercado e da economia como um todo.

         Dados do Balanço do PAC 1

         Página 29 – Lula focou o PAC em infraestrutura física e social.  Após o apagão de 2001 (governo FHC), o PAC prevê 54,5% dos recursos para o setor de energia.  

         Parte em estrutura social e urbana, incluindo habitação popular e saneamento básico, com 33,9% dos recursos do PAC

         Infra estrutura logística com 11,6% dos recursos do PAC – em rodovias, ferrovias, aeroportos, portos.

         Investimentos públicos puxam investimentos privados.   Ex – construir uma usina hidrelétrica.  Além da usina no entorno os empresários reforçam estrutura de restaurantes, hotéis, postos de gasolina etc para atender a demanda nos tempos das obras.   Tudo aumenta o movimento na economia.

         Países como o Reino Unido separam da regra fiscal os investimentos públicos porque estes geralmente aumentam os ativos fixos do Estado (rodovias, ferrovias etc) que geram receitas.

         Página 31 – Desde 2005 o Brasil tirou o recurso destinado ao PAC da base de cálculo do resultado primário.  (receitas – despesas correntes).  Isto porque os investimentos não são despesas.

         Entre 2009 e 2010 retiraram também a Petrobrás e a Eletrobrás desse cálculo de receitas  e despesas do Estado para deixar claros os resultados.

         Setores do mercado, no entanto, começaram a criticar o governo por fazer essa separação de contas.   Apelidaram esse sistema de Contabilidade Criativa com sentido pejorativo.

         Ao inibir essa prática de cálculo, tirou espaço para o governo investir e fazer a economia crescer.   Isto desativou “um dos principais motores da nossa Economia”.

         O desempenho da Economia.

         O que nos deu melhoras nos anos 2000:

         Boas cotações internacionais das commodities (destaque para soja e minério de ferro)

         Bolsa Família e distribuição de renda

         Investimentos públicos

         Expansão do crédito

         Cresceu o PIB Produto Interno Bruto, diminuiu a dívida pública e acumulamos reservas em dólar.  (chamamos essas reservas de divisas)

         O consumo das famílias cresceu, mas os investimentos públicos cresceram mais.

         Página 34 – Dívida líquida pública.  Nesta se desconta os ativos do governo, tais como as reservas internacionais (divisas – dólares)

         Dívida líquida:

         Em 2002 representava 62,4% do PIB

         Em 2008 – caiu para 37% do PIB

         Em 2014 – caiu para 30% do PIB

         Nós quitamos em 2005 as dívidas junto ao FMI Fundo Monetário Internacional.    E passamos ter saldo em dólar, as chamadas reservas internacionais.

         Em 2005 – reservas de 55 bilhões de dólares;

         Em 2007 – reservas de 207 bilhões de dólares.

         Perfil da nossa dívida – Em 1999 90% da nossa dívida era de curto prazo.  (fica mais difícil de administrar)

         Em 2008 20% da nossa dívida era de curto prazo.    Com baixo endividamento, reservas altas em dólar e dívidas de longo prazo, nos tornou um país com bastante resistência em caso de crises econômicas internacionais.

         Esses fatores que foram resultado de ações positivas do governo ajudaram muito a manter sob controle a inflação e o dólar num patamar adequado.   

         Dolar médio no Brasil em 2004 – 2,92 reais por dólar

         Dolar médio em 2010 – 1,76 reais por dólar.

         O dólar baixo trouxe um efeito negativo na nossa balança comercial, pois fica fácil importar e difícil exportar e conquistar reservas em dólar.

         Reflexo na nossa balança comercial:

          2006 – superavit (Exportação- Importação) = 45 bilhões de dólares. 

         2010 – superavit – 18,54 bilhões de dólares.

         Em 2010 ficava mais barato importar e importamos bem mais.  Prejudicou por outro lado nossa indústria e os empregos e salários.

 

                   Continua no capítulo 05/22

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