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terça-feira, 23 de março de 2021

CAP. 21/22 - fichamento - livro - VALSA BRASILEIRA - (Sobre nossa economia de 2000 pra cá) - Economista LAURA CARVALHO

CAP 21/22

         A autora sugere alternativas de arrecadação e chega a citar mais pelo lado simbólico que isso possa ter, é evitar que determinados cargos públicos tenham penduricalhos que elevam de forma exorbitante os salários num país com tantas carências.     Sugere cortes de ministérios etc.

         Orçamento – permitir que haja reserva nos orçamentos para investimentos.   Hoje tem uma PEC  (Emenda à Constituição) que engessa o orçamento.    Se deixar o orçamento engessado como está, em tempos de economia em baixa, arrecada-se menos e os cortes geralmente são em investimentos e sem investimentos, não teremos “motor” para ajudar a retomar a economia.   Atualmente estamos sofrendo pela falta desses investimentos.

         Há várias alternativas para os investimentos públicos futuros.  Uma delas é ter um espaço como metas de inflação.   Definimos uma meta com um teto.  Poderia ser assim.  Ter um teto no orçamento para investimento e um piso também.   Se for passar o teto, fazer justificativas ao Parlamento com detalhes.

         O Banco Central já tem esse espaço e metas de inflação e quando as coisas  não andam bem, eles tem que dar explicações ao Estado e ao povo.

         Poderia ser semelhante no caso dos investimentos públicos.

         171 – Juros e Inflação     (ironicamente ficou na página 171...)

         “Está mais do que na hora, portanto, de romper com o senso comum tupiniquim de que toda inflação vem do excesso de dinheiro em circulação”.    Um dos consensos é de que taxas de juro altas... contribuem para elevar a dívida pública”.     Contribui sim, mas não só ela.

         Temos forte inércia – nunca nos livramos totalmente da memória inflacionária e da indexação de contratos...

         Desde 2016 a inflação passou a cair de forma acelerada.   A inflação no caso caiu por uma combinação de fatores.  Valorização do real frente ao dólar, desemprego elevado e salários em queda e o fim dos efeitos dos choques de preços administrados dos alimentos.

         O instrumento mais à mão para controlar a inflação é a taxa de juros.

         Quando a inflação está subindo e se pretende conter essa elevação, o BACEN Banco Central sobe os juros:   isto desestimula o consumo, desestimula os investimentos privados, desaquecendo a economia.

         Demanda menor, desemprego maior, mantendo o salário e os preços sob controle.

         Geralmente no Brasil funcionam mal os mecanismos de controle da inflação, diferente do que ocorre em outros países.      “... o mercado de crédito privado de longo prazo nunca se desenvolveu no Brasil”.

         Esta é uma das razões para nossa economia ser mais refratária a responder aos mecanismos de controle de inflação.

         “A elevação dos juros funciona para evitar a desvalorização do real e controlar assim a inflação”.

         Por que o real é uma das moedas mais voláteis do mundo e temos de pagar um preço tão alto por isso?

         Ela chega a propor a retirada dos preços administrados (combustíveis, eletricidade etc) da medida de inflação para evitar que o governo represe estas tarifas como forma de segurar a inflação.

         Os bancos com a concentração deles no setor, mesmo que o governo reduza a taxa Selic, eles costumam manter suas altas taxas de juros nos empréstimos.

         Página 178 – Câmbio e Complexidade Tecnológica

         A autora cita que o Brasil como grande exportador de certas commodities  (soja, minério de ferro, petróleo etc) deixa elevado passivo ambiental e ficamos reféns das flutuações dos preços das mesmas.

         “A melhor opção parece ser, portanto, o fortalecimento do mercado interno com base nos pilares da distribuição de renda e de investimentos em estrutura física e social”.     O problema é que repetir diretrizes seguidas entre 2006 e 2010 criaria desequilíbrios.

         Nessa época se manteve a apreciação do real  (com dólar baixo) que tornava os importados mais baratos, gerando desequilíbrios cada vez maiores na nossa balança comercial  (importando cada vez mais...)

                            Continua no capítulo final 21/22   (amanhã, quarta feira)

        


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